sábado, 29 de julho de 2017

ELEMENTOS DA LINGUAGEM VISUAL


Tela Mista - Imagem: Lia Batista



Desde a pré-história que a linguagem visual faz parte do cotidiano na comunicação da humanidade possibilitando uma descoberta de elementos composicionais que isolados podem não ter muito sentido, mas quando juntos representam bem mais que uma diversidade de formas ao universos que visualizamos e por meio desses conteúdos que identificamos a criatividade dos profissionais e artistas para seus trabalhos dentro da linguagem visual.

Para compor esses trabalhos criativos, dá formas visuais o homem utiliza elementos dos mais diversos. E como percebemos através da história, a arte rupestre manifestava sentimentos e a cultura de uma determinada sociedade e era por meio desses elementos da linguagem visual que esses registros eram feitos em rochas e se perpetuam até hoje em diversos sítios arqueológicos mundo a fora. Dai a importância de conhecer um pouco sobre os elementos composicionais da linguagem visual. Assim temos a consciência de que estes são constituídos por uma gama de associações, formas e conteúdos: Podemos destacar: o ponto, a linha, o espaço, a superfície, o plano, a cor, o volume, a luz. Logo com essa possibilidade de associação entre esses elementos a criatividade dos profissionais e artistas passa a ser aflorada e diversificada. 


PONTO-Pode-se considerar um ponto como o elementos mais importante, pois é através dele que se começa e finaliza todo e qualquer "demarcação" na comunicação gráfica ou visual, portanto ele está presente em qualquer tipo de escrita, no desenho na pintura, nas artes digitais, etc.

LINHA - Este elemento trata-se da junção de vários pontos unidos, que podem ser apresentados em formas, tipos, dimensões e espessuras diferenciadas, provocando uma sensação diferente para o observador.

Diversos tipos de linha:



TRAMAS AVULSAS
Por Lia Batista/2017


Tela em acrilico 2cmx30cm


RETA - Este tipo de linha dá a impressão de   rigidez, dureza, firmeza e se apresenta de contínua;

CURVA - Trata-se de uma linha que sugere ondulações e pode apresenta-se em formas suaves ou sinuosas;

VERTICAL - É muito utilizado em muitas obras de arte como expressão de espiritualidade e elevação, pois indica equilíbrio;

HORIZONTAL - Este indica repouso;

INCLINADA - Indica equilíbrio; 

QUEBRADA - Indica movimento;

ONDULADA - é um tipo de linha com aspecto curvilíneo;

ESPIRAL - Indica movimentos envolventes que podem partir de um ponto central para fora ou vice e versa;

Já as FIGURAS podem se apresentar de forma simples como um círculo, triângulos podendo chegar às mais complexas, quando agregadas à cores, texturas, papeis, recortes etc.;


Já a TEXTURA  é um elemento bem explorado na arte, pois provoca elevações em determinadas superfícies e pode ser aplicadas à esculturas, na pintura, embora no desenho nem sempre é possível fazer efeitos de elevações relevantes. 

A COR- Este elemento é essencial na linguagem visual, pois é por meio dele que somos influenciados comportamentalmente quanto a sensações e a transmissão de mensagens. Por está presente no cotidiano, tem significados e nomenclaturas simbólicas que inspiradas na natureza chegam a interferir nas sensações humanas e nesse contexto, surge uma grande variedades de cores,sendo as primárias e as secundárias suas variantes nessa figura abaixo: 
Só para enfatizar: As cores complementares não possuem afinidades com outra no círculo cromático, sendo pois, usadas para chamar atenção, porém quando misturadas perdem o valor chamativo e tornam-se na tonalidade cinza escura. Já, as cores quentes  são assim consideradas por causarem sensações de temperatura elevada ao olharmos, devido a aparência de calor, luminosidade, vivacidade e alegria: São elas: vermelho, laranja e amarelo, podendo ser matizadas dando a impressão de fogo e sol ardente; Enquanto as cores frias remetem sensações de tranquilidade, tristeza, paz, calma, afastamento e serenidade. São apresentadas em tons azulados, esverdeados e violetas e estas podem lembrar o mar, o gelo e a água quando misturadas.

ESPAÇO: De acordo com Oliveira e Nascimento (2010), este é percebido ao nos relacionamos conscientes ou inconscientemente com o nosso ambiente ao realizarmos os movimentos, logo temos a percepção pela delimitação  dos percursos aos quais dispomos. Dessa forma, podemos perceber melhor os espaços ou vazios, disponíveis ao nosso redor de acordo com as "expressões de nossas experiências cotidianas".

