quarta-feira, 26 de abril de 2017

MISSÃO ARTISTICA FRANCESA

       

       
         
       No século XIX, com a invasão do exército de Napoleão Bonaparte à Portugal, D. João VI rei de Portugal decide (com o apoio da Inglaterra) transferir toda a corte e o poder de Portugal para o Brasil. A chegada da comitiva real na colônia portuguesa se deu primeiro na Bahia e depois no Rio de Janeiro onde foi instalada no convento do Carmo, cuja sede foi reformada, sendo sua capela transformada em teatro e salas de concertos. (HISTÓRIA DA ARTE, 2017)
       
       D. João VI era preocupado com o desenvolvimento cultural, por isso trouxe na sua bagagem recursos para a transformação da nova metrópole quanto a modernização da nova sede. Diante disso investiu na liberação do comércio, dos portos, das fábricas das tipografias e a importação de livros.

          Por meio dessas decisões organizou a Biblioteca Real, bem como o Observatório Astronômico, o Jardim Botânico e o Museu Nacional. Aproveitando que na Europa, Napoleão perde o poder, D. João resolve contratar alguns artistas franceses que queriam sair da França (apoiados por Napoleão). Logo, o Brasil sofre fortes influências da cultura europeia com a chegada do grupo de artistas.

        Com essa influência em 1816, esse grupo é responsável pela fundação da Academia Imperial de Belas Artes que inaugurada em 1826, onde os alunos teriam a oportunidade de aprender as artes e ofícios artísticos.
     
         Logo, esse grupo ficou conhecido como Missão Artística Francesa que foi chefiada por Jacques Le Breton que dirigia a Academia Francesa de Belas-Artes na França e traziam a modernização desejada por D. João VI. Na comitiva de artistas vieram pintores, escultores, arquitetos, artesãos, músicos, mecânicos, ferreiros e carpinteiros e todos obedeciam ao estilo neoclássico, isto é: construíam à moda europeia, propondo a volta dos padrões da arte clássica (greco-romana) da Antiguidade e do Renascimento.

       O intuito era recriar nas obras de arte a beleza ideal sem contudo imitar a realidade, mas que tivesse a imitação dos clássicos. No começo a reação dos brasileiros foi desfavorável a essa invasão de artistas estrangeiros, pois achavam que seria uma nova colonização cultural, porém eles deixaram uma influência considerável para as artes da pintura na arquitetura.

          O estilo Neoclássico, desenvolvido pela Missão francesa acabou por abandonar os princípios do barroco colonial português.

        Os principais artistas da Missão Francesa foram: Nicolas Antoni Taunai, pintor de paisagem, Jean Baptiste Debret,  pintor histórico, desenhista, Grandjean de Montigny, arquiteto, Auguste Marie Taunay, escultor, dente outros. 

         Saiba mais acesse: 

http://g1.globo.com/globo-news/jornal-globo-news/videos/v/exposicao-missao-artistica-francesa-e-seus-discipulos-esta-em-cartaz-no-rio-de-janeiro/5328632/

Por Lia Batista e Jaul Ferreira
BIBLIOGRAFIA:

quarta-feira, 19 de abril de 2017

ADRIANA VAREJÃO-PAREDE COM INCISÕES A LA FONTANA II

   


Imagem:
http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2011/02/tela-de-varejao-e-obra-de-um-artista-brasileiro-vivo-mais-caro-da-historia.html

