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segunda-feira, 4 de março de 2019

PINTURA "NEM SE DESPEDIU DE MIM"




Ficha técnica:
Título: "NEM SE DESPEDIU DE MIM"
Técnica: Mista
Dimensão: 60cmx82cm
Ano: 2016
Categoria: Assemblage
Artista: Lia Batista

PROCESSO CRIATIVO

                       Essa obra de arte foi inspirada na música nordestina de Luiz Gonzaga "Nem se Despediu de Mim" e faz parte da série Cultura Brasilis. A ideia de produzir uma obra dessa relevância não surgiu à toa. Por apreciar a cultura e a música nordestina em especial de Luis Gonzaga procurei compor neste trabalho uma imagem que lembra os traços físicos do ator Chambinho como personagem contemporâneo e que representa muito bem o "Rei do Baião" em cenário tipicamente nordestino com as característica peculiares do chapéu de couro, sanfona e gibão.
                            Produzida na técnica mista em óleo,   pincéis chato de número 18, 12, 4  e espátulas. Com preenchimento tipo  pintura de fundo e para o personagem  usei a técnica de pintura em camadas finas (veladura) e para a vegetação foi utilizada a espátula e pincéis. 
                            
                          De acordo com Pianowiski e Goldberg (2015, p. 111), As transparências obtidas por meio do óleo de    denominada de velaturas, podemos obter uma imagem com profundidade e que de tão fina que é a camada as vezes só se consegue descrever as cores por mio de um microscópio. Eu por exemplo costume fazer isso diretamente na tela, por isso nunca consegui copiar com precisão a  mesma obra fielmente.


                         Como de costume uso a marca  Acrilex em meus trabalhos  por terem uma cartela de cores diversificadas e de ótima qualidade. Nesta obra usei as tonalidades  como: azuis, verdes, branco, marrom Wandick, ocre, sombra queimada, amarelo indiano, preto, amarelo pele, vermelho e laranja. 

                       Para o chapéu foram usados bijuterias velhas, como estrelas em aço, tradicional couro e o relógio, este  para dar enfase a poética musical e promover um diálogo da contagem das horas e despedida que o autor retrata na música. Os cactos representam a seca e a resistência e a perseverança de dias melhores do povo do sertanejo. A sanfona foi produzida com um filtros de ar automotivo alinhavada sobre a tela e esta caracteriza a identidade do "Rei do Baião". Essa técnica é chamada de assemblagem por se tratar de agregar vários materiais aos quais o artista achar interessante para a composição da obra. 
                 
                  Esse tipo de técnica é muito usada na arte contemporânea tendo em vista a  disponibilidade de resíduo estão disponibilizado no meio ambiente. Esse trabalho também serve como uma "manifestação de protesto" em que se pretende levar o espectador a reflexão sobre o consumo inconsciente e o tratamento incorreto do lixo e suas consequências.
         
                       O reuso do filtro nessa obra pode ser  do automóvel "Royalit Free", composto de papel e uma espécie de resina que dar maior resistência podendo ser lavado levemente. Esse é o procedimento que faço antes de reusar esse material. 

                                                                  CONCEITO DA OBRA

                     Não há dúvida que a cultura é um processo de leitura que nos apresenta uma diversidade de signos que identificam a origem e o cotidiano de um povo. Esse processo é dinâmico enriquecedor ao qual nos remete a antiguidade de uma determinada população. Dessa forma decodificar as tradições culturais de um povo carece de informações histórica para a compreensão de todo o processo das tradições e das memórias.
               
                  A pluralidade de culturas relacionadas as referencias "dialogam e se fundiram" em muitos aspectos criando uma identidade tipicamente brasileira advinda das culturas africanas, europeias e indígenas que enriquecem nos aspectos artísticos como um todo, desde as crenças, musicas, costumes, dentre outros (ASSUNÇÃO; VASCONCELOS 2015 p. 12).
               
                 Dentre esses sinos o  nordeste  traz uma herança cultural de extrema grandeza. A música por exemplo apresenta ritmos diversos, mas o Baião com seu ritmo  frenético e contagiante adota o uso sanfona, zabumba, viola caipira, flauta doce e triângulo.
               
