quinta-feira, 31 de outubro de 2019

ABAYOMI COMO PROJETO DE ENSINO DE ARTE






Imagens: Acervo pessoal, 2019

PROJETO DE ENSINO
TEMA:
1. ABAYOMI - Retalhos da África
         A prática pedagógica feita com a Boneca Abayomi tem o intuito de  desenvolver o senso crítico a respeito do conceito do belo para minimizar os transtornos causados pelo preconceito e as práticas do bulling muito recorrente no ambiente escolar. Com isso apresentar a história da Africa e seu desenrolar na trajetória da formação étnica brasileira faz todo o sentido nessa relação afetiva de ancestralidade. Dessa maneira ilustrar por meio da produção da boneca Abayomi essa questão de identidade sociocultural pode intensificar reflexivamente sobre essas questões e partir experiência dos sentidos, pois só assim será possível relacionar os benefícios que serão obtidos em sala de aula e na sociedade. O projeto deverá acontecer em 4 h/a (quatro horas aulas sendo duas horas corridas em semanas consecutivas sendo nos horários nos horários: 9:35h as 10:20h; 10:20h às 11:05h.

2. JUSTIFICATIVA
                O projeto ABAYOMI - Retalhos da África - será aplicado em alunos do sétimo ano. A relevância do tema justifica-se devido à gravidade das práticas preconceituosas e os transtornos referentes ao bulling. Logo, torna-se necessário desenvolver na comunidade escolar a criticidade sobre o conceito do belo. Segundo Platão, o conceito de beleza, vai “além dos belos corpos e se relaciona com o conhecimento da Beleza em si” ao contrário do que se pensa ela “existe em si mesma, sempre idêntica e da qual participam todas as demais coisas” (PLATÃO, 2001, p. 156).
               Adotar os temas transversais dos Parâmetros Curriculares Nacionais é garantir que a escola se aproprie de sua competência na aplicabilidade de projetos comprometidos “com o desenvolvimento” que possam intervir e transformar a realidade (PCNs, 1997 p.24).
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OBJETIVOS
Objetivo Geral - Desenvolver entre os alunos o senso crítico sobre o conceito do belo.
Objetivos específicos – Apresentar a história da África na formação étnica brasileira, ilustrar sobre a diáspora brasileira e relacionar o conceito do belo com a produção da boneca Abayomi com recortes de tecidos e nós de amarração.

5. METODOLOGIA
O tema será apresentado em quatro etapas
1 Apresentação do tema sobre história e trajetória dos africanos para o Brasil com o uso das cores da África.
2 Apresentação de imagens com recortes de revistas relacionadas a etnia africana e mediação sobre o conceito do belo.
3 Discussão sobre as diferenças socioculturais, étnicas brasileiras e mediação com a cultura do maracatu.
4 Recortar e produzir a Boneca Abayomi com retalhos com apenas nós de amarração, música africana do (maracatu de fundo); vivência corporal de pertencimento em forma de mandala humana com mãos dadas e perceptividade entre olhares, contato corporal e por último exposição das bonecas em forma de mandala no chão no centro da mandala humana; Encerramento com abraço coletivo.
Recursos a serem utilizados:
Papel sulfite, cola, tesoura, revistas, tecidos colorido e preto, caixa de som, celular ou com arquivo de música do grupo MARACATU Nação Pernambuco – Ganga Zumba.

Esse texto é parte das atividades do curso de Licenciatura em Artes Visuais do polo UAB/UECE- 
6. REFERÊNCIAS
 BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: apresentação dos temas transversais, ética / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997. 146p. 1.
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro081.pdf> Acesso em: 30/04/2019.
HISTÓRIA. O Maracatu. Maracatu. org. br.2019.
Disponível em: < http://maracatu.org.br/o-maracatu/> Acesso em: 10/04/2019.
MARACATU Nação Pernambuco – Ganga Zumba. Felipe Santiago. Olinda: 2011. VIDEO.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=-zphtZzsSl4> Acesso em: 09/04/2019.
PLATÃO. Apologia de Sócrates. Texto Integral. Coleção Obra-prima de cada autor. Editora Martin Claret, 2001.
VIEIRA, Kauê. Brasil/África. Bonecas AbayomiS: Símbolo de resistência, tradição e poder feminino, 2019.

MISS CAUCAIA LATINA 2019


Acesso em: 28/10/2019. 

 TRAJE TÍPICO



Foto: Luciano Gomes-CAOSph

  BRINCOS
                                                                       Foto: Lia Batista, 2019

                                                                            TIARA
                                         
Foto: Lia Batista, 2019


Foto: Lia Batista, 2019

CHOCALHO
Foto: Lia Batista, 2019

                                                                    Foto: Francisco Paixão, 2019


Imagens: Lia Batista. outubro, 2019



O traje típico do caju foi inspirado na simplicidade e nos aspectos socioculturais elencados pela riqueza do cultivo do caju e na relevância que o município de Caucaia representa para o Ceará e para o Brasil. Com o significado de terra queimada, o traje típico do caju homenageia a cajucultura e o processo pelo qual se resume aos aspectos e responsabilidade socioambientais atribuídos ao Museu do Caju do Ceará (PASSEIOS, 2019) estabelecido nesse município, bem como a preservação da tribo indígena Tapebas e a riqueza histórico-cultural, agregando riqueza longo do tempo. 

Conhecido como fruto genuinamente brasileiro o caju é rico em nutrientes, dele se aproveita tudo e é apreciado no mundo inteiro. Nesse sentido, o traje tem como objetivo demonstrar a simplicidade, a criatividade e a riqueza socioambiental do povo caucaiense por meio da cultura do caju ao longo da história, bem como enfatizar os aspectos sócio culturais na valorização das suas origens, incentivar novos empreendimentos que respeitem as diversidade e o meio ambiente, na prática da responsabilidade socioambiental. Logo, o TRAJE TÍPICO DO CAJU traz essa provocação.

METODOLOGIA

O conjunto de figurino é composto por um vestido em algodão, colar, dois brincos, e arranjo de cabeça, dois braceletes, um maracá e sandália plataforma em palha de carnaúba natural. Foi confeccionado dentro dos padrões de qualidade respeitando a inclusão social e sustentabilidade ambiental nas relações humanas.
VESTIDO
O vestido foi produzido de forma artesanal com bordados manuais em ponto de casear aberto (com linha em algodão bege) em tecido plano de algodão com a cartela de cores que levam duas cores quentes do caju (pedúnculo) vermelho e amarelo claro e escuro que representam a energia do caju, sol de Caucaia; O verde representa a prática da cajucultura e o marrom é alusivo às castanhas, a riqueza da terra e o respeito à natureza.
O modelo estilo tomara que caia referência dos anos 60 foi baseado na “variação dos corseletes do século XV” (MOREIRA, 2017), com saia mullet, nesgada intermediária com volume tipo “crinolina” e mini babado do forro. Na barra contém aplicações de folhas verdes bidimensionais na cor verde e cajus vermelhos tridimensionais tudo bordado à mão no ponto de casear aberto. As flores sobrepostas finalizam e intercalam os cajus. Feitas de fuxicos tem um cunho de socialização adotada pela integração socioeconômica que cajucultura promove no seu ciclo de interesses, desde o plantio até o consumidor final.
COLAR
O colar em tecido plano, nas cores vermelha, amarela, madeira natural e marrom, bordado à mão (com linha de algodão bege) no ponto de casear aberto, tridimensionais com enchimento de fibra de silicone, arame de aço de reuso, contas de madeira tingidas e naturais, canudos de bambu na cor natural com desenhos indígenas, caroço de mucunã, fio de nylon, fecho de reuso e finalização em feltro.
Brincos são feitos com canudos de bambu na cor natural com desenhos indígenas, com flores de fuxico amarelas, fio de nylon, suporte de aço e pedraria autocolantes em alumino oriundas de reaproveitamento das indústrias de confecção da região.
ARRANJO DE CABEÇA E BRACELETES
Arranjo de cabeça e braceletes foram inspirado na combinação de Carmem Miranda a cultura indígenas dos Tapebas. O arranjo da cabeça contém um suporte de lacre de pote plástico, atrelado a uma tiara de plástico. A leitura compositiva aprece em forma de cesto de caju finalizado com penas de aves coloridas em vermelho e amarelo, com folhas e cajus tridimensionais preenchidos com fibra siliconada e flores de fuxico. Os braceletes seguem a mesma técnica do arranjo de cabeça acrescentando o elástico para prender nos dois braço em dando sintonias no todo.
O maracá é feito a partir de uma cabaça pintada no dégradé de verdes claro e escuro; no interior desta há seixo de brita para produzir o sonoridade; Além de um caju em tecido acolchoado, castanha crua natural, o cabo é composto por um galho de cajueiro e com acabamento de com trança de carnaúba que também faz parte da cultura local na prática do artesanato indígena e da biodiversidade.
O CRONOGRAMA
O figurino levou dois meses para ser confeccionado e contou com a idealização da artista plástica Lia Batista. Na execução a modelista, Valdenira Braga DJExpirit-Moda feminina e a artesã Ana Pinheiro; todas integrantes da REMES – Rede de Mulheres Empreendedoras Sustentáveis. 



