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sexta-feira, 15 de maio de 2020

MULHER, RESISTÊNCIA E DOR NO ISOLAMENTO SOCIAL-ENSAIO DIGITAL



Mulher, resistência e dor: violência doméstica no âmbito do isolamento social.














Todas as imagens e arte são de autoria de Lia Batista, 10/05/2020.

CORONAVÍRUS


Esse vírus nada mais é do que o agente causador da pandemia que transita por todo o mundo. Segundo o site Dasa (2020), “pertence a família de vírus (CoV)” e pode causar doenças respiratórias desde as mais leves podendo evoluir para as mais graves como é o caso da “Síndrome Aguda Respiratória Severa (SARS)” (DASA, 2020).

O vírus é mais letal em pessoas com mais de 60 anos e com histórico de outras doenças, como: diabetes, hipertensão, asma, gestantes, etc. Contudo isso, não significa que os mais jovens estejam isentos do contágio e da suas complicações que podem levar à morte.

Por ser um caso desconhecido da ciência por ter surgido há pouco tempo em que as primeiras vítimas ocorreram na cidade de Wuhan na China (DA REDAÇÃO, 2020), é preciso estar atento para a higiene pessoal e coletiva a fim de evitar o contágio e disseminação. Prevenir ainda é o melhor remédio, sobretudo lavar as mãos com água e sabão, e na ausência destes elementos usar álcool em gel (plano B), não compartilhar objetos pessoais, usar máscaras de proteção e aderir ao isolamento social.

A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER DURANTE A PANDEMIA.

Ao me voltar para esse contexto analiso o cotidiano das sociedades, em especificamente a mulher, brasileira, mãe, dona de casa, periférica e sem estrutura socioeconômica frente aos desafios diversos frente a esse isolamento social. Sem renda, sem espaço físico, sem casa, ou em casa e sem amparo governamental para suprir os básico mínimo necessário para uma vida sustentável.

Um agravante a amedronta: a violência doméstica por parte de alguns companheiros ou familiares a qual tem levado muitas a óbito. Para Bianquini (2020), essa de violência doméstica se torna mais “difícil, por conta da restrição de serviços e de movimentação na quarentena, pela possível diminuição de renda, e pela própria convivência diária e ininterrupta com o agressor”. Como artista me debruço sobre essa causa para me indignar e me solidarizar por meio da arte. Assim surge o: Tema: Mulher, resistência e dor: violência doméstica no âmbito do isolamento social. Daí descrevo um pouco de como foi o meu processo criativo com as poéticas digitais.

PROCESSO CRIATIVO

Nesse isolamento social os artista de todo os lugares se mobilizam em suas inquietações quanto ao Coronavírus e suas perspectivas. As novas formas de comunicar por intermédio das redes sociais tem instigado o mundo dos humanos a se reinventar. Eu enquanto artista, também tenho refletido sobre as questões sociais, econômicas e culturais e seus desdobramentos nesse novo contexto de vivência com as inquietudes duvidosas de um novo cenário mundial.

O meu processo criativo se deu a partir do contexto atual de isolamento social atribuído à pandemia. Com esse sentimento tento abordar a crescente violência doméstica contra a mulher, suas angústias frente as adversidades, sociopolíticas, econômicas, além da possibilidade de contrair a Covid 19, ou ter algum parente infectado com risco de morte. Desse modo. Diante disso acho conveniente promover um debate sobre, o resistir das múltiplas atividades domésticas, agressões físicas, psicológicas por parte de muitos companheiros durante esse “fique em casa”.

Como isso me inspirei nos fatos recorrentes e em casa improvisei o meu cenário para compor esse ensaio. Vesti-me de um personagem para me expor dialeticamente em um propósito poético de dor, angustia e aprisionamento que muitas mulheres vêm sendo vítimas. Acredito que muitas gostariam de que fosse apenas uma representação artística surreal, um pesadelo talvez... Como diante dessa dor também não posso calar, aí vai o meu protesto com esse ensaio com as poéticas digitais e de como aconteceu o meu processo criativo.

 Passei vários dias sentindo necessidade de abordar esse tema. Percebi que em quase toda casa tem um quarto com uma janela, uma grade. Daí, por traz de uma janela com grade fiz várias selfs com o Smartfone para ilustrar essa angústia. Para Longi (2002, p.2), “a palavra queria ir além do papel, fundir-se com a imagem, o som, e criar movimento”, para gerar significado a fim de servir de suporte nesse processo de criação com os meios digitais, onde a imagem tem mais força as palavras, por isso mesmo não os deixa calar, e não podemos calar diante da violência, seja ela qual for, especialmente a violência doméstica contra a mulher, essa peça chave da reprodução humana, protagonista e célula mater da família.

Além da minhas selfs esse ensaio apresenta imagens de duas outras mulheres que também representam a coragem de se expor para comunicar a sua insatisfação com o tema abordado nesse questionamento. 
                
                 EDIÇÃO

Para a edição utilizei o editor de foto Be Funky,  que baixei gratuitamente para recortar no celular muito fácil de manipular, desfocar, substituir cor e inserir vários elementos. Achei bem intuitivo mesmo nessa versão free e os recursos bem sugestivos.
Outros aplicativos de edição de fotos utilizados: Fotor e OIE, e Photoshop online.



BIBLIOGRAFIA

BIANQUINI, Heloisa. Combate à violência doméstica em tempos de pandemia: o papel do Direito. Consultor Jurídico. Abril, 2020. Seção Colunista. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2020-abr-24/direito-pos-graduacao-combate-violencia-domestica-tempos-pandemia>

Acesso em: 15/05/2020.

CORONAVIRUS o que é, sintomas e como se prevenir da Covid 19. DASA. 2020.
Disponível em: <https://dasa.com.br/coronavirus> Acesso em: 15/05/2020.


DA REDAÇÃO. Wuhan, onde surgiu o novo coronavírus, é exemplo de ‘esperança’, diz OMS. VEJA, São Paulo, mar 2020. Seção Mundo.


EDITOR de foto online. OIE. 2020
Disponível em: < https://www.online-image-editor.com/?language=portuguese> Acesso em: 15/052020.

EDIÇÃO de fotos e Design gráfico feitos para todos. BEFUNKY. 2020.
Disponível em: <https://www.befunky.com/pt/> Acesso em: 15/05/2020.


LONGHI, Raquel Ritter. Intermedia, ou para Entender as Poéticas Digitais. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) In. INTERCOM – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação.XXV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Salvador/BA – 1 a 5 Set 2002.

PHOTOSHOP Online - Grátis em Português. 2020.

Disponível em:

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http://www.photoshoponline.net.br/> Acesso em: 15/05/2020.