É um projeto de empreendedorismo socioambiental, atuante no campo das Artes Visuais, escrita criativa (prosa e verso), economia circular e práticas ESG.
Objetivo: fomentar práticas de empreendedorismo socioambiental com mulheres periféricas por meio da cultura visual fortalecendo o potencial criativo com foco no meio ambiente.
Atividades: Exposições de arte, oficinas de pintura, artesanato ecológico, customização, palestras sobre educação ambiental e empoderamento feminino.
Por ocasião do dia Internacional da Mulher o Projeto Entre Nós, sob a curadoria da artista visual/ expografia de Anete Mendonça. O evento aconteceu no SESC-Centro?FECOMÉCIO/Senac-CE a Exposição coletiva "O Sagrado Feminino", na rua @4 demaio 692, no Centro de Fortaleza-CE. A esposição ficará em cartaz de 11 março a 14 de abril.
O eixo da exposição tem como obetivo principal homenagear a mulher em toda a sua plenitude tendo em vista que lhe é concedido o dom divino, a responsabilidade de gerar, acolher e perpetuar a espécie humana.
Artistas presentes
Imagens: Paulo Henrique-mar. 2023.
Tive a honra de fazer parte da exposição que contou com dezoito artistas mulheres dos variados estados brasieiros que abrilhantaram com suas poéticas e diversidades de tecnicas de primeira linha, desde a arte clárissa à contemprânesa, além contar com a apresentação dos músicos integrantes da @camerataheitos, secretário de cultura de Fortaleza e demais visitantes.
Em auto astral a exposição foium sucesso, muito amor e dedicação da equipe do Sesc e doProjeto Entre Nós.
Em 2013 após algumas mudanças importantes tentei ressignificar minha vida pessoal e profissional. Do área têxtil com moda e acessórios femininos, uma vida competitiva, agitada e concorrida por mais de 25 anos, momentos de reflexões, anciedade vieram me sacudir; dai mergulhei em um outro segmento.
Após uma oficina de pintura em tela no Centro Cultural Bom Jardim em novembro de 2012, outras alternativas vislumbrei. Descobri que o meu remoto sonho de trabalhar com arte começava a se apresentar de forma mais concreta.
Sempre tive aptidão para trabalhos manuais, sobretudo devido ao convívio e por pertencer a família de artesãos. Desde a infância vivia inserida nas palhas de carnaúba que minha avó trançava, redes de pesca feitas por meu pais, tranças de redes de dormir, bordados, costuras das minhas tias e das mulheres da vizinhança.
Por algum tempo trabalhei com artesanato, pintura em tecido, coisa muito corriqueiras mas que me logrou bons resultados financeiros para uma jovem adolescente sem muitas contas para pagar.
No decorrer dos anos, casei, tive filhos, trabalhei feito gente grande; montei uma empresa de Pequeno Porte (EPP), para trabalhar e produzir artigos do vestuário.
Foi muito lucrativo... mas os filhos crescem, sua vida financeira se torna mais equilibrada e precisei enveredar por um caminho espinhoso e desconhecido. Nesse caminho desconhecido, percebi que podia agregar mais pessoas e ainda trabalhar as questões ambientais.
Com o incentivo dos filhos e do marido voltei para a sala de aula e fui fazer cursinho prepearatório para o ENEM. Após ganhar alguns concursos culturais em um supermercado, me empolguei e fui para a salade aula.
De certo é que após 32 anos fora de sala de aula fiz um curso técnico e em seguida ingressei na UECE (Universidade Estadual do Ceará, 2017) no curso dos meus sonhos-Licenciatura em Artes Visuais. Conclui o curso com classificação máxima, e ainda levei a minha vivência artística para compartilhar no Campus, já que minha vivência artística era trabalhar a conscientização ambiental atravél da poética visual,com o lixo reciclável.
Durante todo esse período acadêmico passei a experimentar novos desdobramentos e minha vida mudou da "água para o vinho". A arte comtemporânea me encanta.
Dai passei a aprofundar minhas pesquisas, antes empíricas, agora para o campo acadêmico, o qual me trouxe mais bagagem para essa nova jornada, para além do da arte clássica, renascentistas e metodologias pré estabelecidas no ensino de arte. A prática socioambiental adentravam minhas narrativas para dialogar com a problemática ambeintal.
Nesse vídeo acima apresento o resumo do que foi essa trjetória de cores, linhas, perspectivas, testuras e suportes no decorrer desse 10 anos, junto a crianças, jovens adultos e idosos; Viagens, palestras, escutas,lagrimas e sorrisos.
Tembém explicita a várias manifestações artística nas quais utilizei para ressignificar epartilhar meu encantamento nos mais variados aspectos, social, ambiental, cultural e histórico.
Uma maratona a cada dia e muita gratidão ao público que me consagrou, afinal quem quem consagra o artísta é seu público. Estou muito feliz por essa jornada!
A cada dia percebemos que a
conexão entre ser humano e natureza precisa ser repensada na lógica educativa.
A arte em sua dinâmica se reinventa para encarar esses desafios, não como algo novo,
mas como necessidade de mudança contínua desde a ancestralidade.
Nessa lógica, descobrir novos parâmetros faz-se necessário para lembrar
que o homem como agente integrador dessa construção, carece de estar conectado
em seu próprio eixo de consciência. Nesse sentido, os espaços integrativos oferecem
ao indivíduo condições de incrementar suas relações pessoais e interpessoais
com os objetos de arte como símbolo imaginativo interagindo consigo mesmo e com
o outro.
Dessa maneira é possível perceber
que as linguagens artísticas, sejam músicas, pintura, dança teatro, cinema,
fotografia, arte digital, dentre outros, possibilita a prática integrativa dando
evasão a outros discursos não se limitando as leituras teóricas, mas se
complementado por si só.
“A expressão através da arte facilita a comunicação do
que não cabe em palavras, a reorganização interna, a manifestação
emocional, o autoconhecimento, as informações subconscientes, libertando a
capacidade de pensar e sentir de modo criativo” (AZEVEDO, 2017).
E
é nessa capacidade criativa que surgem às construções simbólicas para a formação
das mais diversas “formas de expressão e manifestações culturais” inerentes a
qualquer sociedade as quais se articulam de forma organizada para construir novos
discursos e valores segam estéticos, ideológicos, políticos etc. para a
conquista de novos espaços. Logo “aprofundar”
esse discurso pode interferir na “compreensão destes fenômenos” (ALVES, 2013).
No meu modo de pensar os contextos
artísticos integrativos e arranjos produtivos em cultura são modos contemporâneos de apresentar e integrar as mais
diversas linguagens artísticas (música, dança, teatro, pintura, arte digital, etc)
em um mesmo senário ou contexto; sejam físico, virtual, tátil, que integrem com
o imaginário coletivo onde há possibilidade de experimentar objetos de arte para novas vivencias sensitivas.
ITEM 2- MÚSICA BANDO DO SEU
PEREIRA –
É uma banda musical com 3 músicos que leva música e conscientização
ambiental para regiões rurais. O grupo se apropriou da música em ritmo
nordestino com princípios interventivos da permacultura para conscientizar as pessoas
sobre as questões ambientais na região sudeste em época de desabastecimento (formado
em 2014 em São Paulo) resolveu por a “mão na massa” para instalar caixas d’água
e captar água da chuva juntamente com vizinhança.
Depois dessa atitude, o grupo resolvera colaborar com as vitimas da
tragédia de Mariana (MG) para sensibilizar as vítimas com a com seu enredo musical
a reorganizar suas vidas por meio das práticas da permacultura, com plantio da agricultura
familiar nos espaços devastados pela lama, fazer intervenção e restauração de
nascentes; pintura em murais restabelecendo espaços públicos de forma
colaborativa. De forma que a linguagem musical deste grupo tem um compromisso
com a defesa e o equilíbrio do meio ambiente.
Essa arte é criação
do artista mexicano Alejandro Chellet, tem como tema “A casa do Fogo”. Compreende
por uma intervenção feita por caule de bambu em uma paisagem da “Fundació L’Olivar em Alt Empordà, na
Catalunha”. Representa o misticismo do poder do colono bem como homenageia poder
do fogo do divino e seus dos seus avós, ao qualreivindica territórios suscitando aos apreciadores a se conectar com a
natureza e seus espíritos (CHELLET, 2016).
BIBLIOGRAFIA
ALVES,
F. G. C. B. Formas de Expressão Artística
Integradas.2. ed. Minas Gerais:
100 anos da Semana Moderna,100 anos de bode Ioiô. Coincidência ou não, aqui registro a minha homenagem em forma de arte desses dois eventos importantes, tanto para o mundo como para o Ceará.
Quem foi o bode Ioiô?
"O Mascote folgado na coluna do passeio público de Fortaleza. Acrílico sobre aço (reuso de antena de TV ).
Com essa releitura do Mascote Ioiô, pretendo fazer uma homenagem a Tarsila do Amaral com sua obra Abaporu, já que a artista foi um dos grandes nomes do período antropofágico do movimento modernista no Brasil.
Assim, eu comemoro e compartilho está pintura homenageando aos 100 anos da Semana de Arte Moderna que acontecerá este ano, no mês de fevereiro de 2022.
Esta releitura também faz uma homenagem aos 100 anos da figura folclórica de Fortaleza, o famoso do Bode Ioiô."
Texto do instagram:
by Lia Batista
https://www.instagram.com/p/CZIHK19urLH/?hl=pt-br
Acrílico sobre tela-2019
Arte digital 2020
Pintura em tecido/2022
Acrílico sobre aço (reuso de antenas de TV)-2022
Bobe na Praça do Ferreira-2022
"Bode Ioiô, 2022 - Pintura em acrílico sobre (metal) antena de TV. O Bode Ioiô chegou estilizado para marcar a história da cultura em Fortaleza. Aproveitando a pegada ambiental, por um voto mais consciente."
"Bode de máscara. Acrílico sobre aço (antena de TV). Olha ai garotada, o nosso Bode Ioiô... Até o bode parou o seu vai e vem nessa pandemia da Covid 19 para incentivar as medidas sanitárias.
Uso de máscara, isolamento social... quem diria!
Pelo visto, já está vacinado, mais o álcool... cuidado bodinho... só em gel.
Assim ele espera, aprecia a praia, o Passeio Público, as gaivotas... tudo de longe e sem aglomeração social.
Pelo visto vai deixar suas andanças para quando as eleições estiverem próximas ou quando a pandemia passar.
Afinal, bode de 100 anos, espirrando e com Covid 19, ninguém quer". Bom exemplo.
Te cuida bodinho!!"
Texto:
instagram:
Eco Arte Lia Batista
https://www.instagram.com/p/CZSYwoWuFZM/
segunda-feira, 7 de março de 2022
DIA DA MULHER
Palestra: Eco Arte: Economia Circular na prática do empoderamento da mulher.
Comunidade Campos Novos: Imagem: Paixão-05 mar 2021
Roda de conversa: Despertando o empreendedorismo socioambiental
Russega (Aquiraz) Imagem: Paixão-27 mar 2021
Durante algum tempo o isolamento social e a transmissão do vírus da Covid 19, não permitiam encontros ou aglomerações. Esperamos que a partir deste momento comece a normalidade para que nossos encontros sejam mais calorosos, embora a virtualidade do mundo digital seja realidade e chegou pra ficar.
Durante esses dois anos de pandemia atendemos famílias inteiras e pessoas individualmente(com os devidos cuidados), demos orientação via redes sociais, atendemos por telefone, videos chamadas... Foram momentos difíceis.
Foram dezenas de chamadas de vídeos, lives, áudios e tudo mais, prestar serviço de solidariedade à pessoas que perderam empregos, fecharam seus negócios e perderam parentes por causa da Covid 19. Inclusive, eu perdi meu pai e uma tia.
Com essas pessoas choramos, nos desesperamos, ficamos confusas e muitas angústias sofremos juntos.
Aqui no ateliê Eco Arte, tivemos que buscar alternativas para continuarmos as aulas de uma maneira virtual. Muitas vezes fazíamos visitas à noite, entregávamos e pegávamos material para que o trabalho das mulheres não parasse, bem como pegávamos e entregávamos as encomendas feitas por clientes via redes sociais.
Como geralmente trabalho com mulheres donas de casa/artesãs, assessorá-las com os aplicativos foi um desafio a ser encarado. Muitas delas nem sabiam utilizar o Whats App.
As aulas foram apresentadas por pequenas chamadas de vídeos para estimular a aprendizagem e trabalhar a autoestima, que por diversas vezes minimizava os transtornos causados pelo stress do isolamento social, violência doméstica e depressão sofrida por várias mulheres.
Eu mesma tive a grande perda do meu querido pai, Amadeu Corria Batista, um dos homens mais íntegros, solidário e humano; um paizão que era uma mãe. Diabético há três anos e fazendo hemodiálise, após ser sido hospitalizado, contraiu a Covid 19 no Hospital Geral Militar de Fortaleza (16/03/2021) e foi a óbito. Muito triste, mas tendo que consolar outras famílias sobrevivi.
Após todo esse período, espero que o tempo se encarregue de amenizar as lembranças sombrias.
Tentando ajudar e superar coletivamente esse período negro estamos de volta as nossas atividades ainda com as restrições e medias sanitárias impostas pela pandemia precisamos continuar.
Já agora esse mês de fevereiro iniciamos as primeiras rodas de conversas e palestras nas comunidades de Russega (Aquiraz) e Campos Novos(Fortaleza) esta última a convite da líder Fernanda Aline Barroso Celso, atendendo a REMES-Rede de Mulheres Empreendedoras Sustentáveis, na qual sou cofundadora desde 2003.
Acredito que esses encontros serviram para balizar emocionalmente, psicologicamente e corroborar com essa nova fase experimental, quem sabe pós pandemia.
Desde já agradeço a Deus, a minha família e amigos que colaboraram com nosso trabalho e que os resultados sejam animadores de agora por diante.
Memórias
afetivas para a construção da cidadania das mulheres
Com
a proximidade entre estudo de artes e empreendedorismo socioambiental
faço um paralelo com assuntos recorrentes como resistência da mulher,
beleza negra, violência doméstica, auto estima dentre outros.
O
projeto:
Ateliê casa está localizado
no bairro Serrinha, onde desenvolve pesquisas e produção no campo das artes visuais,
potencializando a economia circular com o uso do lixo reciclávelpara promover o debate sobre práticas
sustentáveis, qualidade de vida e geração de renda respeitando as habilidades
de cada indivíduo.
Missão
Promover práticas socioambientais por meio da cultura
visual que cada mulher traz consigo, como forma de resistência por meio da
construção das manifestações artísticas.
Visão
Ser reconhecida nacionalmente como uma empresa que investe
na responsabilidade socioambiental por meio da aproximação entre o estudo da
Arte e a realidade vivida por mulheres
em vulnerabilidade.
Valores
·Valorização da mulher em sua essência: empoderamento e resistência
·Cuidar do meio ambiente pensando nas futuras gerações.
·Compartilhamento de experiências criativas pelo viés da arte.
·Responsabilidade socioambiental para uma sociedade mais justa e
igualitária.
·Valorizar o repertório imagético e cultural para a prática
sensível da sociedade.
Público Alvo
Mulheres a
partir de 12 anos de idade, donas de casa, geralmente de baixa
renda, vítimas de violência doméstica ou apreciadoras que queiram desenvolver o
potencial criativo.
Metodologia
·Oferecer aulas práticas de pintura artística
e artesanato e com várias técnicas com o uso de lixo reciclável.
·Desenvolver junto as mulheres a prática
empreendedora com o lixo reciclável para uso próprio ou comercialização.
·Promover a educação ambiental e qualidade de
vida
·Metodologias ativas
·Cultura Maker
Justificativa:
Tendo em vista a grande
demanda de produção do lixo urbano nas grandes cidades, escassez dos recursos
naturais e a degradação ambiental, faz-se necessário encontrar alternativas
viáveis para que esse lixo reciclável permaneçasendo utilizado de outras formas, gerar renda através da economia circular, além de melhorar a autoestima da mulher e qualidade de vida entre as famílias de baixa renda.
Reconhecer o empreendedorismo é uma prática que incentiva a atividade econômica e social das instituições contemporâneas. Empreender consiste em enxergar oportunidades de negócios em que se destaquem em gestão sustentável, criatividade, competitividade e que contribuam para a melhoria da sociedade.
Nesse âmbito, no dia 15 e 16/12/2021, em sua oitava edição, o TROFÉU EMPREENDER 2021 realizado pelo Grupo de Comunicação O POVO, com patrocínio do Sebrae e apoio da Prefeitura de Fortaleza) agracia algumas empresas cearenses nas seguintes categorias: Empreendedor Individual, Micro e Pequenas Empresas do Ceará.
Entre essas instituições com indicação do Banco do Nordeste do Brasil o Ateliê Eco Arte se destacou como Empresa Individual devido a sua atuação no mercado por suas práticas inovadoras com as artes visuais e empreendedorismo socioambiental, promovendo uma proximidade com assuntos recorrentes, como resistência da mulher, beleza negra, violência doméstica, autoestima, dentre outros.´
Ao completarmos oito anos de atuação no mercado da Economia Circular, é com muita honra que recebemos essa premiação, na qual dedicamos a todas as mulheres que represento, dando assim, vez e voz às que se calam diante de tanta disparidade, machismo e preconceito da sociedade atual, sobretudo as donas de casa, às sem renda, sem esperança.
Nossos agradecimentos ao grupo de comunicação O POVO e ao Banco do Nordeste por meio do Crediamigo, no qual participo com muita honra ao longo de dezesseis anos de resistência, na pessoa da Fabiana, Rosa Ribeiro, Valdeci, Isaac, Sheila, ao meu grupo de apoio, em especial ao meu querido esposo e a Selma Fonseca, minha coordenadora.
Espero que com essa comenda recebida pelo Ateliê Eco Arte seja a inspiração para tantas outras empresas geridas por mulheres que colaboram com a sociedade e o meio ambiente; com esse reconhecimento e outras comendas e matérias feitas pela imprensa local, acreditamos que santo de casa também obra milagres.
O evento ocorreu por meio de uma live nas plataformas, youtube e facebook: