É um projeto de empreendedorismo socioambiental, atuante no campo das Artes Visuais, escrita criativa (prosa e verso), economia circular e práticas ESG. Objetivo: fomentar práticas de empreendedorismo socioambiental com mulheres periféricas por meio da cultura visual fortalecendo o potencial criativo com foco no meio ambiente. Atividades: Exposições de arte, oficinas de pintura, artesanato ecológico, customização, palestras sobre educação ambiental e empoderamento feminino.

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

HOMEM E ARTE, UMA RELAÇÃO COM O MEIO


                    Ainda hoje podem existir pessoas com mentalidades semelhantes aos homens da idade arqueológica. Pessoas estas que provavelmente ainda não tiveram contato com o mundo tido como “civilizado”, a exemplo das tribos de índios da região do Amazonas, onde a capacidade mental supõe-se ser semelhante aos homens do Neolítico europeu, pois continuam vivendo em desigualdade no tempo e no espaço, semelhantemente aos homens dos períodos Neolítico e Paleolítico (BARROSO,2011).
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Acesso em: 15/11/2017

                   Diante disso, vale salientar que esse homem é passível de conseguir subsistência diferenciada do homem dito “moderno” preservando suas origens, seus hábitos, pois por meio de sua arte tende a provocar encantamento, representação da natureza, do cotidiano e sua comunicação ocorre de forma condizente com seu contexto cultural. Assim, a complexidade da arte pré-histórica deixa seu legado, pois esta não se deteve a valoração, mas ela termina em relativizar a divisão entre a arte pré-histórica e a arte histórica incluindo as artes gregas e ocidentais.
               Só para enfatizar que os artistas das cavernas paleolíticas abordavam em suas pinturas elementos da natureza, animais, dominavam a perspectiva, sombreamentos, cores, em uma impressão visual com a e de complexidade peculiar com exuberância impar e criativa dentro das circunstancias muitas vezes produzidas à luz de tochas, diferentemente do impressionismo, pois se apropriavam de materiais rudimentares e em posições provavelmente incomodas.
                A relação entre homem e natureza no período Neolítico ao Leste da Espanha em direção ao Norte da África e de lá ao Oriente esses indivíduos levaram a adotar novas formas de pintura, onde passou a ser utilizados enfeites corporais e vestimentas que abusassem das cores, de adornos, como braceletes produzidos com contas, cascas de ovos raízes, etc. e sua arte era expressa em intenso movimento, com  porte de arco e flechas, vários animais, ritos sacrifícios, danças em os movimentos eram intensos.  Essas prática se estenderam pelas regiões equatorianas sob o domínio das mulheres. A população era praticante da caçava com bumerangues, clavas e arcos, pescavam com arpões, os homens enfeitavam seus órgãos genitais e as mulheres vestiam longas sias coloridas.
                Para Kohler, (1927, p. 95, apud BARROSO, 2011, p. 51) a relação entre homens e animais segundo relato, sobre o chimpanzé, eu achei interessante quando aborda o encantamento com objetos, a alegria de viver por meio das danças e ritmos como fosse uma brincadeira passando para o grupo em forma de coreografia. Dessa forma outros animais também foram domesticados e serviram de transportes, alimentação, instrumentos de trabalho, tornando-se um instrumento de transformação. 

Vídeo: 
<https://www.youtube.com/watch?v=4i_5og3GtyQ> Acesso em: 15/11/2017

                  Diante dessa sociedade caçadora é possível entender as origens da arte onde elas retratam as relações espirituais e o encantamento mítico, rituais, imagens sobre natural do Paleolítico em busca do divino. As origens da arte estão ligadas aos rituais do Paleolítico Superior e ao Neolítico, logo a estética apresenta-se como um instrumento resultante da sensibilidade, por isso que a magia está ligada a arte, logo o ver artístico desse indivíduo parte da sensibilidade, onde há uma associação de ideias lógicas. Pois o modo como o artista enxerga o mundo tem uma abordagem técnica, que muitos acreditam ser uma forma de conhecimento, tanto na visão do mágico como na visão do xamã.
                Dai o homem selvagem podia alcançar outros significados e viver em paz com seus espíritos na construção dos conhecimentos resultando no acúmulo de saberes que se assemelha se toca o tempo todo como um grande ser vivo. Assim, o pensamento mágico corresponde a uma necessidade do ser humano em observar as leis da magia que se aplicam a percepção estética, pois esta colabora com a subjetividade dessa forma ele pode experimentar, provar, analisar e tirar suas próprias conclusões, fazer e refazer o seus experimentos até chegar a uma conclusão.
               Para alguns antropólogos, existem variações nessas leis. A “lei da contiguidade ou contato, a lei da contiguidade ou do contato; a lei da similaridade, da semelhança ou similitude; e a lei do contraste ou do contrário”. Vale salientar que no processo mágico as “leis da contiguidade e da similitude se podem ser fundidos e atuarem concomitantemente através de metáforas e imagens das mais diversas”.
               De acordo com o autor, a força magnifica pode está associada à natureza do divino, ligada ao coletivo nos mais diversos povos de maneiras diferentes e que “o mana” exerce uma energia cheia de espiritualidade, sem necessariamente se confundido com o “espírito do modo geral”. Assim, a magia ou mana tem sentido de quem é carismático, ou alguém que age magicamente e pode ser relacionado ato de um ao pajé, que quando se manifesta materialmente é considerado a alguém especial dentro da comunidade e pode ser atribuição ao homem moderno.                     Logo, pode usar de artifícios e máscaras para exercer suas atribuições e técnicas de encantamento, sendo essas máscaras utilizadas com várias significações dentro dos ritos coletivos, onde dançam e cantam durante toda a noite durante os rituais. Todavia a intensão é estar em uma  presença ausente, em uma dimensão outra que não a dos mortais. Assim, as máscaras ainda podem significar mudança, renovação da vida de um membro, podem ser usadas, não apenas como um adereço para o rosto, mas um elemento de renovação cósmica dentro de uma sociedade.
              Em outra ocasião ela procura a esconder a identificação do indivíduo, para que não seja percebido pelo outro, em forma de um ser invisível, dando a impressão que este fosse voltado para si mesmo, sem deixar transparecer os traços do portador, perpassando a característica de neutralidade e “comumente concebidas como origem divina”.
Existe também o uso das máscaras-vestimentas confeccionadas com materiais retirados da natureza, como: plumagens, peles ossos, tinturas, etc., comum nos índios brasileiros. Dentre outros disfarces, também pode ser associada para encantar os desses, ou seja, para aqueles que ainda não o são, pois durante os rituais recebem entidades mentais e objetos  carregados de poderes mágicos.
           Além dessas atribuições existem as máscaras grotescas, amedrontadoras, monstruosas, aterrorizantes como as de Górgona que aparece na Grécia clássica, com destaque nas encenações dos chamados mistérios, através da figuração do demônio onde as máscara diabólica de natureza infernal, usa o tridentes para a tortura demoníaca fora do universo celeste.  

Por Lia Batista

Bibliografia:
BARROSO, Osvaldo, Antropologia da Arte, SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (SEAD/UECE), 2. Ed, 2011.
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Acesso em: 15/11/2017
Vídeo: 
<https://www.youtube.com/watch?v=4i_5og3GtyQ> Acesso em: 15/11/2017


PSICOLOGIA DO DESENVOLIMENTO

      Na formação de Licenciatura em Artes Visuais o aluno tem várias disciplinas, dentre elas, Psicologia do Desenvolvimento. Essa disciplina propõe estreitar o um pouco de conhecimento sobre como a psicologia pode colaborar com o aprendizado e como o docente pode compreender o comportamento do discente dentro ou fora do ambiente escolar. Nela estudamos um pouco sobre o processo da mente e suas principais fases, pesquisadores e partes desse tão misterioso órgão humano, que é o cérebro. Aqui vou apenas registrar uma pequena parte da proposta das atividades do curso. 
          Dentre muitos pesquisadores, Sigmund Freud foi um dos mais importantes psicólogos a estudar sobre os elementos da Consciência e do Inconsciente Individual.  Os elementos são denominados de: ID, EGO e SUPER EGO. No vídeo abaixo, você pode entender um pouco desses elementos.






