Como não é de hoje
o ensino a distância traz sempre suas provocações na sociedade. Desde as
primeiras possibilidades de aprendizagem, que segundo Pelli e Vieira (2018), a
educação a distância pode ter se iniciado por ocasião das cartas do apóstolo
Paulo “para os cristãos da Ásia Menor”, no século I d.C.
De certo é que com
a evolução dos tempos, a criação da imprensa, rádio, TV e internet verificou-se
a necessidade pela busca de alternativas fora da sala de aula convencional,
assim também se procedeu no ensino de artes.
Para Bertollete
(2012), foi verificado a necessidade de um conhecimento maior no campo das
tecnologias digitais para se compreender como as relações do ensino de arte
podem ser aplicadas e analisadas dentro do contexto da cibercultura.
Como as
Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC) se faz presente no
cotidiano das sociedades, “Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais
de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética
nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares)” (BNCC, 2018 p. 9), portanto
significa que o professor de arte também deve se apropriar dessas
prerrogativas.
Toda
via é de suma importância que o ensino de artes esteja devidamente adaptado ao
uso dessas ferramentas, já que os educandos estão, hiperconectados aos
aparelhos tecnológicos digitais e sejam instigados às atividades dentro das
plataformas ou de forma híbrida, síncronas ou assíncronas, coletiva ou individual.
Nos últimos meses
por ocasião da pandemia da COVID 19 e o isolamento social todos os profissionais tiveram
que se reinventar, e na educação não foi diferente. Os alunos vislumbrados por
novas metodologias de ensino e o professor acostumado na sua rotina de trabalho,
a mudança foi brusca e traumática para ambos e a duras penas tiveram que “pôr a
mão na massa” e descobrir novos caminhos.
Cada
um em sua casa com auxílio das famílias, o sistema remoto de ensino foi a opção
para atender a demanda pedagógica via ferramentas e plataformas que os
ajudassem no desenvolvimento das aulas, no compartilhar de conteúdos e demais
materiais didáticos.
Nesse sentido há
uma imensa gama de aplicativos que possibilitam ao professor de artes visuais utilizá-los
com total segurança, pois permitem a criação de salas de aulas remotas e tenham
uma boa performance, inclusive podendo ser integradas ao Google, maior rede
mundial de buscas na internet.
A maioria desses recursos são bem intuitivos, muitos com versão gratuita. Para Sousa (2020),
Existem dez aplicativos seguros para compartilhar
conteúdos até mesmo até mesmo via (iOS) Androides. São eles: “ClassDojo: Sala de aula e Casa, Microsoft
Oficce/PDF Scan, Canva, Google Classron, TED, Clip Escola, Google Tarefas,
Box-CloudContent Manangent, Documentos Google, Packet” e “Duolingo” (SOUSA,
2020) esse último para aulas línguas.
Em época de aulas remotas a eficácia de um novo
modelo pedagógico inclui robotização, gameficação, sistema de avaliação online, inclusive com recursos para estudantes com necessidades especiais no uso da
Língua Brasileiras de Sinais (LIBRAS) e Braile, além de sistema de tutores
inteligentes no intuito promover o engajamento dos alunos.
Segundo Contente (2020), o Google disponibiliza 52
aplicativos para os mais variados fins, onde é possível organizar tarefas que
podem ser feito armazenamento e salvo em nuvens por parte do usuário podendo
ser editado, compartilhado simultaneamente, online ou off-line com outros usuários.
No Google Classroon (Google sala de aula), por exemplo, o professor
pode estruturar, customizar e gerenciar a sala de aula virtual de forma
interativa com textos, vídeos, aplicativos de imagem, apresentação, planilhas,
calendário, agenda, avaliações, fóruns, etc., podendo ser compartilhado de maneira
síncrona ou assíncrona, via computador, tablete ou Smartfones com qualquer aluno,
em qualquer lugar a qualquer hora, desde que seja convidado e esteja vinculado
ao projeto, via conta de Gmail.
