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quinta-feira, 11 de abril de 2019

VÓ LUIZA-LONGEVIDADE E CUIDADOS ALÉM DA ESTÉTICA.

             

               Idade não é pretexto para a pessoa idosa se inativa. Chegar aos 95 anos de parece um tanto distante quando estamos na flor da idade. O Brasil está envelhecendo. Em um futuro bem próximo teremos um aumento expressivo de pessoas idosas; isto fruto da busca pela qualidade de vida e a decrescente taxa de natalidade. Há de se questionar o quanto precisamos fazer valer os direitos garantidos pelo Estatuto do Idoso, que além de ser moderno não é cumprido em sua totalidade.
                De acordo com Thaty (2017), o após os 60 anos manter a autonomia e independência está ligada diretamente a qualidade de vida e é dessa forma que o idoso permanece ativo desde que esteja inserido em práticas cotidianas que evitem o isolamento, a tristeza e por conseguinte a depressão. As atividades físicas, artísticas, a interatividade e companhias agradáveis são essenciais, sobretudo o carinho e o afeto familiar.
                É doloroso saber que muitos idosos são abandonados em asilos mesmo tendo familiares na mesma região. Eu mesma já visitei algumas entidades de acolhimento de idoso em que os colaboradores acolhem muitos perambulando pelas ruas, famintos, descalços e maltrapilhos. Que respeito podemos ter por aqueles que contribuíram com essa sociedade e que quando chegam em uma certa idade são usurpado de seus direitos? Será que a idade não vai chegar para nós que almejamos ter uma velhice?
                 A educação é a resposta para esas perguntas. Não necessariamente precisar ser uma família de classe alta, tendo em vista que muitos idosos vivem nas periferias das grandes metrópoles em suas calçadas e praças a jogarem conversa fora; atividades os levam a fazer crochê, jogar baralhos e fazer caminhadas. Às vezes as pessoas perguntam se eu faço arte porque já estou pensando na velhice e eu respondo que ela está a caminho.
                Cada dia percebo que essas atividades podem prolongar os anos e aliviar alguns transtornos recorrentes da longevidade. Um exemplo é o trabalho que acompanho com algumas idosas e vejo como estas anestesiam um pouco as dores. 
                  A arte trabalha a sensibilidade e dignifica o ser humano. As práticas artísticas quando bem orientadas alivia a tristeza, melhora a autoestima e as empoderam. 
        A Vó Luiza (95 anos) pode ser um exemplo de vida para todos nós. Apesar de doenças degenerativas como pressão alta, diabetes e artrose se mantém ativa com exercício físicos ao acordar, com a produção das bonecas de pano,  fuxico, a pintura e a vontade de aprender sempre; tudo isso regado de muita conversa com a vizinhança, atividades religiosas e o carinho da família.  
               “Por seis anos consecutivos, a Holanda foi apontada por ter o melhor sistema de saúde entre 35 países da Europa os idosos também vivem melhor do que os de outros países” Se nossos avós viviam 30 anos menos que nós, desde já precisamos colocar em pauta a discussão  sobre a essa tal  longevidade. “Especialistas alertam que o Brasil vai envelhecer antes de enriquecer, e isso aumenta os desafios” (THATY, 2017). Já que enriquecer parece utópico para a população brasileira, nada melhor que mudar o foco e pensar em outras alternativas para a idoneidade. Precisamos de alternativas viáveis para ocupar e cuidar dos nossos idosos. Respeito carinho, atividades que os mantenham lúcidos.
             Além de todos esses cuidados a saúde fragilizada do idoso precisa ser alcançada com amplitude pelas políticas públicas. “Hoje, 12,5% dos cerca de 50 milhões de usuários de planos têm 60 anos ou mais. Quase 90% sofrem de algum tipo de doença crônica, como diabetes, artroses e câncer” (CULLUCI, 2018).
                             Vale salientar que a renda do brasileiro nem sempre permite a aquisição de um plano de saúde. Dessa forma as políticas públicas precisão ser repensada.   
        
         No SUS, os gastos com o envelhecimento poderão atingir R$ 115 bilhões por ano em 2030, hoje estão em torno de R$ 45 bilhões anuais. Atualmente, 70% dos idosos dependem exclusivamente do sistema público. (CULLUCI, 2018).