SUPERFÍCIE: Corresponde ao suporte ao que pretendemos utilizar para nossos trabalhos artísticos, sejam na pintura, como a tela, o papel, a parede, um tecido; o cinema, imagem, monitor; o próprio corpo, no caso do tatuador, etc. Esta deverá apresentar um limite, um contorno ou uma "massa visual" para a organização e delimitação do trabalho artístico a fim de facilitar a aplicação das cores e a percepção visual.









Fonte:


Fonte:
http://worldartsme.com/3d-shape-of-a-volume-of-clipart.html#gal_post_99781_3d-shape-of-a-volume-of-clipart-1.jpg

VOLUME: Este apresenta-se dentro de um espaço onde existe massa ou peso, densidade e dimensões como largura, altura e profundidade, além de saliências podendo ser percebidos virtualmente, como nos gases, líquidos e luzes. Estes podem se expressar em forma de luz, escuridão, cores em tons e claro escuros.

 
PERSPECTIVA: Refere-se a profundidade linear e atmosférica dos objetos onde todos os partem de um ponto único e é realizada por linhas aparentes em diagonais que convergem para  um ponto de fuga criando na pintura ou no desenho dimensões de distanciamentos e profundidades, que com utilização das cores dão a impressão de volume.
LUZ - Esse elemento da composição visual eu considero dos mais importantes, pois é um divisor de águas entre dia e noite, luz e trevas onde a a "simbologia mistica" rende muitas conversas desde a antiguidade.
"A representação da luminosidade rendeu alguns dos mais tocantes momentos das artes. Foi responsável pelo delicado chiaroscuro da Monalisa de Leonardo, assim como pelos profundos retratos de Rembrandt.Nas obras destes artistas, a luz parece retirar a figura das trevas como Orfeu trouxe Eurídice do Hades" (WERNER, 2017). 
Assim, a luminosidade que há a ao nosso redor de acordo com Werner, depende de três fatores. "A intensidade da luz, a capacidade reflexiva do objeto e a translucidez do meio onde a luz percorre até chegar aos nossos olhos". 

SAIBA MAIS!

AULA DE ARTE:




segunda-feira, 5 de junho de 2017

Quem somos?





Com tanta turbulência no contexto político nos últimos dias decidi protestar de forma pictórica e mostrar que a nossa manifestação precisa ser explicitada de qualquer forma. Com as denúncias e escândalos do mensalão, da operação Lava Jato, na cúpula do governo brasileiro, depois do impeachment da e presidente Dilma Roussef, o golpe se confirma a cada dia.

Diante das circunstâncias resolvi manifesta-me nessa tela em óleo com indagações cujas respostas serão da diante da sua percepção visual. Quem somos mostra a nossa mistura de raças e a beleza de um povo miscigenado deixando de uma variação de culturas que aqui chegaram para promover essa desestrutura genética e cultural com os nativos, ao qual deixou uma característica ímpar de uma beleza estética e uma cultural invejável a qualquer outro lugar do mundo.

Logo, com esses cruzamentos de índios, negros e brancos herdamos além das características físicas a riqueza cultural.  Historicamente os maus hábitos e a ganância, bem como a vontade de invadir o alheio e criar o "tal jeitinho brasileiro" mal visto lá fora, nem sempre dar certo.
De sorte é que a heranças malditas da corrução que se instalou desde a invasão portuguesa até hoje assola nossa terra.

Depois das promessas de que o "Brasil seria o país do futuro", os desmandos e a sujeira dos nossos governantes saíram de "debaixo do tapete" e a cada dia entristece a todos nós. "Aqui fica minha indagação": Quem somos, para onde vamos, e quem seremos? E você que vai visualizar essa obra de arte comece a fazer as suas também, e veja se consegue se sensibilizar e indagar-se, para propor uma resolução a partir de você.

Deus nos ajude e obrigada!

Fontes
Dispponível em:
 <http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/09/torcedora-racista-gremio-diz-que-intencao-nao-era-ofender.html< Acesso em 05/06/2017
http://www.infoescola.com/historia-do-brasil/caras-pintadas/>Acesso em 05/06/2017
http://verdademundial.com.br/2015/09/miscigenacao-os-povos-no-brasil/>Acesso em 05/06/2017

MODELO "T"- TELA ECOLÓGICA



A produção em massa é um sistema característico do Fordismo que até hoje se configura na indústria a fim de aperfeiçoar a Linha de Montagem e produtividade. Com esse sistema a indústria automobilística por meio do Henry Ford, seu idealizador, seguiu a risca a padronização e  mecanização da mão de obra e da atividade produtiva. 

