segunda-feira, 25 de maio de 2020

RECURSO DIDÁTICO NO ENSINO DE ARTES


Imagem retirada da internet. 
Disponível em: <https://kingscomunicacao.com.br/recursos-audiovisuais/ > Acesso em: 25/05/2020.

PRODUÇÃO DE AUDIOVISUAL 

Nos anos finais do Ensino do Fundamental a maturidade dos alunos já se caracteriza pela capacidade de maior discernimento quanto às informações que os fazem perceber qualitativamente o mundo em sua volta. Nesse sentido o uso das tecnologias digitais deve ser inserido sem restrição para celebrar o conhecimento, a criticidade do fazer artístico no processo pedagógico.
Segundo Redefor, (2011, p 46), “esta concepção se configura em paralelo ao desenvolvimento das tecnologias visuais no século XX”. Nesse sentido a “cultura visual” tem seus avanços com incremento das tecnologias. Assim é necessário uma “reprodução das técnicas de imagens” que sejam capazes de transpor ao sujeito a importância semântica para a nova modalidade da educação.
É a partir desta concepção que se dissemina a ideia da alfabetização visual. O incentivo à criação de um filme por exemplo, ou vídeo documentário são atividades em que as habilidades específicas precisam ser inseridas em sala de aula pelo profissional de artes visuais, sobretudo porque parte do alunato contemporâneo tem certa familiaridade com o mundo tecnológico pelo qual são atraídos corriqueiramente, seja pelos jogos digitais nos computadores ou pelos Smartfones.
Se apropriando dessa ferramenta o professor pode escolher um tema e desenvolver junto aos discentes um projeto em que os recursos digitais sejam aplicados na ampliação do desenvolvimento artístico de forma motivadora, em sala ou extra sala. De acordo com (BNCC 2018, p. 211) “identificar, manipular diferentes tecnologias e recursos digitais” faz do aluno um indivíduo mais reflexivo, critico, responsável por seus atos na promoção de uma vivência pautada no respeito e na ética.
Segundo Sawaya e Nishida (2017, p.5), os elementos da linguagem visual “se inter-relacionam entre si” de maneira que outras linguagens se imbricam com enquadramento, palheta de cores, iluminação, fotografia, edição, etc., e aos poucos se comunicam por meio dos efeitos que “geram experiências cognitivas e estéticas” se correlacionando entre si.                               
O professor pode convidar a turma a produzir um micro documentário ou um filme de ficção, começando pelo roteiro, pesquisa, escolha do tema, produção, distribuição das tarefas, a edição e veiculação nas redes sociais etc. Essa ferramenta pedagógica vai estimular a prática, a criatividade, o interesse e a aprendizagem de maneira mais dinâmica bem concatenada às práticas tecnológicas digitais as quais o aluno tem afinidade.
No contexto escolar do ensino fundamental II, não necessariamente essa metodologia precisa ser algo tão elaborado, mas que suscite ao aluno um olhar mais atento para envolvimento com as prática audiovisuais e suas ferramentas específicas como: áudio, edição, câmera, iluminação, parte artística etc.
“Sendo assim, ao configurar e operar no âmbito das práticas artísticas o sujeito necessariamente precisa estar conectado com os aspectos estéticos” que agreguem a originalidade “conceitual ou material” cujas questões estão ligadas entre as “dimensões da Proposta Triangular (REDEFOR 2011, p.52).
Todavia, vale ressaltar que partindo para a realidade há uma disparidades sociocultural quanto a formação do professor de arte e falta de recursos tecnológicos na maioria das instituições públicas para a exploração dessa metodologia com as tecnologia digitais. Nesse sentido não se pode atribuir responsabilidades apenas ao discente ou ao arte educador. Muitas vezes o educando e professor se sente desestimulado frente a essas dificuldades corriqueiras.
Espera-se que com o tempo essas competências e estruturas metodológicas adotadas na Educação Básica no ensino de artes não fiquem apenas no papel, mas que a escola e a sociedade se adequem a essas novas regras para que o engajamento entre sociedade e práticas educacionais entrem  em conformidade com a realidade, amplitude e integralidade do conhecimento.

Referências.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Secretários de Educação – CONSED. União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação – UNDIME, Dez 2018.
FORMAÇÃO, docente. Curso de Especialização para Magistério SEESP. Ensino Fundamental e Médio. Módulo 1.UNESP/Redefor. São Paulo, 2011.

SAWAYA, Maximiliano Augusto. NISHIDA, Sawaya Cíntia Yuri. Docência, inovação e investigação. Produção de filmes de ficção e documentários como prática pedagógica nos anos finais do Ensino Fundamental. 8° SMEDUC. UNIT-Aracaju. 2017.
Disponível em: < file:///C:/Users/User/Desktop/8541-29582-1-SM.pdf> Acesso em: 21/10/2019





sexta-feira, 15 de maio de 2020

MULHER, RESISTÊNCIA E DOR NO ISOLAMENTO SOCIAL-ENSAIO DIGITAL



Mulher, resistência e dor: violência doméstica no âmbito do isolamento social.














Todas as imagens e arte são de autoria de Lia Batista, 10/05/2020.

CORONAVÍRUS


Esse vírus nada mais é do que o agente causador da pandemia que transita por todo o mundo. Segundo o site Dasa (2020), “pertence a família de vírus (CoV)” e pode causar doenças respiratórias desde as mais leves podendo evoluir para as mais graves como é o caso da “Síndrome Aguda Respiratória Severa (SARS)” (DASA, 2020).

O vírus é mais letal em pessoas com mais de 60 anos e com histórico de outras doenças, como: diabetes, hipertensão, asma, gestantes, etc. Contudo isso, não significa que os mais jovens estejam isentos do contágio e da suas complicações que podem levar à morte.

Por ser um caso desconhecido da ciência por ter surgido há pouco tempo em que as primeiras vítimas ocorreram na cidade de Wuhan na China (DA REDAÇÃO, 2020), é preciso estar atento para a higiene pessoal e coletiva a fim de evitar o contágio e disseminação. Prevenir ainda é o melhor remédio, sobretudo lavar as mãos com água e sabão, e na ausência destes elementos usar álcool em gel (plano B), não compartilhar objetos pessoais, usar máscaras de proteção e aderir ao isolamento social.

A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER DURANTE A PANDEMIA.

Ao me voltar para esse contexto analiso o cotidiano das sociedades, em especificamente a mulher, brasileira, mãe, dona de casa, periférica e sem estrutura socioeconômica frente aos desafios diversos frente a esse isolamento social. Sem renda, sem espaço físico, sem casa, ou em casa e sem amparo governamental para suprir os básico mínimo necessário para uma vida sustentável.

Um agravante a amedronta: a violência doméstica por parte de alguns companheiros ou familiares a qual tem levado muitas a óbito. Para Bianquini (2020), essa de violência doméstica se torna mais “difícil, por conta da restrição de serviços e de movimentação na quarentena, pela possível diminuição de renda, e pela própria convivência diária e ininterrupta com o agressor”. Como artista me debruço sobre essa causa para me indignar e me solidarizar por meio da arte. Assim surge o: Tema: Mulher, resistência e dor: violência doméstica no âmbito do isolamento social. Daí descrevo um pouco de como foi o meu processo criativo com as poéticas digitais.

PROCESSO CRIATIVO

Nesse isolamento social os artista de todo os lugares se mobilizam em suas inquietações quanto ao Coronavírus e suas perspectivas. As novas formas de comunicar por intermédio das redes sociais tem instigado o mundo dos humanos a se reinventar. Eu enquanto artista, também tenho refletido sobre as questões sociais, econômicas e culturais e seus desdobramentos nesse novo contexto de vivência com as inquietudes duvidosas de um novo cenário mundial.

O meu processo criativo se deu a partir do contexto atual de isolamento social atribuído à pandemia. Com esse sentimento tento abordar a crescente violência doméstica contra a mulher, suas angústias frente as adversidades, sociopolíticas, econômicas, além da possibilidade de contrair a Covid 19, ou ter algum parente infectado com risco de morte. Desse modo. Diante disso acho conveniente promover um debate sobre, o resistir das múltiplas atividades domésticas, agressões físicas, psicológicas por parte de muitos companheiros durante esse “fique em casa”.

