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segunda-feira, 15 de abril de 2019

ANTONIO BANDEIRA


ECLIPSE
Imagem 1:
Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/obra63922/eclipse> Acesso em: 21/03/2019
                Antônio Bandeira nascido em Fortaleza-CE nasceu em 1922 foi considerado um dos maiores artistas reconhecido internacionalmente. Ainda na infância sua vocação era visível passando a se destacar como desenhista, gravador e pintor e autodidata  nas artes plásticas. Em Fortaleza sua desenvoltura também o fez criar juntamente com Mário  Baratta  (1941) e outros artistas, o Centro Cultural de Belas Artes que após três anos viria a ser a SCAP-Sociedade Cearense de Artes Plásticas. Transferindo-se em 1945 para o Rio de Janeiro para vislumbrar outros caminhos iniciando-se nas exposições individuais,  indo estudar em Paris. E nessa trajetória que o artista vislumbrou mundo a fora conquistando vários prêmios deixando seu legado.(FELDMAN, 2018)
 Um artista de muitas cores, traços, pinceladas fortes, respingos e espatuladas; Antônio Bandeira é um caso poético com a pintura brasileira e a liberdade abstracionista. Sem preocupação com o academismo mergulha em sua proposta pictórica expressando a grandiosidade dos sentimentos obscuros do olhar convencional da sociedade para ser um mestre “autodidata” à frente do seu tempo (FELDMAN, 2018).
Segundo Lisboa (2019), na infância sua inspiração se dava pela liberdade de brincar entre as árvores e a vivencia na fundição de seu pai, visto que a mistura de cores obtidas pelo artista devia-se à do derretimento obtidos entre ferro e bronze.
 Apesar de ter tido aulas de desenho nessa fase a cópia seria o princípio a despertar-lhe o talento para outras técnicas posteriormente na vida adulta. Reconhecido internacionalmente com várias exposições, o cearense foi merecedor de vários prêmios que marcaram sua carreira.
Suas obras expressionistas abstratas transcendem aos emaranhados de tintas para que o apreciador vislumbre um mundo de expectativas e mistérios com movimentos ora gestuais, ora cadenciados que refletem um universo cósmico em constante transformação, fruto das vivências contidas na infância e que afluíram poeticamente do seu interior cheio de magia, natureza e multiculturalismo às vezes implícitos.
Com técnicas e experimentações variadas com guaches, aquarelas, óleo e outros, Bandeira conseguiu mostrar sua arte mundo a fora com inovações que nos inspira até hoje. Muitas obras continuam provocando reflexões em torno desse artista detentor de várias linguagens e códigos carregados de figurativismo e abstrações dentro do seu lirismo poético singular.

Uma de suas muitas obras, Eclipse é construída dentro da abstração informal gestual que representa o universo em constante movimento. Certamente o artista se debruçou intuitivamente em etapas para essa produção, pois a pintura em óleo tem uma secagem lenta; assim, para obter os efeitos nítidos das cores sobrepostas ele precisava esperar a secagem das camadas anteriores. Ao fundo, entretanto, os tons em azuis, branco, com alguns esfumaços de verde, rosa, vermelho e preto sugerem a expansão com seus mistérios infinitamente belos.  O elemento central em vermelho e amarelo irradia uma energia impetuosa cercada de significâncias que dentro de sua orbita pulsante se funde aos astros para inquietar o olhar do espectador como se fosse saltar da tela.
Os respingos foram feitos com a tela na horizontal tendo em vista que a tinta não escorre enquanto os traçados descontínuos em vários sentidos dialogam entre si e evidenciam a identidade e um equilíbrio qualitativo de um artista com experiência e vivencia poética aprimorada.



A GRANDE CIDADE ILUMINADA
Imagem 2:

