Autoria: Lia Batista
Querida Fortaleza, lugar onde nasci
Repleta de belezas, terra assim nunca vi;
Cidade de Iracema é Alencar quem nos diz
Índia dos lábios de mel, com um olhar bem feliz.
Tuas praias são tão belas, que convidam á ficar
Pisando na areia, vendo a onda molhar;
A barra da minha saia, percebo o seu bailar
Ao som de muitas águas, que venho apreciar.
Nessa terra tem sereia, tem também Iemanjá
Tem turista, tem cultura e também Dragão do Mar;
Tem o Mercado Central e favelas pra se morar
O caranguejo na quinta, para o povo degustar.
Na lambança do pirão é preciso se cuidar
A lagosta tá na mesa e é camarão pra danar;
Tem cajuína gostosa, água de côco à tomar
Tem castanha bem dourada, para o turista levar.
Tem humor por toda a parte, pra gargalhar e ssorrir
É risada o tempo todo, que o mundo quer ouvir
Tem verso, prosa na rua, Cordel para se colorir;
Um povo bem criativo, cheio de amor a florir.
O pescador com sua vela, no Mucuripe a buscar
Ao som do vento forte, que impulsiona ao soprar
Em um momento oportuno, seu peixe vai fisgar ;
Para o pirão escaldado, feito com frutos do mar.
Pela manhã ele chega, logo ao raiar do sol
Despesca toda a fartura, da rede ou de um anzol;
Nessa poética singela, da cor de um girassol
Que Fortaleza pulsa, de noite ou ao pôr do sol.
Parabens, Fortaleza pelos seus 299 anos!
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