quinta-feira, 4 de maio de 2017

ENXERGAR O INVISÍVEL


 COLAGEM COM RECORTES DE REVISTAS


COLAGEM COM RECORTES DE REVISTAS


COLAGEM COM RECORTES DE REVISTAS


PINTURA EM TELA-ACRÍLICO

Como enxergar o invisível?

Essa pergunta intriga muita gente com visão fisicamente perfeita, contudo os deficientes visuais sabem muito bem como resolver essa questão. Já que ele não tem uma visão perfeita a sua sensibilidade torna-se mais aprimorada, logo os outros sentidos são responsáveis ela captação precisa da leitura e decodificação dos vários códigos de linguagens perceptíveis, pois enxergar o invisível não é apenas ter olhar o óbvio, é ir além das questões físicas do que se vê, é ir além da dimensão semântica.

Essa dimensão na Sociologia da Arte refere-se a correspondência entre a obra de arte e a sociedade, portanto, ela “torna-se um reflexo do seu tempo” vendo em seu contexto uma figuração mais ou menos fiel  da sociedade a qual pertence. (LANDI, 2017). Dai onde é preciso ir além do olhar desligado e desinteressante para entender que a arte seja ela qual for: música, teatro, artes visuais, dança, literatura, precisam ser, não apenas vista, mas essencialmente enxergada nessas dimensões.

            Diante de tantos questionamentos, enxergar o invisível não é apenas olhar algo é  conduzir-se a introspecção e adotar a prática de observar e propor um diálogo consigo mesmo e com o objeto ou imagem a qual está a contemplar. E essa prática precisa ser exercitada no nosso cotidiano, para que a nossa sensibilidade seja desenvolvida no sentido mais dinâmico e evolutivo. Esse exercício pode ser aplicado a principio à arte desde na infância com o auxilio dos pais ou da escola, depois ser aplicado no dia a dia.

Contudo, pode-se dizer que enxergar o invisível é deixar a imaginação flutuar e experimentar sensações adversas e pessoais que façam você conhecer um mundo desconhecido, o diferente do que se costuma olhar, perder-se, é perceber-se como integrante daquele universo a qual está contemplando. Muitas vezes o que contemplamos não se explica com palavras, mas com sentimentos que vão além das palavras e esse diálogo não precisa ser explicitado, mas apenas ser decodificado por si mesmo.

Para essa abordagem é necessário na maioria das vezes pensarmos diferente, ir além dos conceitos preexistentes e quebrar paradigmas que a sociedade nos impõe. Nesse contexto, enxergar o avesso das coisas e estabelecer novos conceitos e definições. São esses elementos que nos levam a desconstruir o óbvio e encontrar outros caminhos e descobertas mais interessantes e criativas.

Dessa forma as descobertas são sempre bem-vindas, assim como a cronofotografia, uma técnica que leva os artistas e fotógrafos a construírem  suas produções baseadas na sequência de imagens dando impressão de movimentos contínuos,  esta é uma prática secular da fotografia que explora a criatividade de onde  deram origem a imagens cinematográficas. 

E sob essa perspectiva, certos artistas como: Picasso e George Braque, (considerado o pai do cubismo), se utilizaram da destruição da realidade seguindo a próprias imaginação, onde a utilização da liberdade na pintura despertava um novo olhar, um olhar mais instigante sem compromisso com a realidade explicita. Assim, surgiu o cubismo com suas formas retas e dentro da liberdade do movimento artístico da Arte contemporânea. 

Portanto, se a “Arte pela Arte” te propõe a autonomia de quem vê e de quem produz, esteticamente falando, não há o que explicar quanto a análise ou a postura que quem vê, basta contemplar e entender do seu jeito, deixa quem quiser e intrigar-se. E se, “Arte não serve pra nada, a filosofia também não. Exceto como expressão da pessoa que se é, ou seja do homem que se é. O que se segue e importa saber é se o homem serve para alguma coisa.” (FERREIRA, 2017).

Por Lia Batista

FONTES:
Imagens: Lia Batista-
Arte: Lia Batista




LANDI, Marcio-Sociologia da Arte
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

quarta-feira, 3 de maio de 2017

SERRA DA CAPIVARA

  

                                 https://www.youtube.com/watch?v=9576H-X39J8


A Serra da Capivara está localizada ao sul do Piauí no semiárido nordestino. É um conjunto de aproximadamente 737 sítios arqueológico catalogados, considerado o mais importante das Américas. Datado aproximadamente 28 mil anos do presente, representa uma riqueza histórica, pois a diversidade de elementos que abriga o espaço mostra a ocupação do homem pré-histórico de todo o continente americano.  

