BONECA ABAYOMI
A boneca Abayomi-The Abayomi Doll
Vídeo disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=dpvmakYu6oE&feature=youtu.be> Acesso em: 01 fev 2021
No século XVI, com pedaços de suas saias as mães africanas que eram transportadas em navios negreiros para o Brasil, acalentavam seus filhos com minúsculas bonecas de pano, como forma de aliviar a angústia no trajeto entre África e Brasil.
ORIGEM
De acordo com Vieira (2015), a boneca Abayomi tem origem na etnia-linguística Iorubá no continente africano e significa “encontro precioso”. Durante o trajeto, as mães produziam as bonecas com pedaços das próprias saias, contavam histórias para tentar acalentar seus filhos e estes as guardavam como amuletos.
Simples de fazer: Sem costura e com apenas nós, a Abayomi vai encantando pela sua importância memorável. Como símbolo de resistência e protagonismo da mulher na sociedade atual, essa história tenta afirmar a identidade cultural afro-brasileira, provocando reflexões em torno das lutas e da aceitação das nossas origens na contemporaneidade.
Para além das fronteiras do Estado do Ceará as oficinas de bonecas Abayomi vão tomando formas com o estilo Eco Arte e depois da Creche Francisco Erasmo Pitombeira no Parque Dois Irmãos em Fortaleza e o XI Seminário SATRE-UECE, chega às donas de casa de Serra Negra e à Escola Municipal Luiz Barbosa, localizada na Rua Monteiro Lobato, 187, Pimentéis em Águas de Lindoya-São Paulo.
Foi uma honra ser recebida pela diretora Denise e seus alunos; juntos trocamos ideias e experiências, onde também fizemos uma mini exposição de pinturas em tela e com artesanato oriundos de materiais recicláveis para a turma de alunos de sétimo ano. Eu e a artesã Edilene da Silva tivemos o apoio do senhor Otacísio Pereira e do Escritório de Contabilidade Santa Rita em Águas de Lindoya.
Foi uma honra ser recebida pela diretora Denise e seus alunos; juntos trocamos ideias e experiências, onde também fizemos uma mini exposição de pinturas em tela e com artesanato oriundos de materiais recicláveis para a turma de alunos de sétimo ano. Eu e a artesã Edilene da Silva tivemos o apoio do senhor Otacísio Pereira e do Escritório de Contabilidade Santa Rita em Águas de Lindoya.
No geral o projeto de oficinas itinerantes Abayomi suscita o debates sobre o preconceito, o feminicídio, a resistência da mulher negra e ainda promove uma reflexão sobre as questões de gênero. As oficinas são ministradas de acordo com cada público alvo.
Para jovens e crianças são apresentadas as questões afetivas, as relações interpessoais na escola, na comunidade, adolescência, e o combate ao bulling, bem como da afetividade entre os membros da família que atualmente está sendo substituída pelo uso abusivo das redes sociais dentro do próprio lar.
Quanto ao público adulto a oficina apresenta uma discussão mais ampla onde são abordados assuntos relacionados a resistência da mulher negra, o racismo, o combate a homofobia, relações amorosas, dentre outras questões.
Para tanto é preciso enfatizar que toda instituição educacional tem o direito e o dever de abordar sobre os temas transversais aos quais dentre eles está do ponto de vista das relações étnicas, escravidão e mercantilização dos povos africanos.
Para jovens e crianças são apresentadas as questões afetivas, as relações interpessoais na escola, na comunidade, adolescência, e o combate ao bulling, bem como da afetividade entre os membros da família que atualmente está sendo substituída pelo uso abusivo das redes sociais dentro do próprio lar.
Quanto ao público adulto a oficina apresenta uma discussão mais ampla onde são abordados assuntos relacionados a resistência da mulher negra, o racismo, o combate a homofobia, relações amorosas, dentre outras questões.
Para tanto é preciso enfatizar que toda instituição educacional tem o direito e o dever de abordar sobre os temas transversais aos quais dentre eles está do ponto de vista das relações étnicas, escravidão e mercantilização dos povos africanos.
Da mesma forma, uma visão histórica da Ásia contribui para a compreensão da formação cultural brasileira, tanto no que se refere às tradições como a processos históricos que levaram seus habitantes a imigrarem para as Américas, e em particular para o Brasil, em diferentes momentos (PCNs p.131).
