sábado, 29 de julho de 2017

ELEMENTOS DA LINGUAGEM VISUAL


Tela Mista - Imagem: Lia Batista



Desde a pré-história que a linguagem visual faz parte do cotidiano na comunicação da humanidade possibilitando uma descoberta de elementos composicionais que isolados podem não ter muito sentido, mas quando juntos representam bem mais que uma diversidade de formas ao universos que visualizamos e por meio desses conteúdos que identificamos a criatividade dos profissionais e artistas para seus trabalhos dentro da linguagem visual.

Para compor esses trabalhos criativos, dá formas visuais o homem utiliza elementos dos mais diversos. E como percebemos através da história, a arte rupestre manifestava sentimentos e a cultura de uma determinada sociedade e era por meio desses elementos da linguagem visual que esses registros eram feitos em rochas e se perpetuam até hoje em diversos sítios arqueológicos mundo a fora. Dai a importância de conhecer um pouco sobre os elementos composicionais da linguagem visual. Assim temos a consciência de que estes são constituídos por uma gama de associações, formas e conteúdos: Podemos destacar: o ponto, a linha, o espaço, a superfície, o plano, a cor, o volume, a luz. Logo com essa possibilidade de associação entre esses elementos a criatividade dos profissionais e artistas passa a ser aflorada e diversificada. 


PONTO-Pode-se considerar um ponto como o elementos mais importante, pois é através dele que se começa e finaliza todo e qualquer "demarcação" na comunicação gráfica ou visual, portanto ele está presente em qualquer tipo de escrita, no desenho na pintura, nas artes digitais, etc.

LINHA - Este elemento trata-se da junção de vários pontos unidos, que podem ser apresentados em formas, tipos, dimensões e espessuras diferenciadas, provocando uma sensação diferente para o observador.

Diversos tipos de linha:



TRAMAS AVULSAS
Por Lia Batista/2017


Tela em acrilico 2cmx30cm


RETA - Este tipo de linha dá a impressão de   rigidez, dureza, firmeza e se apresenta de contínua;

CURVA - Trata-se de uma linha que sugere ondulações e pode apresenta-se em formas suaves ou sinuosas;

VERTICAL - É muito utilizado em muitas obras de arte como expressão de espiritualidade e elevação, pois indica equilíbrio;

HORIZONTAL - Este indica repouso;

INCLINADA - Indica equilíbrio; 

QUEBRADA - Indica movimento;

ONDULADA - é um tipo de linha com aspecto curvilíneo;

ESPIRAL - Indica movimentos envolventes que podem partir de um ponto central para fora ou vice e versa;

Já as FIGURAS podem se apresentar de forma simples como um círculo, triângulos podendo chegar às mais complexas, quando agregadas à cores, texturas, papeis, recortes etc.;


Já a TEXTURA  é um elemento bem explorado na arte, pois provoca elevações em determinadas superfícies e pode ser aplicadas à esculturas, na pintura, embora no desenho nem sempre é possível fazer efeitos de elevações relevantes. 

A COR- Este elemento é essencial na linguagem visual, pois é por meio dele que somos influenciados comportamentalmente quanto a sensações e a transmissão de mensagens. Por está presente no cotidiano, tem significados e nomenclaturas simbólicas que inspiradas na natureza chegam a interferir nas sensações humanas e nesse contexto, surge uma grande variedades de cores,sendo as primárias e as secundárias suas variantes nessa figura abaixo: 
Só para enfatizar: As cores complementares não possuem afinidades com outra no círculo cromático, sendo pois, usadas para chamar atenção, porém quando misturadas perdem o valor chamativo e tornam-se na tonalidade cinza escura. Já, as cores quentes  são assim consideradas por causarem sensações de temperatura elevada ao olharmos, devido a aparência de calor, luminosidade, vivacidade e alegria: São elas: vermelho, laranja e amarelo, podendo ser matizadas dando a impressão de fogo e sol ardente; Enquanto as cores frias remetem sensações de tranquilidade, tristeza, paz, calma, afastamento e serenidade. São apresentadas em tons azulados, esverdeados e violetas e estas podem lembrar o mar, o gelo e a água quando misturadas.

ESPAÇO: De acordo com Oliveira e Nascimento (2010), este é percebido ao nos relacionamos conscientes ou inconscientemente com o nosso ambiente ao realizarmos os movimentos, logo temos a percepção pela delimitação  dos percursos aos quais dispomos. Dessa forma, podemos perceber melhor os espaços ou vazios, disponíveis ao nosso redor de acordo com as "expressões de nossas experiências cotidianas".

SUPERFÍCIE: Corresponde ao suporte ao que pretendemos utilizar para nossos trabalhos artísticos, sejam na pintura, como a tela, o papel, a parede, um tecido; o cinema, imagem, monitor; o próprio corpo, no caso do tatuador, etc. Esta deverá apresentar um limite, um contorno ou uma "massa visual" para a organização e delimitação do trabalho artístico a fim de facilitar a aplicação das cores e a percepção visual.









Fonte:


Fonte:
http://worldartsme.com/3d-shape-of-a-volume-of-clipart.html#gal_post_99781_3d-shape-of-a-volume-of-clipart-1.jpg

VOLUME: Este apresenta-se dentro de um espaço onde existe massa ou peso, densidade e dimensões como largura, altura e profundidade, além de saliências podendo ser percebidos virtualmente, como nos gases, líquidos e luzes. Estes podem se expressar em forma de luz, escuridão, cores em tons e claro escuros.

 
PERSPECTIVA: Refere-se a profundidade linear e atmosférica dos objetos onde todos os partem de um ponto único e é realizada por linhas aparentes em diagonais que convergem para  um ponto de fuga criando na pintura ou no desenho dimensões de distanciamentos e profundidades, que com utilização das cores dão a impressão de volume.
LUZ - Esse elemento da composição visual eu considero dos mais importantes, pois é um divisor de águas entre dia e noite, luz e trevas onde a a "simbologia mistica" rende muitas conversas desde a antiguidade.
"A representação da luminosidade rendeu alguns dos mais tocantes momentos das artes. Foi responsável pelo delicado chiaroscuro da Monalisa de Leonardo, assim como pelos profundos retratos de Rembrandt.Nas obras destes artistas, a luz parece retirar a figura das trevas como Orfeu trouxe Eurídice do Hades" (WERNER, 2017). 
Assim, a luminosidade que há a ao nosso redor de acordo com Werner, depende de três fatores. "A intensidade da luz, a capacidade reflexiva do objeto e a translucidez do meio onde a luz percorre até chegar aos nossos olhos". 

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