O local tem cerca de 30.000 figuras coloridas. São imagens temáticas, formas e cores, típicas da pré-história, cujos desenhos pictóricos são feitos em pedras e paredões de rochas.  Os registos relatam o cotidiano da civilização, bem como era a vida dos nossos antepassados. 
As escritas foram traçadas em forma de desenhos que representavam as experiências culturais e sociais daquela civilização, sendo notórias as imagens das caçadas de animais, lutas, peixes, figuras humanas, cenas de sexo, dança, o nascimento, o parto, o sentimento e em fim, a capivara. 

Para nossa preocupação esse patrimônio arquelógico estar ameaçado de fechar. Por motivo de falta de verbas, vários funcionários foram dispensados das suas funções, data de  2016, de acordo com (Estadão Conteúdo, 2017). 

O Parque Nacional das Capivaras é considerado desde 1991, como patrimônio Mundial pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) devido as sua representatividade na história da humanidade. A Serra da Capivara deve ser preservada para que e possa resguardar as razões da nossa própria existência.

Por: Lia Batista


Referências:

http://www.fumdham.org.br/- Acesso em 15/03/2017

quarta-feira, 26 de abril de 2017

MISSÃO ARTISTICA FRANCESA

       

       
         
       No século XIX, com a invasão do exército de Napoleão Bonaparte à Portugal, D. João VI rei de Portugal decide (com o apoio da Inglaterra) transferir toda a corte e o poder de Portugal para o Brasil. A chegada da comitiva real na colônia portuguesa se deu primeiro na Bahia e depois no Rio de Janeiro onde foi instalada no convento do Carmo, cuja sede foi reformada, sendo sua capela transformada em teatro e salas de concertos. (HISTÓRIA DA ARTE, 2017)
       
       D. João VI era preocupado com o desenvolvimento cultural, por isso trouxe na sua bagagem recursos para a transformação da nova metrópole quanto a modernização da nova sede. Diante disso investiu na liberação do comércio, dos portos, das fábricas das tipografias e a importação de livros.

          Por meio dessas decisões organizou a Biblioteca Real, bem como o Observatório Astronômico, o Jardim Botânico e o Museu Nacional. Aproveitando que na Europa, Napoleão perde o poder, D. João resolve contratar alguns artistas franceses que queriam sair da França (apoiados por Napoleão). Logo, o Brasil sofre fortes influências da cultura europeia com a chegada do grupo de artistas.

        Com essa influência em 1816, esse grupo é responsável pela fundação da Academia Imperial de Belas Artes que inaugurada em 1826, onde os alunos teriam a oportunidade de aprender as artes e ofícios artísticos.
     
         Logo, esse grupo ficou conhecido como Missão Artística Francesa que foi chefiada por Jacques Le Breton que dirigia a Academia Francesa de Belas-Artes na França e traziam a modernização desejada por D. João VI. Na comitiva de artistas vieram pintores, escultores, arquitetos, artesãos, músicos, mecânicos, ferreiros e carpinteiros e todos obedeciam ao estilo neoclássico, isto é: construíam à moda europeia, propondo a volta dos padrões da arte clássica (greco-romana) da Antiguidade e do Renascimento.

       O intuito era recriar nas obras de arte a beleza ideal sem contudo imitar a realidade, mas que tivesse a imitação dos clássicos. No começo a reação dos brasileiros foi desfavorável a essa invasão de artistas estrangeiros, pois achavam que seria uma nova colonização cultural, porém eles deixaram uma influência considerável para as artes da pintura na arquitetura.

          O estilo Neoclássico, desenvolvido pela Missão francesa acabou por abandonar os princípios do barroco colonial português.

        Os principais artistas da Missão Francesa foram: Nicolas Antoni Taunai, pintor de paisagem, Jean Baptiste Debret,  pintor histórico, desenhista, Grandjean de Montigny, arquiteto, Auguste Marie Taunay, escultor, dente outros. 

