DISCURSO DE POSSE - CADEIRA 124. MUNICÍPIO DE BANABUIU
SAUDAÇÕES
Excelentíssimo presidente da Academia de Letras dos Municípios Cearenses, Francisco de Assis Clementino Ferreira (Tizin), em nome do qual saúdo aos demais membros desta conceituada Arcádia.
Excelentíssimos presidentes das demais Academias de Letras, confrades, confreiras e demais representantes de instituições aqui presentes.
AGRADECIMENTOS
Permitam-me fazer um agradecimento especial a confreira Oneida Pontes que me apadrinhou nessa jornada acadêmica e a amiga Lucimeire Marques que colaborou com minha monografia.
Minha mãe, que é meu maior exemplo de resistência, a Vó Luiza, prestes a completar 100 anos e que não pode estar presente devido à sua dificuldade de locomoção, ao meu digníssimo esposo, meus filhos, família e amigos presentes.
Nesse momento, dia 16 de março de 2024, em que tomo posse nesta Academia de Letras dos Municípios Cearenses, reporto-me à memória do meu saudoso pai, Amadeu Correia Batista, que hoje completa exatamente três anos de seu retorno ao seio do Pai Eterno.
Com ele aprendi as primeiras letras desenhadas em papel de enrolar pão. Criado sem pai e de família humilde, a princípio, homem de poucas letras, artesão, militar de carreira e autodidata em muitas áreas, me ensinou o valor da vida, os princípios éticos, morais e cristãos.
Com dois dedos, quando eu ainda na adolescência, me ensinou a manusear a máquina de escrever, bordar, tecer, além de outras tantas atividades naquele laboratório chamado lar, onde o afeto e a união eram os valores primordiais.
Ao passar muitos anos, eu como “eterna aprendiz” pude passar para o computador e registrar seu sonho literário, acompanhando todo o processo da obra intitulada “Reino Milenar de Cristo”, resultado de 50 anos de estudos das Escrituras Sagradas.
Hoje dedico esse momento ímpar a ele, cheia de orgulho, pois o terei sempre como minha maior referência de vida.
E é com muita honra que, mesmo sem ter literatura publicada ainda, sinto-me premiada e abençoada por Deus e por todos dessa Arcádia, pela oportunidade de me incluir como parte da família ALMECE, sobretudo para ocupar a cadeira de número 124, referente ao Município de Banabuiú-CE, no qual tenho como parente por afinidade, a minha sogra a artesã Vó Luiza (DIGÔ) nascida em Banabuiú.
Conheci Vó Luiza trabalhando com retalhos e fazendo histórias; E eu quero a partir de hoje ser incluída como um desses retalhos nesse silogeu, para aprender, ressignificar, compartilhar saberes, afeto e dores, enriquecendo nossos valores humanos, coletivamente para construirmos novos caminhos, sonhos de vida em prol de uma sociedade mais sustentável, justa e igualitária e são nesses retalhos e tessituras que tão bem registra a escritora e educadora Cris Pizzimenti, em sua poesia:
"SOU FEITA DE RETALHOS"
CONCLUSÃO
Portanto, quero deixar meus sinceros agradecimentos, aos nossos familiares que nos deram força para continuar, aos presentes, ao Excelentíssimo Senhor Presidente e demais autoridades acadêmicas.
Ao nosso Deus Todo Poderoso, que Ele nos faça trilhar pelas veredas da justiça, do conhecimento e da reciprocidade em prol de uma sociedade mais igualitária e humana.
E saibam que este momento não é uma posse, mas, sim, o começo de uma nova jornada, um novo ciclo.
Pois, o sucesso não acontece por acaso, não é coincidência, muito menos sorte. Mas uma sucessão de esforços, muitas doses de paciência, depois de alguns percalços.
Quero aqui parabenizar a minha colega Célia Leite, que também recebe essa missão acadêmica, te desejando muito sucesso nessa nova jornada.
O meu muito obrigada!
Por Lia Batista
Fonte:
Pensador- Sou feita de retalhos. Cris Pizziment. E
Disponível em: https://www.pens ador.com/frase/MTk5NTA1Mg/> Acesso em: 10 mar 2024.
Eco arte Lia Batista.
Disponível em: <https://www.instagram.com/p/C4lZDT9Lw6-/> Acesso em: 17 mar 2024.