Título: Parede com Incisões à La Fontana II
Autor da obra: Adriana Varejão
Data: 2001
Dimensão: 180.00cm x 250.00cm
Técnica: Óleo sobre tela e poliuretano em suporte de alumínio e madeira
 Adriana Varejão é artista plástica contemporânea nascida no Rio de Janeiro em 1964 passou a infância em Brasília e no Rio de Janeiro ingressou no curso de engenharia da Pontifícia Universidade Católica (PUC) em 1981 abandonando no ano seguinte após 2 anos resolve estudar nos cursos livres na escola de Artes Visuais do Parque de Lages (RJ)  fez sua primeira exposição individual em 1988, na galeria Thomas Cohn. A artista se consagrou devido suas obras de arte serem relacionadas a peles vísceras rasgadas, canibalismo, esquartejamento e azulejaria. A artista vem ganhando cada vez mais espaço e é uma das artistas brasileiras de mais destaque na cena contemporânea, no Brasil e exterior.
"Parede com incisões a La Fontana II" é uma das obras principais da artista e foi leiloada em 2011, na Christie’s de Londres e foi tida como a obra mais cara de um artista brasileiro vivo. E atingiu cerca de R$ 2,72 milhões, incluindo a comissão do leiloeiro. A obra apresentada segue uma tendência contemporânea por se interessar em mostrar as verdades do inconsciente que levam a seguir variadas linguagens e a constante experimentação de novas técnicas para atingir novos olhares, conceitos e hábitos artísticos com forma bidimensional, linhas verticais e horizontais com cores complementares como vermelho, vinho, contrastando cores neutras como o preto, branco e cinza. Para a produção dessa obra de arte Adriana Varejão teve como inspiração Goya e Lúcio Fontana.
 Na obra citada a artista presta uma homenagem a "Lucio Fontana (1898-1968)-Pintor, escultor e ceramista nascido em Rosário na Argentina. Desenvolveu sua carreira na Itália.  Suas obras após 1960 foram monocromáticas cortadas ou furadas sendo denominadas de Conceito Espacial, dai transformando-se em trabalhos bidimensionais". (ARTARTE, 2017)
A obra de arte “Parede com incisões à La Fontana II”, apresenta visualmente uma parede com azulejos acinzentados na composição há uma série de linhas verticais e horizontais que impressionam quanto à continuidade, cuja proposta é fazer referência azulejos, a arquitetura, construções, habitação em que abrigam o inconsciente, a intimidade; o acinzentado predominante reflete a um sentimento nebuloso, enquanto a pureza da luminosidade que parte de leves pinceladas de branco contrasta diretamente com o volume e a cor vermelha da carne exposta em seis rasgos na vertical com diferentes dimensões na parte central da tela.  Os rasgos parecem ter sido feitos com um objeto perfurante, como faca ou estilete e dentro das incisões observa-se uma textura de cor vermelho escuro, imitando vísceras escapando nos relevos saindo do interior da parede.  No lado superior esquerdo existe um pequeno furo e em alguns pontos pequenas manchas aparentando vestígios de sangue, como que tocado por alguém. Próximo aos rasgos algumas pinceladas na cor branca provocam maior luminosidade, o que dá mais volume às bordas das fissuras.
De acordo com minha percepção tenho a impressão que a artista ao mostrar as vísceras rasgadas, pretende levar o apreciador a refletir sobre a dor, as relações interpessoais do individuo tal qual o grau de intimidade que pretendemos ter com o outro ou com nós mesmos, ou representação da intimidade por traz de uma parede. Essa dialética obedece a um discurso subliminar com característica pragmática, com funções latentes manifestas onde há integração com o reforço de instigar as emoções e valores afetivos. Portanto, eu enquanto apreciador tive uma sensação extremamente repugnante e asquerosa, que provoca um sofrimento psíquico muito forte de profunda dor.

Por: Lia Batista
Bibliografia:
https://www.youtube.com/watch?v=8c-5bXV7u8g- em 10/04/2017

http://www.ava.uece.br/pluginfile.php/44327/mod_assign/intro/Topico-01.pdf- em 10/04/2017




Saia mais:




Fontes: 
 http://arteseanp.blogspot.com.br/2015/02/lucio-fontana.html
http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2011/02/tela-de-varejao-e-obra-de-um-artista-brasileiro-vivo-mais-caro-da-historia.html Acesso em 12/04/2017
https://www.youtube.com/watch?v=8c-5bXV7u8g acesso em: 12/04/2017