Implantar novas tecnologias na indústria automobilística foi um dos passos mais importantes a qual impactou no aumento da produção e no sucesso que até hoje é seguido pelas grandes indústrias como um todo. Dessa maneira os automóveis alcançaram níveis de produção elevados que impactou em grandes resultados.

 Assim sendo, o movimento das esteiras não era afetado, pois o sistema automatizado era eficiente e prático, podendo ser operado por pessoas pouco qualificadas as quais inseridas nas "estações", podiam executar outras atividades menos relevantes sem afetar a produtividade principal, pois máquinas eram programadas a continuarem no mesmo ritmo.

Dessa maneira, começou o sonho de um garoto, norte americano, Henry Ford que aos 12 anos imaginava que a velocidade poderia dinamizar as estradas e torná-las mais e interessantes. Isso se deu ao conhecer uma composição de trem em Detroit por intermédio de seu pai.

       Segundo, Mansur (2017), “Ford em 1883 a 1887, ao estudar na Detroit Lighting Comapanhy” levou a alugar uma garagem em um lugar afastado para por em prática sua ideias com motor de combustão, com Etanol e Gasolina em vez de debater possibilidades e teorias sobre motores elétricos e a vapor com grupo de estudiosos no assunto.
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E foi dessa forma que surgiu em sua linha de produção, o famoso quadriculo, (na inauguração da sua garagem) com radiador, rodas de bicicletas, motor traseiro de 4 cilindros e essa invenção levou a contratação de Henry Ford pela Detroit Automotive Companhy (SIQUEIRA, 2009).

Mas, o seu maior sonho era construir um carro de corridas para democratizar o automóvel a baixo custo para que todo americano pudesse ter um. E logo, surgiu o "Sweepstackes" com motor 8.8 l cilindradas o qual levou a ser o vencedor da sua primeira competição automobilística. Depois veio o Modelo Ford 999, e consequentemente a criação da Ford.

Em 1908 apresentou o famoso Modelo T, considerado avançado diante das outras marcas e que em apenas 12 meses aproximadamente foram esgotadas as dez mil unidades produzidas. Este foi o primeiro automóvel com direção à esquerda, câmbio de engrenagem, duas marchas para frente, ré e estas para seu devido funcionamento, o freio de mão deveria estar em uma determinada posição; porém o que tinha de mais inovador era o acelerador, onde a alavanca fazia par com outra para regular o motor e devido à aparência de um bigode, no Brasil foi apelidado como de “Ford de Bigode”. (MANSUR, 2017)

Portanto, mesmo com o passar do tempo o “Modelo T” não perde sua graça, sendo a menina dos olhos de certos colecionadores, bem como apreciado por pessoas de todas as idades, classes sociais, e deve ser é por isso que em 1999 foi eleito o “Carro do Século" por um júri de 133 jornalistas”.

 Logo, me inspirando nessa história, tive a ideia de fazer uma homenagem a ele, já que e estamos na Semana do Meio Ambiente aproveito para expor mais essa ideia criativa.

Pintura em técnica  mista, 95x68cm, exclusiva do nosso inesquecível "Modelo T", na cor vermelha, pintada a pincel e espátula com relevos, aproveitando as texturas do material dos “FILTROS AUTOMOTIVOS”, este que costumo trabalhar com muito entusiasmo. 
Boa Semana Verde e muito obrigada!



Por Lia Batista

BIBLIOGRAFIA:

Disponível em: <http://wm1.com.br/cultura-auto/ford-t-primeiro-carro-do-mundo-produzido-em-serie-faz-cem-anos>-Acesso em 02/05/2017
http://www.tecfil.com.br/> Acesso em 02/05/2017
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Disponível em:
Disponível em:

Disponível em: <https://carrosantigos.wordpress.com/category/ford/> Acesso em 02/05/2017
SIQUEIRA, J.P L,; Gestão de Produção
Disponível em:

quinta-feira, 4 de maio de 2017

ENXERGAR O INVISÍVEL


 COLAGEM COM RECORTES DE REVISTAS


COLAGEM COM RECORTES DE REVISTAS


COLAGEM COM RECORTES DE REVISTAS


PINTURA EM TELA-ACRÍLICO

Como enxergar o invisível?

Essa pergunta intriga muita gente com visão fisicamente perfeita, contudo os deficientes visuais sabem muito bem como resolver essa questão. Já que ele não tem uma visão perfeita a sua sensibilidade torna-se mais aprimorada, logo os outros sentidos são responsáveis ela captação precisa da leitura e decodificação dos vários códigos de linguagens perceptíveis, pois enxergar o invisível não é apenas ter olhar o óbvio, é ir além das questões físicas do que se vê, é ir além da dimensão semântica.

