quinta-feira, 17 de março de 2022

ESPAÇOS INTEGRATIVOS



 A cada dia percebemos que a conexão entre ser humano e natureza precisa ser repensada na lógica educativa. A arte em sua dinâmica se reinventa para encarar esses desafios, não como algo novo, mas como necessidade de mudança contínua desde a ancestralidade.
Nessa lógica, descobrir novos parâmetros faz-se necessário para lembrar que o homem como agente integrador dessa construção, carece de estar conectado em seu próprio eixo de consciência. Nesse sentido, os espaços integrativos oferecem ao indivíduo condições de incrementar suas relações pessoais e interpessoais com os objetos de arte como símbolo imaginativo interagindo consigo mesmo e com o outro.
 Dessa maneira é possível perceber que as linguagens artísticas, sejam músicas, pintura, dança teatro, cinema, fotografia, arte digital, dentre outros, possibilita a prática integrativa dando evasão a outros discursos não se limitando as leituras teóricas, mas se complementado por si só.
“A expressão através da arte facilita a comunicação do que não cabe em palavras, a reorganização interna, a manifestação emocional, o autoconhecimento, as informações subconscientes, libertando a capacidade de pensar e sentir de modo criativo” (AZEVEDO, 2017).
E é nessa capacidade criativa que surgem às construções simbólicas para a formação das mais diversas “formas de expressão e manifestações culturais” inerentes a qualquer sociedade as quais se articulam de forma organizada para construir novos discursos e valores segam estéticos, ideológicos, políticos etc. para a conquista de novos espaços.  Logo “aprofundar” esse discurso pode interferir na “compreensão destes fenômenos” (ALVES, 2013).
No meu modo de pensar os contextos artísticos integrativos e arranjos produtivos em cultura são modos contemporâneos de apresentar e integrar as mais diversas linguagens artísticas (música, dança, teatro, pintura, arte digital, etc) em um mesmo senário ou contexto; sejam físico, virtual, tátil, que integrem com o imaginário coletivo onde há possibilidade de  experimentar  objetos de arte para novas vivencias sensitivas.
ITEM 2- MÚSICA BANDO DO SEU PEREIRA

É uma banda musical com 3 músicos que leva música e conscientização ambiental para regiões rurais. O grupo se apropriou da música em ritmo nordestino com princípios interventivos da permacultura para conscientizar as pessoas sobre as questões ambientais na região sudeste em época de desabastecimento (formado em 2014 em São Paulo) resolveu por a “mão na massa” para instalar caixas d’água e captar água da chuva juntamente com vizinhança.
Depois dessa atitude, o grupo resolvera colaborar com as vitimas da tragédia de Mariana (MG) para sensibilizar as vítimas com a com seu enredo musical a reorganizar suas vidas por meio das práticas da permacultura, com plantio da agricultura familiar nos espaços devastados pela lama, fazer intervenção e restauração de nascentes; pintura em murais restabelecendo espaços públicos de forma colaborativa. De forma que a linguagem musical deste grupo tem um compromisso com a defesa e o equilíbrio do meio ambiente.
INTERVENÇÃO DE ALEJANDRO CHELLET

Imagem:
Disponível em: <http://www.alejandrochellet.info/art-interventions.html> Acesso em: 14092019
Essa arte é criação do artista mexicano Alejandro Chellet, tem como tema “A casa do Fogo”. Compreende por uma intervenção feita por caule de bambu em uma paisagem da “Fundació L’Olivar em Alt Empordà, na Catalunha”. Representa o misticismo do poder do colono bem como homenageia poder do fogo do divino e seus dos seus avós, ao qual  reivindica territórios suscitando aos apreciadores a se conectar com a natureza e seus espíritos  (CHELLET, 2016).
BIBLIOGRAFIA
ALVES, F. G. C. B. Formas de Expressão Artística Integradas. 2. ed. Minas Gerais:
UAB/UECE, 2013.
CHELLER, Alejandro. Art Intervention, 2016.
Disponível em: <http://www.alejandrochellet.info/art-interventions.html> Acesso em: 14/09/2019.
AZEVEDO, Igor. Terapias Integrativas. 2017.
Disponível em: <https://www.igordeazevedonaturologia.com/arte-integrativa> Acesso em: 12/09/2019.