Como isso me inspirei nos fatos recorrentes e em casa improvisei o meu cenário para compor esse ensaio. Vesti-me de um personagem para me expor dialeticamente em um propósito poético de dor, angustia e aprisionamento que muitas mulheres vêm sendo vítimas. Acredito que muitas gostariam de que fosse apenas uma representação artística surreal, um pesadelo talvez... Como diante dessa dor também não posso calar, aí vai o meu protesto com esse ensaio com as poéticas digitais e de como aconteceu o meu processo criativo.

 Passei vários dias sentindo necessidade de abordar esse tema. Percebi que em quase toda casa tem um quarto com uma janela, uma grade. Daí, por traz de uma janela com grade fiz várias selfs com o Smartfone para ilustrar essa angústia. Para Longi (2002, p.2), “a palavra queria ir além do papel, fundir-se com a imagem, o som, e criar movimento”, para gerar significado a fim de servir de suporte nesse processo de criação com os meios digitais, onde a imagem tem mais força as palavras, por isso mesmo não os deixa calar, e não podemos calar diante da violência, seja ela qual for, especialmente a violência doméstica contra a mulher, essa peça chave da reprodução humana, protagonista e célula mater da família.

Além da minhas selfs esse ensaio apresenta imagens de duas outras mulheres que também representam a coragem de se expor para comunicar a sua insatisfação com o tema abordado nesse questionamento. 
                
                 EDIÇÃO

Para a edição utilizei o editor de foto Be Funky,  que baixei gratuitamente para recortar no celular muito fácil de manipular, desfocar, substituir cor e inserir vários elementos. Achei bem intuitivo mesmo nessa versão free e os recursos bem sugestivos.
Outros aplicativos de edição de fotos utilizados: Fotor e OIE, e Photoshop online.



BIBLIOGRAFIA

BIANQUINI, Heloisa. Combate à violência doméstica em tempos de pandemia: o papel do Direito. Consultor Jurídico. Abril, 2020. Seção Colunista. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2020-abr-24/direito-pos-graduacao-combate-violencia-domestica-tempos-pandemia>

Acesso em: 15/05/2020.

CORONAVIRUS o que é, sintomas e como se prevenir da Covid 19. DASA. 2020.
Disponível em: <https://dasa.com.br/coronavirus> Acesso em: 15/05/2020.


DA REDAÇÃO. Wuhan, onde surgiu o novo coronavírus, é exemplo de ‘esperança’, diz OMS. VEJA, São Paulo, mar 2020. Seção Mundo.


EDITOR de foto online. OIE. 2020
Disponível em: < https://www.online-image-editor.com/?language=portuguese> Acesso em: 15/052020.

EDIÇÃO de fotos e Design gráfico feitos para todos. BEFUNKY. 2020.
Disponível em: <https://www.befunky.com/pt/> Acesso em: 15/05/2020.


LONGHI, Raquel Ritter. Intermedia, ou para Entender as Poéticas Digitais. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) In. INTERCOM – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação.XXV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Salvador/BA – 1 a 5 Set 2002.

PHOTOSHOP Online - Grátis em Português. 2020.

Disponível em:

<

http://www.photoshoponline.net.br/> Acesso em: 15/05/2020.

segunda-feira, 11 de maio de 2020

ECO PUFF- UM CASO DE SUCESSO COM OS FILTROS DE AR AUTOMOTIVO


Primeiro Eco Puff.

Paixão a primeira vista. Quando esses filtros chegaram no ateliê os meus olhos brilharam e pensei logo em um banquinho fofo. Eu e minha irmã Edilene, também artesã ficamos imagiando como ficaria essa obra de arte. Passamos a desenhar e prospectar com seria feita essa produção de modo que não tirasse a originalidade do filtro.

                 Em 2013 era criado no ateliê Eco Arte Lia Batista o primeiro eco puf feito a partir do filtro de ar automotivo e recebeu o nome sugestivo de D'AMBI por ser uma alusão a ideia de Moabe da Silva Batista, técnico em Meio ambiente ao qual me conseguiu os filtros de ar. D'amb seria alusão a novo Desgn com a utilização de materiais ambientalmente correto oriundo do descarte dos resíduos sólidos urbanos.

                 D'amb me deu muito trabalho por ser a primeira peça nesse sentido. Ele tem basicamente um modelo original do filtro com um suporte de madeira com estofamento de esponja e tecido vermelho na parte superior e um botão no centro. Sua pintura foi pensada para ter um fundo branco e transparecer parte de um jardim. A técnica aplicada foi com a tinta acrílica da marca Acrilex  para tela, com motivos de tulipas nas cores vermelha, laranja e folhagem verde. 

                A intenção dessa primeira peça sempre foi respeitar a originalidade do filtro conservando-se a base de borracha e finalizando com um acabamento de carpete para proteção.

              Com o decorrer do tempo outras ideias foram surgindo, mas o Eco Puff D'amb sempre reinou no meu espaço de artes aqui no ateliê. D´amb já esteve marcando presença em várias exposições ambientais, em Fortaleza e Pecém.  Não como peça utilitária, mas como obra de arte exclusiva mas pela sua importância na história inovadora com os filtros de ar automotivos a qual me deu uma premiação em 2015 pela UNIFOR,

             Como podemos ver nas imagens abaixo, já foram desenvolvido vários outros modelos, com outros materiais, coberturas acolchoadas, ráfia, chita, napas, fuxicos, crochês, retalhos, cordas, banners e pano de sombrinha. 

          Não trabalhamos em escala comercial. Apenas nos interessa a projeção das ideias como incentivo a prática criativa para ser adotada por outras pessoas em função da economia criativa circular a qual se propõe a mudar os hábitos baseados nos 8Rs da sustentabilidade com o uso de materiais recicláveis para fins de conscientização sobre as práticas da sustentabilidade ambiental minimizando os danos ao meio ambiente. 



Imagem: Lia Batista. 11/05/2020.

Eco Puff coberto com pano de sombrinha


Imagem: Lia Batista. 11/05/2020.

Eco Puff com coberto com tecido de chita.

OBS: Esses filtros são de ônibus ou caminhão tem bastante resistência, pois contém dupla estrutura em aço na horizontal, intercaladas com papel sanfonado. São encontrados em garagens,  porém é preciso ser higienizados com agua corrente e sabão e sol para secar. Para quem não tem habilidades com esse tipo de trabalho aconselho usar luvas e máscaras. 

Agora é a sua vez de colocar a mão na massa. E boa sorte!

FAÇA VOCÊ MESMO:


Vídeo: <https://www.youtube.com/watch?v=i7bDkCuzK94> Acesso em: 11/05/2020.


Bibliografia


ACRYLIC Colors. Acrilex Tintas Artisticas. 2020


COMO fazer um banquinho com filtro de ar de ônibus. Produção de Eliane Batista Barbosa. Fortaleza: 2016. 1 VÍDEO.

ECO puff de filtro de ar-D'amb. Jan, 2014.

8Rs DA SUSTEBTABILIDADE. Oby Engenharia Ambiental. SC.Jun. 2016.
Acesso em: 02/03/2020.

PENSE no futuro, seja sustentável. OBAY, Engenharia ambiental.

11/02/2019. 



quarta-feira, 15 de abril de 2020

CONCRETISMO E NEOCONCRETISMO

       

        

          





As obras acima são de autoria da artista Lia Batista. 
Imagens: Lia Batista-2020.

Concretismo – O abstracionismo geométrico é considerado uma tendência da arte brasileira a partir da década de 1950 que surge para se contrapor ao Modernismo por meio dos “movimentos Concretismo e Neoconcretismo”, época em que se aspirou o crescimento econômico ao qual veio ilustrar a euforia da era industrial e do crescimento urbano nas grandes metrópoles.
De acordo com Sua Pesquisa (2019), esse movimento vanguardista teve seu ápice na década de 1960 e seus percussores foram: Max Bill (artes plásticas), Pierre Schaeffer (música) e Vladimir Mayakovsky (poesia).
A Arte Construtiva ou Arte Concreta aparece como a mais importante corrente da arte contemporânea, pois o desenvolvimento na sociedade tecnológica corrobora no cotidiano da sociedade provocando mais conexão ente a “arte e a vida”.
Nesse sentido, a arte Concreta se baseia em “concepções matemáticas” apresenta obras com clareza das formas, “rígidas e racionais", geométricas exatas, progressão, com linhas, cores e superfícies com originalidade para o processo criativos sem nenhuma conexão com o figurativismo ou outras correntes conservadoras.
Prevalece o princípio da racionalidade para a compreensão para os quais os “meios determinavam a produção artística, detendo-se no campo do estudo da linguagem da arte enquanto um processo de significação” (ASSUNÇÃO e VASCONCELOS 2015, p. 105).
A objetividade e a clareza são características peculiares dando a impressão de uma arte acessível a todos, com linhas horizontais, verticais, simplicidade e movimento. Segundo Cunha (2019), em 1956 as divergências ocorridas por “ocasião da I Exposição de Arte Concreta” entre os grupos Frente (carioca) e Ruptura (São Paulo) acontecem “distorções de regras” ao virem à tona por diferenças políticas e culturais.
Tais divergências resultaram em mais liberdade criativa, o experimentalismo que passaram a ser mais importante que a racionalidade e rigidez. Porém, com as diferencias políticas e culturais dos artistas cariocas se sobrepondo ideias gerais do movimento, a dissidência resultaria em mais liberdade artística e a “expressão humanista”, com o surgimento do Neoconcretismo, um movimento autenticamente de artistas brasileiros,
Enquanto o movimento Concretismo prima pela forma e baseia-se nas concepção matemática, rigidez, simplicidade racionalidade, o movimento Neoconcretista se firma na subjetividade, emoção, sensorialidade e a expressividade. A obra acontece com a interação e manipulação pelo espectador e inserção maior do público. Artista do movimento Neoconcretista que se destacaram: Amilcar de Castro, Ferreira Gullar, Franz Weissman, Lygia Clarck e Lygia Pape, Hélio Oiticica - Reynaldo Jardim, Hércules Barsotti, Willys de Castro e Theon Spanudis (SUA PESQUSA, 2019).
Segundo Basbaum (2001 p. 24) sem dúvida, “a antropologia neoconcreta do corpo-a-corpo” no campo da arte faz-se necessário “atrair o espectador para transformá-lo em agente de uma corporeidade orgânica, supostamente não metafórica”.  
 Os artistas buscam outras formas fugindo da bidimensionalidade dos quadros para outros formatos de obras de arte. No caso do conjunto escultórico “Bichos” de Ligia Clark e os “Parangolés” de Hélio Oiticica justificam essa mudança. Com a tridimensionalidade nas formas escultóricas os espectadores constroem uma relação da experiência da prática sensível com a estética onde acontece a sensação de mais liberdade criativa e do experimentalismo, assim pretendia romper com a distância entre o espaço da obra e o espectador com o processo participativo (ASSUNÇÃO e VASCONCELOS 2015, p. 119).

                                         Em março de 1959, foi lançado no Suplemento Dominical do Jornal do Brasil, o manifesto neoconcretista assinado por Ferreira Gullar, Ligia Clarck, Ligia Pape, Amilcar de Castro, Franz Weissmann, Reynaldo Jardim, Theon Spanudis para definitivamente separar a artes do Rio de Janeiro e de São Paulo. Este manifesto serviu de abertura para a primeira exposição de arte neoconcreta (MARTINS E IMBROISI, 2018).

Nesse sentido o movimento Neoconcretista no Brasil veio confirmar e transcender os espaços das galerias propondo mais liberdade aos artistas revolucionando o fazer e pensar a arte. Novas propostas desconstruíram o movimento Concretista reinventando os suportes tradicionais como pintura e esculturas, para recriar meios inusitados na prática criativa com a inserção corpo a corpo do espectador.
SAIBA MAIS:

:
Vídeo:

     CONCRETISMO - História da Arte | 24. Produção de Zaac. Arte & Educação. 2017. Vídeo.

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=YjdlpB_jJGo> Acesso em: 15/04/2020.

BIBLIOGRAFIA

ASSUNÇÃO, Ana C. L.; VASCONCELOS, Flávia M. de B. P. Arte e Cultura Brasileira. Artes plásticas. Fortaleza: Ed 1. UECE, 2015.
CUNHA, Arnaldo Marques. CONCRETISMO NO BRASIL. Brasil Artes enciclopédia. Disponível em: <http://www.brasilarteseível nciclopedias.com.br/temas/concretismo_no_brasil.html> Acesso em: 04/11/2019.
MARTINS, Simone R.; IMBROISI, Margaret H. Impressionismo. Disponível em: < https://www.historiadasartes.com/nobrasil/arte-no-seculo-20/abstracionismo/neoconcretismo/> 04/11/2019.
RASBAUM, Ricardo. Arte contemporânea brasileira: texturas, dicções, ficções
Estratégias. Rio de Janeiro-Ambiciosos: Marca d'Água Livraria e Editora Ltda, 2001.






ENSAIO FOTOGRÁFICO-AMOR EM CHAMAS







       




      







Imagens e arte: Eliane Batista Barbosa (Lia) 10/2019

Ensaio fotográfico com objetos.
Sutileza e romantismo no mundo da arte digital.

Um ensaio fotográfico é contar uma história em uma sequência lógica. Esse foi um desafio para a turma de Artes Visuais da Universidade Aberta do Brasil-UECE-Maracanaú
         
            Essa foi uma das atividades propostas no curso de fotografia que poderá ser adotada como recurso pedagógico pelo arte-educador para se trabalhar a arte na escola. O conteúdo contempla parte das dez competências expressas na BNCC Base Nacional Comum Curricular) a partir de 2020 pelas instituições educacionais em todo o país. 
          
           A fotografia poderá ser aplicada coletiva ou individualmente; assim o educando aprenderá a lidar mais categoricamente com as ferramentas digitais vislumbrando outras habilidades e conhecimentos sem necessariamente se limitar  a uma disciplina específica.
           
            Nesse sentido, os alunos se motivarão por explorar o campo das imagens em busca de respostas para suas inquietações transcorrendo para além da teoria conteudista de sala de aula com grande chance de ampliar a sua capacidade criativa.

       A (BNCC 2018, p.211) reza que "identificar, manipular diferentes tecnologias e recursos digitais" conduz o discente a reflexão a reflexão, criticidade e responsabilidade baseada nas suas vivências de forma a influenciar nas respectivas escolhas, e é nessa lógica que a o curso de fotografia é inserido como prática educativa na licenciatura de artes visuais. 

      O processo de experimentação com luz se dá após algumas orientações e muita leitura de material didático no ambiente virtual de aprendizagem do curso EaD. E na aula presencial o professor disponibiliza os equipamentos fotográfico que poderão ser apresentados em sala de aula pelo professor de arte.
            
      O ensaio fotográfico acima corresponde a atividade  avaliativa  solicitada pelo professor para verificar as habilidades técnicas quanto a aprendizagem de captação da luz, porém enfatiza que os Smartfones e aplicativos de edição de imagens estão a protagonizar o dia a dia do mundo das imagens digitais, até porque eles são facilmente manuseados, de fácil locomoção e dão bons resultados para quem é principiante.

          No meu caso utilizei uma câmera semi profissional FujiFilm HS10 e um celular para fotografar como para iluminar o objeto a ser registrado. Nesse caso da atividade avaliativa, o professor deu os temas relacionados a sentimentos, como: saudade, amor, solidão, tristeza e alegria.
   
        Confesso tive dificuldade na escolha dos temas, mas que gostei da experiência e pude perceber que não basta sair clicando de qualquer jeito. "Uma imagem vale mais que mil palavras". E que os elementos de uma fotografia precisam combinar com o ambiente, mas que isso também não deve regra; tudo isso depende da proposta do fotógrafo. 
           
        Confesso que preciso me dedicar mais para melhorar as habilidades com os cliques. A aproveitei para escolher o tema relacionado ao amor, tendo em vista a a falta de tempo para prospectar imagens fora de casa. Assim, aproveitei as velas já usadas em forma de coração, improvisei o cenário com alguns elementos e explorei as chamas como objeto focal.

      Assim pude descrever imageticamente o amor, a ilusão, o drama, a cumplicidade, a paixão, a afetividade... com luz e sombra, para poetizar o sentimento transformador da humanidade, seja real ou utópico, romântico ou dramático mas ele sempre aquece ou esfria as relações em qualquer época da vida.  

       Para edição utilizei o maravilhoso App FOTOR com suas  ferramentas de edição incríveis! O aplicativo pode ser baixado ou usado de modo online na versão gratuita  e ainda pode salvar as imagens em nuvens. 

Experimente!

FOTOR-Editor de Fotos Online gratuito.

Disponível em: <ttps://www.fotor.com/pt/> Avesso em: 17/11/2019

Bibliografia: 

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Secretários de Educação – CONSED. União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação – UNDIME, Dez 2018.







EMPREENDENDO COM O "LIXO" AUTOMOTIVO

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