Essa dimensão na Sociologia da Arte refere-se a correspondência entre a obra de arte e a sociedade, portanto, ela “torna-se um reflexo do seu tempo” vendo em seu contexto uma figuração mais ou menos fiel  da sociedade a qual pertence. (LANDI, 2017). Dai onde é preciso ir além do olhar desligado e desinteressante para entender que a arte seja ela qual for: música, teatro, artes visuais, dança, literatura, precisam ser, não apenas vista, mas essencialmente enxergada nessas dimensões.

            Diante de tantos questionamentos, enxergar o invisível não é apenas olhar algo é  conduzir-se a introspecção e adotar a prática de observar e propor um diálogo consigo mesmo e com o objeto ou imagem a qual está a contemplar. E essa prática precisa ser exercitada no nosso cotidiano, para que a nossa sensibilidade seja desenvolvida no sentido mais dinâmico e evolutivo. Esse exercício pode ser aplicado a principio à arte desde na infância com o auxilio dos pais ou da escola, depois ser aplicado no dia a dia.

Contudo, pode-se dizer que enxergar o invisível é deixar a imaginação flutuar e experimentar sensações adversas e pessoais que façam você conhecer um mundo desconhecido, o diferente do que se costuma olhar, perder-se, é perceber-se como integrante daquele universo a qual está contemplando. Muitas vezes o que contemplamos não se explica com palavras, mas com sentimentos que vão além das palavras e esse diálogo não precisa ser explicitado, mas apenas ser decodificado por si mesmo.

Para essa abordagem é necessário na maioria das vezes pensarmos diferente, ir além dos conceitos preexistentes e quebrar paradigmas que a sociedade nos impõe. Nesse contexto, enxergar o avesso das coisas e estabelecer novos conceitos e definições. São esses elementos que nos levam a desconstruir o óbvio e encontrar outros caminhos e descobertas mais interessantes e criativas.

Dessa forma as descobertas são sempre bem-vindas, assim como a cronofotografia, uma técnica que leva os artistas e fotógrafos a construírem  suas produções baseadas na sequência de imagens dando impressão de movimentos contínuos,  esta é uma prática secular da fotografia que explora a criatividade de onde  deram origem a imagens cinematográficas. 

E sob essa perspectiva, certos artistas como: Picasso e George Braque, (considerado o pai do cubismo), se utilizaram da destruição da realidade seguindo a próprias imaginação, onde a utilização da liberdade na pintura despertava um novo olhar, um olhar mais instigante sem compromisso com a realidade explicita. Assim, surgiu o cubismo com suas formas retas e dentro da liberdade do movimento artístico da Arte contemporânea. 

Portanto, se a “Arte pela Arte” te propõe a autonomia de quem vê e de quem produz, esteticamente falando, não há o que explicar quanto a análise ou a postura que quem vê, basta contemplar e entender do seu jeito, deixa quem quiser e intrigar-se. E se, “Arte não serve pra nada, a filosofia também não. Exceto como expressão da pessoa que se é, ou seja do homem que se é. O que se segue e importa saber é se o homem serve para alguma coisa.” (FERREIRA, 2017).

Por Lia Batista

FONTES:
Imagens: Lia Batista-
Arte: Lia Batista




LANDI, Marcio-Sociologia da Arte
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

quarta-feira, 3 de maio de 2017

SERRA DA CAPIVARA

  

                                 https://www.youtube.com/watch?v=9576H-X39J8


A Serra da Capivara está localizada ao sul do Piauí no semiárido nordestino. É um conjunto de aproximadamente 737 sítios arqueológico catalogados, considerado o mais importante das Américas. Datado aproximadamente 28 mil anos do presente, representa uma riqueza histórica, pois a diversidade de elementos que abriga o espaço mostra a ocupação do homem pré-histórico de todo o continente americano.  

O local tem cerca de 30.000 figuras coloridas. São imagens temáticas, formas e cores, típicas da pré-história, cujos desenhos pictóricos são feitos em pedras e paredões de rochas.  Os registos relatam o cotidiano da civilização, bem como era a vida dos nossos antepassados. 
As escritas foram traçadas em forma de desenhos que representavam as experiências culturais e sociais daquela civilização, sendo notórias as imagens das caçadas de animais, lutas, peixes, figuras humanas, cenas de sexo, dança, o nascimento, o parto, o sentimento e em fim, a capivara. 

Para nossa preocupação esse patrimônio arquelógico estar ameaçado de fechar. Por motivo de falta de verbas, vários funcionários foram dispensados das suas funções, data de  2016, de acordo com (Estadão Conteúdo, 2017). 

O Parque Nacional das Capivaras é considerado desde 1991, como patrimônio Mundial pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) devido as sua representatividade na história da humanidade. A Serra da Capivara deve ser preservada para que e possa resguardar as razões da nossa própria existência.

Por: Lia Batista


Referências:

http://www.fumdham.org.br/- Acesso em 15/03/2017

quarta-feira, 26 de abril de 2017

MISSÃO ARTISTICA FRANCESA

       

       
         
       No século XIX, com a invasão do exército de Napoleão Bonaparte à Portugal, D. João VI rei de Portugal decide (com o apoio da Inglaterra) transferir toda a corte e o poder de Portugal para o Brasil. A chegada da comitiva real na colônia portuguesa se deu primeiro na Bahia e depois no Rio de Janeiro onde foi instalada no convento do Carmo, cuja sede foi reformada, sendo sua capela transformada em teatro e salas de concertos. (HISTÓRIA DA ARTE, 2017)
       
       D. João VI era preocupado com o desenvolvimento cultural, por isso trouxe na sua bagagem recursos para a transformação da nova metrópole quanto a modernização da nova sede. Diante disso investiu na liberação do comércio, dos portos, das fábricas das tipografias e a importação de livros.

          Por meio dessas decisões organizou a Biblioteca Real, bem como o Observatório Astronômico, o Jardim Botânico e o Museu Nacional. Aproveitando que na Europa, Napoleão perde o poder, D. João resolve contratar alguns artistas franceses que queriam sair da França (apoiados por Napoleão). Logo, o Brasil sofre fortes influências da cultura europeia com a chegada do grupo de artistas.

        Com essa influência em 1816, esse grupo é responsável pela fundação da Academia Imperial de Belas Artes que inaugurada em 1826, onde os alunos teriam a oportunidade de aprender as artes e ofícios artísticos.
     
         Logo, esse grupo ficou conhecido como Missão Artística Francesa que foi chefiada por Jacques Le Breton que dirigia a Academia Francesa de Belas-Artes na França e traziam a modernização desejada por D. João VI. Na comitiva de artistas vieram pintores, escultores, arquitetos, artesãos, músicos, mecânicos, ferreiros e carpinteiros e todos obedeciam ao estilo neoclássico, isto é: construíam à moda europeia, propondo a volta dos padrões da arte clássica (greco-romana) da Antiguidade e do Renascimento.

       O intuito era recriar nas obras de arte a beleza ideal sem contudo imitar a realidade, mas que tivesse a imitação dos clássicos. No começo a reação dos brasileiros foi desfavorável a essa invasão de artistas estrangeiros, pois achavam que seria uma nova colonização cultural, porém eles deixaram uma influência considerável para as artes da pintura na arquitetura.

          O estilo Neoclássico, desenvolvido pela Missão francesa acabou por abandonar os princípios do barroco colonial português.

        Os principais artistas da Missão Francesa foram: Nicolas Antoni Taunai, pintor de paisagem, Jean Baptiste Debret,  pintor histórico, desenhista, Grandjean de Montigny, arquiteto, Auguste Marie Taunay, escultor, dente outros. 

         Saiba mais acesse: 

http://g1.globo.com/globo-news/jornal-globo-news/videos/v/exposicao-missao-artistica-francesa-e-seus-discipulos-esta-em-cartaz-no-rio-de-janeiro/5328632/

Por Lia Batista e Jaul Ferreira
BIBLIOGRAFIA:

quarta-feira, 19 de abril de 2017

ADRIANA VAREJÃO-PAREDE COM INCISÕES A LA FONTANA II

   


Imagem:
http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2011/02/tela-de-varejao-e-obra-de-um-artista-brasileiro-vivo-mais-caro-da-historia.html