                    De acordo com Pesquisa (2019), essa música nordestina teve início na década de 1940 por meio de Luis Gonzaga como "rei do Baião' e Humberto Teixeira, o "doutor do baião" cujas origens musicais são de tradição  "caipira e danças indígenas".
                 
                    De sorte é que o "rei do Baião" consegui representar a angústia do  homem sertanejo  com originalidade e desenvoltura. A música " Nem se despediu de Mim" relata a pressa de uma pessoa amada em beber água na quartinha, uma espécie de deposito de água para beber usada nas casas do sertão, e nesse diálogo romântico à espera da amada deseja que ela quebre o pote, a quartinha em caso de arrependimento. 

                Segundo alguns historiadores "Baião" seria o nome originado de baiano e que esse ritmo é resultante da união do batuque dos escravos, uma espécie música e dança dos escravos com portugueses, "moda de viola e danças indígenas", conhecida como Lundu (COELHO, 2015).

                  Detalhes históricos à parte sabemos que a música é uma modalidade artística que expressa sentimentos e atemporal diante da sua poética. Assim, como qualquer de Arte a sensibilidade de quem ler e interpreta é algo peculiar de cada olhar sensível; É uma inter-relação complexa estabelecida de acordo com os diversos contextos socioculturais e históricos..

                 Portanto essa representação pictórica da música de Luiz Gonzada pretende relacionar uma experiencia visual e tátil com a música em que o apreciador possa ter uma conexão da prática  do sensível consigo mesmo e com nossas origens. Espero orgulhosamente que o "arrasta o pé do Baião" de Seu Luis esteja vivo e sossegado sem se despedir da cultura brasileira também por meio dessa obra pictórica.

Por: Lia Batista

Vídeo

Vídeo:
Nem se despediu de mim - Luiz Gonzaga - Composição: Luiz Gonzaga e João Silva
Música 200. 02.set.2009.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Vv7CeUGj0Nk&list=RDVv7CeUGj0Nk&start_radio=1&t=198> Acesso em: 04/03/2019

Bibliografia:

PESQUISA, Sua.com. Baião. 2019.
Disponível em: <https://www.suapesquisa.com/o_que_e/baiao.htm>> Acesso em: 12/02/2018.
COELHO, Aldemário, Blog oficial do Forrozeiro. Curiosidades do Nordeste: O que é Baião?. Fev,2015.
Disponível em: <http://www.adelmariocoelho.com.br/blog/curiosidades/curiosidades-nordeste-baiao-430.html> Acesso em: 12/02/2018.

FREE, Royalit. DreamstimeFiltro de ar do carro no fundo brancoJanuary 02nd, 2013.

Disponível em: <https://pt.dreamstime.com/imagem-de-stock-royalty-free-filtro-de-ar-automotivo-image31417476de ar po> Acesso em: 04/03/2019

Música 200. Nem se despediu de mim - Luiz Gonzaga. 
02.set.2009.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Vv7CeUGj0Nk&list=RDVv7CeUGj0Nk&start_radio=1&t=198> Acesso em: 04/03/2019


PIANOWISK, Fabiane; GOLDBERG, Luciane. Artes Plásticas: Métodos e técnicas do ensino de artes. 3. ed. Fortaleza  - Ceará: UECE, 2015. p. 111.









quinta-feira, 8 de novembro de 2018

BRASIL INCLUSIVO




  



Ficha técnica:
Título: BRASIL INCLUSIVO
Técnica: Acrílico sobre tela
Dimensão: 55cmx90cm (Bidimensional)
Ano: 2018
CATEGORIA: Pintura
PROCESSO CRIATIVO:

            Esta obra foi inspirada em rabiscos que haviam sido guardados desde 2007 e que este ano resolvi por ocasião da Copa do Mundo precisava aumentar a série “Cultura Brasilis” para uma exposição no North Shopping Fortaleza. Foi produzida sobre lona de algodão água e tintas acrílicas diluídas em água, levou cerca de dois dias para ser concluída. Para o preenchimento da superfície foi usado pinceladas cheias e longas. 
            Pinceis utilizados foram do tipo chato número 12, 14 com cerdas duras e pincel N° 4 com cerdas macias para fazer finalização dos alinhavos brancos. Também foram usadas cores quentes como: laranja e vermelho; frias como azul e verde, marrom Wandick, verde oliva e verde folha com leve sombreamento. As cores de fundo são chapadas e o sol com pequenos sombreados nas personagens e no sol dando a impressão de raios intercalando o amarelo e laranja com o branco.  As linhas de pesponto cadenciados é uma inspiração baseada na arte do couro de Expedito Celeiro de Nova Olinda-CE.

