É um projeto de empreendedorismo socioambiental, atuante no campo das Artes Visuais, escrita criativa (prosa e verso), economia circular e práticas ESG. Objetivo: fomentar práticas de empreendedorismo socioambiental com mulheres periféricas por meio da cultura visual fortalecendo o potencial criativo com foco no meio ambiente. Atividades: Exposições de arte, oficinas de pintura, artesanato ecológico, customização, palestras sobre educação ambiental e empoderamento feminino.

segunda-feira, 18 de março de 2024

ALMECE - MONOGRAFIA SOBRE O MUNICÍPIO DE BANABUIU - CADEIRA 124

     


As imagens: Tobias, Samuel, Rute e Lucimenire (2024).







Empossada


Eu e meu esposo Francisco Paixao Barbosa


Com a família


Com o filho e amiga


PROCESSO SELETIVO 
ALMECE-ACADEMIA DE  LETRAS DOS MUNICÍPIOS CEARENSES

    Ingressei na ALMECE- Academia de Letras dos Municípios Cearenses, indicada por uma amiga Acadêmica. A escrira Oneida Pontes, que acompanhava as minhas postagens nas redes sociais. Após  algum tempo ele me incentivou a escrever para publicações de livros e eu peguei gosto. Fui escrevendo...

         Passei por um processo seletivo de avaliação curricular, predominantemente focado nas artes visuais. Porém, como já tinha algumas publicações em revistas científicas e ganhado alguns concursos culturais, (apesar de não ter publicado nenhum livro como alegou um dos membros da comissão)acabei por ser eleita por voto da maioria e meu esposo Francisco Paixão Barbosa como acadêmico emérito, por ser frequente nas reuniões.

        Só observando que o acadêmico emérito pode participar das sessões, porém não tem direito a votar nas pautas regimentais.

          Após  todas as instruções e após 6 meses acompanhando as reuniões, tive como requisito para efetivação de membro efetivo a escrita de uma monografia sobre o município escolhido.

           Portanto, com uma metodologia específica da própria organização acadêmica, minha pesquisa se deu sobre o município de Banabuiú, terra onde meu esposo nasceu.

O evento aconteceu neste sábado dia 16 de março de 2024em reunião na Casa de Juvenal Galeno na rua Gen. Sampaio, 1128 - Centro, Fortaleza - CE, 60020-030


Aqui estou disponibilizando na íntegra todo o meu estudo que durou aproximadamente seis meses de pesquisa.



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CAPA

                                                                



ELIANE BATISTA BARBOSA








BANABUIÚ ALÉM DAS ÁGUAS










Trabalho de pesquisa apresentado à ALMECE- Academia de Letras dos Municípios Cearenses como requisito parcial para a obtenção do título de sócia efetiva.






FORTALEZA-CEARÁ 

2024






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AGRADECIMENTOS


A Deus pelo dom da vida, por me conceder a graça de obter mais essa oportunidade de produzir esse trabalho.

Aos meus filhos, meu esposo, minha mãe, que me acompanharam em todos os momentos, meu pai (in memorian) e a minha família.

Ao povo de Banabuiú.

Agradecimento especial a vó Luiza (cumade Digô), a caríssima amiga Confreira Oneida Pontes que me indicou e me instigou a esse desafio, a Lucimeire Marques por sua contribuição nessa pesquisa, ao caríssimo Presidente Confrade Sr. Francisco Clementino, a banca examinadora e a todos os demais Almecianos(as) desta conceituada Academia de Letras dos Municípios do Ceará que me acolheram.




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PREFÁCIO



Em 2002, em uma das minhas idas e vindas ao Município de Banabuiú, sendo bem acolhida na residência da Tia Maria Clotilde, eu e meu esposo (filho da terra), fomos guiados até a ponte sobre o Açude Arrojado Lisboa, para contemplar as belas águas, a represa e o Véu de Noiva.

O nobre morador, Sr. Manuel de Cícero (in memorian), esposo da Tia Maria Clotilde, foi nosso guia. Muito bem humorado narrou vários fatos e lendas marcantes, que até hoje as guardo na memória.


Uma delas foi a seguinte:


- Reza a lenda, que há muito tempo atrás algumas tribos indígenas habitavam por estas bandas. Conta-se que por aqui existia um cacique de uma delas, por nome “Buiú”, muito respeitado e querido por todos. Em época de seca, o sol escaldante, a falta de água causava muitos transtornos, sofrimentos e calor intenso.

Com o passar do tempo, “Buiú”, já velho, cansado, doente e sem forças para respirar, agonizando pediu para um pajé abaná-lo com artefato feito com palha de carnaúba.

Ele aflito, se dirigiu ao pajé e pediu:

– Abana Buiú… abana Buiú…

E o pajé prontamente o atendeu, tentando amenizar a situação.

De certo é que passaram-se alguns dias e ele não resistiu e foi morar em outra dimensão; depois disso começaram a chamar o lugar de Banabuiú.

Lenda à parte, quero por meio desta pesquisa prestar uma homenagem ao povo de Banabuiú, como também pleitear a cadeira de número 124 desta conceituada Academia Literária dos Municípios Cearenses (ALMECE).






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SUMÁRIO


1       INTRODUÇÃO 6

2       DADOS GERAIS 6

3       DADOS HISTÓRICOS 7

3.1    Etimologia 8

3.1.1 Patrimônio Arqueológico 9

3.1.2 Colonização 11

3.1.3 Data de criação 12

4       DEMOGRAFIA 13

5       ASPECTOS 13

5.1    Geográficos 13

5.1.1 Vegetação 14

5.1.2 Clima 14

5.1.3 Hidrografía e recursos hídricos 14

5.1.4 Relevo e solos 14

5. 2   Educacionais 15

5.2.1 Culturais e esportivos 15

5.2.2 Meios de comunicação 16

5.2.3 Políticos 16

5.2.4 Econômicos 17

5.2.5 Saúde 18

5.2.6 Infraestrutura 19

5.2.7 Religiosos 20

5.2.8 Filhos Ilustres 22

5.2.9 Pontos turísticos. 29

6   CONSIDERAÇÕES FINAIS 34

         BIBLIOGRAFIA 35

         SITES 38

         ANEXO 40




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1 INTRODUÇÃO


O presente trabalho tem como objetivo realizar uma pesquisa sobre o Município de Banabuiú no Estado do Ceará, que servirá como critério de aprovação para a Academia de Letras do Município Cearenses (ALMECE). Nesse contexto utilizei a pesquisa qualitativa do tipo bibliográfica, pois serão utilizadas fontes bibliográficas de livros, artigos, revistas e internet que servirão como referência para a exploração do estudo em curso.

Ao desenvolver a pesquisa bibliográfica os dados utilizados são obtidos através de livros e artigos científicos, sobretudo boa parte dessas pesquisas têm como base estudos exploratórios (GIL, 2002, p. 44).

Nesse contexto surge a problematização: Como surgiu o município de Banabuiú e quais aspectos contribuíram para seu desenvolvimento?

Para responder esse questionamento apresento os dados gerais que devem conter, etimologia, aspectos históricos, políticos, geográficos, econômicos e culturais, bem como personalidades que ilustraram e contribuíram para o desenvolvimento social, literário, cultural e econômico do município, como: a tradição secular do Teatro de Bonecos e Cassimiro Côco, a literatura de Cordel e o Teatro Cotinha que usa de suas poéticas e resistências para levar a alma do sertão nas suas itinerâncias por todo o Ceará.

Como justificativa optei por pesquisar este município por ser um lugar no qual tenho parentes por afinidades nascidos e residentes na localidade. Por fim, apresento minhas considerações finais e meus agradecimentos pela oportunidade de representar o município de Banabuiú.


2 DADOS GERAIS


Banabuiú é um município brasileiro localizado no Estado do Ceará, pertencente à Mesorregião dos Sertões Cearenses e Microrregião do Sertão Central que faz divisa com  os municípios de Solonópoles, Milhã, Quixeramobim, Jaguaretama, Quixadá e Morada Nova, ocupando assim, uma área de 1 080, 986 km². Possui, segundo o censo do IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2022), uma população de 17.192, densidade demográfica 15,91 por quilômetro quadrado sendo o 114º do estado e o 1983º do país (IBGE, 2023). O IDH corresponde a 0,606; receitas oriundas de fontes externas de 91,9%, com salário médio em torno de R$ 1.800 salários mínimos.

O município conta com sete bairros sendo: Alto Alegre, Balneário Banabuiú, Centro, Conjunto Esperança, Vila Brasília, Vila Operária e Vila dos Marianos e os quatro distritos são: Banabuiú, Laranjeiras, Pedras Brancas, Rinaré e Sitiá.


3 DADOS HISTÓRICOS


Banabuiú é conhecido por ter um povo afetuoso, paisagens cercadas de serras que mudam de cor com o bailar das nuvens sob sol intenso, localizada no Sertão Central do Ceará, com grande potencialidade turística e cultural para encantar o visitante desde o primeiro momento.

A história de Banabuiú perpassa a beleza das suas águas cristalinas, a barragem do Açude Arrojado Lisboa, o Véu de noivas, a gentileza do seu povo simples e acolhedor, pois o desenvolvimento da cidade mostra os desafios, as lutas e a resistência no meio das adversidades do Sertão Central cearense.

De acordo com o IBGE (2020), Banabuiú era conhecido como “Acampamento Banabuiú” e em seguida transformado em Povoado, pois a sede do município por vias não teria sido a sede do distrito de Banabuiú, e seu desenvolvimento aconteceu com as obras iniciais da construção do Açude Arrojado Lisboa, que teve início em 1952, considerado o marco fundamental de sua história.

O DNOCS-Departamento Nacional de Obras Contra às Secas foi o responsável pelo processo de construção, instalações dos canteiros de obras, acampamento e vias de acesso. Em 1960, a continuação da obra aconteceu sob ameaça de cheias, causando lentidão e preocupação dos construtores, tendo em vista que era a única passagem do volume de água para seu afluente e em 1963 foi possível a retomada das obras, sendo portanto concluídas em 1966.



Açude Arrojado Lisboa (1966).


Fonte: Internet (2023).

Disponível em:https://banabuiuovaledasborboletas.wordpress.com/2017/04/27/primeiro-post-do-blog/#jp-carousel-33> Acesso em: 06 out. 2023.


Nas décadas de 50, 60 e 70, o desenvolvimento do Banabuiú foi atribuído a construção do açude, sobretudo pela chegada de operários de várias parte do país, estes portanto, em sua subalternidade eram denominados de “cassacos”, trabalhavam sob o sol escaldante, sem se quer pertencer a uma classe operária, e por força das circunstâncias foram formando famílias.

A cidade cresceu em torno do Açude Arrojado Lisboa, sendo assim considerada uma das maiores barragens do Nordeste, tendo como referência arquitetônica a antiga Igreja do Sítio Barra do Sitiá, erguida em 1719.


3.1 Etimologia


Nesta seção pretendo apresentar o topônimo do município, data de criação bem como a linha do tempo quando da formação administrativa até a categoria atual  de município.


O    topônimo banabuiú vem    do tupi    guarani bana (borboleta) e buy ou puyú (brejo),  e  significa brejo  das  borboletas. De  acordo com Tomás Pompeu de Sousa Brasil, banabuiú significa rio que tem muitas voltas: bana(que torce, volteia), bui(muito, com excesso), e u (água, rio). Sua denominação original era Poço Preto, depois Laranjeira e, desde 1943, Banabuiú(WIKIPÉDIA, 2023).


Gentílico: Banabuiuense 


De acordo com PMB (2023), pesquisas recentes apontam que havia a presença de etnias indigena “tais como os Potiguara, falantes de um idioma do tronco Tupi- Guarani,  além  dos Tarairiú (algumas  vezes  mencionados  em  relatos) como Paiacu e Janduí), Panati, Jenipapo-Canindé, Baturité e Ariú”. No entanto, Poço Preto teria sido a anterior denominação do distrito de Laranjeiras que pertencia a Quixadá (PMB, 2020).


3.1.1 Patrimônio Arqueológico


Para afirmar a presença dessas etnias, o Relatório de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico, registra que, no distrito de Laranjeiras há vestígios arqueológicos que comprovam a identificação de ferramentas, fragmentos cerâmicos, diversas lascas, núcleos e eixos com marcas de abrasão usadas para caças de animais, marcas de polimento intencional na superfície das rochas, além e dezenas de lajedos e gravuras rupestres (BRANDI, p. 29 e 30. 2022).

A imagem abaixo traz essa característica própria com linhas e traços feitos com formas rudimentares de marcas tipo positivas e negativas bem semelhante as técnicas usadas nas paredes das cavernas por nossos ancestrais. 

Para Barroso (2019, p. 51), “Os conjuntos de pinturas rupestres encontrados em grutas e cavernas do Paleolítico superior (última etapa da Idade da Pedra Lascada, que data aproximadamente de 30.000 a 10.000 anos a.C)”. Portanto, esses registros antigos continuarão encantando gerações.


Gravuras rupestres (2022).


Fonte: Internet (2023).

Disponível em: <https://forquilhaontemhojeesempre.blogspot.com/2009/12/arqueologia-no- municipio-de-banabuiu.html> Acesso em: 17 out. 2023.


Nessa afirmativa, podemos constatar: um “Sítio unicomponencial, pré-colonial, superfície, céu aberto, oficina lítica, ocorre predominantemente instrumentos fabricados sobre arenito silicificado: lascas com ou sem retoque, núcleos, raspadores, percutores e almofarizes” (IPHAN, 2015).


                                      Seixo Com Marcas de Polimento



Fonte: Wikipedia (2023). Disponível em:

>https://pt.wikipedia.org/wiki/Banabui%C3%BA#/media/Ficheiro:Laranjeiras_03.jpg> Acesso em: 18 de out. 2023.


Portanto, essa citação acima nos fornece dados documentais que as estruturas fixas existentes, corroboram com os achados, pois trata-se de um sítio pré-colonial a céu aberto, apresentando estrutura com evidência de uso por humanos em um passado remoto.


3.1.2 Colonização


Nesse contexto, o processo de conquista e territorialização dos colonizadores europeus e indígenas nos sertões contava com a participação ativa dos nativos.

A efetiva colonização europeia teria se iniciado somente na segunda metade do século XVII com a expansão da pecuária sobre as terras da Capitania do Siará Grande, motivada pela expulsão dos holandeses do Nordeste sobretudo com o crescimento da “produção açucareira nos litorais pernambucano e baiano” (BEZERRA, 2023).

No início do século XVII, com as entradas no sertão-de-dentro, as entradas do Capitão-Mor Pero Coelho de Sousa (1603) e dos padres jesuítas Francisco Pinto e Luís Figueira (1607), desceram parte do rio Jaguaribe.

No período da carne seca, charque e couro, se deu a formação de fazendas, sítios e charqueadas ao longo do rio Jaguaribe e Banabuiú, bem como parte de outros sertões e estados do Nordeste, sob intensos conflitos com grupos indígenas existentes nessas regiões.


3.1.3 Data de criação

 

Neste subitem iremos acompanhar a linha do tempo que ilustra a formação administrativa desde 1899, quando foi criado o distrito de Laranjeiras até a denominação de Banabuiú elevado a condição definitiva de município.


  • 1899 - 26 de agosto - Ato estadual se transformou em distrito e foi denominado de Laranjeiras.

  • 1911 - Em divisão administrativa, (constituído do distrito sede), referente ao distrito de Laranjeiras figura no município de Quixadá (IBGE, 2023).

  • 1918 - 29 de outubro - Lei nº 1.613- Elevado a condição de vila Laranjeiras, sendo antigo distrito de Quixeramobim, (núcleo central do município de Banabuiú), onde tornou-se politicamente autônomo. (SEDUC, 2023).

  • 1919- 29 agosto - Lei nº 1564, foi desmembrado de Quixadá (IBGE, 2023).

  • 1920 - Setembro - No quadro de apuração do Recenseamento Geral a vila aparece constituída de dois distritos: Laranjeiras e Barra do Sitiá.

  • 1926 - 08 de setembro - Lei Estadual nº 2392 - O município de Laranjeiras é extinto, sendo seu território anexado ao município de Quixadá, mas não figurado no Quixadá.

  • 1933 - Em divisão administrativa, Laranjeira figura no município de Quixadá. (IBGE, 2023).

  • 1938 - 20 de dezembro - Lei Nº 448 - Laranjeiras torna-se distrito de Quixadá (SEDUC, 2023).

  • 1943 - 30 de dezembro de 1943- Lei nº 1.114 - Recebe o nome de Banabuiú e ficou estabelecido que a denominação de Laranjeiras mudaria para Banabuiú.

  • 1988 - 25 de janeiro - Lei nº 11.427 - Banabuiú foi elevado definitivamente à categoria de município em (SEDUC, 2023).


4 DEMOGRAFIA


De acordo com o último censo do IBGE (2022), Banabuiú conta com 17.195 habitantes, comparando com outros municípios do país fica em 1983° lugar e em relação ao estado 114°e na região geográfica seu ranking ocupa a posição 6°. Com 15,91 hab/km 2. Sendo o 3676° no país, 168° no estado e 8°lugar na região


IDM -  (Índice de Desenvolvimento Municipal)-segundo CADERNO DA SUB-BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO BANABUIÚ (2020), tem o número de habitantes total correspondente a 17.315;

Número de habitantes urbano:  8.753

Número de habitantes rurais 8.562. 

Esses dados têm como referência o ano de 2016, com estimativa de 17.968 habitantes, tendo portanto, o percentual de 0,20% sobre o Estado do Ceará, com IDM² de 20,229 ocupando um ranking de 115.


IDH – (Índice de Desenvolvimento Humano)-Para o IBGE (2023), em 2021, o cadastro central de empresas no município conta com 194 unidades, enquanto ” o salário médio mensal seria de 1.8 salários mínimos e a proporção de pessoas ocupadas em relação à população total era de 8.7%''. renda com PIB per capita em (2020) 11. 453,61 R$ índice de Desenvolvimento Humano Municipal de 0,606; receitas oriundas de fontes externas de 91,9%.


5 ASPECTOS


5.1 Geográficos 


Este item trata sobre os aspectos geográficos bem como, distritos, bairros, limites, rodovias, clima, vegetação, relevo e solo.

Quanto aos aspectos geográficos o município de Banabuiú tem 17.192 Área:

1.081 km²; Latitude: 5º 18’ 22’’; Longitude: 38º 55’ 12’’; Altitude: 100 m e Precipitação pluviométrica (média em 2022): 886,8 mm (Anuário do Ceará, 2023) e faz divisa com Solonópoles, Milhã, Quixadá, Quixeramobim, Jaguaretama e Morada Nova, na região do Sertão Central e conta com sete bairros (IBGE, 2022).


5.1.1 Vegetação


A vegetação do município é composta por “caatinga arbustiva aberta, densa e floresta mista dicótilo-palmácea e (mata ciliar com carnaúba)” porém, podemos encontrar também o cultivo de “cajueiros ao longo do rio”. A prática da agricultura de subsistência é própria da região, bem como a comercialização de algodão, cultivo do milho, feijão, hortas e cajus.


5.1.2 Clima


O clima predominante na região é tropical quente semiárido, com chuvas de fevereiro a abril, pluviometria 886,8 mm (ANUÁRIO DO CEARÁ 2023).


5.1.3 Hidrografía e recursos hídricos


Em Banabuiú localiza-se a bacia hidrográfica do Rio Banabuiú onde foi construído o Açude Arrojado Lisboa (Banabuiú) como é conhecido; o Rio Sitiá (distrito de Sitiá) que deságua o rio Sitiá; a parede do Açude Pedras Brancas, além de outros pequenos recursos hídricos, como: riachos Cruxoti e Pimenta.

Já a sub-bacia hidrográfica do município de Banabuiú, pertence à bacia do Jaguaribe, sendo este, o grande acumulador de água através dos fluxos de água que chegam ao rio principal, “Banabuiú”.


5.1.4 Relevo e solos


O relevo é composto de planícies ribeirinhas, serras secas, sertões e tabuleiros interiores podemos destacar as serras da Passagem, do Logradouro e dos Tanquinhos “apresentando solos arenosos e coesivos no estuário do rio, mas em geral com solo arenoso predominante” (SEDUC, 2023).


5. 2 Educacionais


Nesse item quero apresentar os aspectos educacionais do município de Banabuiú no período de 2021, onde a taxa de escolarização de 6 a 14 anos corresponde a 98%. 

Segundo IBGE (2023)  o IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica)-[2021]- a taxas se divide da seguinte forma:  


  • Anos iniciais (Rede pública) – ensino fundamental (Rede pública) - 4,9;  

  • Anos finais (Rede pública) - ensino fundamental – 5,1; 

  • Matrículas do ensino fundamental ((Rede pública )2.697; 

  • Matrículas no ensino médio (Rede pública)- 776.

  • Docentes (ensino fundamental) 136 docentes; 

  • Docentes (ensino médio) 26.

  • Número de estabelecimentos de ensino fundamental- 13 unidades

  • Número de estabelecimentos de ensino médio: 1 

  • Universidade: 1 (Unicatólica).

  • Bibliotecas: 2 principais


5.2.1 Culturais e esportivos


Em seguida serão considerados aspectos importantes que levaram ao desenvolvimento e os novos caminhos que contribuem para o turismo e cultura local.

No município existem duas bibliotecas sendo a principal Biblioteca Municipal Aureni Santiago Lopes Nobre (Biblioteca pública), criada pelo projeto de lei nº 20 datado de 15 de abril de 1989.

Começou com apenas 500 livros, chegando a  6.500 exemplares, entre livros, revistas e periódicos. Hoje o equipamento tem projetos de estímulo à leitura, Clube da leitura, concurso de Cordel, redação, e ciclo de palestras, além do projeto "Conte de lá que eu conto de cá" (BRITO, 2021) e a segunda, Biblioteca Library. 


5.2.2 Meios de comunicação


Emissoras de Rádio  Rádio Laser FM-104.9 FM - Comunitária; Rádio Web Líder , Banabuiú / CE - Brasil; dez quadras esportivas, dois estádios de futebol, cinco centros culturais.

 Equipamentos  inexistentes: emissoras de TV, Museus e jornais locais.


5.2.3 Políticos


Neste tópico falarei sobre os aspectos políticos, o desenrolar dos processos eleitorais, as trajetórias dos representantes públicos de maior destaque dos poderes executivo e legislativo do município de Banabuiú.

A partir de 1988, a emancipação de Banabuiú permitiu que sua autonomia elegesse seus próprios representantes. A administração municipal tem sua sede em Banabuiú, é composta pelos poderes executivo e legislativo, sendo o poder executivo representado pelo prefeito e auxiliado pelo gabinete e seus secretários.

O primeiro prefeito da cidade, Benedito Gonçalves de Melo e vice Aluízio Cajazeiras (1989-1992) foi eleito em 1988, chegando a ser reeleito em 1997, sucedendo, portanto, o colega Aluízio Cajazeiras (1993 à 1996). Com a fatalidade de sua  morte,  ocasionada  por  um  acidente  de  trânsito  em  Ibaretama, assumiu sua vice, Isabel Maria Queiroz Freitas (Isa) (1997-2000) até então a única mulher prefeita a concluir o mandato até o final da gestão, no ano de 2000.

No entanto, não sendo reeleita, perdeu o páreo para Antônio Sales Magalhães (2000 a 2004 e de 2004 a 2008), reeleito por dois mandatos (conhecido como período da Era Sales), resolvendo apoiar Veridiano Pereira Sales (o sobrinho) (2008-2012) sendo este eleito. Em 2012, Antônio Sales concorreu (sem êxito) com Veridiano, conseguindo, portanto, Veridiano se reeleger por mais um mandato (2013-2016) (PMB, 2023).

Em 2017 a cidade passou a ser governada por Francisco Hermes Nobre (Edinho Nobre-PDT)  atual prefeito que está em seu segundo mandato; seu vice é José Arimatéa da Silva, eleitos com 59,80% dos votos válidos no ano de 2020 (TRE, 2020).


De acordo com o Anuário do Ceará (2023), o município conta com 14.739 eleitores (abr – 2023). Deputados federais mais votados (2022): Mauro Filho com

4.084 votos; Idilvan com 1.185 votos e Eunício com 832 votos;

Deputados estaduais mais votados (2022): Gabriella Aguiar com 4.583 votos; Leonardo Pinheiro – 1.469 votos;

Vereadores mais votados (2020): Clériston Aurélio com 826 votos; Thiago do Jiqui com 773 votos e Daniel Bandeira com 691 votos;

Poder Executivo: Prefeito Francisco Hermes Nobre e vice-prefeito: José Arimatéa da Silva, eleitos em 2020, já o Poder Legislativo conta com 11 vereadores.


5.2.4 Econômicos


Neste item apresento os aspectos relacionados à economia, atividades industriais, comerciais e culturais que contribuem para a riqueza da região.

 No geral, no em Banabuiú existem  194 empresas, entre comércios, indústrias e outras organizações sem fins lucrativos, por exemplo: em média 1636 pessoas estão ocupadas; 1498 pessoas assalariadas com salário médio  de R$ 1,8 salários mínimos. Salários e outras remunerações compreende 36.567 (x1000).

  • Indústria

Já no centro de Banabuiú, as  duas maiores indústrias que contribuem com a empregabilidade local são:  Libra Ligas do Brasil S/A, com faturamento de 150,4 milhões de reais (ICONODATA, 2023),  fábrica de ferro silício e a CHESF (Companhia Hidroelétrica do São Francisco), responsáveis pelos postos de empregos, além da Prefeitura Municipal de Banabuiú 

  • Comércio

Já o número  de estabelecimentos comerciais entre varejista e atacadistas são 281 (IPECE, 2017).

  • Serviços

Atualmente conta com 216 empresas prestadoras de serviços entre elas, hotéis, serviço de informática, saúde, internet, geologia, dentre outras (ECONODATA, 2023).

  • Pecuária 

Sobre a economia de Banabuiú na zona rural podemos afirmar que a criação do gado bovino, suíno e produção avícola são atividades que contribuem significativamente para a geração de renda das famílias, sobretudo oportunizando emprego com a produção de derivados do leite que é próprio da região com a fabricação de produtos artesanais.

Vejamos abaixo o efetivo dos rebanhos efetivos na pecuária de Banabuiú, segundo IBGE (2022): 

Bovino: 28.229; 

Caprino: 12.845; 

Equino: 899;

Galináceo:49.850;

Mel  de abelha: 3.500;

Ovino: 36.840;

Suíno: 4.852;

  • Culturas agrícolas

Segundo o IBGE, (2023), a extração vegetal e a silvicultura também contribuem para a riqueza do lugar, sobretudo a carnaúba, o carvão vegetal, lenha e madeira em tora, sendo também incluída na zona rural a atividade pesqueira.

A produção local compreende por lavoura permanente o plantio de acerola, caju, coco-baía, manga e limão; já a lavoura temporária, entende-se por: cana de açúcar forrageira, feijão, macaxeira, milho, milho forrageiro, sorgo forrageiro e palma forrageira. 


5.2.5 Saúde


No município  de Banabuiú  a taxa média de mortalidade infantil é de 8.13 para cada 1.000 nascidos vivos; já as internações causadas por diarréias correspondem a 0.8 para cada mil habitantes. Fazendo um paralelo com todos os municípios do estado do Ceará, o município atinge uma “posição  129 de 184 e 110 de 184, respectivamente”.  Em comparação com as cidades de todo o Brasil essas posições são de “3210 de 5570 e 2710 de 5570, respectivamente” (IBGE, 2023).

De acordo com BRASIL (2023), Banabuiú apresenta 27 estabelecimentos de saúde, entre laboratórios, clínicas,  consultórios dentários, públicos, privados com registro no Ministério da Saúde, incluindo o Hospital Municipal Senador Carlos Jereissati. 


5.2.6 Infraestrutura


Em se tratando do meio ambiente,  a rede de Esgotamento Sanitário do município de Banabuiú de acordo com o (IBGE , 2020), apresenta apenas, 17.6% de domicílios com esgotamento sanitário adequado, 88% de domicílios urbanos em vias públicas com arborização e 1.7% de domicílios urbanos em vias públicas com urbanização adequada (presença de bueiro, calçada, pavimentação e meio-fio)”. 


Em um paralelo com outros municípios do estado, ocupa a “posição 88 de 184, 109 de 184 e 133 de 184, respectivamente”. Em relação a outras cidades do Brasil, sua posição é 3815 de 5570, 1697 de 5570 e 4181 de 5570, respectivamente”( IBGE, 2020).

A  rede coletora de esgotamento sanitário atende a 4.341 domicílios, correspondendo a um total de 4 km de extensão.

  • Abastecimento de água

Quanto ao abastecimento de água Banabuiú abastece 3.385 unidades, com 21 rede distribuição de água, com um volume aproximado de 1.368 mililitro de água por dia, a um consumo diário de 1.014 litros consumidos diariamente com perdas de 25,9% (IBGE, 2020).

  • Energia e comunicação

Em 2020 foi implantada pelo Governo do Estado três novas Linhas de Transmissão pela Companhia  em tensão 230 KV, construída em circuito simples,  que liga as Subestações de Banabuiú e Russas.

  A Companhia hidrelétrica do São Francisco – Chesf, a fim de apresentar novas demandas por meio da Seinfra, tem feito articulações periódicas e vem estudando a possibilidade de geração de energia renovável para melhorar junto a Chesf o atendimento à população em busca de reforçar o suprimento de energia no Estado. Com essa operação Banabuiú é contemplado com o projeto, que será suportado por 225 torres e 112 Km de extensão (CEARÁ, 2020).

  • Internet

            Há também fornecimento de internet em pontos diferenciados na zona urbana e rural, por meio da fibra ótica ou a rádio, dependendo da disponibilidade dos serviços cabeamento e roteadores inclusive com capacidade de absorção, conexões simultâneas para atender as demandas da secretaria de cultura, turismo e comércio do município (PMB, 2023).

  • Postos de combustíveis

No município de Banabuiú existem cinco empresas que atendem a demanda de abastecimento de combustíveis. 

  • Transportes: 

De acordo com o IBGE (2022) a frota de transporte corresponde a 4852 veículos entre os mais diversos, sendo 45 ônibus.


5.2.7 Religiosos


  As festas religiosas fazem parte do calendário cultural de Banabuiú, como por exemplo: a Festa de São Sebastião, em Laranjeiras (20 de Fevereiro), a festa da Padroeira Nossa Senhora de Fátima (13 de Maio) e a Festa Nossa Senhora da Imaculada Conceição – Barra do Sitiá (8 de Dezembro), além dessas tradições há também a Semana do Município (18 a 25 de Janeiro).


Igreja Nossa Senhora de Fátima



Banabuiú - Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação

Fonte: Seduc (2023).

Disponível em: https://www.crede12.seduc.ce.gov.br/banabuiu/ Acesso em:

17 out. 2023.

               Segundo, Capela de São Sebastião (2014), em Laranjeiras está localizada a Igreja de São Sebastião, mais antiga do município de Banabuiú e suas festividades acontecem de 10 a 20 de janeiro.


Capela de São Sebastião



Banabuiú – Wikipédia, a enciclopédia livre

Fonte: Wikipedia (2023).

Disponível em: <https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Igreja_de_S%C3%A3o_Sebasti%C3%A3o_%28Laranjeiras%29.jpg> Acesso em: 16 out. 2023.


Quanto à construção da  capela é datada de 1802, sendo inaugurada após a vinda da imagem do padroeiro de Icó (CE); em 20 de janeiro de 1852 aconteceu a celebração da primeira missa pelo Padre Francisco, de Quixadá, porém a segunda fase da construção aconteceu em 1910, quando foi feito o presbitério (altar).

Outras igrejas do Município: Santa Terezinha (Fazenda Aroeiras); Igreja de São Sebastião (Creche); Igreja de Santa Luzia; Capela São Pedro e Imagem de Nossa Senhora de Fátima (destino religioso) (Google, 2023).

Demais templos existentes são: Igreja Assembleia de Deus em Banabuiú - Ministério Templo Central; Universal do Reino de Deus; Adventista do 7° dia; Mórmons; Centros de umbanda, dentre outros. 


5.2.8 Filhos Ilustres


Nesse tópico apresentarei algumas personalidades ilustres que se destacaram na história de Banabuiú.


Benedito Gonçalves


Imagem: Internet (2023).

Disponível em: 

< ttps://amadeufilhoquixada.blogspot.com/2015/04/dr-benedito-goncalves-de-melo-ele.html> Acesso em: 10 dez 2023.


Como não poderia deixar de ser, o Dr. Benedito Gonçalves de Melo considero o primeiro ilustre,sobretudo por ter sido eleito o primeiro prefeito de Banabuiú. Benedito nasceu em Laranjeiras-Banabuiú, (ainda distrito) em 29 de abril de 1947, era filho  de Valdomiro Gonçalves Pimenta e Maria Helena Gonçalves, casado com Maria de Fátima Pires de Melo e teve apenas um filho por nome Henrique Augusto Pires de Melo.

  Benedito ainda jovem, na companhia de  cinco amigos cearenses foram em busca de realizar o sonho de cursar medicina na UFMA-Universidade Federal do Maranhão, pois sua intenção era prestar serviços na área de clínica médica e obstetrícia.

Ao retornar de sua formação em medicina, ainda muito jovem fixou residência em  Quixadá e em horários fixos trabalhava no hospital e Maternidade Jesus Maria José e em outros horários fazia atendimento particular na própria clínica (por nome São Luís) em parceria com outros colegas de profissão, assim atendia a população de Quixadá e região. 

Segundo Lucimeire Marques (2023), amiga de Benedito Gonçalves, me afirmou que ele sempre a chamava por Francimeire (pois nunca acertava seu nome); e em 1991 ela veio exclusivamente de São Luís a convite do médico para residir e trabalhar como secretária e atendente da Clínica. Pela praticidade Benedito preferiu fixar residência próximo ao local de trabalho, precisamente ao lado do Chalé da Pedra, no centro de Quixadá.

Segundo seu relato, ele era muito centrado; muitas vezes ela presenciava seu grande senso de humanidade, pois não exercia a função por dinheiro e quando não dava tempo chegar ao hospital com a paciente, o médico a atendia na própria casa ou fazia os partos no próprio carro, ou onde fosse possível; portanto, não media esforços para salvar vidas. Devido ao seu carisma, senso humanitário e bons serviços prestados à população, Benedito Gonçalves de Melo encarou com maestria o desafio para se tornar o primeiro prefeito de Banabuiú após a emancipação, atuando de forma ética e marcante deixando saudades.

Com agenda apertada ele conciliava com desenvoltura a profissão de médico em Quixadá e o exercício de prefeito de Banabuiú de forma que a população fosse bem servida, tanto é que muitos projetos atuais tiveram início em sua gestão.

Até hoje os moradores de Banabuiú o tem como referência, onde segundo Amadeu Filho (2023),  muitos moradores estampam com estima as paredes de suas residências com seu retrato como prova de eterna gratidão.

Como já citei anteriormente,  Benedito Gonçalves foi eleito de 1989 a 1992 logo após a emancipação do município de Banabuiú em 1988, chegando a ser reeleito em 1997. 

Porém, no dia 18 de dezembro de 1997, vindo com alguns amigos professores para receberem títulos em Fortaleza, o cansaço do grande líder foi maior, perdendo o controle da direção do veículo. A fatalidade aconteceu na cidade de Ibaretama, consequentemente vindo a óbito de forma trágica e dolorosa deixando os conterrâneos com saudades até hoje lembrado com orgulho.


Simão Cavalcante


Fonte: Mapa Cultural do Ceará (2023)

Disponível em: < https://mapacultural.secult.ce.gov.br/agente/9940/#/tab=sobre> Acesso em: 18 de out. 2023.


Antonio Simão Cavalcante, nasceu na localidade de Penha-Banabuiú-CE, Simão é filho de Maria Clotilde Cavalcante e Manoel Lopes Cavalcante. Desde muito cedo, dedicou-se à profissão de professor, muito antes da sua formação. É mestre em História e Letras pela FECLES/UECE e em Ciências da Educação pela Universidade de San Carlos, especializado em Ensino e Pesquisa pelas Faculdades Kurius e graduado em História pela UECE-Universidade Estadual Ceará (2004). É fundador e diretor do grupo de Teatro Coletivo Cotinha de Banabuiú, fundado em 2000.

Tem experiência na área de Educação - com ênfase em História da Educação, Ciências Humanas e Sociais. Trabalha como professor no ensino básico e superior no Centro Universitário Católica de Quixadá (UniCatólica), além de lecionar e coordenar grupos de estudos e pesquisas nos cursos de Arquitetura e Urbanismo e Design Gráfico. 

Atua como DIRETOR DE CULTURA, na Secretaria de Cultura, Turismo, Indústria e Comércio de Banabuiú - CE, no Governo Municipal de Banabuiú. E mesmo com essa bagagem de conhecimentos, Simão tem investido sua criatividade de forma admirável na região onde nasceu possibilitando o crescimento social, artístico, turístico e cultural junto aos seus conterrâneos. 


Rouxinol do Rinaré


Fonte: Mapa Cultural do Ceará (2023)

Disponível em: https://mapacultural.secult.ce.gov.br/agente/18569 Acesso em: 18 out. 2023.


Antonio Carlos da Silva, é escritor e poeta cordelista, conhecido como Rouxinol do Rinaré; é natural do distrito de Rinaré em Banabuiú-Ceará, nascido em 1966, mora atualmente em Fortaleza. É membro da Academia Brasileira de Cordéis e da Sociedade dos Amigos de Rodolfo Theóphilo. 

Com mais de 80 títulos, entre eles, a versão em cordel de “O Alienista de Machado de Assis” que já foi escolhida por escolas em Belo Horizonte (2013); adotada em projetos da Biblioteca Nacional, além de fazer parte dos projetos da Biblioteca Nacional (RJ) por duas vezes tendo sido inserida no catálogo de literatura da feira de Frankfurt na Alemanha (2013).


A versão em cordel. 

.

Disponível em:

<https://editoranovaalexandria.com.br/product/o-alienista-em-cordel/> Acesso em: 26 de out. 2023.


Outra obra importante foi o livro de cordel, ”Criar, rimar e letrar” de sua coautoria, que foi escolhido pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo para o projeto Livros na Sala de Aula (2013).

Nessa perspectiva, suas obras são objetos de pesquisas acadêmicas para alunos de universidades e com essa vasta experiência, ele atua em outras atividades exercendo mediação em oficinas de cordel, além de ser revisor de textos há mais de 15 anos. Isso deu ao cordelista algumas honrarias como: 1º lugar no I Concurso Paulista de Literatura de Cordel (2002); Prêmio Mais Cultura de Cordel – 2010 (MinC);

PAIC, Prosa & Poesia (2012), entre outros” (MAPA CULTURAL DO CEARÁ, 2023).




Mestre Vanderley




Fonte: Mapa Cultural do Ceará (2023).

Disponível em:<https://mapacultural.secult.ce.gov.br/agente/36257/> acesso em: 18 de out. 2023.


O Mestre da Cultura Vanderley Bonequeiro com nome de batismo, Antônio Vanderli de Oliveira, nasceu em Laranjeiras, no sertão central do Ceará, distrito de Banabuiú-Ce, em 09 de fevereiro de 1966, filho do bonequeiro Antonio Eridan, é casado com Ducicleide.

Vanderley, desde os oito, anos acompanhava o pai; este, orgulhosamente reproduz a brincadeira de Cassimiro Coco no circo sendo uma das atrações preferidas do público, tendo exercido a atividade de cobrador de ingresso durante os espetáculos do pai. Assim, para que continuasse o legado, herdou um acervo de 15 personagens de seu pai.

Segundo Dossiê (2014), seu pai Antonio Eridan, além de manipulador, era figurinista dos bonecos e interpretava a vozes dos bonecos; após os espetáculos geralmente havia música ao vivo acompanhado de sanfona, zabumba, triângulo, pandeiro e muitas delas próximas de Laranjeiras e outra eram percorridos “mais de 30 léguas de bicicleta” com o tempo seu pai comprou um carro para agilizar o trabalho. As apresentações eram agendadas com antecedência e geralmente os músicos o acompanhavam nas viagens com os cassimeiros, caso contrário o dono da festa contrata o conjunto musical.

Conforme, Dossiê (2014) “Às histórias e personagens que fazem parte da brincadeira de Wanderley são as mesmas do seu pai, que por sua vez, foi influenciado por outro cassimireiro da região, Chico Bonequeiro”. O enredo principal do espetáculo relata as peripécias de Cassimiro Coco e de sua namorada, Maria Titela.

Wanderley lembra do esforço que o pai fazia para realizar suas apresentações, já que a sobrevivência da família dependia da brincadeira. “Aos 25 anos, com o pai debilitado, Wanderley recebeu do mesmo sua mala de bonecos para prosseguir com a brincadeira do Cassimiro Coco, o que ele faz com dedicação e talento”. (DOSSIÊ p. 193).

Nessa época os filhos da vó Luiza, (conhecida como cumade Digô) tem boas lembranças, “pois era muito divertido sair na boca da noite dos finais de semana para assistir aos espetáculos apresentados por Antonio Eridan, na década de 60”, juntamente com seus pais, parentes e a comunidade do entorno.


   O Teatro de Bonecos Popular do Nordeste acontece na  relação   brincante,   bonecos/                                                             personagens e público, ou seja, é uma ação comunitária, de encontro e de comunicação.                                                             Para tal, é necessário reunir pessoas  diante de uma tolda e ter as condições mínimas para                                                            a apresentação da brincadeira” (DOSSIÊ, 2014, p.77).
               

Essa prática teatral é repassada de geração em geração, às vezes não tem o reconhecimento merecido, sobretudo economicamente tem que recorrer a outras atividades para sobreviver; Para o mestre Vanderley, sua vasta experiência faz com que seja reconhecido como mestre do Teatro de Bonecos Popular do Nordeste dando continuidade à brincadeira, usando os mesmos personagens e histórias. 

Atualmente ele se apresenta em eventos festivos, escolas e etc., além de ser reconhecido pelo talento, ainda é recompensado economicamente pelo que faz, com prazer.


5.2.9 Pontos turísticos.


O turismo é um setor que vem crescendo exponencialmente no  município desde sua emancipação, sobretudo por apresentar paisagens e belezas naturais convidativas pela força das águas do Açude Arrojado Lisboa.

A cidade de Banabuiú tem como atrativo turístico da região o Carnaval das águas (Fevereiro/Março), no beira rio, com linda paisagem do balneário e Véu de Noivas (abertos 24h) e a Banartes, feira do calendário turístico anual.

Abaixo cito alguns pontos de turismo em destaque na região:


Véu de Noivas


Fonte: Mapa Cultural do Ceará (2023).

Disponível em: https://mapacultural.secult.ce.gov.br/agente/99376/ Acesso em: 18 out. 2023.


Segundo a PMB (2023), “O município elenca entre os únicos cinco entre dezenove do Sertão Central que receberam certificação do Ministério do Turismo do Governo Federal e fazem parte do Mapa Turístico do Ceará”.

As águas do Rio Banabuiú são consideradas atrativo natural do município, pois propicia durante o ano inteiro momentos de lazer e qualidade de vida, tanto para os moradores, como para os visitantes (TURISMO, 2023).

Além do Véu de Noiva, existem outros pontos turísticos importantes: O Letreiro de Banabuiú,  Poço da Pedra (lugar de trilha de caminhada), Praça 25 de Janeiro, encontro do Rio Sitiá com Banabuiú e encontro das águas do Rio Quixeramobim com o Rio Banabuiú (Google, 2023).


Atrações importantes no calendário turístico além do carnaval das águas:


há presença expressiva de artistas locais, comércio de artesanato de palha, bordado, renda, gastronomia, etc., além do tradicional festival de violeiros, shows de calouros, quadrilhas juninas e atrações que fortalecem a economia. O evento conta com o apoio do governo, secretaria de turismo e da população.

Segundo Rabelo (2022), Benedita Oliveira (Lila) e mais cinco jovens (Marilia Sá, Rose, Orquídea, Maristela e Ana Dina) pensaram e projetaram a feira a fim de promover um encontro cultural, onde houvesse exposições e atrações artísticas entre os moradores. 

A Feira de Artes de Banabuiú é realizada no segundo semestre do ano, onde 


BANARTES 2023.


Fonte: Diário de Quixadá (2023).

Disponível em: https://www.diariodequixada.com.br/cidades/banartes-2023-tem-estimativa-de-movimentar-r-3-milhoes-na-economia-local/ Acesso em: 17 out. 2023. 


As jovens sempre à frente de seu tempo, mesmo na época em que Banabuiú ainda era distrito de Quixadá (1988), tinham participação ativa nos projetos culturais e políticos do município.

Logo, a criação da Banartes foi parte do projeto político do então candidato a prefeito Dr. Benedito Gonçalves, no qual veio se concretizar com a eleição exitosa, pois fazia parte do contexto político de emancipação do município, sendo portanto, institucionalizada pela Prefeitura Municipal, como evento impulsionador do processo de emancipação do município (1988). A princípio recebeu o nome de FeirArtes, mudando portanto para Banartes, no mesmo ano (RABELO, 2022).

A festa que começou de maneira tímida ganhou uma dimensão mais turística e espetacular na gestão do prefeito Antônio Sales Magalhães (PL, 2000-2004)”, porém ao longo dos anos tem se adequado ao processo turístico, sobretudo na atual gestão, pois o prefeito, Francisco Hermes Nobre (PDT), se preocupa com o resgate das raízes culturais e históricas, objetivo inicial do evento. No ano de 2023, estimou-se que aproximadamente 10 mil pessoas estiveram presentes, além de ser injetado cerca 30 milhões de reais na economia local (DIÁRIO DE QUIXADÁ, 2023).

Quero ressaltar que desde o ano 2000 há também a participação do Coletivo de Teatro Cotinha de Banabuiú, no qual tem como diretor e mentor, o teatrólogo, Professor e Ms. Simão Cavalcante, um personagem ousado que acreditou no potencial de seus alunos e na feira Banartes como projeto inovador, sendo portanto, palco anual para as apresentações teatrais.


Coletivo Cotinha


A Companhia Teatral Cotinha iniciou suas atividades artísticas com a proposta de integrar jovens da localidade e o amor ao teatro, pelo então jovem Antônio Simão Cavalcante, no ano 2000.

O nome da companhia, sugestivamente presta “homenagem a uma personagem real, chamada Dona Cotinha, que apreciava muito teatro, mesmo sem nunca ter tido oportunidade de adentrar a um deles” (PMB 2023); outra sugestão era fazer uma alusão ao significado de “cota” relacionado a ingresso, entrada, uma pequena contribuição (a chamada cotinha).

O coletivo Cotinha faz turnê por todo o estado do Ceará levando com ousadia a alma do sertão, suas poéticas e resistências. Atualmente encontra-se em obras, a construção o espaço físico do “Teatro Clô Cavalcante”, sendo pioneiro na região banabuiuense e o único “constituído por um grupo independente de teatro no Estado do Ceará”, que conta com o apoio do Governo do Municipal de Banabuiú, parceiros locais, além da sociedade civil e amigos da arte (BRITO, 2021).

O nome “Teatro Clô Cavalcante”, pretende homenagear a mãe adotiva do fundador (Simão Cavalcante) que na verdade foi a primeira figurinista do coletivo Cotinha, em Banabuiú.

Maria Clotilde Cavalcante (in memorian), a Tia Maria, como a conheci, afetivamente me acolheu em sua residência em 2002. Ela era irmã adotiva da minha sogra, (a bonequeira – Cumade Digô-100), ambas nascidas na região ribeirinha.

Apesar da idade, ela ainda continua fazendo bonecas de pano; segundo, Dossiê Interpretativo (2014, p. 100), as bonecas de pano “são totalmente feitas de tecido, preenchidas com tecido ou algodão, vestidas com roupas e adereços específicos”; as chamadas bruxinhas que a Cumade Digô faz ainda, remetem às memórias de infância, tradição de Banabuiú. Por sinal, até um tempo desses ela cultivava pés de algodão no quintal de casa para enchê-las. 

Segundo relatos de parentes, “cumade Digô” se inspirou na tradição secular do Teatro de Bonecos e Cassimiro Côco, manipulados pelo bonequeiro Antonio Eridan, (pai do Mestre Vanderley) na década de 50, 60 e 70, onde juntamente com a família assistia aos espetáculos nas festividades de Banabuiú.              

Como esse povo não pára de ser criativo, vem aí mais um empreendimento cultural como destaque cheio de surpresas para quem quiser apreciar, em breve. Dessa vez a novidade será a criação do filme “A Botija” e pelo visto vai ser sucesso garantido.

        “A Botija-o filme” é o mais novo projeto cultural sob a direção do professor e mestre Simão Cavalcante. No momento está em fase de edição, contando com um elenco de atores e amigos mais que especial da comunidade ribeirinha do São Gonçalo e Exu.


Elenco do filme “A Botija”


Imagem: Facebook (2024).

Disponível em: <https://www.facebook.com/photo/?fbid=7667370403276413&set=a.542940119052846&locale=pt_BR> Acesso em: 31 jan. 2024.


         “A Botija” portanto, apresenta em sua narrativa cenas do cotidiano de Banabuiú, desenvolvendo um trabalho sério, porém a diversão, as risadas e a nostalgia não poderiam faltar enfatizando os acontecimentos e memórias do povo do município de Banabuiú.


6 CONSIDERAÇÕES FINAIS


Acredito que ao finalizar esta pesquisa por meio de fontes do tipo bibliográfica espero ter respondido aos questionamentos como base do estudo exploratório sobre o Município de Banabuiú no Estado do Ceará.

Além dos aspectos naturais, físicos, geográficos, políticos, etc., que o lugar apresenta, o patrimônio imaterial dos teatros de bonecos que fizeram parte desta narrativa, marcaram fortemente o desdobramento deste estudo, tendo em vista a minha relação pessoal com alguns agentes pesquisados.

Diante dos achados encontrei personalidades que narram suas histórias sem ao menos ter noção do que seja conhecimento acadêmico, mas impressionam pela simplicidade nas lutas frente ao resgate da cultura local, preservando o afeto, o legado de pai para filho, onde as memórias e saberes ancestrais resistem ao tempo em meio às adversidades envergonhando nossas consciências.

Cabe-nos, enquanto sociedade “intelectualmente constituída” buscar uma aproximação desse bem; A disseminação desses saberes, no contexto literário precisa incentivar, divulgar, cuidar e valorizar o patrimônio cultural de Banabuiú, que de brincadeira nada tem; quando brincadeira é coisa séria a representatividade das tradições do Teatro de Bonecos Popular merece ser aplaudida.

Portanto, muito me engrandece a experiência dentro desse recorte pesquisado, pois pretendo buscar mais experiência e aproximação entre a literatura e a realidade vivida pelo povo banabuiuenses.

Assim, agradeço a oportunidade para representar o município de Banabuiú, como fase de admissão nesta conceituada Academia de Letras dos Municípios do Ceará - ALMECE, pois espero ter contribuído também para homenagear ao povo de Banabuiú, que com suas lutas têm desenvolvido o seu potencial acolhedor, empreendedor e criativo ressignificando a história do sertão central cearense.

BIBLIOGRAFIA


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SITES


BARBOSA, E.B. Ateliê Eco ARTE em Desdobramentos Sustentáveis: oficina  de Boneca Abayomi como prática educativa no ensino fundamental. 2020. 62 f. Trabalho de Conclusão de Curso. Graduação  em  Licenciatura em Artes Visuais, UECE. Fortaleza, 2020.

Disponível em: https://siduece. uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=98097>Acesso em: 31 jan. 2024.


BARBOSA, Eliane Batista. Ateliê Eco Arte e a dinâmica dos resíduos sólidos: Uma ação interativa entre a arte e a responsabilidade socioambiental. In:  XXII Semana Universitária. Anais. Fortaleza. UECE, 2017.

Disponível em: 

https://semanauniversitaria.uece.br/anais/paginas/trabalhos.jsf> Acesso em: 31 jan. 2024.


BARBOSA, Eliane Batista. Blogspot. Eco Arte Lia Batista. 2013.

Disponível em: https://ecoarteliabatista.blogspot.com/> Acesso em 31 jan. 2024.


BARBOSA E.B. “Elas” por Lia Batista. Revista Interagir.(Centro Universitário Christus) ano XIII, mar. 2017, n. 96 como colaboradora na publicação do e ano XIII, mar 2017 n. 96.

Disponível em: <https://issuu.com/unichristus/docs/revista_interagir_96>Acesso em: 31 jan. 2024.


BARBOSA, Eliane Batista. Museu do Caju do Ceará: A ressignificação da carga simbólica entre a arte contemporânea e a responsabilidade socioambiental. In: XXIV Semana Universitária. Anais. Fortaleza, UECE, 2019.

Disponível em: https://semanauniversitaria.uece.br/anais/paginas/pesquisa.jsf> Acesso em: 31 jan. 2024.


BARBOSA, E. B. et al. Práticas Vivências do Curso Técnico em Multimeios Didáticos. Revista Interagir (Centro Universitário Christus) ano XII, jun 2016, n. 9.

Disponível em: <https://issuu.com/unichristus/docs/revista_interagir_93> Acesso em: 31 jan. 2024.


BARBOSA, Eliane Batista. Utilização de Óleo de cozinha na conscientização ambiental: o caso do Estágio Supervisionado em uma escola de Ensino Fundamental no município de Maracanaú-CE. In:   XXIV Semana Universitária. Anais. Fortaleza, UECE, 2019.

Disponível em: <https://semanauniversitaria.uece.br/anais/paginas/pesquisa.jsf>

Acesso em: 31 jan. 2024.


CEARÁ. Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (2023). Mapa Cultural do Ceará Disponível em: <https://mapacultural.secult.ce.gov.br/agente/69337/> Acesso em 01 fev. 2024.

  ANEXO


Bandeira de Banabuiú



Banabuiú – Wikipédia, a enciclopédia livre

Fonte: Imagem de internet (2023).

Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Banabui%C3%BA#/media/Ficheiro:Bandeira_de_Banabui%C3%BA.jpg> Acesso em: 17 out. 2023.


Prefeitura Municipal de Banabuiú.


Fonte: PMB (2023).

Disponível em: < https://www.banabuiu.ce.gov.br/informa.php?id=205> Acesso em: 31 out. 2023.




BANARTES-Feira de Arte de Banabuiú (2019).


Banabuiú comemora Banartes 2019 com multidão, grandes bandas e segurança  reforçada | Monólitos Post

Fonte: Internet (2023).

Disponível em: https://www.monolitospost.com/2019/07/15/banabuiu-comemora-banartes-2019-com- multidao-grandes-bandas-e-seguranca-reforcada/ Acesso em: 17 out. 2023.


Companhia de Teatro Cotinha (2020).


Grupo de Teatro realiza vaquinha solidária para construção de equipamento  cênico em Banabuiú-CE - Verso - Diário do Nordeste

Fonte: Diário do Nordeste (2023).

Disponível em: <https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/verso/grupo-de-teatro-realiza-vaquinha- solidaria-para-construcao-de-equipamento-cenico-em-banabuiu-ce-1.2977559> Acesso em: 17 out. 2023.



Fonte: PMB (2023)

Disponível em: https://www.banabuiu.ce.gov.br/informa.php?id=310 Acesso em: 17 out. 2023.


  Bonequeira Vó Luiza, (cumade Digô) 98 anos na TV Diário (2019).


Fonte: Acervo pessoal (2019).



Programa na TV Diário


Fonte: Acervo pessoal (2019).



Produção de bonecas às vésperas dos 100 anos.


Fonte: Acervo pessoal (2024).




domingo, 17 de março de 2024

DISCURSO DE POSSE -ALMECE-ACADEMIA DE LETRAS DOS MUNICÍPIOS CEARENSES




DISCURSO DE POSSE - CADEIRA 124. MUNICÍPIO DE BANABUIU


SAUDAÇÕES


Excelentíssimo presidente da Academia de Letras dos Municípios Cearenses, Francisco de Assis Clementino Ferreira (Tizin), em nome do qual saúdo aos demais membros desta conceituada Arcádia. 

Excelentíssimos presidentes das demais Academias de Letras, confrades, confreiras e demais representantes de instituições aqui presentes.


AGRADECIMENTOS


           Permitam-me fazer um agradecimento especial a confreira Oneida Pontes que me apadrinhou nessa jornada acadêmica e a amiga Lucimeire Marques que colaborou com minha monografia.

            Minha mãe, que é meu maior exemplo de resistência, a Vó Luiza, prestes a completar 100 anos e que não pode estar presente devido à sua dificuldade de locomoção, ao meu digníssimo esposo, meus filhos, família e amigos presentes.


         Nesse momento, dia 16 de março de 2024, em que tomo posse nesta Academia de Letras dos Municípios Cearenses, reporto-me à memória do meu saudoso pai, Amadeu Correia Batista, que hoje completa exatamente três anos de seu retorno ao seio do Pai Eterno. 

         Com ele aprendi as primeiras letras desenhadas em papel de enrolar pão. Criado sem pai e de família humilde, a princípio, homem de poucas letras, artesão, militar de carreira e autodidata em muitas áreas, me ensinou o valor da vida, os princípios éticos, morais e cristãos. 

          Com dois dedos, quando eu ainda na adolescência, me ensinou a manusear a máquina de escrever, bordar, tecer, além de outras tantas atividades naquele laboratório chamado lar, onde o afeto e a união eram os valores primordiais. 

      Ao passar muitos anos, eu como “eterna aprendiz” pude passar para o computador e registrar seu sonho literário, acompanhando todo o processo da obra intitulada “Reino Milenar de Cristo”, resultado de 50 anos de estudos das Escrituras Sagradas. 

       Hoje dedico esse momento ímpar a ele, cheia de orgulho, pois o terei sempre como minha maior referência de vida.  

       E é com muita honra que, mesmo sem ter literatura publicada ainda, sinto-me premiada e abençoada por Deus e por todos dessa Arcádia, pela oportunidade de me incluir como parte da família ALMECE, sobretudo para ocupar a cadeira de número 124, referente ao Município de Banabuiú-CE, no qual tenho como parente por afinidade, a minha sogra a artesã Vó Luiza (DIGÔ) nascida em Banabuiú.

    Conheci Vó Luiza trabalhando com retalhos e fazendo histórias; E eu quero a partir de hoje ser incluída como um desses retalhos nesse silogeu, para aprender, ressignificar, compartilhar saberes, afeto e dores, enriquecendo nossos valores humanos, coletivamente para construirmos novos caminhos, sonhos de vida em prol de uma sociedade mais sustentável, justa e igualitária e são nesses retalhos  e tessituras que tão bem registra a escritora e educadora Cris Pizzimenti, em sua poesia:


"SOU FEITA DE RETALHOS"


“Pedacinhos coloridos de cada vida que passa pela minha e que vou costurando na alma.
Nem sempre bonitos, nem sempre felizes, mas me acrescentam e me fazem ser quem eu sou.
Em cada encontro, em cada contato, vou ficando maior…
Em cada retalho, uma vida, uma lição, um carinho, uma saudade…
Que me tornam mais pessoa, mais humana, mais completa.
E penso que é assim mesmo que a vida se faz: de pedaços de outras gentes que vão se tornando parte da gente também.
E a melhor parte é que nunca estaremos prontos, finalizados…
Haverá sempre um retalho novo para adicionar a alma.
Portanto, obrigada a cada um de vocês, que fazem parte da minha vida e que me permitem engrandecer minha história com os retalhos deixados em mim.
Que eu também possa deixar pedacinhos de mim pelos caminhos e que eles possam ser parte das suas histórias.
E que assim, de retalho em retalho, possamos nos tornar, um dia, um imenso bordado de "nós".”

Autora: Cris Pizzment

E é assim que chego aqui na família ALMECE, como mais um retalho colorido para continuar esse bordado, costurando nossa grande colcha com retalhos literários.


CONCLUSÃO

Portanto, quero deixar meus sinceros agradecimentos, aos nossos familiares que nos deram força para continuar, aos presentes, ao Excelentíssimo Senhor Presidente e demais autoridades acadêmicas.

Ao nosso Deus Todo Poderoso, que Ele nos faça trilhar pelas veredas da justiça, do conhecimento e da reciprocidade em prol de uma sociedade mais igualitária e humana. 

E saibam que este momento não é uma posse, mas, sim, o começo de uma nova jornada, um novo ciclo. 

Pois, o sucesso não acontece por acaso, não é coincidência, muito menos sorte. Mas uma sucessão de esforços, muitas doses de paciência, depois de alguns percalços. 

Quero aqui parabenizar a minha colega Célia Leite, que também recebe essa missão acadêmica, te desejando muito sucesso nessa nova jornada.


O meu muito obrigada!

Por Lia Batista


Fonte: 


Pensador- Sou feita de retalhos. Cris Pizziment. E

Disponível em: https://www.pens ador.com/frase/MTk5NTA1Mg/> Acesso em: 10 mar 2024.

Eco arte Lia Batista.

Disponível em: <https://www.instagram.com/p/C4lZDT9Lw6-/> Acesso em: 17 mar 2024.



domingo, 10 de março de 2024

PRETA


Por Lia Batista


Sou uma mulher de cor

Tenho orgulho de quem sou

Me vejo como linda, 

Pois linda sei que sou 

Tenho cabelo plumado 

Com pontas duplas de amor 

Sou preta energizada 

De negritude e valor 

Por Deus abençoada 

Afrodescendente sou. 

Essa pele aveludada

Iluminada eu sou

Com tamanha reluzência 

Estendida à minha cor 

Tenho orgulho de mim mesma 

E é assim que preta sou.


Fonte: 

BATISTA, Lia. Poemas sutis/Lia Batista-Fortaleza: RDS, 2024

domingo, 25 de fevereiro de 2024

Xlll COLETÂNEA ALMECE





 


Neste 17 de feveverito de 2024 a ALMECE- Academia de Letras dos Municípios Cearenses aconteceu o lançamento da coletânea com título:" A Cultura e Sua Relação com as Temáticas Ambientais de Preservação da Natureza"
Tema bem oportuno sobre sustentabilidade e as questões ambientais e tudo que nos inquietam e preocupam. 

Para mim enquanto artista visual, empreendedora, pesquisadora e ambientalista a mais de 10 anos foi uma honra marcar presença nessa antologia, com  uma prosa com o título: "Ateliê ECO Arte: Espaço de Criatividade Feminina Sustentável"  onde descrevo minhas experiências com os resíduos sólidos em desdobramentos sistentáveis por meio da arte.

Há mais de dois anos venho me debruçando intensivamente na escrita criativa,  com incentivo de algumas amigas escritoras como a querida, Oneida Pontes da ALMECE e a cordelista Ivonete Morais, aqui de Fortaleza.

Como sempre gostei de desafios,  participei de alguns concursos culturais chegando a ganhar alguns concursos de poemas, (o primeiro com apenas 19 anos) não tive dificuldade em enveredar também por esse caminho fascinante, como "eterna aprendiz".

Após alguma reuniões na ALMECE fui convidada a também colaborar com essa obra fantástica, que por coincidência,  logo na primeira reunião na qual participei  foi apontado como tema as questões ambientais e seus desdobramentos.


A obra contou com acompetência do organizador Confrade Bernivaldo Carneiro que conduziu o trabalho com maestria durante 7 meses, sobretudo a encaminhou para processo editorial e gráfico que trabalho desse nível exige. 

Para a publicação  a ALMECE contou com a editora a Valleti Books de Botucatu/São Paulo só para enfatizar, o livro é encantador... não é só uma capa bonita!

O lançamento presencial aconteceu dia 17 na Academia Cearense de Letras com a presenças de autoridades acadêmicas, autores e mais de 100 convidados; já o lançamento virtual dia aconteceu dia 23 do corrente mês por meio de live, também pela editora VALLET BOOKS em seu canal no Youtube.

Diante disso quero parabenizar aos 45 autores, e toda a equipe envolvida e  agradeço pela oportunidade a mim franqueada para colaborar com essa obra de tema tão relevante na contemporaneidade. 

Acredito que o conteúdo de alto nível servirá como fonte de pesquisa para alunos em todas as etapas, sobretudo sirvirá de conscientização da sociedade como  contribuição de acões coletivas e  individuais rumo a sustentabilidade ambiental para a preservação dos nossos ecossistemas desse planeta chamado terra como herança bendita para as futuras gerações. 

 
SAIBA MAIS:


ALMECE. Academia de Letras dos Municípios Cearenses. 
Disponível em: https://almece.webnode.com.br/.Acesso em: 25  fev. 2024.

VALLETI BOOKS.
Disponível em: https://www.valletibooks.com.br/livros. Acesso em: 25 fev. 2024.

Instagram: Disponível em: https://www.instagram.com/p/C3oGXEvrl39/. Acesso em: 25 fev. 2024.


terça-feira, 26 de dezembro de 2023

EXPOSIÇÃO CAJU COLAGEM


A série Caju colagem de minha autoria é uma série de 19 obras tamanho A4 que está exposta e faz parte do acervo permanente  da Pinacoteca do Museu do Caju do Ceará para quem quiser apreciar.

A coleção faz alusão a cultura do caju  em um diálogo poético com a cultura nordestina e brasileira.

Além do uso das imagens do papel na produção  artística há também aplicações de imagens impressas em tecidos com padrões diferentes, miniaturas dos folderes de divulgação do  próprio museu do caju, rótulos de garrafas de cajuínas e impressões retiradas da internet.

Não foi fácil produzir esta série, sobretudo que imagens de caju nos impressos de revistas ou jornais eram difíciceis de encontrar.
Passei 25 dias de intensa garimpagem para finalizar essa produção.

FACETAS DO CEARÁ

Este ano tive a honra de ser selecionada pela curadoria do concurso cultural do Palco Vida e Arte onde fiquei entre os 50 artistas visuais vencedores. O concurso  ´foi uma iniciativa da Fundação Demócrito Rocha e do Vida&Arte.

Nessa exposição você vai conferir  a criatividade dos artista sobre as "facetas do Ceará", tradições, pertencimento, sol, mar, sertão e sua diversidade. 


Fiquei muito feliz em ser premiada com uma assinatura digital do Jornal O Povo, um jornal que continua inovando e trazendo com seriendade de sempre informações de qualidades ao seus 95 anos de criação. 
Além disso as obras estã a disposição para serem apresciadas virtualmente no site da Fundação Demócrito Rocha.

De antemão convido você a apreciar nossa exposição clicando no link abaixo:























 

terça-feira, 28 de março de 2023

Exposição coletiva "O Sagrado Feminino"

 


Imagem: Clau Lima Fotografia-mar.2023




Por ocasião do dia Internacional da Mulher o Projeto Entre Nós, sob a curadoria da artista visual/ expografia de Anete Mendonça. O evento  aconteceu no SESC-Centro?FECOMÉCIO/Senac-CE a Exposição coletiva  "O Sagrado Feminino", na rua @4 demaio 692, no Centro de Fortaleza-CE. A esposição ficará em cartaz de 11 março a 14 de abril.


O eixo  da exposição tem como obetivo principal homenagear a mulher em toda a sua plenitude tendo em vista que lhe é concedido o dom divino, a responsabilidade de gerar,  acolher e perpetuar a espécie humana.





                                                     
                                                                     Artistas presentes

Imagens: Paulo Henrique-mar. 2023.


Tive a honra de fazer parte da exposição que contou com dezoito artistas mulheres dos variados estados brasieiros que abrilhantaram com suas poéticas e diversidades de tecnicas de primeira linha, desde a arte clárissa à contemprânesa, além contar com a apresentação dos músicos integrantes da @camerataheitos, secretário de cultura de Fortaleza e demais visitantes.

Em auto astral a exposição foium sucesso, muito amor e dedicação da equipe do Sesc e doProjeto Entre Nós.

Parabéns a todosos envolvidos!

Saiba mais:

Projeto Entre Nós

Disponível em: 

https://www.instagram.com/ecoarteliabatista/. Acesso em: 28 mar 2023.

https://www.instagram.com/p/CpVUi5srGfT/. Acesso em: 28 mar 2023.

https://www.instagram.com/anete_mendonca/. Acesso em: 28 mar 2023.






quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

ARTÍSTA PLÁSTICA LIA BATISTA-10 ANOS DE POÉTICAS VISUAIS


Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Wwc9VlpEh30
. Acesso em: 32 mar 2023.


Em 2013 após algumas mudanças importantes tentei ressignificar minha vida pessoal e profissional. Do área têxtil com moda e acessórios femininos, uma vida competitiva, agitada e concorrida por mais de 25 anos, momentos de reflexões, anciedade vieram me sacudir; dai mergulhei em um outro segmento.

Após uma oficina de pintura em tela no Centro Cultural Bom Jardim em novembro de 2012, outras alternativas vislumbrei. Descobri que o meu remoto sonho de trabalhar com arte começava a se apresentar de forma mais concreta.

Sempre tive aptidão para trabalhos manuais, sobretudo devido ao convívio e por pertencer a família de artesãos. Desde a infância vivia inserida nas palhas de carnaúba que minha avó trançava, redes de pesca feitas por meu pais, tranças de redes de dormir, bordados, costuras das minhas tias e das mulheres da vizinhança.

Por algum tempo trabalhei com artesanato, pintura em tecido, coisa muito corriqueiras mas que me logrou bons resultados financeiros para uma jovem adolescente sem muitas contas para pagar.

No decorrer dos anos, casei, tive filhos, trabalhei feito gente grande; montei uma empresa de Pequeno Porte (EPP), para trabalhar e produzir artigos do vestuário. 

Foi muito lucrativo... mas os filhos crescem, sua vida financeira se torna mais equilibrada e precisei enveredar por um caminho espinhoso  e desconhecido. Nesse caminho desconhecido, percebi que podia agregar mais pessoas  e ainda trabalhar as questões ambientais. 

Com o incentivo dos filhos e do marido voltei para a sala de aula e fui fazer cursinho prepearatório para o ENEM. Após ganhar alguns concursos culturais em um supermercado, me empolguei e fui para  a salade aula.

De certo é que após 32 anos fora de sala de aula fiz um curso técnico e em seguida ingressei na UECE (Universidade Estadual do Ceará, 2017) no curso dos meus sonhos-Licenciatura em Artes Visuais. Conclui  o curso com classificação máxima, e ainda levei a minha vivência artística para compartilhar no Campus, já que minha vivência artística era trabalhar a conscientização ambiental atravél da poética visual,com o lixo reciclável. 

Durante todo esse período acadêmico passei a experimentar novos desdobramentos e minha vida mudou da "água para o vinho". A arte comtemporânea me encanta. 
Dai passei a aprofundar minhas pesquisas, antes empíricas, agora para o campo acadêmico, o qual me trouxe mais bagagem para essa nova jornada, para além do da arte clássica, renascentistas e metodologias pré estabelecidas no ensino de arte. A prática socioambiental adentravam minhas narrativas para dialogar com a problemática ambeintal. 


Nesse vídeo acima apresento o resumo do que foi essa trjetória de cores, linhas, perspectivas, testuras e suportes no decorrer desse 10 anos, junto a crianças, jovens adultos e idosos; Viagens, palestras, escutas,lagrimas e sorrisos. 

Tembém explicita a várias manifestações artística nas quais utilizei para ressignificar epartilhar meu encantamento nos mais variados aspectos, social, ambiental, cultural e histórico.

Uma maratona a cada dia e muita gratidão ao público que me consagrou, afinal quem quem consagra o artísta é seu público. Estou muito feliz por essa jornada!

Espero que gostem.

Abraço,

Lia Batista.






EMPREENDENDO COM O "LIXO" AUTOMOTIVO

A VERDADEIRAA HERANÇA ANCESTRAL

Título: Lavadeiras Acrílico S/ eucatex- 2014 Artista: Lia Batista Tamanho: 40x60cm Imagem: Disponível em:  https://br.pinterest.com/pin/5559...