É um projeto de empreendedorismo socioambiental, atuante no campo das Artes Visuais, escrita criativa (prosa e verso), economia circular e práticas ESG. Objetivo: fomentar práticas de empreendedorismo socioambiental com mulheres periféricas por meio da cultura visual fortalecendo o potencial criativo com foco no meio ambiente. Atividades: Exposições de arte, oficinas de pintura, artesanato ecológico, customização, palestras sobre educação ambiental e empoderamento feminino.

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

REGÊNCIA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

SEGUNDO DIA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO-COLÉGIO TEIXEIRA HOLANDA

          

I                                                               Imagem: Acervo pessoal-Lia Batista, 11 out 2019
.
DIA 10/10/2017

                     A escola que fiz a regência foi a mesma instituição que fiz a observação. Um dia antes. pela manhã às 8:00h cheguei no colégio e fui bem recebida pela coordenação e direção. Apresentei oralmente o projeto da aula de artes com o tema Boneca Abayomi - Retalhos da África e me convidaram para a “Semana cultural” que iria acontecer na semana seguinte.  
                     Por ocasião do estágio I, eu havia disponibilizado o meu ateliê para uma aula de campo com os alunos, a coordenadora achou por bem inserir essa experiência já para a apresentação da minha regência no estágio II.  Achei interessante e inusitada, e fora do planejamento, porém aceitei a proposta. 

11/10/2019-PRIMEIRO DIA 7:30h às 11:05; 13:00h às 15:30h do dia seguinte (ensolarado), 
                 A turma esperava ansiosa em sala (7° ano) com a professora quando entrei juntamente com a coordenadora. Esta falou com os alunos todo o meu procedimento e eu expliquei o que íamos fazer; 8.15min eu e a professora conduzimos a primeira turma até ao ateliê (situado nas proximidades) conforme o combinado anteriormente.
             Durante toda manhã fiquei recebendo as turmas da escola (no total foram 130 alunos do ensino fundamental 1 e 2 divididos por horários). 
Às 8.20min ao chegarmos na entrada do ateliê falei da minha atividade, do estágio e em seguida, pedi para os alunos entrarem e apreciarem as obras. Falei da profissão de artista plástica, da minha experiências, mostrei as obras e me fizeram muitas perguntas de como era o processo de criação; quantos dias uma obra era concluída; como era o mercado de artes; quem eram meus clientes… 
            No final da visita de cada turma que entrava, apresentava o tema da regência, sobre o conceito do belo, sobre as cores africanas, a cultura africana, história da África e mostrei algumas telas com esse referencial e o processo do trabalho que iria acontecer na etapa seguinte da aula 3 na escola. 
             Por fim pedi que no próximo encontro me levassem imagens que remetesse a cultura, as cores da África e seus aspectos culturais. Assim, contabilizei a primeira e a segunda aula durante esse primeiro encontro no ateliê nos períodos da manhã e tarde, (até as 15:30min.).
Foi muito interessante essa experiência, pois para a maioria, esse momento era o único; primeiro contato com ambiente de arte, especialmente um ateliê de pintura e artesanato ecológico. Saíram cheios de expectativas e animados para a aula seguinte. 