         Saiba mais acesse: 

http://g1.globo.com/globo-news/jornal-globo-news/videos/v/exposicao-missao-artistica-francesa-e-seus-discipulos-esta-em-cartaz-no-rio-de-janeiro/5328632/

Por Lia Batista e Jaul Ferreira
BIBLIOGRAFIA:

quarta-feira, 19 de abril de 2017

ADRIANA VAREJÃO-PAREDE COM INCISÕES A LA FONTANA II

   


Imagem:
http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2011/02/tela-de-varejao-e-obra-de-um-artista-brasileiro-vivo-mais-caro-da-historia.html

Título: Parede com Incisões à La Fontana II
Autor da obra: Adriana Varejão
Data: 2001
Dimensão: 180.00cm x 250.00cm
Técnica: Óleo sobre tela e poliuretano em suporte de alumínio e madeira
 Adriana Varejão é artista plástica contemporânea nascida no Rio de Janeiro em 1964 passou a infância em Brasília e no Rio de Janeiro ingressou no curso de engenharia da Pontifícia Universidade Católica (PUC) em 1981 abandonando no ano seguinte após 2 anos resolve estudar nos cursos livres na escola de Artes Visuais do Parque de Lages (RJ)  fez sua primeira exposição individual em 1988, na galeria Thomas Cohn. A artista se consagrou devido suas obras de arte serem relacionadas a peles vísceras rasgadas, canibalismo, esquartejamento e azulejaria. A artista vem ganhando cada vez mais espaço e é uma das artistas brasileiras de mais destaque na cena contemporânea, no Brasil e exterior.
"Parede com incisões a La Fontana II" é uma das obras principais da artista e foi leiloada em 2011, na Christie’s de Londres e foi tida como a obra mais cara de um artista brasileiro vivo. E atingiu cerca de R$ 2,72 milhões, incluindo a comissão do leiloeiro. A obra apresentada segue uma tendência contemporânea por se interessar em mostrar as verdades do inconsciente que levam a seguir variadas linguagens e a constante experimentação de novas técnicas para atingir novos olhares, conceitos e hábitos artísticos com forma bidimensional, linhas verticais e horizontais com cores complementares como vermelho, vinho, contrastando cores neutras como o preto, branco e cinza. Para a produção dessa obra de arte Adriana Varejão teve como inspiração Goya e Lúcio Fontana.
 Na obra citada a artista presta uma homenagem a "Lucio Fontana (1898-1968)-Pintor, escultor e ceramista nascido em Rosário na Argentina. Desenvolveu sua carreira na Itália.  Suas obras após 1960 foram monocromáticas cortadas ou furadas sendo denominadas de Conceito Espacial, dai transformando-se em trabalhos bidimensionais". (ARTARTE, 2017)
A obra de arte “Parede com incisões à La Fontana II”, apresenta visualmente uma parede com azulejos acinzentados na composição há uma série de linhas verticais e horizontais que impressionam quanto à continuidade, cuja proposta é fazer referência azulejos, a arquitetura, construções, habitação em que abrigam o inconsciente, a intimidade; o acinzentado predominante reflete a um sentimento nebuloso, enquanto a pureza da luminosidade que parte de leves pinceladas de branco contrasta diretamente com o volume e a cor vermelha da carne exposta em seis rasgos na vertical com diferentes dimensões na parte central da tela.  Os rasgos parecem ter sido feitos com um objeto perfurante, como faca ou estilete e dentro das incisões observa-se uma textura de cor vermelho escuro, imitando vísceras escapando nos relevos saindo do interior da parede.  No lado superior esquerdo existe um pequeno furo e em alguns pontos pequenas manchas aparentando vestígios de sangue, como que tocado por alguém. Próximo aos rasgos algumas pinceladas na cor branca provocam maior luminosidade, o que dá mais volume às bordas das fissuras.
De acordo com minha percepção tenho a impressão que a artista ao mostrar as vísceras rasgadas, pretende levar o apreciador a refletir sobre a dor, as relações interpessoais do individuo tal qual o grau de intimidade que pretendemos ter com o outro ou com nós mesmos, ou representação da intimidade por traz de uma parede. Essa dialética obedece a um discurso subliminar com característica pragmática, com funções latentes manifestas onde há integração com o reforço de instigar as emoções e valores afetivos. Portanto, eu enquanto apreciador tive uma sensação extremamente repugnante e asquerosa, que provoca um sofrimento psíquico muito forte de profunda dor.

