Mulher, resistência e dor: violência doméstica no âmbito do isolamento social.
Todas as imagens e arte são de autoria de Lia Batista, 10/05/2020.
CORONAVÍRUS
Esse
vírus nada mais é do que o agente causador da pandemia que transita por todo o
mundo. Segundo o site Dasa (2020), “pertence a família de vírus (CoV)” e pode
causar doenças respiratórias desde as mais leves podendo evoluir para as mais
graves como é o caso da “Síndrome Aguda Respiratória Severa (SARS)” (DASA,
2020).
O
vírus é mais letal em pessoas com mais de 60 anos e com histórico de outras
doenças, como: diabetes, hipertensão, asma, gestantes, etc. Contudo isso, não significa
que os mais jovens estejam isentos do contágio e da suas complicações que podem
levar à morte.
Por
ser um caso desconhecido da ciência por ter surgido há pouco tempo em que as
primeiras vítimas ocorreram na cidade de Wuhan na China (DA REDAÇÃO, 2020), é preciso
estar atento para a higiene pessoal e coletiva a fim de evitar o contágio e
disseminação. Prevenir ainda é o melhor remédio, sobretudo lavar as mãos com
água e sabão, e na ausência destes elementos usar álcool em gel (plano B), não compartilhar
objetos pessoais, usar máscaras de proteção e aderir ao isolamento social.
A
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER DURANTE A PANDEMIA.
Ao
me voltar para esse contexto analiso o cotidiano das sociedades, em
especificamente a mulher, brasileira, mãe, dona de casa, periférica e sem estrutura
socioeconômica frente aos desafios diversos frente a esse isolamento social.
Sem renda, sem espaço físico, sem casa, ou em casa e sem amparo governamental
para suprir os básico mínimo necessário para uma vida sustentável.
Um
agravante a amedronta: a violência doméstica por parte de alguns companheiros
ou familiares a qual tem levado muitas a óbito. Para Bianquini (2020), essa de
violência doméstica se torna mais “difícil,
por conta da restrição de serviços e de movimentação na quarentena, pela
possível diminuição de renda, e pela própria convivência diária e ininterrupta
com o agressor”. Como artista me debruço sobre essa causa para me indignar e me
solidarizar por meio da arte. Assim surge o: Tema: Mulher, resistência e dor:
violência doméstica no âmbito do isolamento social. Daí descrevo um pouco de
como foi o meu processo criativo com as poéticas digitais.
PROCESSO CRIATIVO
Nesse
isolamento social os artista de todo os lugares se mobilizam em suas inquietações
quanto ao Coronavírus e suas perspectivas. As novas formas de comunicar por
intermédio das redes sociais tem instigado o mundo dos humanos a se reinventar.
Eu enquanto artista, também tenho refletido sobre as questões sociais, econômicas
e culturais e seus desdobramentos nesse novo contexto de vivência com as inquietudes
duvidosas de um novo cenário mundial.
O
meu processo criativo se deu a partir do contexto atual de isolamento social
atribuído à pandemia. Com esse sentimento tento abordar a crescente violência
doméstica contra a mulher, suas angústias frente as adversidades, sociopolíticas,
econômicas, além da possibilidade de contrair a Covid 19, ou ter algum parente
infectado com risco de morte. Desse modo. Diante disso acho conveniente promover
um debate sobre, o resistir das múltiplas atividades domésticas, agressões
físicas, psicológicas por parte de muitos companheiros durante esse “fique em
casa”.
Como
isso me inspirei nos fatos recorrentes e em casa improvisei o meu cenário para
compor esse ensaio. Vesti-me de um personagem para me expor dialeticamente em
um propósito poético de dor, angustia e aprisionamento que muitas mulheres vêm sendo
vítimas. Acredito que muitas gostariam de que fosse apenas uma representação artística
surreal, um pesadelo talvez... Como diante dessa dor também não posso calar, aí
vai o meu protesto com esse ensaio com as poéticas digitais e de como aconteceu
o meu processo criativo.
Passei vários dias sentindo necessidade de
abordar esse tema. Percebi que em quase toda casa tem um quarto com uma janela,
uma grade. Daí, por
traz de uma janela com grade fiz várias selfs com o Smartfone para ilustrar essa
angústia. Para Longi
(2002, p.2), “a
palavra queria ir além do papel, fundir-se com a imagem, o som, e criar
movimento”, para gerar significado a fim de servir de suporte nesse processo de
criação com os meios digitais, onde a imagem tem mais força as palavras, por
isso mesmo não os deixa calar, e não podemos calar diante da violência, seja ela
qual for, especialmente a violência doméstica contra a mulher, essa peça chave
da reprodução humana, protagonista e célula mater da família.
Além da minhas selfs esse ensaio apresenta imagens de duas outras mulheres que também representam a coragem de se expor para comunicar a sua insatisfação com o tema abordado nesse questionamento.
EDIÇÃO
Para
a edição utilizei o editor de foto Be Funky, que baixei gratuitamente para
recortar no celular muito fácil de manipular, desfocar, substituir cor e
inserir vários elementos. Achei bem intuitivo mesmo nessa versão free e os
recursos bem sugestivos.
BIBLIOGRAFIA
Acesso em:
15/05/2020.
CORONAVIRUS o
que é, sintomas e como se prevenir da Covid 19. DASA. 2020.
DA
REDAÇÃO. Wuhan, onde surgiu o novo coronavírus, é exemplo de ‘esperança’, diz
OMS. VEJA, São Paulo, mar 2020.
Seção Mundo.
EDITOR de foto online. OIE. 2020
EDIÇÃO de fotos e Design gráfico feitos para todos. BEFUNKY. 2020.
LONGHI, Raquel Ritter. Intermedia, ou para Entender as Poéticas Digitais. Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) In. INTERCOM – Sociedade
Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação.XXV Congresso
Brasileiro de Ciências da Comunicação – Salvador/BA – 1 a 5 Set 2002.
PHOTOSHOP Online - Grátis em Português. 2020.