REFERÊNCIAS
Imagens:
Luciano Gomes Fotografia
Disponível em: <https://lucianogomes.46graus.com/> Acesso em: 08/11/2019.
MOREIRA, Adilce. Origem do Vestido. Maranata, 2017. 
Disponível em: <http://adilcemoreira.com.br/historia-da-moda/origem-do-vestido/> Acesso em: 21/10/2019.
PASSEIOS. Museu do Caju: economia, cultura e história em um só lugar. Praias de Fortaleza. Disponível em: <https://www.praiasdefortaleza.net/museu-do-caju/> Acesso em: 21/10/2019.
IBGE. História e Fotos. 2019.
Disponível em:<https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ce/caucaia/historico> Acesso em: 21/10/2019.

MISS Ceará Latina-2019/20 -Vídeo de Apresentação - Miss Caucaia Latina.  Filmagem e edição: Vinícuios Shirahata. 28 de set. de 2019. 

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=ZP8COFr1eqA&app=desktopVÍDEO (3min). 
Acesso em: 28/10/2019. 





ABAYOMI-PLANO DE ENSINO DE ARTES VISUAIS


Vídeo:
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=dpvmakYu6oE> Acesso em: 28/10/2019.
Esse vídeo foi lançado na Inglaterra por Rosa Ribeiro, doutoranda do curso de Administração da UECE.



Imagens: Arquivo pessoal Lia Batista 10/2019.

Aqui disponibilizo o plano das aulas passo a passo como deve ser distribuído ao longo dos dias do estágio supervisionado, segunda etapa.
AULA 1
TEMA
HISTÓRIA DA AFRICA
TEMPO


9h35min às 10h20min


APRESENTAÇÃO
 Apresentação do tema sobre história e trajetória dos africanos para o Brasil com o uso das cores da cultura da África.




OBJETIVOS
Geral: Desenvolver o senso crítico sobre o conceito do belo.
Objetivos específicos – Apresentar a história da África na formação étnica brasileira, desenvolver as habilidades sensoriais e lúdicas.







METODOLOGIA
1-      Apresentação do tema – (10min).
2-      Exposição do tema. História da África – (10min).
3-      Distribuir imagens de revistas – (5min)
4-      Mediação sobre a importância da influencia africana na formação afrodescendente brasileira (30min).





55min

RECURSOS
Revistas, papel sulfite, cola branca, tesoura.

AVALIAÇÃO
 Avaliar a interação e participação dos alunos durante as atividades lúdicas.


REFERÊNCIAS


HISTÓRIA. O Maracatu. Maracatu. org. br.2019.
Disponível em: < http://maracatu.org.br/o-maracatu/> Acesso em: 10/04/2019.

AULA 2
TEMA
DIÁSPORA
TEMPO


10h20min às 11h05min

APRESENTAÇÃO
Apresentação de imagens com recortes de revistas para ilustrar a relação com etnia africana e mediação sobre o conceito do belo.
  
   



OBJETIVOS
Geral: Desenvolver o senso crítico sobre o conceito do belo.
Objetivos especificos – Apresentar a história da África na formação étnica brasileira, desenvolver as habilidades sensoriais e lúdicas.

