ECO ARTE-Ateliê casa onde desenvolve pesquisas e produção no campo das artes visuais, potencializando a economia circular com o uso do lixo reciclável para promover o debate sobre práticas sustentáveis, qualidade de vida e geração de renda, respeitando
a cultura visual que cada mulher traz consigo como forma de resistência e experimentação de manifestações artísticas.
As antenas de TV a cabo estão por toda a parte na maioria das residências e nos mais altos prédios. Depois que o cliente cancela o serviço elas perdem a serventia de transmissão de sinal e ficam no local por vários tempos até que o cliente resolva retirá-las. Assim sendo, elas ficam enferrujando e deixando um visual comprometedor nas fachadas. Se por acaso o cliente contratar outra empresa a antena antiga pode ser substituída, porém nunca aproveitada. Pensando nisso, o Museu do Caju do Ceará resolveu inovar na sustentabilidade e me enviou várias antenas para o ateliê Eco Arte, assim elas receberam uma nova utilidade. Isso mesmo. Essas antenas tem outra função. A decoração de ambientes, dai fiquei antenada com os cajus e agora elas passaram a fazer parte da decoração do museu.
Bela iniciativa! Vejam como ficaram lindas! Essa ideia além de econômica é sustentável,, pois são produzidas em material altamente resistente, uma chapa de aço galvanizado de boa espessura. Por isso achei a ideia brilhante. Fazer arte com recicláveis é meu forte e confesso que também me apaixonei pelas antenas pintadas.
Para a pintura desse tipo de suporte podemos utilizar:
Como pintar sua antena:
Prepare sua abtena com tinta PVA mobiliária e cola branca em uma proporção de 40% de cola, 50% de tinta e 10% de água.e aguarde secagem, se preferir pode passar outra demão.
Tinta acrílica ou de artesanato geralmente eu uso da marca Acrilex, pinceis de cerdas macias e muita criatividade.
Caso queiram ver essas obras de arte, o Museu do Caju do Ceará, está com as portas abertas para recebê-los.
E boa visita!
Depois dessa ideia você vai pensar duas vezes antes de descartá-las. Que tal pintar a sua também?
Em
meio à tensão das “Guerras Civis e Religiosas, Reformas Protestantes e Contra
Reforma Católica” no século XVIII, a Arte Barroca em Ouro Preto (Antiga Vila
Rica-MG) teve como influência a descoberta do ouro, a “reconquista portuguesa
no cenário europeu” e os “temas sacros” (FERNANDES, 2018).
A
consonância da Arte Barroca e os aspectos físicos de Aleijadinho nos faz pensar
como a imperfeição, irregularidade e a excentricidade associada ao “movimento
estilístico e filosófico” se imbricam e se correlacionam perfeitamente ao
contexto da vida de Antônio Francisco Lisboa, O Aleijadinho, filho de uma negra
com um português branco, nascido em Ouro Preto-MG, considerado a maior figura
do Barroco no Brasil (VARELA, 2017).
Por
ocasião do movimento de luta pela liberdade, a inconfidência mineira e a
chegada dos “artesãos, artistas, escravos e religiosos” vindos da Europa, Vila
Rica em Minas Gerais é atraída pela “riqueza aurífera”, provocando mudanças
significativas no seu contexto histórico, social e cultural que reflete até a
atualidade.
Diante disso, as obras de Aleijadinho tornaram-se
referência dando ao artista a congratulação e reconhecimento internacional como
“Gênio da arquitetura Barroca”.Com
aptidão para trabalhos de entalhamento, escultura e lapidação de madeira e pedras,
o “Gênio” é influenciado desde cedo pelo pai, o bem sucedido português, Manoel
Francisco Lisboa, mestre de obras e também arquiteto, cujo incentivo desperta
no artista extrema habilidade com as ferramentas rudimentares, dentro de
oficinas no exercício cotidiano.
Dotado dessa habilidade, a criatividade de
Aleijadinho surpreende aos lideres religiosos e da sociedade de Vila Rica, de
modo que seu trabalho passou a ser reconhecido a ponto de ter crescimento
profissional de artífice e se destacar na área da arquitetura e escultura. Apesar
de seguir traços do estilo barroco, notoriamente em suas obras evidenciam-se
características próprias retratando os aspectos mais suaves com um estilo
autêntico, o “Barroco Rococó”. Por isso pretendia representar um estilo
diferente, sem, contudo fugir dos padrões europeus. Logo, Aleijadinho pretendia
retratar a arte barroca tipicamente brasileira; ao unir a arte sacra à
inquietação, aos anseios do povo por meio das particularidades físicas e dramaticidade
dos rostos esculpidos.