Vídeo: https://youtu.be/N-dlklDFYP4
          Como uma das ciências mais antigas, mesmo antes da era cristã, a Psicologia já era assunto para grandes sábios como Aristóteles e Platão no Século V a.C.  Essa ciência tem grande relevância por pesquisar sobre  o comportamento humano e seus transtornos. Com o surgimento da Teoria da Psicanálise, por Sigmund Freud, a Psicologia, apesar de antiga é bastante atual, pois é comumente usada pela sociedade moderna tendo em vista  o grande índice de problemas comportamentais recorrentes do cotidiano. Ela contribui na melhora da qualidade de vida, auxiliando no processo mental do paciente, onde ajuda a identificar seus problemas e conflitos internos; diante disso, espera-se que ele aprenda a lidar com seus sentimentos, emoções, personalidade, autoestima, etc.

          Por meio de um processo de escuta o profissional dessa área tenta ajudar o paciente a organizar os conflitos existentes entre o inconsciente e o consciente. Desse modo, o paciente tem a possibilidade de se autoconhecer melhor e estabelecer uma reflexão baseada na racionalidade minimizando os impulsos psíquicos, fazendo uma mediação entre o ID e o EGO.
PSICOLOGIA ANALÍTICA
 A Psicanálise Analítica teve como criador o suíço psiquiátrico Carl Gustav Jung, seguidor dos estudos de Freud. Suas experiências e conhecimentos eram pautados nas tradições da mitologia, cultura, a história das religiões e alquimia. Sua teoria abordar os efeitos psíquicos no tratamento de seus pacientes. Dessa forma segundo Silveira (2017), Com a Teoria Junguiana, a análise do inconsciente parte do discurso verbal, portanto a ideia é fazer com que o paciente sinta-se livre para se expressar, logo fica mais fácil fazer comparações e compreensão do inconsciente individual e processos coletivos.
Nessa teoria, “a concepção de psique ratifica” a ideia primordial de Jung, pois o “todo” já nasce com o indivíduo, porém este “todo” precisa ser desenvolvido durante sua existência para que  possa elevar o indivíduo a um “nível maior de coerência, diferenciação e harmonia tentando evitar que ele se divida e viva em conflitos”. LEVY, 2107).
Logo, a psique é atribuída a um todo que é compreendido como: consciente e inconsciente regulando o indivíduo no ambiente social e físico. A psique divide em três níveis: consciência (Mente), inconsciente pessoal, inconsciente coletivo e estes são distribuídos por funções, racionais (Pensamento, e Sentimento) e irracionais Sensação e Intuição. Por meio dessas funções podemos identificar as características de individuais de uma pessoa, suas atitudes, sua identidade, sua personalidade, etc.
Baseando-se no consciente e inconsciente mediado pelo cérebro essa teoria mostra que a evolução e a hereditariedade podem determinar o modo de agir do corpo e da psique, e que essas características são herdadas do passado pessoal. Assim, nesse inconsciente coletivo está armazenado por meio de imagens do passado ancestral que influenciará no comportamento desde o nascimento.
PSICOLOGIA DA GESTALT
        Marx Wertheimer, Kurt Koffka, Wolfgang Köhler e Fritz Perls, foram os responsáveis, em pesquisar  sobre como os seres humanos percebiam as coisas, as sensações do movimento, baseadas na ilusão de ótica (1910 e 1912). A Psicologia Gestalt baseia-se na configuração da mente e na diversidade de suas leis; assim a Gestalt justifica que a totalidade é mais que as somas das suas partes e que não se pode ter conhecimento do “todo”. As principais leis de Gestalt são: Pregnância, Fechamento, Semelhança, Proximidade, Simetria ou segregação, Continuidade.
A lei da pregnância: esta é atribuída a o modo perceptivo de adotar formas mais simples possíveis; 
A lei do fechamento: a mente atua na complementação do elemento que falta em uma figura; 
A lei da semelhança: a mente se encarrega de associar elementos semelhantes em um só ambiente; A lei da proximidade: atua agrupando parcial ou sequencialmente os elementos baseados na distância; 
A lei da segregação: capta ao longe imagens como sendo um único elemento;
A lei da continuidade: tende remodelar e reunir  detalhes submetendo-os a  formas padronizadas. (CONCEITO. DE, 2012).
            Nos experimentos dessa teoria os estímulos físicos são percebidos de forma diferente s da realidade, pois a explicitação deve ser estimulada de modo a projetar para o exterior o que estiver implícito permitindo que a consciência seja responsável por expor o que ocorre no interior da mente.