Além disso os educandos podem ser conduzidos a
visitação virtual de bibliotecas, museus, dentre outros e ainda produzirem
conteúdos em plataformas de audiovisual como o You Tube com liberdade para
editar, inserir textos, emotions, recortar, colar, inserir sons e efeitos nas atividades
pedagógicas propostas na sala virtual. Ou seja as aulas de artes visuais serão
mais dinâmicas e criativas para um diálogo com, e entre as diversas linguagens
artísticas, como: desenho, pintura, música, teatro, fotografia, dança etc.,
sendo possível o aluno produzir interdisciplinarmente seu próprio conhecimento, em uma espécie de sala de aula invertida, tornando-o mais reflexivo, crítico e autônomo podendo recorrer ao professor quando necessário via aplicativos ou
a tutoriais na internet para tirar dúvidas.
Já o Google Meet é um sistema gratuito utilizado por
escolas e empresas na transmissão ao vivo, pode agregar um número de até 250
participantes internos ou externo e tem um alcance de até “100 mil espectadores
no próprio domínio” (VÍDEOSCHAMADAS, 2020). Este recurso é disponibilizado para
reuniões, videoconferências, ensaios e apresentações musicais, peças teatrais
etc., ao vivo ou ainda com possibilidade de armazenamento no em nuvens ou para compartilhar
em redes sociais ou não.
Com a imensidão de recursos, a aula de artes fica
mais condizente com a realidade do isolamento social, em caráter de emergência
sem que os alunos de dispersem desde que tenham as condições mínimas tecnológicas
necessárias e internet acessível para seu aprendizado, além da criatividade do
professor no engajamento dos alunos nos projetos.
Com a democratização das redes sócias como
Instagran, WhatsApp, Telegran, dentre outas é bem maior a integração por parte da
sociedade, sobretudo na forma de ultrapassarmos as fronteiras geográficas para
vislumbrar outros mundos no tocante a divulgação de informações e comunicação.
Com isso a aprender com outras experiências via os aplicativos facilitou a vida
de quem busca potencializar saberes.
A Educação
4.0 implica em uma relação mais intimista com a criação e difusão de conteúdo
de um fazer manual, próprio das artes visuais por meio das TDCS. Para Silva (2020),
“a educação 4.0 irá mudar o modo como aprendemos, sendo mais do que nos basearmos no conceito de learning by doing (aprender fazendo), atualmente conhecido como a educação do futuro, em que o processo de ensino-aprendizagem deve passar a ocorrer “colocando a mão na massa”, por meio de experiências, testes e projetos.
A aprendizagem
dessa maneira pode ser um divisor de águas como difusor de conhecimento entre
prática e teoria para aprendizes contemporâneos de todas as idades, em que a
produção artística estará intrinsecamente integrada a sensorialidade, a
capacidade de “Ler-Fazer-Contextualizar” (RIZZI; SILVA, 2017, 223), remotamente. E nesse sentido é que as alternativas de
agora por diante devem percorrer para melhoraria da relação com as vivências pedagógicas
em sala de aula inclusive no ensino de artes em que a criatividade do aluno o
fará protagonista do processo de ensino-aprendizagem.
Como citar: BARBOSA, Eliane Batista. Aulas remotas no ensino de artes em tempo de pandemia. Eco arte Lia Batista, 2020.
Este artigo é parte das atividades propostas pela disciplina de Estágio IV da Aluna Eliane Batista Barbosa-Graduanda em Artes Visuais-UAB/UECE-Maracanaú-CE.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de
Secretários de Educação – CONSED. União Nacional dos Dirigentes Municipais de
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Disponível em:
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(Udesc). In. V Ciclo de Investigações do PPGAV-UDESC. Santa Catarina, 3,4 e 5
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Redator Rock. CONHEÇA
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RIZZI, M. C. de S. L.; SILVA, M. da. Abordagem Triangular do Ensino das Artes e Culturas Visuais: uma teoria complexa em permanente construção para uma constante resposta ao contemporâneo. Revista GEARTE, Porto Alegre, v. 4, n. 2, p. 220-230, maio/ago. 2017. Disponível em: <http://seer.ufrgs.br/gearte> Acesso em: 03/09/2020.
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VÍDEOCHAMADAS, prêmium. Agora Gratuitas para todos.
Disponível em: < https://apps.google.com/meet/> Acesso em: 03 set 2020.
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