domingo, 28 de janeiro de 2018

CONVERGÊNCIA ENTRE ARTE E MÍDIA

                                        

Imagem: Lia Batista/2017
Arte digital produzida com editor Photoshop online-http://www.photoshoponline.net.br/
Trabalho acadêmico de artes digitais do Curso de Licenciatura em Artes Visuais da UECE-Universidade Estadual do Ceará/UAB-Universidade Aberta do Brasil-Em Maracanaú-CE

           Com o advento da cultura de massa seguindo com a lógica do capitalismo industrial e financeiro pretendeu-se inserir no cidadão um padrão pré-definido levando a atingir a maioria da população a fim de gerar a cultura do consumo. Com a Revolução Industrial no século XVIII surgem os bens simbólicos, como as máquinas de fotografia, a prensa, o cinema, que começaram a fazer parte da nova realidade da era da comunicação e do entretenimento.
            Diante dessa nova realidade, outros meios de comunicação como o rádio, televisão, jornais e a internet nos trouxeram ganhos relevantes também para o mundo das artes. Pensava-se até que com o surgimento da televisão, o rádio deixaria de existir; assim como o advento do uso da internet, os jornais, os livros, as revistas impressas desapareceriam.
       O certo é que apesar desses novos recursos digitais, essas mídias tecnológicas tradicionais sobreviveram e ainda não foram substituídas, se adaptando aos novos tempos em uma relação coadjuvante entre as partes. Sabemos que a fita cassete, o VHS, o mimeógrafo, disquete, são coisas do passado recente que tiveram suas funções substituídas por outras tecnólogas ditas “modernas”, todavia na arte não foi diferente.
           Assim, todo esse processo de modernidade ´tem como resultante a convergência entre a arte tradicional e a comunicação de massa que se completa com o sistema de hibridação em que facilita e enriquece nos aspectos criativos dos artistas visuais, pois a internet com sua velocidade de transmissão de dados por meio da fibra óptica e múltiplas plataformas de mídias são capazes de interagirem com as estruturas das narrativas artísticas dando mais autonomia e praticidade, pois permitem que elas se correlacionem de uma forma mais dinâmica.
          Um exemplo é o cinema expandido que vai além da sala de projeção, este também dialoga entre a arte e a tecnologia, uma característica da expansão da “linguagem, de estética e de território de ação” que altera formas e lógicas das narrativas, assim “substituem-se materiais e técnicas de exibição/projeção” (CONNEXART, 2015)
Embora muitas discussões de vanguarda do século XX discutiam “os desmantelamentos dos limites entre a arte e a não arte e a cultura de massa” foi de suma importância a hibridação dos recursos digitais no campo da publicidade, do cinema, da moda, aonde as interfaces vêm atendendo a novos campos da arte, portanto estas interfaces chegaram para dialogar criativamente atendendo a outras necessidades, somando-se às atividades na comunicação; tanto no áudio visual, como na mídia impressas e midiáticas, como forma de atender  e explorar artisticamente as múltiplas narrativas que resultam em novos signos na comunicação.
Assim, os artistas multimidiáticos encontraram uma forma de acelerar suas produções, pois a hibridação trouxe um ganho para a comunicação de massa, onde a experimentação tem um compromisso com a criação num sentido mais amplo já que a cibercultura é indicada como convergência entre a arte e a comunicação, logo e essa convergência tem demarcado novas fronteiras entre arte e mídias que trouxeram grande influência e praticidade, sem contudo esquecer os princípios da arte tradicional.
Portanto, no meu ponto de vista aproveitar os recursos midiáticos para acelerar a  comunicação do nosso tempo promove um ganho relevante, pois essa convergência oferece a praticidade para a informação, contribui nas mediações das produções artísticas, instiga o processo criativo com o uso dos comandos das ferramentas digitais.

Bibliografia:

 CAPELLATO, Igor-Arte e Tecnologia-PDF 

Disponível em: 
Photoshop online
<http://www.photoshoponline.net.br/> Acesso em: 28/01/2008