Discorrer
sobre do Ensino de Artes Visuais no Brasil é um tanto desafiador, pois, a
sociedade tem uma visão distorcida a ponto ignorar a importância dessa prática
de ensino-aprendizagem para o desenvolvimento intelectual e cognitivo do
indivíduo. Por conseguinte a presença do
arte educador em sala de aula é negligenciada, assim como o não investimento em
infraestrutura, material didático, má gestão, bem como das políticas
educacionais de qualidade.
É fato que, que
os Parâmetros Curriculares Nacionais asseguram o valor formativo ao
profissional de Artes, pois sabemos que a Arte está intrinsecamente relacionada
ao indivíduo desde a antiguidade. Dessa
forma as instituições educacionais brasileiras têm a legitimidade de
implementação das práticas artísticas nas mais diferentes séries, pautadas nas
concepções de ensino das práticas docentes (CUNHA 2012, p. 8).
Pianowiski e
Goldberg (2015, p. 46), fazem indagações sobre o ensino de artes em que não é
apenas seguir um “roteiro pré-determinado para que os resultados sejam
alcançados”. Diferentemente de outras disciplinas é precioso compreender, saber
como aplicar os métodos e técnicas que possibilitem
ao aluno uma vivência sensível e experimentação mais interativa em qualquer
modalidade, quanto à leitura, produção e contextualização do processo
artístico. Para tanto, a avaliação deve ser individualizada sem os critérios
rígidos aplicados tradicionalmente em outras disciplinas.
Logo, a prática
docente em Artes Visuais nas instituições nem sempre são condizentes com os
aspectos históricos, culturais e sociais, além da falta de estrutura física, a
precariedade de materiais didáticos, dentre outros, que deixam à mercê as
aptidões da comunidade escolar.
Sabemos que o
Ensino de Artes Visuais vai além da pintura, do uso dos pincéis e tintas, perpassando
as questões teóricas promovendo o espírito critico, a cidadania, sobretudo,
quando este indivíduo percebe sua capacidade de aquiescência de outros saberes.
Segundo Barbosa e Coutinho (2011, p. 50), o saber democrático que respeita a diversidade
cultural é uma “tendência pós-moderna”, de abordagem da Proposta Triangular,
pois é dessa maneira que a arte deve ser vista. Pois só assim, o educando será
capaz de problematizar e construir a sua autônoma e ser consciente das
atribuições relacionadas aos seus direitos e deveres.
Os
desafios atualmente são grandes, principalmente na
escola pública. Algumas instituições de Educação Infantil, por exemplo, o Projeto
Ateliê tenta se inspirar na Pedagogia de “Loris
Malaguzzi em Reggio Emília” – Itália (NEVES 2019), porém, as tentativas são desafiadoras.
As professoras se reinventam todos os dias para cumprir as múltiplas etapas pedagógicas
corriqueiras e ainda assumir inclusive o papel de “atelierista” e artistas
visuais sem a mínima qualificação.
Percebo que até tentam, porém a exaustão é
perceptível por lidar com o acúmulo de funções ao mesmo tempo, adequação das
estruturas ambientais aos pequenos, pesquisar sobre artes e ainda ter que conseguir materiais didáticos minimamente
necessários.
Como voluntária tive a oportunidade de colaborar com alguns
projetos de Artes Visuais como: exposições coletivas, murais coletivos,
oficinas da boneca Abayomi para sensibilizar
a comunidade escolar sobre a relevância das artes na promoção da cidadania.
Acredito que foi proveitosa essa experiência tendo em vista a indicações por
parte das instituições para outros locais.
Logo, diante das
tecnologias digitais, o arte educador precisa estar apto a lidar com soluções inovadoras
para as mediação artísticas, já que “a necessidade humanizadora da arte como
expressão do ser implica na ampliação do processo afetivo, solidário,
interpretativo, criativo pautado pelo respeito, para cada ação humana” (BRAVOS
2018, p. 85).
Dessa maneira é
indispensável a capacitação do profissional de Artes Visuais e que este se
preocupe com projetos exequível, a fim de instigar a imaginação na descoberta
novas poéticas. Só assim será possível desenvolver métodos e técnicas capazes
de apontar o caminho que possibilite a vivência e
experimentação da leitura, produção e contextualização do processo artístico na
contemporaneidade em qualquer modalidade artística.
Assim, o profissional de artes também deve ter o conhecimento sobre as as tendências do ensino bem como as “reformas” educacionais que apontam para questões de ordem estrutural e pedagógica, abrigando embates teóricos e político-ideológicos" para enfrentamento dos novos discursos quebrando os paradigmas ideológicos, econômicos, filosóficos e político no campo educacional (ROCHAS 2010, p. 89). Portanto, negligenciar a capacitação do professor e o investimento em políticas educacionais é relegar o desenvolvimento intelectual, cognitivo e humanizador do indivíduo.
OBS: Parte deste conteúdo refere-se a atividade de Métodos e Técnicas do Ensino de Artes, disciplina aplicada no Curso de Licenciatura em Artes Visuias-UAB/UECE
Assim, o profissional de artes também deve ter o conhecimento sobre as as tendências do ensino bem como as “reformas” educacionais que apontam para questões de ordem estrutural e pedagógica, abrigando embates teóricos e político-ideológicos" para enfrentamento dos novos discursos quebrando os paradigmas ideológicos, econômicos, filosóficos e político no campo educacional (ROCHAS 2010, p. 89). Portanto, negligenciar a capacitação do professor e o investimento em políticas educacionais é relegar o desenvolvimento intelectual, cognitivo e humanizador do indivíduo.
OBS: Parte deste conteúdo refere-se a atividade de Métodos e Técnicas do Ensino de Artes, disciplina aplicada no Curso de Licenciatura em Artes Visuias-UAB/UECE
Referenciar:
BARBOSA, Eliane Batista. DESAFIO DO ENSINO DE ARTES VISUAIS NO BRASIL.
Disponível em: <https://ecoarteliabatista.blogspot.com/b/post-preview?na token=APq4FmBfc84Kq-ysx1um7Yuuv7HMvpDV9ARlK11xtEoZC4HBeEtq1H2aor3iRwbMZcAMJtdALS5da3zIlpB6abt5FAN4XEUEfNDvQgHXvICy2PGOULfgkm9_uLMQXA0_e3ICLIqlE-2y&postId=3382377244511967009&type=POST>
Bibliografia:
BARBOSA, Ana Mae; COUTINHO, Rejane
Galvão. Rede São Paulo de Cursos de Especialização
para o quadro do Magistério da SEESP. Ensino Fundamental II e Ensino Médio.
2011. P.
2ed_art_m1d2.pdf
BRAVOS, Kelsen. Os Jovens e a Leitura.
CURSO FORMAÇÃO DE mediadores de leitura. Fascículo 6. FUNDAÇÃO
DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE. ) 05/2018. P. 85.
Disponível em:
< http://ava.fdr.org.br/pluginfile.php/523173/mod_resource/content/12/FASCICULO%206.pdf>
Acesso em: 26/02/2019
CUNHA,
Julia M. de J. ENSINO DE ARTES:
DIFICULDADES, EXPERIÊNCIAS E DESAFIOS Periódico de Divulgação Científica da
FALS. Ano VI - Nº XIV-DEZ / 2012.