           É desafiador pensar nessa estatística e vê que em muitos países o idoso é tratado com dignidade. O que vamos fazer para mudar esse cuidado com nós mesmo no futuro? 
Se o futuro já chegou pra Vó Luíza, tal vez haja uma explicação para se manter ativa. Além da chegada dos retalhos na casa dela é sempre um motivo de festa, sua serenidade nos impressiona; Pode ser essa uma das causas que a beneficiam, pois com seus 95 anos parece não ser um peso para ela mesma, nem pra família. Neto não “apita” na vida dela. Além das artes e travessuras que faz, ainda consegue fazer uma “comidinha de vó”, lanche para quem chega e a boa tapioca com café ou chá de capim santo (como ninguém). Neste mês foi matéria da imprensa local, onde relata sua experiência com as bonecas tradicionais e os fuxicos.
Ao adquirir bonecas para a filha, olha o  carinho do repórter Márcio Dornelles, para com a  Vó Luiza?

        Fruto da onda do bem, a arte da Vó Luiza, como é carinhosamente chamada Luiza Costa, de 95 anos, ganha novos lares. Apesar da idade, ainda pinta e faz bonecas de pano para a venda. Ri ao afirmar que a visão já não é a mesma e outro dia furou o dedo costurando, mas não para. Além da renda obtida, é um incentivo para se manter ativa. (DORNELES, 2019). 

               Com certeza ela tem mais um motivo para se empoderar. 
          Portanto, envelhecer é um processo natural que deve ser encarado com inserção de boas práticas dentro de uma visão ampla dos nossos direitos e deveres. Mesmo diante das limitações que ocorre com a longevidade é preciso educar as novas gerações para que os idosos sejam bem acolhidos. Precisamos reivindicar as politicas publicas de qualidade assim como a falta de acessibilidade urbana, a saúde, dentre outra. Cuidar do idoso deve ser uma um dever de todos não uma obrigação para isso é preciso inserir sua participação contínua na sociedade,  seja na cultura, na espiritualidade, economia só assim mundo mais será mais sustentável e o idoso mais feliz.
                                                                 

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                                                      Na rua com as amigas idosas


Visita ao Museu do Caju 16/07/2019
Ao lado da Escultura de Lia Batista com mais de 700 fuxicos feitos por Vó Luisa.

 Imagens: Francisco Paixão-16/072019

Filmagem para a TV Janfgadeiro 19/07/2019
Fazendo tapioca




Imagens: Rute Batista 19/07/2019.
Participação especial em matéria para homenaagem ao dia das vovós.

Imagens: Arquivo pessoal Lia Batista. 04/2019



Fontes:

DORNELES, Marcio. Projetos sociais fomentam lideranças políticas em bairros da Capital. Diário do Nordeste, Fortaleza, 09 abr. 2019. Política, p. 20.

GOLLUCI, Cláudia. Estudos sobre a terceira idade apontam que Brasil chegará à velhice mais pobre e menos saudável. Folha de São Paulo, São Paulo, 20 mai. 2018.

THATY, Monica. Envelhecimento: o papel do idoso ativo na sociedade e no mercado de trabalho - Bloco 3. Radio Câmera. Disponível em: <https://www2.camara.leg.br/camaranoticias/radio/materias/REPORTAGEM-ESPECIAL/528095-ENVELHECIMENTO-O-PAPEL-DO-IDOSO-ATIVO-NA-SOCIEDADE-E-NO-MERCADO-DE-TRABALHO-BLOCO-3.html> Acesso em: 11/04/2019

Imagens: Lia Batista-2019. Acervo pessoal

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Quem somos?





Com tanta turbulência no contexto político nos últimos dias decidi protestar de forma pictórica e mostrar que a nossa manifestação precisa ser explicitada de qualquer forma. Com as denúncias e escândalos do mensalão, da operação Lava Jato, na cúpula do governo brasileiro, depois do impeachment da e presidente Dilma Roussef, o golpe se confirma a cada dia.

Diante das circunstâncias resolvi manifesta-me nessa tela em óleo com indagações cujas respostas serão da diante da sua percepção visual. Quem somos mostra a nossa mistura de raças e a beleza de um povo miscigenado deixando de uma variação de culturas que aqui chegaram para promover essa desestrutura genética e cultural com os nativos, ao qual deixou uma característica ímpar de uma beleza estética e uma cultural invejável a qualquer outro lugar do mundo.