quarta-feira, 12 de abril de 2017

PINTURA NO AMBIENTE ESCOLAR






Dentre tantas formas de arte, a pintura é uma forma de expressão artística que agrega valor dentro da escola, tendo em vista que pode ser usada como ferramenta educacional de grande relevância, pois é uma prática lúdica e dinâmica que desperta interesse de qualquer criança e em qualquer idade. Além, de ser um recurso didático interdisciplinar, ele ajuda a melhorar os aspectos cognitivos, bem como a compreensão, a sensibilidade, promove o intercâmbio sociocultural, a relação com o tempo real e em qualquer momento.
Com as práticas do desenho e da pintura o Arte-educador pode incitar o aluno à percepção visual mais reflexiva, despertar habilidades artísticas e manuais, melhorar a autoestima, desenvolver estilo e traços próprios, bem como promover significativas experiências, dentro e fora do ambiente escolar.
Por intermédio da pintura, o aluno é intuído a representar graficamente o seu imaginário, e é por meio desse olhar perceptivo que a capacidade de alcançar esteticamente seus anseios de observador provoca sensações de impulsos individuais, nos quais muitas vezes levam a perplexidade, podendo ser crítico baseado em suas próprias experiências ou levado pelo olhar momentâneo do real ou do imaginário.
Além das práticas artísticas de sala de aula como os alunos com materiais como, tintas e pincéis, é interessante que o professor elabore exposições em sala, apresente imagens diversas e promova aula de campo em espaços culturais existentes em diversos pontos do bairro ou cidade.  Existe também a possibilidade de conduzi-los virtualmente a outros ambientes por meio digitais. Isso trará aos alunos o impulso de um olhar atencioso que vai além do modo físico da visão, com isso a maneira de expressar-se fortalece o imaginário contribuindo ricamente para a ampliação do conhecimento, engrandecimento psicológico, emocional e intelectual.
Com o trabalho da arte da pintura, o aluno passa a ter um olhar interpretativo mais aprimorado do mundo, mais seletivo através dessa contemplatividade.  Logo, ele será capaz de olhar um objeto ou uma obra de arte de forma mais intensa e fazer uma leitura parcial ou mais profunda. Diante dessa capacidade ele perceberá a diferença entre a emoção e a razão sem, contudo esquecer a sua individualidade e sua importância dentro do contexto social.
            Portanto, o esforço de cada um é sempre recompensado quando há envolvimento de relação, criatura e criador, mesmo que isso signifique pouco interessante, a princípio. Insistir nessa narrativa dentro do processo educativo pode levar a grandes descobertas inventivas e interativas entre os próprios alunos levando a resultados imensuráveis mediante o esforço e boa vontade de cada um.
            Assim, a representação da natureza do belo poderá estar em qualquer lugar e a qualquer hora diante da reflexão subjetiva do aluno que desenvolve a criticidade por meio do olhar profundo do que se ver ou do que se imagina.

Por Lia Batista 



BIBLIOGRAFIA:
Imaens:
https://br.pinterest.com/pin/773915517186242940/
Aprender a pensar é descobrir o olhar.
 Da Autora: Márcia Tiburi 
O que é sensibilidade? Da Autora: Márcia Tiburi
 Educar com Imagens: múltiplos tempos e interpretação Do autor: Raimundo Martins

COMUNICAÇÃO E ARTE NO DIA A DIA

Comunicação é a maneira que o ser humano tem de compartilhar mensagens por meio de códigos definidos, sejam em forma de gestual, verbal, visual, etc., de modo que haja uma interpretação por parte do receptor e este possa dar o retorno ao emissor. Essa característica estende-se também aos amimais, porém sem a possibilidade de evolução continuada como no ser humano.
A comunicação é uma necessidade que acompanha o ser humano desde a infância e percorre toda a sua trajetória de vida. No contexto social a o processo comunicativo é fundamental na evolução do homem. Esta ferramenta essencial sempre foi indispensável, pois é por meio dela que o indivíduo manifesta-se dentro do seu contexto social e expressa suas vontades e ideias.
Na infância, os laços maternos interpretam e decodificam por meio da linguagem pré-verbal as necessidades da criança, por meio do choro, do gesto, da cor da pele, do olhar... Essa forma primitiva de interpretação ocorre pela sensibilidade e o convívio, geralmente materno com o nascituro. Ao passar do tempo essa linguagem vai se modificando e o processo se moldando de acordo com os fatores sociais e geográficos nos quais interferem diretamente na aquisição da linguagem. E é nesse contexto, onde a forma de interagir torna-se um reflexo característico de cada ambiente.
Na minha comunidade, por exemplo, os adultos tem por hábito ficarem nas calçadas todas as tarde e olhar as crianças brincarem, esta é uma peculiaridade de um bairro pacato, tipicamente familiar, onde todos se conhecem. A radinho ao pé do ouvido, geralmente de homens que escutam o futebol e músicas antigas, e estes ficam a olhar o tempo passar, isso dá a entender que a vida não tem pressa. A única pressa é se deslocar até as igrejas pra fazer suas preces, enquanto outros buscam uma pelada de fim de tarde. A Praça da Cruz Grande é um desses locais de encontro de jovens para esse fim.
No entanto, do outro lado da cidade, o vai e vem das pessoas buscam por diversões mais agitadas, caminhadas, compras, praias e sol; em dias de folga, principalmente. A inércia de uns e a correria de outros, muitas vezes impedem o cidadão de observar os monumentos, as artes existentes nas ruas ou até mesmo de conhecer sua própria história.
Vale ressaltar que Fortaleza é uma cidade rica em prédios e monumentos históricos, porém de pouca tradição na preservação destes, por meio do poder público, quiçá do cidadão. Nos últimos anos tenho observado o aumento das intervenções artísticas do grafite amenizando as estruturas pálidas e colorindo os muros trazendo suas mensagens de protestos, indignação ou jovialidades, dentro de um diálogo mais contemporâneo, nessa poética desajeitada que há bem pouco tempo era mal interpretada pela sociedade. Hoje esse tipo de intervenção convoca o apreciador a mergulhar nesse contexto, aparentemente incomunicável para que entendamos que novos códigos precisam ser criados, decifrados e novas ideias precisam ser absorvidas dentro dessa estética na comunicação incitando a sensibilidade humana.

Por Lia Batista Barbosa
Disponível em:  https://www.todamateria.com.br/elementos-da-comunicacao- Acesso em 17/03//2017

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Acesso em 22/03/2107                 

EXPRESSÃO E COMUNICAÇÃO ARTÍSTICA-Livro
Francisco Weber dos Anjos
Inez Beatriz de Castro Martins
Maria Angélica Rodrigues Ellery
2a Edição
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
-2010-(SEAD/UECE).

EIXOS PARA O ENSINO DA ARTE





Os conteúdos para o ensino da Arte na escola apresentam três eixos que devem conduzir as diversas linguagens artísticas para que o aluno possa nortear sua aprendizagem para a melhor compreensão do fazer artístico. De acordo com o PCN de arte (1997) deve haver uma inter-relação entre as práticas, a leitura e a contextualização da arte. Por isso faz-se necessário que os conteúdos aplicados venham desenvolver competências em Arte, e desse modo o fazer artístico precisa de nortes que organizem as ideias inventivas.
Os eixos apresentados são:
A PRODUÇÃO: Refere-se ao fazer artístico, isto é: o aluno deve apropriar-se das habilidades artísticas para a elaboração de produtos artísticos, isso pode dar-se por meio dos experimentos inventivos aos quais tragam sentido histórico, sociocultural. Usando de sua capacidade de improvisação, análise, interpretação, dentre outros que aumentem a capacidade produtiva.
A FRUIÇÃO: É considerada a capacidade de apreciação das manifestações artísticas dentro do seu contexto sociocultural respeitando a integração dos espaços geográficos, fazendo com que haja a inter-relação entre as linguagens artísticas e a diversidade de aptidões existentes nas demais áreas do conhecimento de cada indivíduo.
A REFLEXÃO: Trata-se do conhecimento construído ao longo de todo o processo de fruição, onde o aluno interpreta, critica e julga conscientemente baseado nos critérios de aprendidos no decorrer da elaboração e aperfeiçoamento do produto. Nesse momento ele pode valorizar os aspectos históricos e estéticos, ampliar o conhecimento da linguagem e dos códigos apresentados.
OBS: Não há critério apresentado no PCN quanto à apresentação desses eixos em sala de aula, portanto, fica a critério de cada professor, podendo ser aplicado em qualquer ordem.
MODALIDADES ARTÍSTICAS:  São modos pelo qual o Arte-educador pode apresentar para os alunos em sala de aula.
Artes visuais:
Pintura escultura, desenho, artes gráficas, vídeo, Televisão, gravura, computação, etc

Dança:
Trata-se de um bem cultural da humanidade, onde são integrados trabalho e atividades corporais nas ações cotidianas.

Música: Também é um bem cultural associada as tradições de cada época, que possibilitam a escuta por meios tecnológicos.

Teatro: Esse tipo de modalidade de arte exige a presença do artista por completo. Corpo, fala e gesto dentro de um espaço organizado, para a representação de cultura e conhecimento.

Por: Eliane Batista Barbosa

FONTE:
Introdução a Arte Educação
Livro: Edite Colares Oliveira e Valcidéa do Nascimento
SEAD/UECE-Secretaria de Educação a Distância

Imagens da Rede Cuca Mondubim

https://issuu.com/institutocuca-Acesso em 12/04/2017

http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro06.pdf -Acesso em 12/04/2017