COLAGEM COM RECORTES DE REVISTAS
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PINTURA EM TELA-ACRÍLICO
Como
enxergar o invisível?
Essa
pergunta intriga muita gente com visão fisicamente perfeita, contudo os
deficientes visuais sabem muito bem como resolver essa questão. Já que ele não
tem uma visão perfeita a sua sensibilidade torna-se mais aprimorada, logo os
outros sentidos são responsáveis ela captação precisa da leitura e decodificação
dos vários códigos de linguagens perceptíveis, pois enxergar o invisível não é
apenas ter olhar o óbvio, é ir além das questões físicas do que se vê, é ir além
da dimensão semântica.
Essa
dimensão na Sociologia da Arte refere-se a correspondência entre a obra de arte
e a sociedade, portanto, ela “torna-se um reflexo do seu tempo” vendo em seu
contexto uma figuração mais ou menos fiel da sociedade a qual pertence. (LANDI, 2017).
Dai onde é preciso ir além do olhar desligado e desinteressante para entender
que a arte seja ela qual for: música, teatro, artes visuais, dança, literatura,
precisam ser, não apenas vista, mas essencialmente enxergada nessas dimensões.
Diante de tantos questionamentos, enxergar
o invisível não é apenas olhar algo é conduzir-se
a introspecção e adotar a prática de observar e propor um diálogo consigo mesmo
e com o objeto ou imagem a qual está a contemplar. E essa prática precisa ser
exercitada no nosso cotidiano, para que a nossa sensibilidade seja desenvolvida
no sentido mais dinâmico e evolutivo. Esse exercício pode ser aplicado a
principio à arte desde na infância com o auxilio dos pais ou da escola, depois
ser aplicado no dia a dia.
Contudo,
pode-se dizer que enxergar o invisível é deixar a imaginação flutuar e experimentar
sensações adversas e pessoais que façam você conhecer um mundo desconhecido, o diferente
do que se costuma olhar, perder-se, é perceber-se como integrante daquele
universo a qual está contemplando. Muitas vezes o que contemplamos não se
explica com palavras, mas com sentimentos que vão além das palavras e esse
diálogo não precisa ser explicitado, mas apenas ser decodificado por si mesmo.
Para
essa abordagem é necessário na maioria das vezes pensarmos diferente, ir além
dos conceitos preexistentes e quebrar paradigmas que a sociedade nos impõe. Nesse
contexto, enxergar o avesso das coisas e estabelecer novos conceitos e definições.
São esses elementos que nos levam a desconstruir o óbvio e encontrar outros
caminhos e descobertas mais interessantes e criativas.
Dessa forma as descobertas são sempre bem-vindas, assim como a cronofotografia, uma técnica que leva os artistas e fotógrafos a construírem suas produções baseadas na sequência de imagens dando impressão de movimentos contínuos, esta é uma prática secular da fotografia que explora a criatividade de onde deram origem a imagens cinematográficas.
Dessa forma as descobertas são sempre bem-vindas, assim como a cronofotografia, uma técnica que leva os artistas e fotógrafos a construírem suas produções baseadas na sequência de imagens dando impressão de movimentos contínuos, esta é uma prática secular da fotografia que explora a criatividade de onde deram origem a imagens cinematográficas.
E sob essa perspectiva, certos artistas como: Picasso e George Braque, (considerado o pai do cubismo), se utilizaram da destruição da realidade seguindo a próprias imaginação, onde a utilização da liberdade na pintura despertava um novo olhar, um olhar mais instigante sem compromisso com a realidade explicita. Assim, surgiu o cubismo com suas formas retas e dentro da liberdade do movimento artístico da Arte contemporânea.
Portanto,
se a “Arte pela Arte” te propõe a autonomia de quem vê e de quem produz, esteticamente
falando, não há o que explicar quanto a análise ou a postura que quem vê, basta
contemplar e entender do seu jeito, deixa quem quiser e intrigar-se. E se, “Arte
não serve pra nada, a filosofia também não. Exceto como expressão da pessoa que
se é, ou seja do homem que se é. O que se segue e importa saber é se o homem serve
para alguma coisa.” (FERREIRA, 2017).
Por Lia Batista
FONTES:
Imagens: Lia Batista-
Arte: Lia Batista
Imagens: Lia Batista-
Arte: Lia Batista
LANDI, Marcio-Sociologia da Arte
SECRETARIA
DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
(SEAD/UECE),
2011
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