CONCEITO DA OBRA

                 Em meio a tantas desilusões no mundo contemporâneo a arte ainda resiste com sua poética, dentro de um lirismo que nos possibilita inferir as práticas do sensível modo de pensar, seja por meio de protesto, indignação ou até mesmo a busca pelo afeto, amor perfeito que nos sujeita a reverenciar a plasticidade de obras de arte que nos comove intimamente como se a prática artista estivesse encrustado no nosso pensamento ou tivesse feito parte da subjetividade viva.
Distante do Paleolítico onde as cavernas com seus lugares obscuros serviam de suporte para o que viria a ser “Arte” um dia, os desenhos iconográficos nos inspira a um ritual criativo na construção e descoberta do modo peculiar do fazer artístico na sociedade contemporânea.
                 Certamente a comunicação vem mudando ao longo dos séculos fazendo com que o homem busque novas maneiras de dialogar com o outro. Se isso é evolução eu não sei; todavia esse diálogo precisa ser entendido explicitamente, coisa que na arte nem sempre isso é compreendido. Apesar desse contraponto o sentimento do ser humano continua o mesmo em todas as épocas embora a simbologia seja distinta. Se já no Paleolítico a arte rupestre era produzida com ferramentas rudimentares, hoje as tecnologias digitais nos apresentam novas possibilidades de construção imagética, porém o sentimento, a percepção humana continua influenciada pela cultura visual do cotidiano de cada civilização.
                  Nesse contexto, a sensibilidade se perpetua mesmo com novos olhares e saberes que fazem do homem eterno dentro do seu contexto social. Dessa forma, a arte resiste ao tempo provando que o amor e a inclusão do outro nos estimula a continuar sensível.
Para tanto, a criação da obra “Brasil Inclusivo” vem tratar dessas questões do cotidiano, da emotividade, da família, da inclusão e da natureza humana.
                    É uma obra que foi inspirada em rabiscos que haviam sido guardados desde 2007 e que este ano resolvi por ocasião da Copa do Mundo, busquei aumentar a série “Cultura Brasilis” para uma exposição no North Shopping Fortaleza.
O trabalho tenta trazer para o centro da discussão um diálogo reflexivo com intimidade das questões socioculturais brasileiras, com suas características étnico-raciais e ícones que remetem à seca, a pesca com devida significância a resistência e continuidade ao serem colocadas linhas de continuidade em cores tropicais delimitados por pontos brancos como se fossem alinhavos.
                    Esta foi inspirada na arte do couro de Expedito Celeiro de Nova Olinda-CE que surgiram a ideia dos alinhavos e seus contornos de pontos sequenciados em branco que demarcam as formas curvilíneas crescentes, que representam a expansão e a continuidade resistente da cultura brasileira; Também pode ser simbolizada como uma colcha de retalhos que se move em torno da imigração de vários povos por ocasião do descobrimento do Brasil e com mais expressividade com o domínio português e a descoberta do ouro em Minas Gerais. De acordo com site Brasil Escola (2018), “calcula-se que nos primeiros cinquenta anos do século XVIII entraram só em Minas, mais de 900.000 pessoas”.
                A obra Brasil Inclusivo é um convite à reflexão sobre as nossas origens, as nossas limitações quanto são inseridas a imagem do cego com bengala e sem óculos, do cadeirante e da mulher gestante e da Iracema, ícone da representatividade indígena cearense do escritor José de Alencar.
            Nesse sentido, associar que a obra pode se inserir em vários contextos aos quais os elementos visuais instigam na leitura e compreensão é fato. É uma obra figurativa, contemporânea que nos mostra a riqueza de detalhes desde a parte superior com viga sobre os ombros das personagens adultas como se fosse um peso da responsabilidade, logo á frente uma coluna que se caracteriza como uma limitação da diversidade e regionalidades cultural do nosso povo.
            Portanto, a presença da Bandeira Brasileira é muito bem vinda nesse contexto, pois simboliza muito bem essa classificação pictórica, a qual a tornará como uma obra sempre atualizada diante da brasilidade consoante idealização das riquezas, que nos destinam para promoção da autoconfiança, do sentimento de brasilidade, a resistência e o orgulho que se sobrepõem as demais questões. 
           Assim, essa obra pretende inferir a reflexão sobre o nosso cotidiano, a diversidade sociocultural para que tenhamos uma cidadania plena de direitos e respeito ao próximo.