                                          
   

METODOLOGIA
           1. Apresentação do tema – Diáspora. (10min).
            2.      Exposição do tema – exposição sobre a vinda dos africanos para o Brasil. (15min).
           3.      Recortar e colar as imagens no papel sulfite – (20min).
          4.      Mediação sobre o conceito do belo (10min).




55min
RECURSOS
Revistas, papel sulfite, cola branca, tesoura.


AVALIAÇÃO
 Será feita através da interação e       participação dos alunos durante as atividades lúdicas.





REFERENCIAS




HISTÓRIA. O Maracatu. Maracatu. org. br.2019.
Disponível em: < http://maracatu.org.br/o-maracatu/> Acesso em: 10/04/2019.
PLATÃO. Apologia de Sócrates. Texto Integral. Coleção Obra-prima de cada autor. Editora Martin Claret, 2001.
                                               

AULA 3
TEMA
CARACTERÍSTICAS SOCIOCULTURAIS BRASILEIRAS
TEMPO


9h35min às 10h20min

APRESENTAÇÃO
Apresentar o tema sobre história e trajetória dos africanos para o Brasil com o uso das cores da cultura africana




OBJETIVOS
Geral: Desenvolver o senso crítico sobre o conceito do belo.
Objetivos específicos – Apresentar a história da África na formação étnica brasileira, desenvolver as habilidades sensoriais e lúdicas.





METODOLOGIA
           
          1.      Apresentação do tema - 10min
          2.      Exposição do tema – Debater sobre         características  socioculturais brasileiras       com a cultura do Maracatu 10min.
           3.      Distribuir e recortar os tecidos para       a confecção da Boneca Abayomi -               20min.
4. Mediação sobre os aspectos socioculturais (15min).



             

             55min


RECURSOS


Tesoura, tecidos coloridos e preto.


AVALIAÇÃO
 Será feita através da interação e participação dos alunos durante as atividades lúdicas.








REFERÊNCIAS






HISTÓRIA. O Maracatu. Maracatu. org. br.2019.
Disponível em: < http://maracatu.org.br/o-maracatu/> Acesso em: 10/04/2019.
VIEIRA, Kauê. Brasil/África. Bonecas AbayomiS: Símbolo de resistência, tradição e poder feminino, 2019.




AULA 4
TEMA
     HISTÓRIA DA ABAYOMI
TEMPO


    10h20min as         11h05min

APRESENTAÇÃO

Apresentar o tema sobre história e trajetória dos africanos para o Brasil com o uso das cores da cultura africana




OBJETIVOS
Geral: Desenvolver o senso crítico sobre o conceito do belo.
Objetivos específicos – Apresentar a história da África na formação étnica brasileira, desenvolver as habilidades sensoriais e lúdicas.






METODOLOGIA
               1.      Apresentação do tema - 5min
               2.      Exposição do tema –  História da Abayomi (10min).
               3.      Produzir a boneca Abayomi com nós de amarrações, música de fundo Maracatu, e vivência corporal de pertencimento (25min).
               4.      Mediação-Encerramento mandala humana e das bonecas com abraço coletivo. (10min).





55min
RECURSOS
Tecidos coloridos, preto, tesoura caixa de som, celular ou pendriver.


AVALIAÇÃO
 Será feita através da interação e participação dos alunos durante as atividades lúdicas.






REFERÊNCIAS


MARACATU Nação Pernambuco – Ganga Zumba. Felipe Santiago. Olinda: 2011. VIDEO.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=-zphtZzsSl4> Acesso em: 09/04/2019.
VIEIRA, Kauê. Brasil/África. Bonecas AbayomiS: Símbolo de resistência, tradição e poder feminino, 2019.



A tabela acima é parte das atividades do curso de Licenciatura em Artes Visuais da UAB/UECE-Maracanaú-CE

BIBLIOGRAFIA

A Boneca Abayomi – The Abayomi Doll. Produção Cleiber Andrade. Fortaleza, jun. 2019. VÍDEO.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=dpvmakYu6oE> Acesso em: 28/10/2019