12/10/2017-SEGUNDO DIA- 9:30h às 11:05h. 
                Sou recebida gentilmente pela coordenadora que me direcionou a sala do sétimo ano. Nesse tempo a coordenadora tenta controlar a turma juntamente com a professora de arte Geise. Faço a primeira fala e pergunto quem trouxe as imagens (Ninguém trouxe). A pedido da professora escrevo o nome da boneca Abayomi e peço para irmos para o pátio, pois o sexto e o oitavo também iriam participar da aula, a pedido da coordenação. Um aluno fala sobre o que sabe sobre a cultura africana, o maracatu. Em seguida todos saem em fila ordeiramente junto com a professora e eu. E aos poucos chegam mais duas turmas. O mini pátio, um ambiente coberto bem arejado propício para uma bela aula de arte pela manhã. 
             Ao chegarmos, convoquei a turma para formar um grande círculo.  Com dificuldades eu e a professora conseguimos acalmar os ânimos das três turmas. Após o círculo feito solicitei para que todos ficassem sentados no chão. Falei sobre a história e trajetória dos africanos para o Brasil, do uso das cores da cultura africana, sobre o maracatu, o porquê das cores, da música, dos instrumentos e sobre a formação da etnia brasileira. 
             Puxei o debate com os alunos sobre a riqueza sociocultural e a formação étnica brasileira e o questionamento do que seria belo, como, o porquê desse assunto para a nosso dia a dia na escola e na sociedade. 
             Sugeri que olhassem um para o outro com respeito e evitassem o preconceito, as brincadeiras de mau gosto e que era preciso respeitar as diferenças. Falei do bulling e perguntei sobre algum caso na escola; exemplifiquei sobre os transtornos causados por essa prática, sobre os casos de automutilação e suicídio devido ao bulling na escola. 
         Apesar de serem três turmas achei que o interesse deles foi além do esperado. Falei das angústias na adolescência, da paquera na escola, da influência dos hormônios, formação da identidade e dos sentimentos nessa faixa etária. Alguns participavam e outros escutavam atentamente, outros riam...
 10:20h - Falei da diáspora africana, do sofrimento dos africanos nos navios negreiros, da escravidão, da boneca Abayomi e qual o resultado eu esperava dessa apresentação. Na sequência pedi para ficarem de pé, juntei a galera de mãos dadas, aproximei o máximo os corpos de mãos levantadas e fiz a vivência corporal entre olhares e espelhamento para que reconhecessem no outro como as semelhanças, companheirismo e amizade.
               Após essa experiência voltamos a sentar novamente em círculo no chão. Essa era a hora mais esperada. Mostrei um modelo da boneca tamanho grande e expliquei o processo para a produção da boneca Abayomi com nós de amarrações. Não foi possível usar a música do maracatu, nem recortar os retalhos em sala, como havia planejado, mas como já sabia que não ia dar tempo, levei todo o material preparado, somente para fazer as amarrações e vestir a boneca.
            Solicitei que colaborassem uns com outros compartilhando as dificuldades, e assim aconteceu. Foi muito interessante perceber a resistência dos garotos quando ouviram falar em fazer bonecas. Daí tentei desconstruir a ideia machista e mostrei-os o exemplo da paternidade e que brincar de boneca não influencia na masculinidade de ninguém. 
             Ao final percebi a dedicação e habilidades dos garotos nas amarrações dos nós e nos vestidos. Vi que muitas garotas tinham dificuldades para dar os nós de amarração e muitas eram inquietas o suficiente para não compreender a explicação. A professora ajudou bastante, mas aparentava um pouco cansada.
            Eu e a professora distribuímos os kits das bonecas já cortados. Observei que a turma queria escolher as cores dos recortes dos tecidos que eu levei, porém não permiti a escolha, porque era justamente isso que eu queria, que eles não escolhessem e sim aceitassem as diferenças também nas cores dos tecidos, fazendo essa relação simbólica do belo a partir dessa experiência. 
11:05h – Começamos a produção da bonecas Abayomi.
              Expliquei passo a passo, ajudando quando solicitada. Ao terminar a produção da boneca eles comparavam umas às outras, daí pedi para refletir de que forma esse olhar deveria ser direcionado. E que a razão desse trabalho era justamente esse, refletir sobre o conceito do belo, tendo em vista que a essência humana não tem cor e na escola e ou na sociedade todos precisam refletir, para todos serem aceitos em pé de igualdade. 

TARDE-13.00h às 13:55h 
              Turmas de sexto, sétimo ano e nono - Turno tarde - A tarde continuei esse trabalho com outras turmas, segui o mesmo roteiro da manhã, porém como faltou energia a quadra estava quente, os alunos querendo ir embora. Quando cheguei uma aluna disse: “oh, tia logo hoje que você veio, faltou energia!!” eu falei para ela: “Se não for hoje vai ser outro dia”. Outro aluno que estava com dor no estômago, ia embora... Ele ficou para essa aula até o final sem reclamar e ainda quis ser fotografado com a boneca. 
          E apesar da falta de energia e o calor da quadra quente, muito continuaram depois do encerramento para conversar comigo. A professora teve dificuldade para levá-los de volta à sala para pegar as mochilas, pois já ultrapassava o horário.
Por fim um aluno do sexto ano veio agradecer pelo trabalho e fez um pequeno vídeo no meu celular falando da beleza das obras, dos cuidados com o meio ambiente, da visita ao ateliê e da construção da boneca Abayomi que ele havia feito.
          A experiência foi muito valiosa, mas de vez enquanto a situação saia do controle. Teve um momento que eu associei aquela situação a história dos navios negreiros; até me senti sufocada. Percebi que a rotina de professor não é nada fácil e de aluno também não. Nem sempre o que se planeja é seguido à risca, mas que um plano B precisa ser apresentado em sala de aula, o importante é que a aprendizagem seja significativa para o conhecimento de mundo. 
         A prática é bem mais interessante que a teoria. Espero que essa vivência com a Abayomi na escola possa contribuir com o desenvolvimento do senso crítico a respeito do conceito do belo para minimizar os transtornos causados pelo preconceito e as práticas do bulling na escola. 


BIBLIOGRAFIA
HISTÓRIA. O Maracatu. Maracatu. org. br.2019.
Disponível em: < http://maracatu.org.br/o-maracatu/> Acesso em: 10/04/2019.
VIEIRA, Kauê. Brasil/África. Bonecas AbayomiS: Símbolo de resistência, tradição e poder feminino, 2019.

O TROFÉU MEU CAJU CAJUEIRO







Imagens: Fátima Moura e Verônica Arruda-2019
`
                Este dia 12 de novembro é comemorado o dia Estadual do Caju no Estado do Ceará, lei 271/2011 instituída pelo deputado Manoel Duca (Pros), em que destaca a importância da cajucultura na economia local e nacional, como fruto genuinamente brasileiro e de grande visibilidade para a geração de renda. 
                  O reconhecimento da cultura do caju por parte dos parlamentares do Estados do Ceará traz para o turismo regional e a economia local a valorização do trabalho odo homem do campo, bem como o incentivo para o agronegócio.
              O caju por sua vez é um pseudofruto que de tudo se aproveita, desde a culinária com seus quitutes, doces, deliciosos sucos e as mais variadas formas de aproveitar a carne no preparo de pratos salgados, sendo assim um fruto que tem como princípio a sustentabilidade e riqueza alimentar através dos seus nutrientes.
             Nesse dia 10 foi comemorado no Museu do Caju do Ceará a grande e merecida festa do Caju, apresentações dos tradicionais festejos das danças do coco, Bumba meu boi, Muié rendeira dentre outros com características bem nordestinas, além da feira de economia solidária, comidas típicas e  muito aconchego.
           Nessa sessão solene, o diretor Gerson Gladson Linhares escolheu algumas personalidades para serem agraciadas com o Troféu Meu Caju Cajueiro.
Troféu este que reconhece parceiros e colaboradores da instituição e que se preocupam em fortalecer a valorização da cultura do caju em todo o territória nacional e exterior.
        Os homenageados foram:  Deputada Érika Amorim, Secretário de Turismo e Cultura de Caucaia-Paulo Guerra, o Engenheiro Agrônomo e presidente do Instituto Caju Brasil e a artista plástica e Diretora da Eco Arte - Lia Batista.

Homenagem in memorian Rita Miranda Linhares - Benfeitora do Museu do Caju e Jaime Tomás de Aquino - Cajucultor e Fundador da Cione. 

EXPOSIÇÃO CAJU COLAGEM

                Na ocasião inaugurei a minha Exposição Caju Colagem com apresentação vinte obras em colagens em papel com imagens retiradas de revistas e tecidos. Confesso que tive um pouco de dificuldade em conseguir as imagens de cajus, acabei por recortá-las dos tecidos e imprimir da internet. Espero que gostem. Além desses obras você vão encontrar várias obras assinadas por mim e outras dezenas de artistas nacionais e estrangeiros. Vale a pena conferir.
            
            





















        Colagem é sempre uma atividade divertida para criança nos primeiros dias do ensino infantil.. Intuitivamente ela vai criando, se divertindo com as imagens aleatoriamente e surgindo espontaneamente belas artes. Nessa fase é interessante esse contato com as imagens e publicações para a iniciação das atividades lúdicas e o desenvolvimento psicomotor.
           No meu caso surgiu dessa forma: Fui me inquietando e viajando em busca de imagens de cajus e outros contextos para compor esse trabalho que durou seis meses de produção na caça da imagens certas para contar a história do caju e sua importância na cultura brasileira. Confesso que fiquei surpresa ao final com essa viagem tão especial no mundo das colagens artísticas e acabei gostando. pretendo ampliar e enveredar em outras poéticas.

De antemão quero agradecer a parceria e confiança que o Museu do Caju tem depositado em meu trabalho ao qual tenho me engajado na divulgação da cajucultura por meio das poéticas artísticas no Estado do Ceará.

Saiba mais:
< bhttps://www.instagram.com/museudocaju/> Acesso em : 11/11/2019

Bibliografia
DUCA,  Dep. Manoel. Oradores. Manuel Duca exalta a importancia do Dia do Caju. Assembléia Legislativa do Estado do Ceará, Nov 1024.

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

ABAYOMI COMO PROJETO DE ENSINO DE ARTE






Imagens: Acervo pessoal, 2019

PROJETO DE ENSINO
TEMA:
1. ABAYOMI - Retalhos da África
         A prática pedagógica feita com a Boneca Abayomi tem o intuito de  desenvolver o senso crítico a respeito do conceito do belo para minimizar os transtornos causados pelo preconceito e as práticas do bulling muito recorrente no ambiente escolar. Com isso apresentar a história da Africa e seu desenrolar na trajetória da formação étnica brasileira faz todo o sentido nessa relação afetiva de ancestralidade. Dessa maneira ilustrar por meio da produção da boneca Abayomi essa questão de identidade sociocultural pode intensificar reflexivamente sobre essas questões e partir experiência dos sentidos, pois só assim será possível relacionar os benefícios que serão obtidos em sala de aula e na sociedade. O projeto deverá acontecer em 4 h/a (quatro horas aulas sendo duas horas corridas em semanas consecutivas sendo nos horários nos horários: 9:35h as 10:20h; 10:20h às 11:05h.

2. JUSTIFICATIVA
                O projeto ABAYOMI - Retalhos da África - será aplicado em alunos do sétimo ano. A relevância do tema justifica-se devido à gravidade das práticas preconceituosas e os transtornos referentes ao bulling. Logo, torna-se necessário desenvolver na comunidade escolar a criticidade sobre o conceito do belo. Segundo Platão, o conceito de beleza, vai “além dos belos corpos e se relaciona com o conhecimento da Beleza em si” ao contrário do que se pensa ela “existe em si mesma, sempre idêntica e da qual participam todas as demais coisas” (PLATÃO, 2001, p. 156).
               Adotar os temas transversais dos Parâmetros Curriculares Nacionais é garantir que a escola se aproprie de sua competência na aplicabilidade de projetos comprometidos “com o desenvolvimento” que possam intervir e transformar a realidade (PCNs, 1997 p.24).
.
OBJETIVOS
Objetivo Geral - Desenvolver entre os alunos o senso crítico sobre o conceito do belo.
Objetivos específicos – Apresentar a história da África na formação étnica brasileira, ilustrar sobre a diáspora brasileira e relacionar o conceito do belo com a produção da boneca Abayomi com recortes de tecidos e nós de amarração.

5. METODOLOGIA
O tema será apresentado em quatro etapas
1 Apresentação do tema sobre história e trajetória dos africanos para o Brasil com o uso das cores da África.
2 Apresentação de imagens com recortes de revistas relacionadas a etnia africana e mediação sobre o conceito do belo.
3 Discussão sobre as diferenças socioculturais, étnicas brasileiras e mediação com a cultura do maracatu.
4 Recortar e produzir a Boneca Abayomi com retalhos com apenas nós de amarração, música africana do (maracatu de fundo); vivência corporal de pertencimento em forma de mandala humana com mãos dadas e perceptividade entre olhares, contato corporal e por último exposição das bonecas em forma de mandala no chão no centro da mandala humana; Encerramento com abraço coletivo.
Recursos a serem utilizados:
Papel sulfite, cola, tesoura, revistas, tecidos colorido e preto, caixa de som, celular ou com arquivo de música do grupo MARACATU Nação Pernambuco – Ganga Zumba.

Esse texto é parte das atividades do curso de Licenciatura em Artes Visuais do polo UAB/UECE- 
6. REFERÊNCIAS
 BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: apresentação dos temas transversais, ética / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997. 146p. 1.
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro081.pdf> Acesso em: 30/04/2019.
HISTÓRIA. O Maracatu. Maracatu. org. br.2019.
Disponível em: < http://maracatu.org.br/o-maracatu/> Acesso em: 10/04/2019.
MARACATU Nação Pernambuco – Ganga Zumba. Felipe Santiago. Olinda: 2011. VIDEO.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=-zphtZzsSl4> Acesso em: 09/04/2019.
PLATÃO. Apologia de Sócrates. Texto Integral. Coleção Obra-prima de cada autor. Editora Martin Claret, 2001.
VIEIRA, Kauê. Brasil/África. Bonecas AbayomiS: Símbolo de resistência, tradição e poder feminino, 2019.

MISS CAUCAIA LATINA 2019


Acesso em: 28/10/2019. 

 TRAJE TÍPICO



Foto: Luciano Gomes-CAOSph

  BRINCOS
                                                                       Foto: Lia Batista, 2019

                                                                            TIARA
                                         
Foto: Lia Batista, 2019


Foto: Lia Batista, 2019

CHOCALHO
Foto: Lia Batista, 2019

                                                                    Foto: Francisco Paixão, 2019


Imagens: Lia Batista. outubro, 2019



O traje típico do caju foi inspirado na simplicidade e nos aspectos socioculturais elencados pela riqueza do cultivo do caju e na relevância que o município de Caucaia representa para o Ceará e para o Brasil. Com o significado de terra queimada, o traje típico do caju homenageia a cajucultura e o processo pelo qual se resume aos aspectos e responsabilidade socioambientais atribuídos ao Museu do Caju do Ceará (PASSEIOS, 2019) estabelecido nesse município, bem como a preservação da tribo indígena Tapebas e a riqueza histórico-cultural, agregando riqueza longo do tempo. 

Conhecido como fruto genuinamente brasileiro o caju é rico em nutrientes, dele se aproveita tudo e é apreciado no mundo inteiro. Nesse sentido, o traje tem como objetivo demonstrar a simplicidade, a criatividade e a riqueza socioambiental do povo caucaiense por meio da cultura do caju ao longo da história, bem como enfatizar os aspectos sócio culturais na valorização das suas origens, incentivar novos empreendimentos que respeitem as diversidade e o meio ambiente, na prática da responsabilidade socioambiental. Logo, o TRAJE TÍPICO DO CAJU traz essa provocação.