Por: Lia Batista
Bibliografia:
https://www.youtube.com/watch?v=8c-5bXV7u8g- em 10/04/2017

http://www.ava.uece.br/pluginfile.php/44327/mod_assign/intro/Topico-01.pdf- em 10/04/2017




Saia mais:




Fontes: 
 http://arteseanp.blogspot.com.br/2015/02/lucio-fontana.html
http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2011/02/tela-de-varejao-e-obra-de-um-artista-brasileiro-vivo-mais-caro-da-historia.html Acesso em 12/04/2017
https://www.youtube.com/watch?v=8c-5bXV7u8g acesso em: 12/04/2017

quarta-feira, 12 de abril de 2017

PINTURA NO AMBIENTE ESCOLAR






Dentre tantas formas de arte, a pintura é uma forma de expressão artística que agrega valor dentro da escola, tendo em vista que pode ser usada como ferramenta educacional de grande relevância, pois é uma prática lúdica e dinâmica que desperta interesse de qualquer criança e em qualquer idade. Além, de ser um recurso didático interdisciplinar, ele ajuda a melhorar os aspectos cognitivos, bem como a compreensão, a sensibilidade, promove o intercâmbio sociocultural, a relação com o tempo real e em qualquer momento.
Com as práticas do desenho e da pintura o Arte-educador pode incitar o aluno à percepção visual mais reflexiva, despertar habilidades artísticas e manuais, melhorar a autoestima, desenvolver estilo e traços próprios, bem como promover significativas experiências, dentro e fora do ambiente escolar.
Por intermédio da pintura, o aluno é intuído a representar graficamente o seu imaginário, e é por meio desse olhar perceptivo que a capacidade de alcançar esteticamente seus anseios de observador provoca sensações de impulsos individuais, nos quais muitas vezes levam a perplexidade, podendo ser crítico baseado em suas próprias experiências ou levado pelo olhar momentâneo do real ou do imaginário.
Além das práticas artísticas de sala de aula como os alunos com materiais como, tintas e pincéis, é interessante que o professor elabore exposições em sala, apresente imagens diversas e promova aula de campo em espaços culturais existentes em diversos pontos do bairro ou cidade.  Existe também a possibilidade de conduzi-los virtualmente a outros ambientes por meio digitais. Isso trará aos alunos o impulso de um olhar atencioso que vai além do modo físico da visão, com isso a maneira de expressar-se fortalece o imaginário contribuindo ricamente para a ampliação do conhecimento, engrandecimento psicológico, emocional e intelectual.
Com o trabalho da arte da pintura, o aluno passa a ter um olhar interpretativo mais aprimorado do mundo, mais seletivo através dessa contemplatividade.  Logo, ele será capaz de olhar um objeto ou uma obra de arte de forma mais intensa e fazer uma leitura parcial ou mais profunda. Diante dessa capacidade ele perceberá a diferença entre a emoção e a razão sem, contudo esquecer a sua individualidade e sua importância dentro do contexto social.
            Portanto, o esforço de cada um é sempre recompensado quando há envolvimento de relação, criatura e criador, mesmo que isso signifique pouco interessante, a princípio. Insistir nessa narrativa dentro do processo educativo pode levar a grandes descobertas inventivas e interativas entre os próprios alunos levando a resultados imensuráveis mediante o esforço e boa vontade de cada um.
            Assim, a representação da natureza do belo poderá estar em qualquer lugar e a qualquer hora diante da reflexão subjetiva do aluno que desenvolve a criticidade por meio do olhar profundo do que se ver ou do que se imagina.

Por Lia Batista 



BIBLIOGRAFIA:
Imaens:
https://br.pinterest.com/pin/773915517186242940/
Aprender a pensar é descobrir o olhar.
 Da Autora: Márcia Tiburi 
O que é sensibilidade? Da Autora: Márcia Tiburi
 Educar com Imagens: múltiplos tempos e interpretação Do autor: Raimundo Martins