- A oficina começa com uma oração do Pai Nosso e uma dinâmica energizadora em círculo sempre de mãos dadas para depois iniciar a apresentação sobre a história da Abayomi. O Objetivo principal é abordar a relação simbólica da boneca com os aspectos de resistência e o protagonismo da mulher na sociedade atual, bem como afirmar a identidade cultural afro-brasileira, provocando reflexões em torno das lutas e da aceitação das nossas origens na contemporaneidade.
- A segundo bloco, fala-se um pouco da história da boneca no modo geral, como surgiram e qual o significado em determinadas civilizações desde o Paleolítico até a atualidade.
- No terceiro bloco são apresentadas as ações internas e externas do ateliê e as práticas artísticas e socioambientais nas comunidades, tais como o resgate da cultura popular da boneca de pano, citando o exemplo a Vó Luíza (94) que mantém a tradição com as netas e bisnetas. Dessa forma o uso dos retalhos para a produção das bonecas possibilita discussões dos temas transversais, podendo ser aplicados na educação por meio da contação de história com os alunos.
- Quarto bloco, aponta as exposições trabalhos artísticos, empoderamento da mulher, casos de superação e auto aceitação para a melhoria da autoestima.
- Último bloco onde acontece o passo a passo da confecção da Boneca Abayomi e para finalizar acontece o momento de escuta e encerramento.
A experiência de mediar as oficinas de Abayomi tem sido muito enriquecedora devido as suas peculiaridades. Todavia percebo visivelmente no rosto das pessoas que a sensibilidade flui de uma forma espontânea irradiando uma energia própria que emana espontaneamente sem receio, pois percebo que a cada finalização ocorre uma liberação intensa de empoderamento e alívio.
Veja! Quanto aos homens presentes nas oficinas noto que mesmo que transpareçam receosos, se empenham com veemência na produção da boneca; alguns se manifestam discursivamente, elogiam e partilham suas algumas experiencias.
Veja! Quanto aos homens presentes nas oficinas noto que mesmo que transpareçam receosos, se empenham com veemência na produção da boneca; alguns se manifestam discursivamente, elogiam e partilham suas algumas experiencias.
Escola Municipal Luiz Barbosa
Águas de Lindoyoa-Pimentéis-São Paulo-Jun-2018
Oficina de Abayomi no Ateliê Eco Arte
Oficinas com os pais - CEI Francisco Erasmo da Silva Pitombeiras Parque Dois Irmãos Fortaleza-CE
Oficina na XI Seminário de Estudos SATRE-Centro de Humanidades - UECE-Ago/2018
Campanha solidária de doação de sangue -Salve o Miguel-
Oficina no Polo UECE/UAB-Maracanau-CE
Oficina no Bom Jardim- Igreja Sheikinah-Acão Mulher/2018
Polo UAB/UECE-Maracanaú-
Escola Francisco Jaborandi de Melo-Fortaleza
XIII Semana Universitária UECE-
II Feira do Conhecimento do Ceará
CEI-Maria de Carvalho Martins II
Saiba mais:
O vídeo da Priscila Batista mostra que a maior aflição da mulher negra é cuidar do cabelo, a ditadura da beleza feminina e auto preconceito.
Polo UAB/UECE-Maracanaú-
Escola Francisco Jaborandi de Melo-Fortaleza
XIII Semana Universitária UECE-
II Feira do Conhecimento do Ceará
CEI-Maria de Carvalho Martins II
ABAYOMI, Bonecas: símbolo de resistência,tradição e poder feminino
Disponível em: <https://www.geledes.org.br/bonecas-abayomi-simbolo-de-resistencia-tradicao-e-poder- feminino/?gclid=Cj0KCQjwm6HaBRCbARIsAFDNK-gBBBq1nAjseT-E5fb9K8qnU8JVZ8arzDSzsPSan8QRFBal4P5s4S8aAqqQEALw_wcB> Acesso em: 13/07/2018
BRASIL.
Parâmetros Curriculares Nacionais. Pluralidade
Cultural parte 1.
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MEU Big Chop. Cortei o cabelo com 5 meses de transição. Produção de
Priscila Batista Barbosa.Ceará: MAIS QUE RUBIS, 2015. VÍDEO
VA BONECA Abayomi - The Abayomi Doll. Produção Cleiber Andrade. 2019. Fortaleza
íDisponível em: https://www.youtube.com/watch?v=dpvmakYu6oE&feature=youtu.be> Acesso em: 01 fev 2021