OBS: A ANÁLISE DA OBRA SE DEU A PARTIR DO PONTO DE VISTA DA ARTISTA, PODENDO SER AMPLIADA POSTERIORMENTE.
Por: Lia Batista

Fonte:
ESCOLA, Brasil. Imigração no Brasil.
Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/brasil/imigracao-no-brasil.htm>  Acesso em: 01//112018







 


terça-feira, 16 de outubro de 2018

O ÊXTASE DE SANTA TEREZA






Imagem:
 Disponível em: <http://www.romapravoce.com/extase-santa-teresa-davila-bernini/> Acesso em: 09/102018

O Êxtase de Santa Tereza trata-se de uma escultura barroca de cunho religioso feita em mármore branco e colorido produzido entre 1598-1680 pelo artista italiano Gian Lorenzo Bernini. A obra encontra-se “em um nicho em mármore e bronze dourado na Capela Cornaro na Igreja de Santa Maria della Vittoria, Roma” (ROSSI, 2013).
 De acordo com Rossi (2013), para essa obra o artista segue as ordens da Igreja Católica Romana cuja finalidade é estimular a sensibilidade religiosa dos fiéis.
Ao observar a escultura podemos inferir alguns pontos de vista estéticos. De acordo com Costela (1997), esses pontos de vista podem colaborar na compreensão do significado e o porquê do fazer artístico.
Nesse sentido, associar que a obra pode se inserir em vários contextos aos quais os elementos visuais nela presentes instigam na leitura e compreensão. São por exemplo: conteúdo factual, expressional, convencional, institucional, etc.
  Os pontos de vista institucional e convencional atende as necessidades da igreja para sensibilizar os fiéis. É uma obra realista, expressional, pois corrobora visivelmente com a expressividade provocando o sentimento do perplexo no expectador diante dos traços expressivos da face e corpo da santa em posição de desmaio e extremo prazer.
A estrutura mostra riqueza de detalhes desde a parte superior com o aglomerado de hastes em bronze insinuando aos raios de estrela que se sobrepõe na ala central espelhando sobre as personagens sobre uma nuvem formando um cenário teatral requintado; logo à frente as esculturas em mármore branco se sobressaem com vestes volumosas, fluidas e bem detalhadas com plasticidade excepcional.
A iluminação presente amplia a todo o cenário proporcionando maior fidelidade e sensibilidade nos corpos alongados (característica barroca) evidenciando os gestos, o detalhamento das mãos, o caimento esvoaçante das vestimentas e a expressividade dos rostos e dos gestos singelos.       
Todavia vale ressaltar que a emotividade não atua de forma isolada, mas harmonicamente em todo o conjunto da obra. Ainda podemos constatar a presença do anjo sorridente, jovial com lança dourada, asas abertas com corpo parcialmente coberto com roupas fluidas como que balançadas pelo vento. Ao perceber o anjo com a lança a Santa “desfalece sobre uma nuvem” com um prazer intenso de “êxtase e exaustão”.
Sob outros olhares para além do “fervor religioso” o “Êxtase de Santa Tereza” impresso na escultura de Berrnini perpassa uma “interpretação emblemática” a cercada do questionamento que se supõe “mais para o carnal que para o que para o espiritual” (ROMA PRA VOCÊ, 2013).
 Certamente Bernini se fez transportar sensivelmente para compor essa obra, cuja magnitude dos detalhes nos permite imaginar a sua imersão sobrenatural de estar inserido na leveza de uma nuvem sentindo o balançar dos ventos, o cintilar da estrela para representar divinamente tamanha obra prima, que sem dúvida nenhuma pode ser considerada uma das mais belas do século XVII.
Portanto, a engenhosidade artística, o tipo de mármore, as ferramentas contribuíram significativamente o acabamento perfeito que perpassa ao espectador a sensação de drama emoção e movimento.