Título: Parede com Incisões à La Fontana II
Autor da obra: Adriana Varejão
Data: 2001
Dimensão: 180.00cm x 250.00cm
Técnica: Óleo sobre tela e poliuretano em suporte de alumínio e madeira
 Adriana Varejão é artista plástica contemporânea nascida no Rio de Janeiro em 1964 passou a infância em Brasília e no Rio de Janeiro ingressou no curso de engenharia da Pontifícia Universidade Católica (PUC) em 1981 abandonando no ano seguinte após 2 anos resolve estudar nos cursos livres na escola de Artes Visuais do Parque de Lages (RJ)  fez sua primeira exposição individual em 1988, na galeria Thomas Cohn. A artista se consagrou devido suas obras de arte serem relacionadas a peles vísceras rasgadas, canibalismo, esquartejamento e azulejaria. A artista vem ganhando cada vez mais espaço e é uma das artistas brasileiras de mais destaque na cena contemporânea, no Brasil e exterior.
"Parede com incisões a La Fontana II" é uma das obras principais da artista e foi leiloada em 2011, na Christie’s de Londres e foi tida como a obra mais cara de um artista brasileiro vivo. E atingiu cerca de R$ 2,72 milhões, incluindo a comissão do leiloeiro. A obra apresentada segue uma tendência contemporânea por se interessar em mostrar as verdades do inconsciente que levam a seguir variadas linguagens e a constante experimentação de novas técnicas para atingir novos olhares, conceitos e hábitos artísticos com forma bidimensional, linhas verticais e horizontais com cores complementares como vermelho, vinho, contrastando cores neutras como o preto, branco e cinza. Para a produção dessa obra de arte Adriana Varejão teve como inspiração Goya e Lúcio Fontana.
 Na obra citada a artista presta uma homenagem a "Lucio Fontana (1898-1968)-Pintor, escultor e ceramista nascido em Rosário na Argentina. Desenvolveu sua carreira na Itália.  Suas obras após 1960 foram monocromáticas cortadas ou furadas sendo denominadas de Conceito Espacial, dai transformando-se em trabalhos bidimensionais". (ARTARTE, 2017)
A obra de arte “Parede com incisões à La Fontana II”, apresenta visualmente uma parede com azulejos acinzentados na composição há uma série de linhas verticais e horizontais que impressionam quanto à continuidade, cuja proposta é fazer referência azulejos, a arquitetura, construções, habitação em que abrigam o inconsciente, a intimidade; o acinzentado predominante reflete a um sentimento nebuloso, enquanto a pureza da luminosidade que parte de leves pinceladas de branco contrasta diretamente com o volume e a cor vermelha da carne exposta em seis rasgos na vertical com diferentes dimensões na parte central da tela.  Os rasgos parecem ter sido feitos com um objeto perfurante, como faca ou estilete e dentro das incisões observa-se uma textura de cor vermelho escuro, imitando vísceras escapando nos relevos saindo do interior da parede.  No lado superior esquerdo existe um pequeno furo e em alguns pontos pequenas manchas aparentando vestígios de sangue, como que tocado por alguém. Próximo aos rasgos algumas pinceladas na cor branca provocam maior luminosidade, o que dá mais volume às bordas das fissuras.
De acordo com minha percepção tenho a impressão que a artista ao mostrar as vísceras rasgadas, pretende levar o apreciador a refletir sobre a dor, as relações interpessoais do individuo tal qual o grau de intimidade que pretendemos ter com o outro ou com nós mesmos, ou representação da intimidade por traz de uma parede. Essa dialética obedece a um discurso subliminar com característica pragmática, com funções latentes manifestas onde há integração com o reforço de instigar as emoções e valores afetivos. Portanto, eu enquanto apreciador tive uma sensação extremamente repugnante e asquerosa, que provoca um sofrimento psíquico muito forte de profunda dor.

Por: Lia Batista
Bibliografia:
https://www.youtube.com/watch?v=8c-5bXV7u8g- em 10/04/2017

http://www.ava.uece.br/pluginfile.php/44327/mod_assign/intro/Topico-01.pdf- em 10/04/2017




Saia mais:




Fontes: 
 http://arteseanp.blogspot.com.br/2015/02/lucio-fontana.html
http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2011/02/tela-de-varejao-e-obra-de-um-artista-brasileiro-vivo-mais-caro-da-historia.html Acesso em 12/04/2017
https://www.youtube.com/watch?v=8c-5bXV7u8g acesso em: 12/04/2017

quarta-feira, 12 de abril de 2017

PINTURA NO AMBIENTE ESCOLAR






Dentre tantas formas de arte, a pintura é uma forma de expressão artística que agrega valor dentro da escola, tendo em vista que pode ser usada como ferramenta educacional de grande relevância, pois é uma prática lúdica e dinâmica que desperta interesse de qualquer criança e em qualquer idade. Além, de ser um recurso didático interdisciplinar, ele ajuda a melhorar os aspectos cognitivos, bem como a compreensão, a sensibilidade, promove o intercâmbio sociocultural, a relação com o tempo real e em qualquer momento.
Com as práticas do desenho e da pintura o Arte-educador pode incitar o aluno à percepção visual mais reflexiva, despertar habilidades artísticas e manuais, melhorar a autoestima, desenvolver estilo e traços próprios, bem como promover significativas experiências, dentro e fora do ambiente escolar.
Por intermédio da pintura, o aluno é intuído a representar graficamente o seu imaginário, e é por meio desse olhar perceptivo que a capacidade de alcançar esteticamente seus anseios de observador provoca sensações de impulsos individuais, nos quais muitas vezes levam a perplexidade, podendo ser crítico baseado em suas próprias experiências ou levado pelo olhar momentâneo do real ou do imaginário.
Além das práticas artísticas de sala de aula como os alunos com materiais como, tintas e pincéis, é interessante que o professor elabore exposições em sala, apresente imagens diversas e promova aula de campo em espaços culturais existentes em diversos pontos do bairro ou cidade.  Existe também a possibilidade de conduzi-los virtualmente a outros ambientes por meio digitais. Isso trará aos alunos o impulso de um olhar atencioso que vai além do modo físico da visão, com isso a maneira de expressar-se fortalece o imaginário contribuindo ricamente para a ampliação do conhecimento, engrandecimento psicológico, emocional e intelectual.
Com o trabalho da arte da pintura, o aluno passa a ter um olhar interpretativo mais aprimorado do mundo, mais seletivo através dessa contemplatividade.  Logo, ele será capaz de olhar um objeto ou uma obra de arte de forma mais intensa e fazer uma leitura parcial ou mais profunda. Diante dessa capacidade ele perceberá a diferença entre a emoção e a razão sem, contudo esquecer a sua individualidade e sua importância dentro do contexto social.
            Portanto, o esforço de cada um é sempre recompensado quando há envolvimento de relação, criatura e criador, mesmo que isso signifique pouco interessante, a princípio. Insistir nessa narrativa dentro do processo educativo pode levar a grandes descobertas inventivas e interativas entre os próprios alunos levando a resultados imensuráveis mediante o esforço e boa vontade de cada um.
            Assim, a representação da natureza do belo poderá estar em qualquer lugar e a qualquer hora diante da reflexão subjetiva do aluno que desenvolve a criticidade por meio do olhar profundo do que se ver ou do que se imagina.

Por Lia Batista 



BIBLIOGRAFIA:
Imaens:
https://br.pinterest.com/pin/773915517186242940/
Aprender a pensar é descobrir o olhar.
 Da Autora: Márcia Tiburi 
O que é sensibilidade? Da Autora: Márcia Tiburi
 Educar com Imagens: múltiplos tempos e interpretação Do autor: Raimundo Martins

COMUNICAÇÃO E ARTE NO DIA A DIA

Comunicação é a maneira que o ser humano tem de compartilhar mensagens por meio de códigos definidos, sejam em forma de gestual, verbal, visual, etc., de modo que haja uma interpretação por parte do receptor e este possa dar o retorno ao emissor. Essa característica estende-se também aos amimais, porém sem a possibilidade de evolução continuada como no ser humano.
A comunicação é uma necessidade que acompanha o ser humano desde a infância e percorre toda a sua trajetória de vida. No contexto social a o processo comunicativo é fundamental na evolução do homem. Esta ferramenta essencial sempre foi indispensável, pois é por meio dela que o indivíduo manifesta-se dentro do seu contexto social e expressa suas vontades e ideias.
Na infância, os laços maternos interpretam e decodificam por meio da linguagem pré-verbal as necessidades da criança, por meio do choro, do gesto, da cor da pele, do olhar... Essa forma primitiva de interpretação ocorre pela sensibilidade e o convívio, geralmente materno com o nascituro. Ao passar do tempo essa linguagem vai se modificando e o processo se moldando de acordo com os fatores sociais e geográficos nos quais interferem diretamente na aquisição da linguagem. E é nesse contexto, onde a forma de interagir torna-se um reflexo característico de cada ambiente.
Na minha comunidade, por exemplo, os adultos tem por hábito ficarem nas calçadas todas as tarde e olhar as crianças brincarem, esta é uma peculiaridade de um bairro pacato, tipicamente familiar, onde todos se conhecem. A radinho ao pé do ouvido, geralmente de homens que escutam o futebol e músicas antigas, e estes ficam a olhar o tempo passar, isso dá a entender que a vida não tem pressa. A única pressa é se deslocar até as igrejas pra fazer suas preces, enquanto outros buscam uma pelada de fim de tarde. A Praça da Cruz Grande é um desses locais de encontro de jovens para esse fim.
No entanto, do outro lado da cidade, o vai e vem das pessoas buscam por diversões mais agitadas, caminhadas, compras, praias e sol; em dias de folga, principalmente. A inércia de uns e a correria de outros, muitas vezes impedem o cidadão de observar os monumentos, as artes existentes nas ruas ou até mesmo de conhecer sua própria história.
Vale ressaltar que Fortaleza é uma cidade rica em prédios e monumentos históricos, porém de pouca tradição na preservação destes, por meio do poder público, quiçá do cidadão. Nos últimos anos tenho observado o aumento das intervenções artísticas do grafite amenizando as estruturas pálidas e colorindo os muros trazendo suas mensagens de protestos, indignação ou jovialidades, dentro de um diálogo mais contemporâneo, nessa poética desajeitada que há bem pouco tempo era mal interpretada pela sociedade. Hoje esse tipo de intervenção convoca o apreciador a mergulhar nesse contexto, aparentemente incomunicável para que entendamos que novos códigos precisam ser criados, decifrados e novas ideias precisam ser absorvidas dentro dessa estética na comunicação incitando a sensibilidade humana.

Por Lia Batista Barbosa
Disponível em:  https://www.todamateria.com.br/elementos-da-comunicacao- Acesso em 17/03//2017

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Acesso em 22/03/2107                 

EXPRESSÃO E COMUNICAÇÃO ARTÍSTICA-Livro
Francisco Weber dos Anjos
Inez Beatriz de Castro Martins
Maria Angélica Rodrigues Ellery
2a Edição
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
-2010-(SEAD/UECE).

EIXOS PARA O ENSINO DA ARTE





Os conteúdos para o ensino da Arte na escola apresentam três eixos que devem conduzir as diversas linguagens artísticas para que o aluno possa nortear sua aprendizagem para a melhor compreensão do fazer artístico. De acordo com o PCN de arte (1997) deve haver uma inter-relação entre as práticas, a leitura e a contextualização da arte. Por isso faz-se necessário que os conteúdos aplicados venham desenvolver competências em Arte, e desse modo o fazer artístico precisa de nortes que organizem as ideias inventivas.
Os eixos apresentados são:
A PRODUÇÃO: Refere-se ao fazer artístico, isto é: o aluno deve apropriar-se das habilidades artísticas para a elaboração de produtos artísticos, isso pode dar-se por meio dos experimentos inventivos aos quais tragam sentido histórico, sociocultural. Usando de sua capacidade de improvisação, análise, interpretação, dentre outros que aumentem a capacidade produtiva.
A FRUIÇÃO: É considerada a capacidade de apreciação das manifestações artísticas dentro do seu contexto sociocultural respeitando a integração dos espaços geográficos, fazendo com que haja a inter-relação entre as linguagens artísticas e a diversidade de aptidões existentes nas demais áreas do conhecimento de cada indivíduo.
A REFLEXÃO: Trata-se do conhecimento construído ao longo de todo o processo de fruição, onde o aluno interpreta, critica e julga conscientemente baseado nos critérios de aprendidos no decorrer da elaboração e aperfeiçoamento do produto. Nesse momento ele pode valorizar os aspectos históricos e estéticos, ampliar o conhecimento da linguagem e dos códigos apresentados.
OBS: Não há critério apresentado no PCN quanto à apresentação desses eixos em sala de aula, portanto, fica a critério de cada professor, podendo ser aplicado em qualquer ordem.
MODALIDADES ARTÍSTICAS:  São modos pelo qual o Arte-educador pode apresentar para os alunos em sala de aula.
Artes visuais:
Pintura escultura, desenho, artes gráficas, vídeo, Televisão, gravura, computação, etc

Dança:
Trata-se de um bem cultural da humanidade, onde são integrados trabalho e atividades corporais nas ações cotidianas.

Música: Também é um bem cultural associada as tradições de cada época, que possibilitam a escuta por meios tecnológicos.

Teatro: Esse tipo de modalidade de arte exige a presença do artista por completo. Corpo, fala e gesto dentro de um espaço organizado, para a representação de cultura e conhecimento.

Por: Eliane Batista Barbosa

FONTE:
Introdução a Arte Educação
Livro: Edite Colares Oliveira e Valcidéa do Nascimento
SEAD/UECE-Secretaria de Educação a Distância

Imagens da Rede Cuca Mondubim

https://issuu.com/institutocuca-Acesso em 12/04/2017

http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro06.pdf -Acesso em 12/04/2017