Os códigos visuais desta obra se apresentam variados e em sua maioria estão disposto  uniformemente ao longo de toda a superfície do plano. Ao observá-la podemos inferir que se trata de uma obra abstrata, porém “não se limita apenas o que ela mostra ou simboliza, pois muitas vezes ela se completa com aquilo que nela vemos” (COSTELLA, 1997, p. 51).
Nesse sentido, o artista não estava preocupado em passar essa manifestação simbólica, pois a meu ver ele pretende explicitar seu sentimento de liberdade se movendo entre as cores primárias e traçados como se estivesse tramitando dentro de uma intimidade sensível e ao mesmo tempo expressional, logo ele não tem preocupação com a leitura do expectador, pois emerge intuitivamente em uma cidade imaginária vista aérea.
De acordo com Itaú Cultural (2019), “A Grande Cidade Iluminada” é uma obra em óleo sobre tela; em minha opinião tem a possibilidade de ter sido pintada na horizontal sobre uma superfície plana, pois os respingos nos permitem fazer essa inferência, pois não há escorrimento de tinta. Pelo que vejo, as cores primárias se misturam levemente na formação da base, provavelmente feita com o uso de pinceis para a primeira etapa e após a secagem o uso camadas espatuladas ou pincel chato e largo entre azul e vermelho que preenchem quase que toda a superfície; a finalização acontece com as sobreposições das cores intercaladas entre amarelo e preto na forma de respingos com aparentes linhas gestuais descontínuas em vários sentidos, portanto de difícil reprodução.
  Para o apreciador, as cores e formas induzem a deslocamento da visão em todos os sentidos sem causar incômodo, assim ele pode fazer várias leituras em busca de alguma resposta e a qualquer tempo. No meu entender o artista se conduziu intuitivamente não se preocupando com o resultado final. Provavelmente ele tenha se inspirado em alguma metrópole vista na parte superior ele tenha colocado o título depois de toda a conclusão. 


GUACHE COM AS MÃOS


               Guache sobre papel cartão é mais uma experimentação ousada de Antônio Bandeira, apesar transparecer uma abstração, o artista segue ao esboço prévio idealizando perspectivas tradicionais embora as cores definam um leve figurativo de uma paisagem com montanhas, caminhos, profundidade e luz.
De acordo com Carolpaolars (2013), “artistas deixam a perspectiva tradicional e criam formas no ato da pintura” dessa maneira exprimem os sentimentos utilizando “manchas e grafismo”. Nesse caso, Bandeira substitui os pincéis ou espátulas pelo uso das mãos para construir essas manchas e o guache com água em abundancia sobre papel cartão para essa produção aparentemente nostálgica.
                             
Se a liberdade de Bandeira se debruça a várias poéticas, analisar e contextualizar suas obras será sempre um desafio. Dessa forma, o artista nos instiga continuamente as refletir sobre as relações com o mundo dos sentimentos mais significativos e obscuros dos viventes.

OBS: Este artigo é parte de atividades da Disciplina de Arte e Cultura Brasileira do curso de Licenciatura em Artes Visuais da UAB/UECE.

CITAÇÃO: BATISTA, Lia. Antônio Bandeira. Abr 2019. Disponível em: <https://ecoarteliabatista.blogspot.com/b/post-preview?token=APq4FmAKhdPo14UTb-U-7kgbxRDEkUWTSrDpHzcY2x1bLSF10fsaBjXsOLL_aaNrM10LNzo5n2BHy3zQL-DNI3b3dC54gIBqO59nyk8GJyZVmY8nizqfD8979YDnpsyqZogH0yueGTRU&postId=3146722701056901911&type=POST

BIBLIOGRAFIA


A Grande Cidade Iluminada. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2019. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/obra4585/a-grande-cidade-iluminada>. Acesso em: 22 de Mar. 2019. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7.
CAROLPAOLARS. Abstracionismo Formal e Informal. Yeixst Blog.
COSTELLA, F. Antônio. Para Apreciar a Arte. Roteiro Didático. Ed. 3. São Paulo. Editora SENAC.1997.

ECLIPSE . In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2019. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/obra63922/eclipse>. Acesso em: 21 de Mar. 2019. Verbete da Enciclopédia.

ISBN: 978-85-7979-060-7

FELDMAN, Carlos. Biografia. Instituto Antônio Bandeira. Disponível em: <http://www.institutoantoniobandeira.com.br/biografia> Acesso em: 20/03//2019

LISBOA, James. Antônio Bandeira.  Escritoriodearte.com > Artistas >
Disponível em: <https://www.escritoriodearte.com/artista/antonio-bandeira Acesso em: 221/03//2019.

domingo, 28 de outubro de 2018

PINTURA ABSTRATA-ARTE CONTEMPORÂNEA

Por que será que quando visitamos exposições por ai vimos tantas obras que não compreendemos? Obras de arte abstrata podem ter significados (ou não) extraordinários no momento de criação para o artista. 
Para os apreciadores esse tipo de arte provoca rejeição no primeiro momento, principalmente para quem não tem intimidade com esses aspectos visuais que a arte contemporânea se propõe.


A estranheza da arte contemporânea remete ao medo do novo diante da multiplicidade de eventos, da forma de olhar e entender as novas propostas visuais. Quando nos deparamos com esse tipo de  abordagem artística, questionamos a princípio, até porque somos educados para apreciar e aceitar somente o "belo" convencional, esteticamente falando. Logo, é mais fácil aceitar o que é óbvio e convencional, por isso a arte contemporânea nos parece  de difícil compreensão. 

Por incrível que pareça a arte abstrata está presente no nosso dia a dia, embora nosso olhar não está treinado pra enxergá-la na prática. Assim,  quando passamos a conhecer um pouco a trajetória do artista ela ganha um sentido, mesmo que a cada apreciação tenhamos uma mensagem diferente. 

Essa produção artística acima foi elaborada em suporte de aço (antena de tv a cabo) inspirada no artista abstracionista Jackson Pollock. O artista se expressa gestualmente com respingos de tintas diretamente nos painéis na horizontal no chão para fazer suas obras de forma rítmicas e seriadas conhecida como pintura de ação (action painting).

Assim, como Pollock, o meu inconsciente se apropriou  dos campos de flores de Holambra em junho passado minha última viagem a São Paulo e dai consegui me surpreender com essa obra que hoje está exposta no polo da Universidade Aberta do Brasil em Maracanaú-CE, onde curso graduação em Licenciatura em Artes Visuais.


No curso de Licenciatura em Artes Visuais da UECE (universidade Estadual do Ceará)/UAB (universidade Aberta do Brasil) EaD em Maracanaú, a disciplina de Desenho e Pintura II, tivemos a possibilidade de aprender a desconstruir a ideia de que a arte precisa ser necessariamente bela para ser aceita.

Para o arte educador é de suma importância perpassar por esse olhar de ressignificação da arte, seja na pintura, no teatro na dança ou nas artes digitais. Logo, abordar esse tema é promover a liberdade da expressão e comunicação visual dentro ou fora do ambiente escolar. 

Assim, perturbar pelas formas criativas de produzir arte contemporânea pode representar uma inquietação expressiva de uma nova forma de enxergar o mundo, na visão questionadora e ampliada de um artista.  Eu por exemplo, apesar de alguns ensaios ainda estou tentando me encontrar com essa estranheza que a arte contemporânea remete.

OBS: Esta pintura é parte de uma atividade do curso de Licenciatura em Artes Visuais UAB/UECE -Polo Maracanaú, na disciplina de Desenho e Pintura II. Ano de 17/06/2018, proessor Alfredo Barros.

Fonte:


MARTINS, Simone R;IMBROSI, Margaret H.  Número 1A, 1948, Jackson Pollock. História das Artes > Olho-vivo > Análise Estética > Obras Analisadas. 2018.

Disponível em:
 <https://www.historiadasartes.com/sala-dos-professores/numero-1a-1948-jackson-pollock/> 
Acesso em: 28/10/2018

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

ARTE CONCRETA DE LUIZ SACILOTTO



Vídeo:
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=RzPx_4Z9dWI> Acesso em 23/08/2018


Apesar da Semana de Arte Moderna trazer mais liberdade na literatura, nas artes plásticas, na música, etc., o conceito do belo, estética perfeita é dinâmico e muda de acordo com o tempo, podendo ser influenciado pelos aspectos políticos, econômicos e socioculturais fazendo-se necessário investir em novas possibilidades artísticas que transcendam os anseios das sociedades, contudo a inquietude humana exige novas perspectivas estéticas.
Nesse contexto, surge em meados do século XX, a Arte Contemporânea adentrando a tridimensionalidade, a irreverência e novos conceitos para um discurso mais livre no fazer artístico. A Arte Contemporânea ultrapassa as fronteiras do imaginário chegando à Era Digital quebrando paradigma após a Segunda Guerra Mundial.
A Era Digital trouxe inovações e questionamentos que intrigam a própria a crítica de arte e deixa a pergunta sem resposta, do que pode ser realmente arte? A desconstrução do belo perpassa por várias vertentes.  A liberdade de expressão e o uso de materiais passam a integrar os novos rumos de uma nova Cultura Visual aos quais não temos dimensões aonde vamos chegar.
Logo, nesse sentido se envereda o mundo das artes transitando pela diversidade de recursos e ideias criativas e o Brasil, portanto, se insere nesse contexto de afirmação indenitária a qual acompanha esse desdobramento percorrendo as várias experiências, experimentos, modalidades e tipologias artísticas.
A globalização, por exemplo, tem contribuído para o avanço do conhecimento tecnológico ao qual conecta o cidadão instantaneamente a qualquer parte do planeta. Assim, a produção artística vai quebrando paradigmas e trazendo novos valores.
Experimentar esses valores parece-nos vislumbrar novos movimentos que vão se relacionar com tudo inclusive com as relações de consumo, rompendo com os antigos modos da produção artística.
A Op Arte, Arte Cinética, Arte Povera, Abstracionismo, Concretismo, dentre outros movimentos da Arte Contemporânea crescem exponencialmente para conquistar novos atores das Artes Visuais. O Concretismo chega com uma nova proposta e como referência desse movimento Sacilotto foi um dos artistas brasileiros que se destacou mundialmente pela ousadia do seu estilo inovador.
O paulistano Luiz Sacilloto apesar de começar a trabalhar aos dezessete anos sempre esteve ligado às técnicas de desenho, pintura e trabalhos com metais; a precisão na pintura de letras e projetos de alumínio o levou a desenvolver interesse pelas artes plásticas.            “No início, seus trabalhos são figurativos. Paisagens e retratos de tendência expressionista, mas a partir de 1947 realiza suas primeiras experiências no domínio da abstração geométrica, sendo um dos pioneiros da arte concreta no País”. (IMBROSI, 2016).  Logo, o Concretismo de Luiz Sacilotto tenta romper com o figurativo deixando de lado a representatividade objetiva para se lançar na geometrização das linhas e formas.
Ao observar a plasticidade de suas obras, somos induzidos a perceber que o artista quer brincar com o olhar do apreciador provocando uma inquietação, para a progressão contemplativa; ora parecem dobraduras em movimentos ou escadas que podem levar a algum lugar. O aspecto de algumas obras visualmente em movimento pode ser também caracterizada como Arte Cinética ou Op Arte, devido a ideia tridimensionalidade.
 A ilusão de ótica presente em seus trabalhos é acompanhada de progressão, precisão matemática milimetricamente calculada do positivo e negativo, união de formas e conteúdos. O dinamismo estético nos deixa dúvida quanto à sua técnica; aparentemente não são feitas artesanalmente e sim com ferramentas digitais. Provavelmente a precisão nos corte com os metais e o desenho das letras associadas ao seu ofício o tenha influenciado na perfeição dos traçados precisos das linhas com o manuseio dos pincéis.
Apesar de parecerem simples a Arte Concreta de Luiz Sacilotto apresentam geralmente cores chapadas com traços bem definidas, volume, profundidade, tridimensionalidade, movimento, luz e sombra. O ritmo sequenciado dessas linhas e formas provocam incômodos visuais e podem fazer o apreciador a desviar o olhar. Os elementos repetidos em algumas séries promovem diálogo entre si e formulam uma fantástica completude no conjunto da obra.
Para tanto a concisão das formas e linhas de Sacilotto tende ser provocador e inquietante, sem, contudo apresentar frieza e elasticidade estrutural o que dá ao apreciador a vontade de tocar em cada peça separadamente como em um jogo de elementos soltos em 3D.  “São justamente esses aspectos construtivos do desempenho perceptivo que irão, pela via dos atos subjetivos, reaproximar a investigação estética do âmbito do conhecimento”. (BARROS 2010, p. 19).
De acordo com Marques (2018), o artista teria deixado a “tela de lado” para enveredar pela tridimensionalidade para fazer “relevos em alumínios pintados e uma sequência de esculturas em latão e alumínio” e como vemos Sacillotto se transporta do simples ao complexo, da tela ao metal com a mesma desenvoltura.
Ao observar algumas esculturas em metais percebi que o artista tem compromisso com a seriedade e simplicidade, pois, são desprovidas de sensações ou sentimentos, por isso acho um tanto desafiador classificá-las com mais propriedade, logo a semelhança estrutural entre os elementos nos convida a observação por repetidas vezes nos conduzindo a um olhar descompromissado da reflexão.
Portanto, dessa forma é que a Arte Contemporânea pretende atingir a inquietude humana dentro das novas perspectivas estéticas promovendo novos conceitos para um discurso mais livre ultrapassando as fronteiras do imaginário sem necessariamente ter uma relação direta com a vida cotidiana.
Por Eliane Batista Barbosa (LIA)

OBS: O texto acima corresponde  a uma das atividades da disciplina de História da Arte do Curso de Licenciatura em Artes Visuais da UECE/UAB-Maracanaú.
Fontes:

BARROS, Fernando R. de Moraes. Estética, 2010. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (SEAD/UECE).
COUTINHO, Rafael. 2012. Culturamix.com. História da Arte Ocidental – Arte Contemporânea no Brasil.
DIANA, Daniela. Toda Matéria. Arte Contemporânea. 2018.
 Disponível em:<https://www.todamateria.com.br/arte-contemporanea/> Acesso em 20/08/2018
IMBROISI, Margaret. História das Artes. Luiz Sacilotto, 2016
SACILOTTO, Luiz. Pinturas Brasileiras.com. Biografia, 2018. Disponível em:




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