BONECAS DA VÓ LUIZA
Luiza Costa Barbosa, a Vó Luíza, a bonequeira
conhecida também em Banabuiú como Digô, nasceu na ribeira do rio Banabuiú em 1924 e desde pequena
sempre produziu as chamadas “bruxinhas” com as sobras de retalhos da sua mãe,
costureira. Assim entretinha as crianças, os filhos e filhas narrando estórias e fazendo sua própria história.
A centenária, apesar da
idade, continua fazendo bonecas de pano, não com tanta habilidade e perfeição.
Estas a mantém lúcida, e feliz, sobretudo pelo prazer em perpetuar a tradição secular inspirada no teatro de bonecos de Antonio Eridan, segundo relato da família.
Com todo o capricho, Vó Luíza ensina o ofício para as mulheres, netas e bisnetas, e diz orgulhosamente: “essa é minha arte”.
As bonecas pretas que relutava em produzir, não estão para brincadeira; muitas estão espalhadas por vários países como símbolo da nossa herança ancestral africana.
Assim promove o debate, sobre o preconceito racial, ancestralidade, beleza afro-brasileira, sobretudo nem ela mesmo imaginou que as bonecas iam tão longe, que iam promover um diálogo com temas recorrentes, como feminismo, memórias e pré-conceito racial.
Com essas narrativas, ela virou matéria jornalisticas em Fortaleza e emocionou dezenas de pessoas, fazendo um resgate das memórias afetivas que cada um faz questão de explicitar em suas falas e lágrimas às vezes silenciosa.
E é assim que Vó Luiza continua mantendo a serenidade, a saúde mental e sendo querida por todos, principalmente as suas cuidadoras.
Instagram: @voluiza97
01/04/2024
Por
Lia Batista
Texto corrigido: por inteligência Artificial
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