Acesso em: 28/10/2019.
TRAJE TÍPICO
Foto: Luciano Gomes-CAOSph
BRINCOS
Foto: Lia Batista, 2019TIARA
Foto: Lia Batista, 2019
Foto: Lia Batista, 2019
CHOCALHO
Foto: Lia Batista, 2019
Imagens: Lia Batista. outubro, 2019
O traje típico do caju foi inspirado na simplicidade e nos aspectos socioculturais elencados pela riqueza do cultivo do caju e na relevância que o município de Caucaia representa para o Ceará e para o Brasil. Com o significado de terra queimada, o traje típico do caju homenageia a cajucultura e o processo pelo qual se resume aos aspectos e responsabilidade socioambientais atribuídos ao Museu do Caju do Ceará (PASSEIOS, 2019) estabelecido nesse município, bem como a preservação da tribo indígena Tapebas e a riqueza histórico-cultural, agregando riqueza longo do tempo.
Conhecido como fruto genuinamente brasileiro o caju é rico em nutrientes, dele se aproveita tudo e é apreciado no mundo inteiro. Nesse sentido, o traje tem como objetivo demonstrar a simplicidade, a criatividade e a riqueza socioambiental do povo caucaiense por meio da cultura do caju ao longo da história, bem como enfatizar os aspectos sócio culturais na valorização das suas origens, incentivar novos empreendimentos que respeitem as diversidade e o meio ambiente, na prática da responsabilidade socioambiental. Logo, o TRAJE TÍPICO DO CAJU traz essa provocação.
METODOLOGIA
O conjunto de figurino é composto por um vestido em algodão, colar, dois brincos, e arranjo de cabeça, dois braceletes, um maracá e sandália plataforma em palha de carnaúba natural. Foi confeccionado dentro dos padrões de qualidade respeitando a inclusão social e sustentabilidade ambiental nas relações humanas.
VESTIDO
O vestido foi produzido de forma artesanal com bordados manuais em ponto de casear aberto (com linha em algodão bege) em tecido plano de algodão com a cartela de cores que levam duas cores quentes do caju (pedúnculo) vermelho e amarelo claro e escuro que representam a energia do caju, sol de Caucaia; O verde representa a prática da cajucultura e o marrom é alusivo às castanhas, a riqueza da terra e o respeito à natureza.
O modelo estilo tomara que caia referência dos anos 60 foi baseado na “variação dos corseletes do século XV” (MOREIRA, 2017), com saia mullet, nesgada intermediária com volume tipo “crinolina” e mini babado do forro. Na barra contém aplicações de folhas verdes bidimensionais na cor verde e cajus vermelhos tridimensionais tudo bordado à mão no ponto de casear aberto. As flores sobrepostas finalizam e intercalam os cajus. Feitas de fuxicos tem um cunho de socialização adotada pela integração socioeconômica que cajucultura promove no seu ciclo de interesses, desde o plantio até o consumidor final.
COLAR
O colar em tecido plano, nas cores vermelha, amarela, madeira natural e marrom, bordado à mão (com linha de algodão bege) no ponto de casear aberto, tridimensionais com enchimento de fibra de silicone, arame de aço de reuso, contas de madeira tingidas e naturais, canudos de bambu na cor natural com desenhos indígenas, caroço de mucunã, fio de nylon, fecho de reuso e finalização em feltro.
Brincos são feitos com canudos de bambu na cor natural com desenhos indígenas, com flores de fuxico amarelas, fio de nylon, suporte de aço e pedraria autocolantes em alumino oriundas de reaproveitamento das indústrias de confecção da região.
ARRANJO DE CABEÇA E BRACELETES
Arranjo de cabeça e braceletes foram inspirado na combinação de Carmem Miranda a cultura indígenas dos Tapebas. O arranjo da cabeça contém um suporte de lacre de pote plástico, atrelado a uma tiara de plástico. A leitura compositiva aprece em forma de cesto de caju finalizado com penas de aves coloridas em vermelho e amarelo, com folhas e cajus tridimensionais preenchidos com fibra siliconada e flores de fuxico. Os braceletes seguem a mesma técnica do arranjo de cabeça acrescentando o elástico para prender nos dois braço em dando sintonias no todo.
O maracá é feito a partir de uma cabaça pintada no dégradé de verdes claro e escuro; no interior desta há seixo de brita para produzir o sonoridade; Além de um caju em tecido acolchoado, castanha crua natural, o cabo é composto por um galho de cajueiro e com acabamento de com trança de carnaúba que também faz parte da cultura local na prática do artesanato indígena e da biodiversidade.
O CRONOGRAMA
O figurino levou dois meses para ser confeccionado e contou com a idealização da artista plástica Lia Batista. Na execução a modelista, Valdenira Braga DJExpirit-Moda feminina e a artesã Ana Pinheiro; todas integrantes da REMES – Rede de Mulheres Empreendedoras Sustentáveis.
REFERÊNCIAS
Imagens:
Luciano Gomes Fotografia
Disponível em: <https://lucianogomes.46graus.com/> Acesso em: 08/11/2019.
MOREIRA, Adilce. Origem do Vestido. Maranata, 2017.
Luciano Gomes Fotografia
Disponível em: <https://lucianogomes.46graus.com/> Acesso em: 08/11/2019.
MOREIRA, Adilce. Origem do Vestido. Maranata, 2017.
Disponível em: <http://adilcemoreira.com.br/historia-da-moda/origem-do-vestido/> Acesso em: 21/10/2019.
PASSEIOS. Museu do Caju: economia, cultura e história em um só lugar. Praias de Fortaleza. Disponível em: <https://www.praiasdefortaleza.net/museu-do-caju/> Acesso em: 21/10/2019.
IBGE. História e Fotos. 2019.
MISS Ceará Latina-2019/20 -Vídeo de Apresentação - Miss Caucaia Latina. Filmagem e edição: Vinícuios Shirahata. 28 de set. de 2019.
Acesso em: 28/10/2019.