COMUNICAÇÃO E ARTE NO DIA A DIA

Comunicação é a maneira que o ser humano tem de compartilhar mensagens por meio de códigos definidos, sejam em forma de gestual, verbal, visual, etc., de modo que haja uma interpretação por parte do receptor e este possa dar o retorno ao emissor. Essa característica estende-se também aos amimais, porém sem a possibilidade de evolução continuada como no ser humano.
A comunicação é uma necessidade que acompanha o ser humano desde a infância e percorre toda a sua trajetória de vida. No contexto social a o processo comunicativo é fundamental na evolução do homem. Esta ferramenta essencial sempre foi indispensável, pois é por meio dela que o indivíduo manifesta-se dentro do seu contexto social e expressa suas vontades e ideias.
Na infância, os laços maternos interpretam e decodificam por meio da linguagem pré-verbal as necessidades da criança, por meio do choro, do gesto, da cor da pele, do olhar... Essa forma primitiva de interpretação ocorre pela sensibilidade e o convívio, geralmente materno com o nascituro. Ao passar do tempo essa linguagem vai se modificando e o processo se moldando de acordo com os fatores sociais e geográficos nos quais interferem diretamente na aquisição da linguagem. E é nesse contexto, onde a forma de interagir torna-se um reflexo característico de cada ambiente.
Na minha comunidade, por exemplo, os adultos tem por hábito ficarem nas calçadas todas as tarde e olhar as crianças brincarem, esta é uma peculiaridade de um bairro pacato, tipicamente familiar, onde todos se conhecem. A radinho ao pé do ouvido, geralmente de homens que escutam o futebol e músicas antigas, e estes ficam a olhar o tempo passar, isso dá a entender que a vida não tem pressa. A única pressa é se deslocar até as igrejas pra fazer suas preces, enquanto outros buscam uma pelada de fim de tarde. A Praça da Cruz Grande é um desses locais de encontro de jovens para esse fim.
No entanto, do outro lado da cidade, o vai e vem das pessoas buscam por diversões mais agitadas, caminhadas, compras, praias e sol; em dias de folga, principalmente. A inércia de uns e a correria de outros, muitas vezes impedem o cidadão de observar os monumentos, as artes existentes nas ruas ou até mesmo de conhecer sua própria história.
Vale ressaltar que Fortaleza é uma cidade rica em prédios e monumentos históricos, porém de pouca tradição na preservação destes, por meio do poder público, quiçá do cidadão. Nos últimos anos tenho observado o aumento das intervenções artísticas do grafite amenizando as estruturas pálidas e colorindo os muros trazendo suas mensagens de protestos, indignação ou jovialidades, dentro de um diálogo mais contemporâneo, nessa poética desajeitada que há bem pouco tempo era mal interpretada pela sociedade. Hoje esse tipo de intervenção convoca o apreciador a mergulhar nesse contexto, aparentemente incomunicável para que entendamos que novos códigos precisam ser criados, decifrados e novas ideias precisam ser absorvidas dentro dessa estética na comunicação incitando a sensibilidade humana.

Por Lia Batista Barbosa
Disponível em:  https://www.todamateria.com.br/elementos-da-comunicacao- Acesso em 17/03//2017

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Acesso em 22/03/2107                 

EXPRESSÃO E COMUNICAÇÃO ARTÍSTICA-Livro
Francisco Weber dos Anjos
Inez Beatriz de Castro Martins
Maria Angélica Rodrigues Ellery
2a Edição
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
-2010-(SEAD/UECE).

EIXOS PARA O ENSINO DA ARTE





Os conteúdos para o ensino da Arte na escola apresentam três eixos que devem conduzir as diversas linguagens artísticas para que o aluno possa nortear sua aprendizagem para a melhor compreensão do fazer artístico. De acordo com o PCN de arte (1997) deve haver uma inter-relação entre as práticas, a leitura e a contextualização da arte. Por isso faz-se necessário que os conteúdos aplicados venham desenvolver competências em Arte, e desse modo o fazer artístico precisa de nortes que organizem as ideias inventivas.
Os eixos apresentados são:
A PRODUÇÃO: Refere-se ao fazer artístico, isto é: o aluno deve apropriar-se das habilidades artísticas para a elaboração de produtos artísticos, isso pode dar-se por meio dos experimentos inventivos aos quais tragam sentido histórico, sociocultural. Usando de sua capacidade de improvisação, análise, interpretação, dentre outros que aumentem a capacidade produtiva.
A FRUIÇÃO: É considerada a capacidade de apreciação das manifestações artísticas dentro do seu contexto sociocultural respeitando a integração dos espaços geográficos, fazendo com que haja a inter-relação entre as linguagens artísticas e a diversidade de aptidões existentes nas demais áreas do conhecimento de cada indivíduo.
A REFLEXÃO: Trata-se do conhecimento construído ao longo de todo o processo de fruição, onde o aluno interpreta, critica e julga conscientemente baseado nos critérios de aprendidos no decorrer da elaboração e aperfeiçoamento do produto. Nesse momento ele pode valorizar os aspectos históricos e estéticos, ampliar o conhecimento da linguagem e dos códigos apresentados.
OBS: Não há critério apresentado no PCN quanto à apresentação desses eixos em sala de aula, portanto, fica a critério de cada professor, podendo ser aplicado em qualquer ordem.
MODALIDADES ARTÍSTICAS:  São modos pelo qual o Arte-educador pode apresentar para os alunos em sala de aula.
Artes visuais:
Pintura escultura, desenho, artes gráficas, vídeo, Televisão, gravura, computação, etc