PSICOLOGIA HUMANISTA
Essa escola surgiu na década de 50, fortalecida nas décadas 60 e 70, reagindo as “ideias de análise apenas do comportamento, defendida por  Behaviorismo, e do enfoque no inconsciente e seu determinismo, defendido pela Psicanálise” (MACHADO, 2107).


Porém, por volta de 1962, o movimento Humanista nos Estados Unidos da Associação Americana de Psicologia Humanista (AHP), com o existencialismo de Jean Paul Sartre, Martin Heidegger, a fenomenologia de Edmund Husserl a autonomia funcional de Gordon Allport, tomou base, surgindo Abraham Maslow, sendo este o primeiro pesquisador a desenvolver a teoria humanística criando a Pirâmide das Necessidades, conhecida como Pirâmide de Maslow.  Esta se baseia no grau de satisfação do indivíduo, onde a cada nova conquista ele se auto realiza,  dai esta pode ser considerada a terceira força  da psicologia, pois a motivação ascende a cada nível de superação. A pirâmide de Maslow divide-se em: Necessidade Fisiológica, Necessidade de Segurança, Necessidades Sociais, Necessidades de Estima e Necessidades de Auto realização. 

PIRÂMIDE DE MASLOW

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Disponível em: https://blog.softwareavaliacao.com.br/piramide-de-maslow/> Acesso em: 15/11/200117

Essa teoria resgata a potencialidade do homem como elemento central do mundo e questiona a comparação deste com a máquina ou a animal, assim a proposta é resgatar de forma humana seu aparelho psíquico, na condição de ser humano para ser visto como ponto de partida para seus processos reflexivos “e na fenomenologia, esse ser humano tem consciência do mundo que o cerca, dos fenômenos e da sua experiência consciente”. (MACHADO, 2107).

Diante disso, a Psicologia Humanística deu ênfase as questões biológicas e eventos passados, nas neuroses, psicoses e na divisão do ser humano em compartilhamentos trazendo um novo direcionamento psicológico quanto à experiência consciente, a crença, a harmonia entre a natureza e o ser humano, salientando o livre arbítrio, crescimento, liberdade pessoal, na criatividade, auto realização, espontaneidade individual da pessoa. Mais tarde, Carl Rogers utilizou-se da Teoria Humanística como terapia centrada no cliente e ainda deixa claro que o ser humano tem preeminência para desenvolver a sua autonomia e obter suas próprias conquistas.
                  