Mesmo
com suas mãos e pernas deformadas, a doença degenerativa que o afligia em sua
meia idade, Antônio Francisco Lisboa, não se esquivava ao lapidar suas pedras.
Aleijadinho, como ficou conhecido por substituiu o mármore comumente usado na
arte europeia por pedra-sabão, abundantemente encontrada na região de Vila Rica.
O
conjunto dos “doze profetas que estão expostas no ádrio da Basílica Bom Jesus
de Matozinhos em Congonhas”, é considerado um dos maiores tesouros da Arte Barroca
pela Unesco em 1895 (DIVULGAÇÃO, 2018). Além, desse espetacular conjunto de
esculturas a Igreja de São Francisco de Assis em Ouro (MG) representa a maior
obra arquitetônica da Arte Barroca mineira, contudo vale salientar que de
acordo com COELHO, (2014), “era chamada de Capela Nossa Senhora dos Anjos e
pertencia a Vulnerável Ordem Terceira de São Francisco de Assis da Penitência,
da Antiga Vila Rica”.
Sendo,
pois considerada uma obra de originalidade imponente, se percebe o valor mágico
da sua identidade diferentemente das demais igrejas do seu entorno.“A obra escultórica e a talha são de um mesmo
artista”, no caso Antônio Francisco Lisboa, portanto a originalidade pode ter
contribuído para esta harmonia perfeita entre a composição dinâmica da fachada
(ao qual desenhara) e o conjunto das talhas (ENCICLOPÉDIA ITAU CULTURAL, 2017).
Ao
olhar o frontispício da Igreja de São Francisco de Assis, o visitante é
convidado a refletir sobre a fé cristã, a obediência e a penitência que levam a
salvação da alma. A tipologia da
portada convida os fieis a entrarem no ambiente.
Em
seus medalhões podemos visualizar a uma escultura em pedra-sabão e madeira que
expressam a representação de São Francisco no “Monte Alverne - Santuário de
Verne”, que ajoelhado mostra-se extremamente humilde, “enquanto os anjos estão
apontando para o brasão dos Franciscanos e a coroa portuguesa que parecem
sustentar a Virgem Maria” (FONSECA, 2009).
É
impressionante a riqueza dos detalhes, a precisão dos cortes e a expressão dos
movimentos e do rosto das esculturas. Um detalhe que caracteriza o Rococó nessa
obra são as formas arredondadas das torres dos arcos dos frontais, a portada da
parte superior, pois evidenciam a precisão de um tracejado “ora pesado, ora
suave”, dando uma dinamicidade de extrema grandeza ao olhar. Enquanto os altares têm em suas
esculturas imagens de São João Evangelista, Santo Antônio e São Gonçalo do
Amarante.
Na planta percebemos três níveis
volumétricos, sequenciados e integrados as torres em forma de cilindros,
modelagem em superfície convexa que interliga sutilmente o frontispício ao
corpo da igreja (DIVULGAÇÃO, 2018).
Assim,
na ornamentação além da sutileza dos detalhes banhados a ouro no altar de cedro,
das colunas retorcidas próximas ao altar como “se projetasse para frente”,
púlpitos de pedra-sabão no arco cruzeiro com os quatro evangelistas e lavabo com
anjos do monge (BOHRER, 2014), são alguns detalhes dessa obra, onde estão
representados de forma harmoniosa, coisa de gênio.
Enquanto
na parte interior da obra a afinidade perfeita com o pintor Manoel da Costa
Ataíde, Aleijadinho se completa na busca por características identitária ao
conjunto da obra da Igreja Francisco de Assis, onde podemos perceber a leveza
da pintura da abóboda do forro, em cores suaves como: o azul que remete aos
azulejos portugueses, os tons pastéis, a delicadeza na composição própria do
rococó europeu, porém com as particularidades que só esses dois mestres
conseguiram imprimir.
Já
as personagens pintadas pelo “mestre Ataíde” comungavam com a identidade
tipicamente mestiça em que os dois artistas se identificam. As cores pardas da
pele de suas figuras sacras pretendem representar a nossa brasilidade, já que ambos
eram mestiços. Assim, justificava-se a predominância dos traços exóticos e das
cores fortes em suas obras.
Quanto
ao conjunto de obras dos “doze profetas que estão expostas no adro da Basílica
Bom Jesus de Matozinhos em Congonhas”, foram esculpidas em pedra-sabão, onde mostra
as passagens relacionadas às várias transcrições bíblicas do Antigo Testamento,
sendo assim citada em cartelas anexadas, já os “Passos da Paixão”, são
“esculpidas em madeira policromada” por Aleijadinho e seus auxiliares entre e
representam as “cenas do calvário”(CIDADES
HISTÓRICAS, 2018).