Dança:
Trata-se de um bem cultural da humanidade, onde são integrados trabalho e atividades corporais nas ações cotidianas.

Música: Também é um bem cultural associada as tradições de cada época, que possibilitam a escuta por meios tecnológicos.

Teatro: Esse tipo de modalidade de arte exige a presença do artista por completo. Corpo, fala e gesto dentro de um espaço organizado, para a representação de cultura e conhecimento.

Por: Eliane Batista Barbosa

FONTE:
Introdução a Arte Educação
Livro: Edite Colares Oliveira e Valcidéa do Nascimento
SEAD/UECE-Secretaria de Educação a Distância

Imagens da Rede Cuca Mondubim

https://issuu.com/institutocuca-Acesso em 12/04/2017

http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro06.pdf -Acesso em 12/04/2017

terça-feira, 14 de março de 2017

ARTE-EDUCAÇÂO-Cultura Visual

         Índia Tecelã-Óleo sobre tela - 20cmx30cm
                  Contraste Social-Óleo sobre tela-50cmx60cm
O processo de ensino e aprendizagem da Arte no ambiente escolar pretende elencar a observação e a discussão no cotidiano do indivíduo. Integrar as práticas artísticas e culturais dentro desse ambiente é de suma importância para que haja um entendimento pautado na construção de novas ideias promovendo a possibilidade de atuação crítica diante do que se vê, sejam por meio de imagens, movimentos, sons, relevos, etc. 
Para Michelangelo (1475-1564), em cada bloco de mármore ele via uma estátua, escupida com sua pose e efeitos. Para isso ele teria apenas que desbastá-lo para revelar a imagem de sua mente. Após terminar de escupir a obra Moisés ele afirmou que tinha o libertado da pedra. Pois, para ele, não fazia escultura, elas estavam lá e  ele apenas retirava os excessos. É por meio da Cultura Visual que o sujeito constrói a sua identidade dentro da sua percepção de mundo. 

Diante disso, é interessante que o seio escolar tenha a preocupação em incentivar aos seus discentes as práticas artísticas incentivando na compreensão construtiva de uma análise pautada na cognição e intuição do contexto ao qual o sujeito está inserido. O teatro, a música, as artes visuais, etc., precisam ser apresentadas de forma livre e que com o decorrer do tempo as escolhas aconteçam de acordo com a aptidão de cada um. Para isso, o intuito da Arte/Educação é levar o aluno a imersão sensitiva que valorizará o entendimento construtivo necessário para descobrir que as linguagens visuais estão em todos os lugares para serem lidas e decodificadas promovendo o entendimento estético, artístico e cultural. 
Mergulhar nesse universo parece um tanto desafiador quando o Arte-educador se depara diante de situações extremas pela falta de recursos necessários para a execução de determinados projetos, principalmente na rede publica de ensino das diversas e longínquas partes desse imenso Brasil. Mas nem por isso a grande maioria dos professores deixam de exercer com maestria sua missão para instigar os alunos às riquezas criativas que cada um tem e que cada região oferece. Dai a importância da Cultura Visual no âmbito educacional

Dessa forma inteirar-se à novas linguagem visuais é estar aberto a contemporaneidade que surgem com a diversificação da dinâmica cultural. No entanto, faz-se necessário estar atento para decodificação desses códigos apresentados e que estes respeitem as práticas da culturais da sociedade ou de um povo.

Portanto, a escola do século XXI, tem nas Artes Visuais uma imensa variedade de recursos artísticos que podem estar presentes para enriquecer e fomentar a liberdade de pensamento, a criticidade por meio das diversas manifestações e melhorar assim, a sensibilidade e a capacidade de interpretação mais profunda do aluno frente às relações humanas. Para isso, torna-se necessário que a Cultura Visual dentro no contexto escolar considere a identificação e o entendimento da coletividade frente a realidade do mundo, para que haja uma integraão construtiva.  
    