PACHECO, Elizabete. Grupo ensina a permacultura, a cultura da permanência. GLOBO NEYS.  VÍDEO




BODE IOIÔ-2022-Homenageia a Semana de Arte Moderna

Acrílico sobre aço-Releitura da obra Abaporu-2022

Artista Lia Batista/2022
Imagem acervo pessoal, 2022

100 anos da Semana Moderna,100 anos de bode Ioiô. Coincidência ou não, aqui registro a minha homenagem em forma de arte desses dois eventos importantes, tanto para o mundo como para o Ceará.

Quem foi o bode Ioiô?


"O Mascote folgado na coluna do passeio público de Fortaleza. Acrílico sobre aço (reuso de antena de TV ).

Com essa releitura do Mascote Ioiô, pretendo fazer uma homenagem a Tarsila do Amaral com sua obra Abaporu, já que a artista foi um dos grandes nomes do período antropofágico do movimento modernista no Brasil.

Assim, eu comemoro e compartilho está pintura homenageando aos 100 anos da Semana de Arte Moderna que acontecerá este ano, no mês de fevereiro de 2022.

Esta releitura também faz uma homenagem aos 100 anos da figura folclórica de Fortaleza, o famoso do Bode Ioiô."
Texto do instagram:
 by Lia Batista
https://www.instagram.com/p/CZIHK19urLH/?hl=pt-br


Acrílico sobre tela-2019


Arte digital 2020





Pintura em tecido/2022



Acrílico sobre aço (reuso de antenas de TV)-2022
Bobe na Praça do Ferreira-2022


"Bode Ioiô, 2022 - Pintura em acrílico sobre (metal) antena de TV. O Bode Ioiô chegou estilizado para marcar a história da cultura em Fortaleza.
Aproveitando a pegada ambiental, por um voto mais consciente."
By Lia Batista
Disponível em: https://www.instagram.com/p/CYyukUurUEh/?hl=pt-br


Acrílico sobre aço-Bode de máscara-2022



"Bode de máscara. Acrílico sobre aço (antena de TV). Olha ai garotada, o nosso Bode Ioiô...
Até o bode parou o seu vai e vem nessa pandemia da Covid 19 para incentivar as medidas sanitárias.

Uso de máscara, isolamento social... quem diria!

Pelo visto, já está vacinado, mais o álcool... cuidado bodinho... só em gel.

Assim ele espera, aprecia a praia, o Passeio Público, as gaivotas... tudo de longe e sem aglomeração social.

Pelo visto vai deixar suas andanças para quando as eleições estiverem próximas ou quando a pandemia passar.

Afinal, bode de 100 anos, espirrando e com Covid 19, ninguém quer".
Bom exemplo.

Te cuida bodinho!!"
  
Texto: 
instagram:
Eco Arte Lia Batista
https://www.instagram.com/p/CZSYwoWuFZM/


 

segunda-feira, 7 de março de 2022

 DIA DA MULHER

Palestra: Eco Arte: Economia Circular na prática do empoderamento da mulher.



Comunidade Campos Novos: Imagem: Paixão-05 mar 2021


Roda de conversa: Despertando o empreendedorismo socioambiental



Russega (Aquiraz) Imagem: Paixão-27 mar 2021


Durante algum tempo o isolamento social e a transmissão do vírus da Covid 19, não permitiam encontros ou aglomerações. Esperamos que a partir deste momento comece a normalidade para que nossos encontros sejam mais calorosos, embora a virtualidade do mundo digital seja realidade e chegou pra ficar.

Durante esses dois anos de pandemia atendemos famílias inteiras e pessoas individualmente(com os devidos cuidados), demos orientação via redes sociais, atendemos por telefone, videos chamadas... Foram momentos difíceis.
Foram dezenas de chamadas de vídeos, lives, áudios e tudo mais, prestar serviço de solidariedade à pessoas que perderam empregos, fecharam seus negócios e perderam parentes por causa da Covid 19. Inclusive, eu perdi meu pai e uma tia.

Com essas pessoas choramos, nos desesperamos, ficamos confusas e muitas angústias sofremos juntos.
Aqui no ateliê Eco Arte, tivemos que buscar alternativas para continuarmos as aulas de uma maneira virtual. Muitas vezes fazíamos visitas à noite, entregávamos e pegávamos material para  que o trabalho das mulheres não parasse, bem como pegávamos e entregávamos as encomendas feitas por clientes via redes sociais.