Texto refere-se a atividade da disciplina de  Modelgem e Escultura do curso de Licenciatura em Artes Visuais UAB/UECE.
 Por Lia Batista

BIBLIOGRAFIA
COSTELLA, F. Antônio. Para Apreciar a Arte. Roteiro Didático. Ed. 3. São Paulo. Editora SENAC.1997.
Disponível em:

LUCIANA. O Êxtase da Santa Tereza D’Avila, de Bernini: Beleza, Eros e até Psicanálise. Termini. 22/05/2017. Roma pra você

ROSSI, Juliana. Renascimento.Joinville, 18 fev. 2008. Blog Desenho e História da Arte.
Disponível em: < http://julirossi.blogspot.com.br/2008/02/renascimento.html >. Acesso em 08/10/2018


terça-feira, 7 de agosto de 2018

EXPOSIÇÃO CULTURA BRASÍLIS


Lia Batista e Marlon Silveira

Pelo segundo mês consecutivo, após a "Exposição Eterna" tive a honra de ser convidada para expor no espaço cultural do North Shopping Fortaleza. Por ocasião da Copa 2018, no mês de julho, a Exposição Cultura Brasílis por Lia Batista contou com participação especial do renomado artista visual Antonio Lopes. A exposição apresentou 40 obras de arte em óleo, acrílica e mistas. As obras retrataram os mais diversos aspectos da cultura brasileira, bem como as danças, a música, o futebol, etc. promovendo abordagens reflexivas sobre as nossas origens, práticas e costumes da nossa cultura herdadas de outros povos. 


Antonio Lopes e Lia Batista

Já o critico e artista Antônio Lopes participou da mostra abordando a cultura regionalista, com temas sertanejos e o drama da seca nordestina apresentando o famoso carro pipa. Seu trabalho pode ser considerado uma herança de pai para filho, já que é filho do grande artista cearense, Afonso Lopes. O estilo impressionista é bem marcante em seus trabalhos, assim como as pinceladas fortes e desestruturadas herdadas de seu pai que dão exclusividade e originalidade ímpar em suas obras. Ele simplesmente descreve as cenas de forma despojadas saídas de sua mente sem rascunho, o que muito me impressiona. Suas obras demonstram muito estudo de observação da natureza apresentando vivacidade e luminosidade perfeita. De acordo com Miranda (2010, p. 59), "... as figuras perderem nitidez e precisão, visto que o desenho deixa de ser o elemento estruturante da composição pictórica para dar lugar à plasticidade". Assim as cores vivas são captadas construindo uma harmonia visual. E nesse contexto a experiencia de vivenciar essa parceira com o artista foi extremamente enriquecedora.



A exposição teve abertura oficial no dia 11 com a receptividade incondicional e calorosa do North Shopping Fortaleza por meio do curador Marlon Silveira. Na interação com o público eu e Antonio Lopes tivemos a oportunidade de explicar como surgem as inspirações e como são feitas as pesquisas que resultam nas mais diversas narrativas pictóricas. Diante disso podemos perceber como os apreciadores ficam apaixonados e emocionados diante das descrições artísticas, aos quais muitos se emocionar visivelmente.





Para um artista principiante como eu, acredito que essa experiencia gera energia positiva o suficiente para acreditar que a arte pode transformar vidas e que todos nossos esforços fazem sentido quando temos a oportunidade para expor e retratar sentimentos por meio do fazer artístico instigado o apreciador encontrar consigo mesmo de uma forma singular. 

Trinta e quatro obras de arte compõem esta série apaixonante sobre cultura brasileira, as quais foram iniciadas em 2014. Apesar do tempo e da quantidade de obras continuo acreditar esse trabalho ainda pode ser ampliado. Portanto, o intuito desta exposição é resgatar um pouco as nossas heranças culturais, as tradições e costumes, ora despercebidas pelo cotidiano agitado das grandes metrópoles.




ALGUMAS OBRAS DA EXPOSIÇÃO
CULTURA BRASILIS



































Agradecimentos: 
North Shopping Fortaleza
https://www.northshoppingfortaleza.com.br/
Ao curador Marlon Silveira
Antonio Lopes: ((85) 98502 0433


Fonte:
MIRANDA, Dilmar Santos de História da Arte II - Do Romantismo à contemporaneidade. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (SEAD/UECE), 2010.
Imagens: Marlon Silveira, Noemi Da Silva, Acervo pessoal, 2018.