Logo, com esses cruzamentos de índios, negros e brancos herdamos além das características físicas a riqueza cultural.  Historicamente os maus hábitos e a ganância, bem como a vontade de invadir o alheio e criar o "tal jeitinho brasileiro" mal visto lá fora, nem sempre dar certo.
De sorte é que a heranças malditas da corrução que se instalou desde a invasão portuguesa até hoje assola nossa terra.

Depois das promessas de que o "Brasil seria o país do futuro", os desmandos e a sujeira dos nossos governantes saíram de "debaixo do tapete" e a cada dia entristece a todos nós. "Aqui fica minha indagação": Quem somos, para onde vamos, e quem seremos? E você que vai visualizar essa obra de arte comece a fazer as suas também, e veja se consegue se sensibilizar e indagar-se, para propor uma resolução a partir de você.

Deus nos ajude e obrigada!

Fontes
Dispponível em:
 <http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/09/torcedora-racista-gremio-diz-que-intencao-nao-era-ofender.html< Acesso em 05/06/2017
http://www.infoescola.com/historia-do-brasil/caras-pintadas/>Acesso em 05/06/2017
http://verdademundial.com.br/2015/09/miscigenacao-os-povos-no-brasil/>Acesso em 05/06/2017

quarta-feira, 26 de abril de 2017

MISSÃO ARTISTICA FRANCESA

       

       
         
       No século XIX, com a invasão do exército de Napoleão Bonaparte à Portugal, D. João VI rei de Portugal decide (com o apoio da Inglaterra) transferir toda a corte e o poder de Portugal para o Brasil. A chegada da comitiva real na colônia portuguesa se deu primeiro na Bahia e depois no Rio de Janeiro onde foi instalada no convento do Carmo, cuja sede foi reformada, sendo sua capela transformada em teatro e salas de concertos. (HISTÓRIA DA ARTE, 2017)
       
       D. João VI era preocupado com o desenvolvimento cultural, por isso trouxe na sua bagagem recursos para a transformação da nova metrópole quanto a modernização da nova sede. Diante disso investiu na liberação do comércio, dos portos, das fábricas das tipografias e a importação de livros.

          Por meio dessas decisões organizou a Biblioteca Real, bem como o Observatório Astronômico, o Jardim Botânico e o Museu Nacional. Aproveitando que na Europa, Napoleão perde o poder, D. João resolve contratar alguns artistas franceses que queriam sair da França (apoiados por Napoleão). Logo, o Brasil sofre fortes influências da cultura europeia com a chegada do grupo de artistas.

        Com essa influência em 1816, esse grupo é responsável pela fundação da Academia Imperial de Belas Artes que inaugurada em 1826, onde os alunos teriam a oportunidade de aprender as artes e ofícios artísticos.
     
         Logo, esse grupo ficou conhecido como Missão Artística Francesa que foi chefiada por Jacques Le Breton que dirigia a Academia Francesa de Belas-Artes na França e traziam a modernização desejada por D. João VI. Na comitiva de artistas vieram pintores, escultores, arquitetos, artesãos, músicos, mecânicos, ferreiros e carpinteiros e todos obedeciam ao estilo neoclássico, isto é: construíam à moda europeia, propondo a volta dos padrões da arte clássica (greco-romana) da Antiguidade e do Renascimento.

       O intuito era recriar nas obras de arte a beleza ideal sem contudo imitar a realidade, mas que tivesse a imitação dos clássicos. No começo a reação dos brasileiros foi desfavorável a essa invasão de artistas estrangeiros, pois achavam que seria uma nova colonização cultural, porém eles deixaram uma influência considerável para as artes da pintura na arquitetura.

          O estilo Neoclássico, desenvolvido pela Missão francesa acabou por abandonar os princípios do barroco colonial português.

        Os principais artistas da Missão Francesa foram: Nicolas Antoni Taunai, pintor de paisagem, Jean Baptiste Debret,  pintor histórico, desenhista, Grandjean de Montigny, arquiteto, Auguste Marie Taunay, escultor, dente outros. 

         Saiba mais acesse: 

http://g1.globo.com/globo-news/jornal-globo-news/videos/v/exposicao-missao-artistica-francesa-e-seus-discipulos-esta-em-cartaz-no-rio-de-janeiro/5328632/

Por Lia Batista e Jaul Ferreira
BIBLIOGRAFIA: