Imagem retirada da internet.
Disponível em: <https://kingscomunicacao.com.br/recursos-audiovisuais/ > Acesso em: 25/05/2020.
PRODUÇÃO DE AUDIOVISUAL
Nos anos finais do Ensino do Fundamental a maturidade dos
alunos já se caracteriza pela capacidade de maior discernimento quanto às
informações que os fazem perceber qualitativamente o mundo em sua volta. Nesse
sentido o uso das tecnologias digitais deve ser inserido sem
restrição para celebrar o conhecimento, a criticidade do fazer artístico no
processo pedagógico.
Segundo
Redefor, (2011, p 46), “esta concepção se configura em paralelo ao
desenvolvimento das tecnologias visuais no século XX”. Nesse sentido a “cultura
visual” tem seus avanços com incremento das tecnologias. Assim é necessário uma
“reprodução das técnicas de imagens” que sejam capazes de transpor ao sujeito a
importância semântica para a nova modalidade da educação.
É
a partir desta concepção que se dissemina a ideia da alfabetização visual. O
incentivo à criação de um filme por exemplo, ou vídeo documentário são
atividades em que as habilidades específicas precisam ser inseridas em sala de
aula pelo profissional de artes visuais, sobretudo porque parte do alunato contemporâneo
tem certa familiaridade com o mundo tecnológico pelo qual são atraídos corriqueiramente,
seja pelos jogos digitais nos computadores ou pelos Smartfones.
Se apropriando dessa ferramenta o professor pode escolher
um tema e desenvolver junto aos discentes um projeto em que os recursos
digitais sejam aplicados na ampliação do desenvolvimento artístico de forma
motivadora, em sala ou extra sala. De acordo com (BNCC 2018, p. 211) “identificar,
manipular diferentes tecnologias e recursos digitais” faz do aluno um indivíduo
mais reflexivo, critico, responsável por seus atos na promoção de uma vivência
pautada no respeito e na ética.
Segundo
Sawaya e Nishida (2017, p.5), os elementos da linguagem visual “se
inter-relacionam entre si” de maneira que outras linguagens se imbricam com
enquadramento, palheta de cores, iluminação, fotografia, edição, etc., e aos
poucos se comunicam por meio dos efeitos que “geram experiências cognitivas e
estéticas” se correlacionando entre si.
O professor pode convidar a turma a produzir um micro
documentário ou um filme de ficção, começando pelo roteiro, pesquisa, escolha
do tema, produção, distribuição das tarefas, a edição e veiculação nas redes
sociais etc. Essa ferramenta pedagógica vai estimular a prática, a criatividade,
o interesse e a aprendizagem de maneira mais dinâmica bem concatenada às práticas
tecnológicas digitais as quais o aluno tem afinidade.
No
contexto escolar do ensino fundamental II, não necessariamente essa metodologia precisa ser algo tão elaborado, mas que suscite ao aluno um olhar mais atento
para envolvimento com as prática audiovisuais e suas ferramentas específicas
como: áudio, edição, câmera, iluminação, parte artística etc.
“Sendo assim, ao configurar e operar no âmbito das práticas artísticas
o sujeito necessariamente precisa estar conectado com os aspectos estéticos” que
agreguem a originalidade “conceitual ou material” cujas questões estão ligadas
entre as “dimensões da Proposta Triangular (REDEFOR 2011, p.52).
Todavia,
vale ressaltar que partindo para a realidade há uma disparidades sociocultural quanto
a formação do professor de arte e falta de recursos tecnológicos na maioria das
instituições públicas para a exploração dessa metodologia com as tecnologia
digitais. Nesse sentido não se pode atribuir responsabilidades apenas ao
discente ou ao arte educador. Muitas vezes o educando e professor se sente desestimulado
frente a essas dificuldades corriqueiras.
Espera-se
que com o tempo essas competências e estruturas metodológicas adotadas na
Educação Básica no ensino de artes não fiquem apenas no papel, mas que a escola
e a sociedade se adequem a essas novas regras para que o engajamento entre
sociedade e práticas educacionais entrem em conformidade com a realidade, amplitude e
integralidade do conhecimento.
Referências.
BRASIL.
Ministério da Educação. Conselho Nacional de Secretários de Educação – CONSED. União
Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação – UNDIME, Dez 2018.
Disponível
em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf>
Acesso em: 21/10/2019.
FORMAÇÃO,
docente. Curso de Especialização para Magistério SEESP. Ensino Fundamental e
Médio. Módulo 1.UNESP/Redefor. São Paulo, 2011.
SAWAYA, Maximiliano Augusto. NISHIDA, Sawaya Cíntia
Yuri. Docência, inovação e investigação.
Produção de filmes de ficção e documentários como prática pedagógica nos
anos finais do Ensino Fundamental. 8° SMEDUC. UNIT-Aracaju. 2017.
Disponível em: < file:///C:/Users/User/Desktop/8541-29582-1-SM.pdf>
Acesso em: 21/10/2019