Como geralmente trabalho com mulheres donas de casa/artesãs,  assessorá-las com os aplicativos foi um desafio a ser encarado. Muitas delas nem sabiam utilizar o Whats App. 
As aulas foram apresentadas por pequenas chamadas de vídeos para estimular a aprendizagem e trabalhar a autoestima, que por diversas vezes minimizava os transtornos causados pelo stress do isolamento social, violência doméstica e depressão sofrida por várias mulheres.

Eu mesma tive a grande perda do meu querido pai, Amadeu Corria Batista, um dos homens mais íntegros, solidário e humano; um paizão que era uma mãe. Diabético há três anos e fazendo hemodiálise, após ser sido hospitalizado, contraiu a Covid 19 no Hospital Geral Militar de Fortaleza (16/03/2021) e foi a óbito. Muito triste, mas tendo que consolar outras famílias sobrevivi. 

Após todo esse período, espero que o tempo se encarregue de amenizar as lembranças sombrias. 
Tentando ajudar e superar coletivamente esse período negro estamos de volta as nossas atividades ainda com as restrições e medias sanitárias impostas pela pandemia precisamos continuar.

Já agora esse mês de fevereiro iniciamos as primeiras rodas de conversas e palestras nas comunidades de Russega (Aquiraz) e Campos Novos(Fortaleza) esta última a convite da líder Fernanda Aline Barroso Celso, atendendo a REMES-Rede de Mulheres Empreendedoras Sustentáveis, na qual sou cofundadora desde 2003.

Acredito que esses encontros serviram para balizar  emocionalmente, psicologicamente e corroborar com essa nova fase experimental, quem sabe pós pandemia. 
Desde já agradeço a Deus, a minha família e amigos que colaboraram com nosso trabalho e  que os resultados sejam animadores  de agora por diante.
 


PROJETO ATELIÊ ECO ARTE

                                                                   



Me deparei com diferentes repertórios culturais.

Memórias afetivas para a construção da cidadania das mulheres

Com a proximidade entre estudo de artes e empreendedorismo socioambiental  faço um paralelo com assuntos recorrentes como resistência da mulher, beleza negra, violência doméstica, auto estima dentre outros.

O projeto:

Ateliê casa está localizado no bairro Serrinha, onde desenvolve pesquisas e produção no campo das artes visuais, potencializando a economia circular com o uso do lixo reciclável  para promover o debate sobre práticas sustentáveis, qualidade de vida e geração de renda respeitando as habilidades de cada indivíduo.

Missão

Promover práticas  socioambientais  por meio da cultura visual que cada mulher traz consigo, como forma de resistência por meio da construção das manifestações artísticas.

Visão

Ser reconhecida nacionalmente  como uma empresa que investe na responsabilidade socioambiental por meio da aproximação entre o estudo da Arte e a realidade vivida  por mulheres em vulnerabilidade.

Valores

·         Valorização da mulher em sua essência: empoderamento e resistência

·         Cuidar do meio ambiente pensando nas futuras gerações.

·         Compartilhamento de experiências criativas pelo viés da arte.

·         Responsabilidade socioambiental para uma sociedade mais justa e igualitária.

·         Valorizar o repertório imagético e cultural para a prática sensível da sociedade.

 

Público Alvo

Mulheres a  partir de 12 anos de idade, donas de casa, geralmente de baixa renda, vítimas de violência doméstica ou apreciadoras que queiram desenvolver o potencial criativo.

Metodologia

  1. ·      Oferecer aulas práticas de pintura artística e artesanato e com várias técnicas com o uso de lixo reciclável.
  2. ·     Desenvolver junto as mulheres a prática empreendedora com o lixo reciclável para uso próprio ou comercialização.
  3. ·         Promover a educação ambiental e qualidade de vida
  4. ·         Metodologias ativas
  5. ·         Cultura Maker

Justificativa:

Tendo em vista a grande demanda de produção do lixo urbano nas grandes cidades, escassez dos recursos naturais e a degradação ambiental, faz-se necessário encontrar alternativas viáveis para que esse lixo reciclável permaneça  sendo utilizado de outras formas, gerar renda através da economia circular, além de melhorar a autoestima da mulher e qualidade de vida entre as famílias de baixa renda.