sexta-feira, 7 de setembro de 2018

METODOLOGIA NO ENSINO DA ARTE.



Vídeo
 Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=l5_EMEU4kwY> Acesso em: 07/09/2018

Abordagem metodológica do ensino da Arte compreende por vários métodos aos quais os professores utilizam para aplicar em sala de aula com seus alunos as práticas artísticas. A cada dia percebemos que há uma necessidade de ressignificar o modo dessa abordagem. Contudo vale salientar que a habilidade e o conhecimento, agregado às experimentações do arte educador é fundamental no dia a dia.  Na disciplina de Metodologia da Pesquisa em Artes podemos perceber a importância desse conhecimento para promover o debate das análises no que tange aos métodos  que abrangem as práticas artísticas que vão desde as metodologias tradicionais até as mais modernas.
O resultado positivo do ensino da Arte por parte do professor não depende apenas da sua formação, mas de uma série de fatores que juntos contribuem para a aprendizagem dos alunos, todavia vale ressaltar que as questões socioculturais ao qual este educando está inserido devem ser consideradas. Assim sendo, esses aspectos socioculturais ao serem aproveitados podem auferir a bons resultados na abordagem criativa do aluno, agregando maior significância quando essa experimentação humana parte desse pressuposto.
Em épocas passadas os padrões de ensino da Arte consistiam em meras repetições de técnicas, até porque a arte era voltada para a padronização Revolução Industrial, onde a capacidade criativa do aluno não era respeitada, pois ele simplesmente tinha que seguir o modelo da fábrica e da produção em massa.
Logicamente que, com a vinda da Missão Francesa para o Brasil no século XIX, e a criação da Academia Imperial de Belas Artes seria necessário a introdução de um modelo tido como “oficial” de ensino de Arte semelhante aos moldes europeus, para atender os anseios da corte de D. João VI.
Ao mudar-se para a nova colônia de Portugal, D. João VI queria, portanto, que os padrões e técnicas da Europa servissem como referências para as práticas do desenho e da pintura e que estes permaneceram como regra para atender o mercado das elites dominantes, porém com uma identidade própria de brasilidade.
Com o passar dos anos as práticas voltadas para o mercado de trabalho ainda se mantiveram nas escolas primárias e secundárias sempre visando à profissionalização do aluno em que os utilitários e as atividades giravam em torno do exercício artesanal enfatizando as noções de construções geométricas, perspectivas, etc. dentro do mais absoluto rigor técnico.
Esta prática “tradicional” o professor se limitava a aplicação de conteúdos; o aluno era mero espectador do processo educacional e o professor era considerado detentor do saber. Para isso bastava que o aluno não fugisse a regra da repetição proposta em sala. Infelizmente, ainda hoje alguns professores pensam dessa forma, mesmo sabendo nenhum conhecimento, muito menos a arte é um produto acabado.
Perceber que as mudanças trouxeram suas significâncias pode nos parecer notório, todavia isso ocorreu de forma um tanto o quanto sutil, pois as políticas educacionais sempre avançaram sem a devida relevância a que de direito.
No decorrer dos anos na década de 1960 a Escola Nova abordou uma nova metodologia em que se passou a respeitar o mais o potencial criativo valorizando as aptidões e iniciativas do aluno, bem como a experiência, a preponderância do fazer artístico de uma maneira em que a “livre expressão” fosse determinante nos resultados das criações.  Encarar o certo ou errado na produção artística já não era fato, até porque a liberdade de escolhas passou a ser respeitada, até mesmo na utilização dos materiais escolhidos pelo aluno. Dessa forma, cabia ao professor acompanhar os trabalhos sem interferência nas inspirações.
Segundo, Santomauro (2009), a partir de 1971, “Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB)”, começou a se pensar em uma nova  maneira do ensino da Arte. A metodologia “Sociointeracionista” na década de 1980 passa a ser uma abordagem mais condizente na formação do aluno, tendo em vista a inserção das novas linguagens em sala de aula, como por exemplo: a dança, as artes visuais, a música e o teatro.  Assim, a possibilidade de enriquecimento de novas formas de compartilhar as experiências são relevantes diante das trocas de saberes entre os indivíduos, cabendo ao professor apenas intermediar o diálogo sobre o que poderá ser abordado nos eixos da produção, a apreciação e a reflexão sem, contudo limitar essas discussões no processo.
Portanto, não há mais espaço para o tradicionalismo do ensino da arte, tendo em vista que o professor deve usar das práticas inovadoras dentro do contexto histórico e social para abordar as novas tendências que levem ao aluno a refletir sobre a necessidade de ressignificar o conhecimento artístico usando inclusive as tendências contemporâneas que possam ir além da imitação e das relações  estéticas convencionais.

Por Lia Batista-Atividade referente a disciplina de Metodologia da Pesquisa e do Ensino da Arte-UECE/UAB.
FONTES:

CONTEÚDOS e Metodologia do Ensino da Arte. Produzido por Faculdade Fetac. mar 2017. Vídeo.

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=l5_EMEU4kwY> Acesso em: 07/09/2018
FERRARI, Maria Heloísa  e FUZARI, Maria F. de Resendi. Cortez. Metodologia do Ensino de Arte. Arte Educação.  1993. Disponível em: <http://www.arteducacao.pro.br/metodologia-do-ensino-de-arte.html> Acesso em: 26/04/2018.  
 GOMES, Cristina. REVOLUÇÃO INDUSTRIAL. Disponível em: <https://www.infoescola.com/historia/revolucao-industrial/>
Acesso em: 30/04/2018.
SALES, José Albio Moreira. Metodologia da Pesquisa e do Ensino de Artes.  SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (SEAD/UECE). 2010.
SANTOMAURO, Beatriz.  O que ensinar em arte. mar. 2009. Disponível em:<https://novaescola.org.br/conteudo/1509/o-que-ensinar-em-arte> Acesso em: 24/04/2018

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