Fonte: https://www.publico.pt/2010/03/31/culturaipsilon/noticia/marina-abramovic-impressiona-os-visitantes-do-moma-253736#&gid=1&pid=1. Acesso em: 31mar 2021.
A arte performática vem como algo novo que instiga a reflexão do público
frente aos modos aos quais os artista inusitadamente se desbravam, expressam e
inserem suas poéticas. O uso do corpo para o fazer artístico é realmente
surpreendente a tal modo que nem mesmo o artista mensura exatamente o resultado
quanto as suas proposições frente as experimentações dentro do seu campo de
arte.
De acordo com Ramires (2017, p.100) a performance por estar ligada as “artes
cênicas” ela quebra os “padrões aristotélicos de representação, narrativa e
linearidade”. Acredito que seja pelo fato do ser um humano especialmente o
artista ser um sujeito inquieto, questionador, criativo e muitas vezes revolucionário.
Essa revolução, tal qual arte conceitual, a performance perpassa a
necessidade de comunicar por vias comuns para utilizar outras habilidades ou
outros conceitos que desafiam a sua própria capacidade de se definir como tal,
sobretudo quando ele foge do convencional buscando inserir outras linguagens para
desconstruir ou reconstruir a arte de forma individual ou coletiva frente as memórias,
emoção e subjetividade aos quais permitem indagações entre a realidade e a ficção
sem uma identidade própria. (RAMIRES 2017, p. 101).
O que me prende a
esse tema é a integralização da variedade de linguagens em uma mesma proposta
artística. Assim como o Happining com
sua origem pautada na ideia de “colagem” que surgiu na década de
50 e 60 para diversificando as produções artísticas nas práticas das artes
visuais a com uma lógica de inserção, remoção, colagens, substituições para
interferir expressivamente em uma obra de ou no ambiente de arte.
Enquanto “as vanguardas literárias, a história da
criação poética” LONGI (2002, p. 7), vem buscando por novos modos de comunicar,
a performance pretende utilizar o corpo para deslanchar a inquietação de vários
artistas mundo a fora. Tal qual Happining
um ambiente que insere a participação do público (arte pop) em um acontecimento
a fim de utilizar do improviso nessa linguagem provocativa desde que haja uma
comunicação direta com o público por “meio
de signos e símbolos retirados do imaginário que cerca a cultura de massa e a
vida cotidiana” (ENCICLOPÉDIA, 2017).
A meu ver a essa fusão do corpo com outros corpos, com outras
linguagens, como quer que seja é algo interessante e desbravador, até porque
cada performance é única; há participação do público tendo em vista que as circunstâncias,
situações e pessoas são outras embora sabemos que o artista pretende sempre extrapolar a convencionalidade entre as
linguagens dentro do contexto sócio cultural e artístico.
Usar o corpo como meio em função da própria arte pode parecer estranho,
desafiador diante das ideias que a maioria das pessoas pensam sobre, o que vem
a ser arte. Uma fusão do elemento corpo com outras linguagens, dentre elas a
música, teatro, dança, pintura, ambiente, etc, faz com que se duvide quanto a
sua definição no campo das artes visuais e seu desenrolar na contemporaneidade.
Acredito que essa indefinição precisa continuar até porque o que se precisa analisar
é o contexto hibrido como um todo frente a ação artística.
E nesse campo dar artes contemporânea é que acontecem os grandes
desafios na atual circunstância em que vivemos em nosso país frente a possibilidade
de censura a qual estamos temerosos. Continuo a acreditar que a arte seja ela
qual for, ainda é a forma singela e autônoma para expressar nossas angustias,
desejos e aspirações.
BIBLIOGRAFIA
ARTE
Pop. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo:
Itaú Cultural, 2020. Disponível em:
<http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo367/arte-pop>. Acesso em:
29 de Abr. 2020. Verbete da Enciclopédia.
ISBN:
978-85-7979-060-7.
LONGHI, Raquel
Ritter. Intermedia, ou para Entender as Poéticas Digitais. Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) In.
INTERCOM – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da
Comunicação.XXV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Salvador/BA –
1 a 5 Set 2002.
RAMIREZ,
Natalie Mireya Mansur. Arteriais |
revista do ppgartes | ica | ufpa | n. 04 Jul 2017
Nenhum comentário:
Postar um comentário