segunda-feira, 25 de maio de 2020

RECURSO DIDÁTICO NO ENSINO DE ARTES


Imagem retirada da internet. 
Disponível em: <https://kingscomunicacao.com.br/recursos-audiovisuais/ > Acesso em: 25/05/2020.

PRODUÇÃO DE AUDIOVISUAL 

Nos anos finais do Ensino do Fundamental a maturidade dos alunos já se caracteriza pela capacidade de maior discernimento quanto às informações que os fazem perceber qualitativamente o mundo em sua volta. Nesse sentido o uso das tecnologias digitais deve ser inserido sem restrição para celebrar o conhecimento, a criticidade do fazer artístico no processo pedagógico.
Segundo Redefor, (2011, p 46), “esta concepção se configura em paralelo ao desenvolvimento das tecnologias visuais no século XX”. Nesse sentido a “cultura visual” tem seus avanços com incremento das tecnologias. Assim é necessário uma “reprodução das técnicas de imagens” que sejam capazes de transpor ao sujeito a importância semântica para a nova modalidade da educação.
É a partir desta concepção que se dissemina a ideia da alfabetização visual. O incentivo à criação de um filme por exemplo, ou vídeo documentário são atividades em que as habilidades específicas precisam ser inseridas em sala de aula pelo profissional de artes visuais, sobretudo porque parte do alunato contemporâneo tem certa familiaridade com o mundo tecnológico pelo qual são atraídos corriqueiramente, seja pelos jogos digitais nos computadores ou pelos Smartfones.
Se apropriando dessa ferramenta o professor pode escolher um tema e desenvolver junto aos discentes um projeto em que os recursos digitais sejam aplicados na ampliação do desenvolvimento artístico de forma motivadora, em sala ou extra sala. De acordo com (BNCC 2018, p. 211) “identificar, manipular diferentes tecnologias e recursos digitais” faz do aluno um indivíduo mais reflexivo, critico, responsável por seus atos na promoção de uma vivência pautada no respeito e na ética.
Segundo Sawaya e Nishida (2017, p.5), os elementos da linguagem visual “se inter-relacionam entre si” de maneira que outras linguagens se imbricam com enquadramento, palheta de cores, iluminação, fotografia, edição, etc., e aos poucos se comunicam por meio dos efeitos que “geram experiências cognitivas e estéticas” se correlacionando entre si.                               
O professor pode convidar a turma a produzir um micro documentário ou um filme de ficção, começando pelo roteiro, pesquisa, escolha do tema, produção, distribuição das tarefas, a edição e veiculação nas redes sociais etc. Essa ferramenta pedagógica vai estimular a prática, a criatividade, o interesse e a aprendizagem de maneira mais dinâmica bem concatenada às práticas tecnológicas digitais as quais o aluno tem afinidade.
No contexto escolar do ensino fundamental II, não necessariamente essa metodologia precisa ser algo tão elaborado, mas que suscite ao aluno um olhar mais atento para envolvimento com as prática audiovisuais e suas ferramentas específicas como: áudio, edição, câmera, iluminação, parte artística etc.
“Sendo assim, ao configurar e operar no âmbito das práticas artísticas o sujeito necessariamente precisa estar conectado com os aspectos estéticos” que agreguem a originalidade “conceitual ou material” cujas questões estão ligadas entre as “dimensões da Proposta Triangular (REDEFOR 2011, p.52).
Todavia, vale ressaltar que partindo para a realidade há uma disparidades sociocultural quanto a formação do professor de arte e falta de recursos tecnológicos na maioria das instituições públicas para a exploração dessa metodologia com as tecnologia digitais. Nesse sentido não se pode atribuir responsabilidades apenas ao discente ou ao arte educador. Muitas vezes o educando e professor se sente desestimulado frente a essas dificuldades corriqueiras.
Espera-se que com o tempo essas competências e estruturas metodológicas adotadas na Educação Básica no ensino de artes não fiquem apenas no papel, mas que a escola e a sociedade se adequem a essas novas regras para que o engajamento entre sociedade e práticas educacionais entrem  em conformidade com a realidade, amplitude e integralidade do conhecimento.

Referências.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Secretários de Educação – CONSED. União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação – UNDIME, Dez 2018.
FORMAÇÃO, docente. Curso de Especialização para Magistério SEESP. Ensino Fundamental e Médio. Módulo 1.UNESP/Redefor. São Paulo, 2011.

SAWAYA, Maximiliano Augusto. NISHIDA, Sawaya Cíntia Yuri. Docência, inovação e investigação. Produção de filmes de ficção e documentários como prática pedagógica nos anos finais do Ensino Fundamental. 8° SMEDUC. UNIT-Aracaju. 2017.
Disponível em: < file:///C:/Users/User/Desktop/8541-29582-1-SM.pdf> Acesso em: 21/10/2019





Nenhum comentário:

Postar um comentário