PSICOLOGIA BEHAVIORISTA/COMPORTAMENTAL/EXPERIMENTAL
        
             No início do 20, nos Estados Unidos, o psicólogo norte americano John Broadus Watson em 1913, trata de estudar o Behaviorismo, onde aborda os fenômenos psíquicos relacionados à satisfação. Como o próprio nome sugere a Psicologia Comportamental ou Behaviorismo está relacionada ao comportamento que se baseia na possibilidade de se treinar, mudar e medir o comportamento.
        Nesses moldes a observação comportamental pode ser controlada experimentalmente e que todos os comportamentos são aprendidos e adquirido através de associação. Essa descoberta acidental foi feita pelo fisiologista Ivan Pavlov, que verificou que os cães poderiam ser condicionados a salivar ao som de um sino, quando previamente este só era associado a um alimento. Assim, observa-se que “o comportamento pode é definido por meio de unidades analíticas e publicamente observáveis como respostas e estímulos investigados através de diferentes métodos”. Logo, essa escola tende a observar o comportamento em ambiente natural, em ambiente experimental controlado, bem como interpretar relações orientadas por evidencias empíricas.
      No Behaviorismo Metodológico, por Watson está associado ao condicionamento que não consegue segurar, chamado de condicionamento reflexo, onde a resposta que o organismo  emite é estimulada como um todo. Já, Burrhus Frederic Skinner defende o condicionamento operante (ao contrário do metodológico de Watson) que estuda o pensamento e as emoções como fenômenos da mente, portanto este fenômeno pode influir, alterar ou modificar as contingências em função da interação do sujeito-ambiente. Os mecanismos do comportamento humano são distribuidor por estágios. Sensório-motor (0 a 2 anos); Estágio Pré-operacional (2 a 6/7anos);Estágio Operatório Concreto (6 a 11/12 anos); e por último o Estágio das Operações formais (por volta dos 12 anos em diante). Para obter mais informaoes sobre esse tema aconselho que acesse o link abaixo: http://ecoarteliabatista.blogspot.com.br/2017/11/estagios-e-mecanismos-do.html.


Por Lia Batista

BIBLIOGRAFIA
Disponível em: <http://sandplay.jogodeareia.com.br/psicologia-analitica/> Acesso em: 10/10/2017.
Disponível em: <https://conceito.de/gestalt> Acesso em: 12//10/2017.
Disponível em: <http://www.infoescola.com/psicologia/psicologia-humanista> Acesso em: 12//10/2017.

                                       

sábado, 4 de novembro de 2017

ESTÁGIOS E MECANISMOS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO


               VÍDEO: <https://www.youtube.com/watch?time_continue=16&v=V-Uv0mFuD88>-Acesso em: 04/11//2017

Olá!

No Curso de Licenciatura em Artes Visuais temos a disciplina de Psicologia do Desenvolvimento, disciplina esta que nos leva a estudar um pouco dos estágios e mecanismos do desenvolvimento desde a infância até a vida adulta. Para o arte educador é de suma importância ter um pouco desse conhecimento, já que vamos lidar pessoas em todas as idades no contexto escolar e na vida cotidiana com outros profissionais. Portanto, em Artes Visuais, como em qualquer outra disciplina voltada para a educação estudarmos sobre os pesquisadores da psicologia é sempre muito relevante. 
Para Piaget o estudo sobre o desenvolvimento humano aborda as experiências vividas pela criança de forma sequenciada que vai até a idade adulta. Ele pesquisou o desenvolvimento dessas etapas a partir da intelectualidade e classificou-as em quatro estágios: 
                  
Sensório-motor: de 0 a 2 anos-Nessa fase ela tem sua capacidade intelectual restrita ao modo sensório e motor, não tem capacidade de representar mentalmente os objetos, seu pensamento está vinculados ao concreto.

Estágio Pré-operacional (idade de 2 a 6/7): Nessa fase a rigidez e imobilidade do pensamento acontecem momentâneas, sem percepção do todo. Por volta dos quatro anos de idade o desenvolvimento psicológico da criança acontece de uma forma surpreendente. Ela se apropria da linguagem verbal, ocorre a socialização e a dramatização por meio da fala e dos desenhos, substitui objetos, pessoas e ações por símbolos. Nas brincadeiras usa a imaginação para interagir com os colegas. O como, o porquê  e onde, são frequentes. A curiosidade está aflorada, indaga sobre tudo e todos; o egocentrismo é próprio dessa fase, acha que o mundo só gira em torno dela, é também expansiva e agitada. De acordo com (MARREGA, 2014).