Por: Lia Batista

 Fonte:
Cultura Visual-Instrumento de Cidadania

Disponível em:
<http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao_artistica/0037.html> Acesso em 11/03/2017

Imagens e oras de arte: Lia Batista

sexta-feira, 10 de março de 2017

Arte e sensibilidade



As práticas do conhecimento que elegem e diferenciam o ser humano dentre os outros animais fazem com que este se torne capaz de interagir com seu meio por intermédio da sensibilidade a ele auferida, pela própria condição da natureza humana. Contudo, sua formação cultural e social às vezes interfere na melhoria da formação e na percepção desta sensibilidade. Para exemplificar essa sensibilidade podemos perceber que a arte tem o poder de transformar e variar de acordo com o contexto cultural e esse processo se dar por meio da estética, (OLIVEIRA e NASCIMENTO, P. 23) que é o ramo da filosofia  que tem como objetivo a contemplação do belo pautado em seus fundamentos e este resulta nas implicações teóricas, técnicas, pessoais e sociais. 

"Os filósofos antigos já procuravam explicações para o mistério da sensação tão importante também para os modernos e, até hoje, para nós. As sensações, como os sentimentos, também foram desvalorizadas. É com os filósofos que têm a razão como instrumento de trabalho na compreensão do mundo que temos a fundamentação do preconceito contra a sensibilidade. O trabalho do conceito com o qual se ocuparam resultou em falta de atenção à produção da sensibilidade". Márcia Tiburi (2012).

http://artenaescola.org.br/sala-de-leitura/artigos/artigo.php?id=69335

Diante disso, a insensibilidade pode levar o indivíduo a incompreensão do sistema em que vive, o qual poderá impedir de usufruir da sua capacidade de ascensão diante de suas escolhas. O grande desafio na formação do homem contemporâneo é adequar sua postura entre o caráter e a razão, pois isto quando não resolvido pode trazer consequências danosas ao desenvolvimento intelectual, moral, pessoal ou coletivo.

Nesse sentido a formação da sensibilidade abordada por Schiller refere-se ao cuidado que devemos ter na atualidade, onde precisamos de uma solução urgente que traga melhorarias de conhecimento e que este possa ter como base a emoção na promoção da liberdade de escolhas, já que aparentemente o ser humano de nossa época, perdeu esse referencial devido ao estado de dependência ou inércia.

Essa sensibilidade precisa estar aguçada nos sentidos e na percepção de mundo de maneira que possamos selecionar as melhores escolhas pautadas na razão e não na indução do que vemos, pois precisamos seguir a uma linha de raciocínio lógico para que o conhecimento adquirido seja agregador e libertador. Para isso é necessário ter uma visão sistêmica que identifique as oportunidades de investir em novas possibilidades de conhecimento que melhore o modo quanto ao sentimento, onde a emoção pode determinar o grau de aprendizagem e envolvimento nas práticas cotidianas, determinando viabilidade e praticidade evolutiva e intelectual que amplie e agregue novos saberes.

Portanto, a arte promove o estímulo à sensibilidade e esta precisa ser inserida urgentemente, desde os primeiros dias de vida para a melhoria do conhecimento, pois este precisa ser assimilado para que novas descobertas e escolhas sejam interessantes e necessárias.
Por: Eliane Batista (Lia)
Saibam mais sobre arte e educação:


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 Fontes: 
Disponível:<:http://www.historiadasartes.com/httpsolho-vivo/o-que-e-arte/>-Acesso em 08/03/2017
Introdução a Arte-Educação: Edite Colares Oliveira e Maria Valcidéa do Nascimento-Editora: RDS-Acesso em 08/03/2017
Disponível:<Imagem: <https://br.pinterest.com/pin/696580267334267645/>Acesso em 08/03/2017
Disponível:<https://www.youtube.com/watch?v=KZLGHP8nFp0>Acesso em 08/03/2017

EMPREENDENDO COM O "LIXO" AUTOMOTIVO

EMPREENDENDO COM O "LIXO" AUTOMOTIVO

Janeiro em meio a crise brasileira estamos na expectativa de como será a nossa economia no decorrer do ano, mas estou otimista com nosso pr...