METODOLOGIA

O conjunto de figurino é composto por um vestido em algodão, colar, dois brincos, e arranjo de cabeça, dois braceletes, um maracá e sandália plataforma em palha de carnaúba natural. Foi confeccionado dentro dos padrões de qualidade respeitando a inclusão social e sustentabilidade ambiental nas relações humanas.
VESTIDO
O vestido foi produzido de forma artesanal com bordados manuais em ponto de casear aberto (com linha em algodão bege) em tecido plano de algodão com a cartela de cores que levam duas cores quentes do caju (pedúnculo) vermelho e amarelo claro e escuro que representam a energia do caju, sol de Caucaia; O verde representa a prática da cajucultura e o marrom é alusivo às castanhas, a riqueza da terra e o respeito à natureza.
O modelo estilo tomara que caia referência dos anos 60 foi baseado na “variação dos corseletes do século XV” (MOREIRA, 2017), com saia mullet, nesgada intermediária com volume tipo “crinolina” e mini babado do forro. Na barra contém aplicações de folhas verdes bidimensionais na cor verde e cajus vermelhos tridimensionais tudo bordado à mão no ponto de casear aberto. As flores sobrepostas finalizam e intercalam os cajus. Feitas de fuxicos tem um cunho de socialização adotada pela integração socioeconômica que cajucultura promove no seu ciclo de interesses, desde o plantio até o consumidor final.
COLAR
O colar em tecido plano, nas cores vermelha, amarela, madeira natural e marrom, bordado à mão (com linha de algodão bege) no ponto de casear aberto, tridimensionais com enchimento de fibra de silicone, arame de aço de reuso, contas de madeira tingidas e naturais, canudos de bambu na cor natural com desenhos indígenas, caroço de mucunã, fio de nylon, fecho de reuso e finalização em feltro.
Brincos são feitos com canudos de bambu na cor natural com desenhos indígenas, com flores de fuxico amarelas, fio de nylon, suporte de aço e pedraria autocolantes em alumino oriundas de reaproveitamento das indústrias de confecção da região.
ARRANJO DE CABEÇA E BRACELETES
Arranjo de cabeça e braceletes foram inspirado na combinação de Carmem Miranda a cultura indígenas dos Tapebas. O arranjo da cabeça contém um suporte de lacre de pote plástico, atrelado a uma tiara de plástico. A leitura compositiva aprece em forma de cesto de caju finalizado com penas de aves coloridas em vermelho e amarelo, com folhas e cajus tridimensionais preenchidos com fibra siliconada e flores de fuxico. Os braceletes seguem a mesma técnica do arranjo de cabeça acrescentando o elástico para prender nos dois braço em dando sintonias no todo.
O maracá é feito a partir de uma cabaça pintada no dégradé de verdes claro e escuro; no interior desta há seixo de brita para produzir o sonoridade; Além de um caju em tecido acolchoado, castanha crua natural, o cabo é composto por um galho de cajueiro e com acabamento de com trança de carnaúba que também faz parte da cultura local na prática do artesanato indígena e da biodiversidade.
O CRONOGRAMA
O figurino levou dois meses para ser confeccionado e contou com a idealização da artista plástica Lia Batista. Na execução a modelista, Valdenira Braga DJExpirit-Moda feminina e a artesã Ana Pinheiro; todas integrantes da REMES – Rede de Mulheres Empreendedoras Sustentáveis. 



REFERÊNCIAS
Imagens:
Luciano Gomes Fotografia
Disponível em: <https://lucianogomes.46graus.com/> Acesso em: 08/11/2019.
MOREIRA, Adilce. Origem do Vestido. Maranata, 2017. 
Disponível em: <http://adilcemoreira.com.br/historia-da-moda/origem-do-vestido/> Acesso em: 21/10/2019.
PASSEIOS. Museu do Caju: economia, cultura e história em um só lugar. Praias de Fortaleza. Disponível em: <https://www.praiasdefortaleza.net/museu-do-caju/> Acesso em: 21/10/2019.
IBGE. História e Fotos. 2019.
Disponível em:<https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ce/caucaia/historico> Acesso em: 21/10/2019.

MISS Ceará Latina-2019/20 -Vídeo de Apresentação - Miss Caucaia Latina.  Filmagem e edição: Vinícuios Shirahata. 28 de set. de 2019. 

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=ZP8COFr1eqA&app=desktopVÍDEO (3min). 
Acesso em: 28/10/2019. 





EMPREENDENDO COM O "LIXO" AUTOMOTIVO

A VERDADEIRAA HERANÇA ANCESTRAL

Título: Lavadeiras Acrílico S/ eucatex- 2014 Artista: Lia Batista Tamanho: 40x60cm Imagem: Disponível em:  https://br.pinterest.com/pin/5559...