Estágio Operatório Concreto (6 a 11/12 anos de idade) nesse estágio a criança tem maior maturidade e age de forma mais aceleradas em todas as suas atividades. Os meninos gostam de brincar com agressividade uns com os outros, jogos violentos; enquanto as meninas preferem as brincadeiras de cozinhar. Nesse período comportam-se de forma mais adequada, criticam aos outros, tem raciocínio lógico e objetivo, são mais sociáveis, não gostam de brincar sozinhos, tem grande apetite e olfato seletivo, são capazes de usar talheres, não se preparam pra dormir, mudam de ideia constantemente, preferem mais atenção, elogios e ajuda constante. Nessa idade apresentam teatrinho o tempo todo com facilidade, principalmente quando estão cansadas; resmungam ao serem solicitados para ajudar em tarefas do dia a dia, tem facilidade de interação, buscam novas amizades, participam coletivamente com outras pessoas. Nessa fase, comportam-se melhor fora de casa e são capazes de reconhecer a expressão e o olhar repreensivo da mãe diante de certas circunstâncias á tem noções de volume, massa e conseguem fazer classificações gradativamente.

Operações formais, por volta dos 12 anos até a vida adulta: Este é o último estágio do desenvolvimento em que o indivíduo é capaz de organizar as ideias e transformá-las em reais, trabalha com as hipóteses do pensamento, onde ocorre o desenvolvimento das operações de raciocínio abstrato.
                       Esta etapa das operações formais é bem complexa tanto para a família, para o professor e para o próprio aluno, pois as mudanças físicas, hormonais e o meio podem influenciar diretamente no comportamento da vida do adulto. E é nessa fase da puberdade e da adolescência onde a escola e a família encontram dificuldade em lidar com as atitudes do futuro adulto, pois é nesse período em que acontecem as mudanças significativas quanto às questões resultantes da fase intrauterina, aspetos emocionais, sexualidade, além dos aspectos sociais e do meio, dentre outros.
No discorrer das fases do desenvolvimento da criança existem FATORES PSICOLÓGICOS que podem provocar traumas, deformações de personalidade, dificuldades de interação ou outros, que possam comprometer a evolução do processo de desenvolvimento da criança, do jovem, do indivíduo:
          
Aspecto físico-motor/orgânico- Esse aspecto refere-se ao “crescimento orgânico, da maturação neurofisiológica”. Nesse sentido a criança começa a exercer pequenas atividades de forma mais dinâmica, gradativa e mais coordenada com os membros do próprio corpo, a que a estrutura esquelética permite se locomover para alcanças certos objetos.
          
Aspecto intelectual/hereditariedade – Nesse aspecto a carga genética determina as potencialidades intelectuais, bem como o meio que pode influenciar no desenvolvimento do individuo.
                
Aspecto afetivo-emocional/neurofisiológica – Nesse aspecto o indivíduo lida com o sentimento, de um modo peculiar de acordo com as experiências. 
              
Aspecto social/meio – é como o indivíduo lida ou interage com outras pessoas e nesse aspecto o ambiente pode ser determinante para mudar o padrão de comportamento.

A má orientação dos fatores psicológicos e sociais podem provocar CONSEQUÊNCIAS danosas no desenvolvimento da criança que podem refletir na fase adulta.
                
Maturação Biológica e Emocional:
Esse fator refere-se ao indivíduo que não consegue alcançar novos níveis do desenvolvimento, não correspondendo cognitivamente nos aspectos das “mudanças morfológicas e fisiológicas do crescimento”.
               
Sexualidade em Exercício;
A má consolidação das etapas psicossexuais anteriores podem provocar ao longo do tempo em alguns adultos e na formação de adolescentes uma deficiência bem significativa no nível da sexualidade em exercício.
                    
Descoberta da Sensualidade:
Essa etapa pode ocorrer interferência e bloqueios de nível interativo e pessoal que podem comprometer a afetividade da fase adulta prejudicando o desenvolvimento como um todo.
                    
Desenvolvimento Sócio Reflexivo:
A postura reflexiva e social na fase adulta é uma consequência influenciada fruto da qualidade de vida do indivíduo durante a infância. Esses fatores ocorridos em fases anteriores resultam na dificuldade de socialização síncrona com a capacidade reflexiva, dificuldade de tomar decisões, bem como a dificuldade de compreensão nos assuntos mais complexos. Dai a incapacidade ou dificuldade de lidar com a interatividade nas abstrações do cotidiano de um adulto.
                  
Ação dos Cérebros Primitivo, Emocional e do Pensante:
As ações do cérebro são importantes para a sobrevivência e o desenvolvimento da espécie humana. Funciona como uma engrenagem, interligada, cada uma desempenhando seu papel harmonicamente. Durante o desenvolvimento da criança a produtividade do cérebro atua na produção do estímulo e a ludicidade, logo esse fator corresponde ao cérebro primitivo, em quanto na adolescência, o cérebro emocional recebe estímulo para a socialização familiar e das amizades, já cérebro pensante corresponde à reflexão, a interatividade e o diálogo. Caso haja interferência em alguma dessas etapas do desenvolvimento da criança, a fase adulta pode sofrer sérias consequências psicossociais. 
                 
Resolução de Conflitos:
Esse fator se finda na adolescência em que corresponde ao modo pelo qual o desenvolvimento psicossocial da criança foi conduzido, sendo necessário uma permanência deste para a tomada de decisões e a capacidade administrar e analisar  resolução dos problemas recorrentes ao longo da vida. 
                 
O Assumir Responsabilidades:
Essa ação se relaciona ao trato de fatores psicológicos e sociais, cuja correspondência se deve  ao amadurecimento do desenvolvimento humano e suas fases bem sucedidas, em que o indivíduo assume um comprometimento pessoal de acordo com suas reponsabilidades  e possibilidades de forma a arcar dentro de seus limites diante da sociedade. Dai, ele passa a se auto avaliar, se autoconhecer podendo se ver com mais amplitude quanto à autocrítica pautada nas vivências e praticas do seu cotidiano no contexto sociocultural em que foi educado.
             
Quanto aos ASPECTOS DO DESENVOLVIMENTO humano segundo Piaget, este acontece a partir da intelectualidade, Vygotsky estudou a partir da  socialização enquanto Freud, isso ocorre a partir dos aspectos efetivo emocional.
Os fatores que influenciam no desenvolvimento são:

                      
Hereditariedade- a carga genética é responsável por estabelecer o potencial desenvolvimento do indivíduo. Ex: Falta de socialização, hiperatividade.
                   
Crescimento orgânico: Apresenta-se visivelmente pelo aumento do tamanho físico e corporal dinâmico. Ex: quando o aluno consegue colocar uma bola na sexto de futsal tocando com a mão.

Maturação neurofisiológica: Esse aspecto corresponde ao padrão de comportamento que passa por uma determinada evolução de fatores biológicos. Ex: organizar e separar o material didático de acordo com sua agenda escolar.  

Meio: São influencias oferecidas e estimuladas entre o meio e o indivíduo. Ex: Uma criança consegue ler com mais rapidez e a outra se sente incapaz e isola-se por ter dislexia, ou não consegue escrever devido à falta atenção da família e do educador. Assim, esse aluno dever ser acompanhado por profissionais especializados para que seja minimizado os transtornos na vida adulta.

Por Lia Batista

Bibliografia:

Disponível em:  <http://www.lookbebe.com.br/perfil-de-comportamento-8-anos/ Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/psicologia/jean-piaget-e-as-fases-do-desenvolvimento-infantil/55035> Acesso em 15//10//2017
Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/nutricao/o-desenvolvimento-humano-fatores-e-aspectos/62281> Acesso em 15/10/2017
Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/nutricao/o-desenvolvimento-humano-fatores-e-aspectos/62281-Acesso em 29/10/2017





sexta-feira, 13 de outubro de 2017

RÉ ENCANTAMENTO DO MUNDO

                 

Imagem: Lia Batista, 2017

               De acordo com Barroso (2011), estudos científicos abordam que o pensamento humano tem se modificado profundamente ao longo dos tempos, essa percepção é válida tanto no setor acadêmico radical como na área da física mecânica, pois mostram que de um modo geral essas modificações há pelo menos há três séculos, os estudos apontam que o mundo real é constituído de um vazio que aparentemente é preenchido por energias mutantes que são percebidas ao se relacionarem interferindo na natureza da realidade ou imaginação à matéria de forma subjetiva que influenciam na perceptividade do ser humano. Com isso a percepção resultante da maneira individual de pensar atua na formação étnica e imaginativa percorrendo extensivamente todo o corpo humano de forma intensa.
               De acordo com Barroso (2011 p.32), ao contrário do que se pensa, outros animais também tem inteligência imaginativa quanto à adaptação ao meio ambiente e são extremamente práticos quanto a isso; portanto, são capazes de “relacionar elementos isolados quanto a sua percepção do seu entorno”. Nessa perspectiva, é que o homem tende a se diferenciar deles, pois essa condição de superioridade acontece no âmbito conceitual referentes ao espaço e o tempo,  tornando-se um ser especial por agir por “impulsos corpóreos de gênero especial” (Apud CASSIRRER, p. 76).
                 Logo, com o advento da modernidade essa tal capacidade de querer ser superior chegou a um ponto de “atrofia dos recursos corporais de percepção e comunicação” onde existe a impressão de que este modo complexo de lidar com a expressividade corporal e a sensibilidade não está sendo coerente com a forma de verbalização, pois essa incompatibilidade provoca um descompasso que agride a expressividade humana a ponto do individualismo trazer prejuízos à natureza, já que magia perdeu seu espaço nas práticas coletivas.
               Nesse descompasso o projeto antropocêntrico civilizatório moderno quer que a natureza esteja a seu bel prazer, por outro lado a imposição decorrente da globalização, tecnologias digitais e mercadológicas acabam por  comprometer hábitos socioculturais de com o pretexto de inserção ao novo. Nesse contexto, esse desencanto permeia a um desajuste da essência humana em que grandes crises sociais, culturais, e financeiras podem trazer agravamento à existência e o rompimento com seus ideais evolutivos de liberdade e sua proposição no contexto global.
               Assim, a elaboração de projetos voltados para a humanidade pode minimizar os transtornos civilizatórios e promover o “ré-encantamento da sociedade mundial, vencendo as barreiras do e o descompasso entre homem, natureza, cultura, etc; e associar o saberes tradicionais, primitivos,  conhecimento científico e empírico como eventos vivos em prol de uma sociedade mais sustentável.
         Diante disso, o “ré encantamento” por meio da comunicação artística,  pode elevar o pensamento mágico e criativo ao indivíduo provocando o senso crítico onde as ideias de evolução perpassem as questões individuais e contribuam para o enriquecimento construtivo de uma sociedade mais justa e igualitária. Nesse sentido, é que magia da arte é capaz de fazer o indivíduo enxergar o invisível e compartilhar culturalmente o mundo em que vive.
               Se tudo no universo está interligado, somente a poética é capaz de romper com essa posição de superioridade que o homem moderno quer exercer sobre os outros seres. Daí é preciso quebrar esse paradigma no intuito de evitar os transtornos recorrentes do “progresso” rumo uma renovação da consciência ambiental e a preservação recursos naturais, pois é nessa linha de pensamento, que o homem precisa trabalhar a sensibilidade engajando-se para simplicidade de vida pautada no convívio harmônico com natureza, para compreender que essa involução não representa um retrocesso e sim adequação às origens.
          Portanto, faz-se necessário agregar ideologias modernas, pacificadoras, colaborativas e humanas aos meios tecnológicos dentro de uma dinâmica capaz de equilibrar o reencontro com nós mesmos e o “ré encantamento do mundo” por meio dessa magia quase esquecida, na tentativa de melhorar nosso passeio temporário no Planeta Terra.

Por Lia Batista

Bibliografia:

BARROSO Oswald, Antropologia da Arte, 2011. 2ed SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (SEAD/UECE).
Imagem: Lia Batista, 2017

EMPREENDENDO COM O "LIXO" AUTOMOTIVO

A VERDADEIRAA HERANÇA ANCESTRAL

Título: Lavadeiras Acrílico S/ eucatex- 2014 Artista: Lia Batista Tamanho: 40x60cm Imagem: Disponível em:  https://br.pinterest.com/pin/5559...