Nessas obras o artista mostra
a estranheza da expressividade dos aspectos físicos, dolorosos; talvez
representasse a sua angústia diante da luta pela saúde debilitada, pela dor e
as consequências da deformação.
Falar
do conjunto de obras desse artista é um tanto desafiador, pelo que percebo
ainda existe muita indagação sobre esse “Barroco Rococó mineiro”, portanto percebemos
que essa consonância da Arte Barroca e as deformidades de Aleijadinho nos faz pensar
quanta riqueza essa “pérola imperfeita” deixou para a humanidade. Assim, percorrer
esse contexto sócio histórico parece mágico e encantador diante de tanta
complexidade. Por isso, a vida e obras do artista precisam estar presentes em
nossa memória para que possamos preservar nossa história.
Sua morte aconteceu dois anos após cegueira (1814)
e por não haver assinatura de registros comprobatórios, alguns historiadores
relatam que isso deixa lacunas, todavia a única maneira de identificá-las é por
meio das características estilísticas dos artistas dessa época (BOHRER, 2014).
IGREJA de São Francisco de Assis (Ouro Preto, MG).
In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú
Cultural, 2018. Disponível em:
<http://enciclopedia.itaucultural.org.br/instituicao227359/igreja-de-sao-francisco-de-assis-ouro-preto-mg>.
Acesso em: 27 de Fev. 2018. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7> Acesso em: 28/02/218
ARQUITETURAS, Igreja de São Francisco
de Assis. SESC TV, 2014, 49.12min, son., color.
ALEIJADINHO, a arte de um gênio.
TVBRASIL, 2014,51.51min, som., color. Disponível em: <TV Brasil https://www.youtube.com/watch?v=3y_HHF9N9U4>
Acesso em: 01/03/2018
No século XVIII muitos acontecimentos mudaram o rumo
da história da humanidade. O Neoclassicismo ou Academicismo foi um dos movimentos que teve seu
início na Europa, precedeu ao Rococó e antecedeu ao Romantismo e ocorreu entre
o fim do século XVIII e
o início do século XIX. Nesse contexto,
diversas mudanças e invenções de grandes proporções contribuíram para novas
conquistas influenciando inclusive na criação artística europeia.
Frente a essas mudanças, a Revolução Francesa e a Revolução industrial
contribuíram significativamente para o fortalecimento da economia europeia
culminando na queda do Império de Napoleão Bonaparte. Com a invasão do exército de Napoleão Bonaparte à Portugal, D. João
VI rei de Portugal decide (com o apoio da Inglaterra) transferir-se com toda a
corte e o poder de Portugal para o Brasil.
Com a chegada de D. João VI com a corte, a família real para o Brasil a
princípio hospeda-se em Salvador (1808) seguindo em poucos dias para o Rio de
Janeiro, trazendo em sua bagagem recursos inovadores para o desenvolvimento
sociocultural e econômico da nova metrópole.
Com a queda de
Napoleão Bonaparte na França D. João VI resolve
contratar um grupo de artistas franceses que pretendia sair da França, e com o
apoio de Napoleão o grupo chega ao Brasil com ideia de modernização, sob o
título de Missão Artística Francesa liderada por Jacques Le Breton com vasta
experiência na Academia Francesa de Belas Artes.
Em 1816, com a chegada do grupo de artistas franceses D. João VI
pretende inovar em todas as áreas, inclusive nas artes adotando as
características da arte greco-romana usada na Europa. A missão do grupo era que
os artistas representassem em suas obras o cotidiano da nova sede, cenas indígenas,
animais típicos e paisagens em suas expressividades artísticas.
Assim, vários instrumentos
relacionados à arte foram criados com o apoio de D. João VI, dentre eles a Academia
Imperial de Belas Artes a Biblioteca Nacional, abertura dos portos, Banco do
Brasil, dentre outros. Por volta de 1826, as primeiras manifestações do
Neoclassicismo surgem no Brasil formando novos alunos para as artes e ofícios
artísticos.
Os novos alunos da academia seguiriam
uma concepção dentro dos padrões estéticos da Antiguidade e Renascentistas,
porém com características onde o ideal de beleza não tentasse imitar a
realidade, mas que tivesse a imitação nos clássicos, portanto o equilíbrio, a
economia, a moderação e a racionalidade deveriam ser respeitados.
Logicamente, que as reações por
parte dos brasileiros foram desfavoráveis às novas mudanças, todavia os
princípios do Barroco seriam abandonados, tanto na pintura, na literatura e
arquitetura, portanto uma nova concepção cultual estaria por vir. Na
arquitetura, por exemplo: August Grandean de Montigny ousa na edificação residencial adaptando a
“estética neoclássica” ao clima tropical (1776-1850) (MIRANDA, 2010).
Da mesma forma a
arquitetura Neoclássica brasileira seguiu dentro dos mesmos padrões
neoclássicos europeus, porém divida em duas versões: o “neoclássico oficial” e
a “versão provinciana, simplificada”. A versão provinciana simplificada era
construída por escravos, enquanto a versão oficial era desenvolvida nos centros
maiores, no litoral e os materiais utilizados eram importados nos padrões estéticos
internacionais.
Nesses moldes percebemos
que essas riquezas arquitetônicas neoclássicas ainda perduram em diversas
cidades brasileiras dando uma contribuição histórica e cultural relevante,
porém algumas são acometidas pelo abandono e a precariedade de conservação.
Se o Neoclassicismo
se contrapôs ao Barroco e ao Rococó em todos os níveis da nossa cultura
rasileira, na arquitetura no Estado do Ceará, teve a sua importância em
diversos lugares, como é o caso do Teatro São José, Estação João Felipe, dentre
outros.
Localizada na região central de Fortaleza próxima ao litoral
a Estação João Felipe está situada na zona central de Fortaleza, sua planta foi
projetada por volta de 1800 sob a responsabilidade do engenheiro Henrique
Fugare, um austríaco residente no Brasil. Seu espaço físico compreende por “quarenta
metros de comprimento, doze metros de largura e oito metros de altura” (ALVES,
2017). Para Garcia (2014), a Estação João Felipe foi construída em
uma área onde havia o Cemitério São Cassimiro e devido ao abandono 1877, parte
dos restos mortais foram exumados e transferidos para o Cemitério São João
Batista. Por ocasião do ciclo produtivo do algodão fez-se necessária a
construção de uma via férrea que interligasse a zona algodoeira do Estado à
região portuária de Fortaleza, pois a mesma era imprescindível para o
crescimento econômicobrasileiro em plena Era Industrial. A construção da Estrada de ferro de Baturité como foi
chamanda, é conhecida como a primeira linha férrea cearense – (1873) a
“Estação Central foi construída sobre túmulos antigos” usando-se “mão de obra
escrava e de retirantes da seca”, (GARCIA,2014),sendo assim considerada uma versão
neoclássica provinciana.
Característica da
Arquitetura
Com as contínuas reformas em 1946 passou a ser chamada de
Estação Ferroviária João Felipe, sua arquitetura estilo neoclássico tem como
principais características um pavimento com fachadas contíguas, possuem
fenestração com arremates de cornijas e platibandas; em seu pórtico, as entradas
se apresentam em arcos plenos (estilo românicos), podemos ainda perceber que o seu
pórtico é semelhante ao Parthenon da Grécia. Seu frontão é feito em alto relevo, com telhados
inclinados para os lados com coroamento triangular com um relógio na parte
central; frisos quatro meias colunas dóricas, maciças, embutidos, pilares de
sustentação. Apresente-se com simetria, planta quadrada e retangular em uma
elevação com escadaria em quatro degraus na fachada principal. Nas laterais segue uma fachada retangular, aos dois lados da
fachada principal existem dezesseis janelões arqueados em madeira e vidros no
estilo românico, além da clareza na pintura a linearidade, com nitidez nos
contornos. De modo que foram respeitados os aspectos estéticos neoclássicos que
incluem o equilíbrio, a economia, a moderação e a racionalidade exigidas nos
padrões da arte greco-romana da Antiguidade. Na parte interna existe uma ampla área retangular por onde
circulavam os passageiros, além dos galpões hoje desativados local de acesso das
locomotivas à bem pouco tempo. Infelizmente, apesar de esse edifício ter sido
tombado pelo (IPAM) Instituto do Patrimônio Histórico Nacional, essa edificação
está desativada desde 2014 a espera algum projeto que preserve e revitalize
essa riqueza arquitetônica neoclássica brasileira.
Esta foi um das atividades de História da Arte - Tema abordados no Curso de Licenciatura da UECE/UAB- Por Lia Batista Bibliografia:
Psicologia da Aprendizagem é uma das disciplinas de Licenciatura em Artes visuais,, nesses termos o texto abaixo aborda sobre os alguns processos psicológicos recorrentes no impedimento da aprendizagem escolar. Vale a pena assistir o filme.
As dificuldade de aprendizagem no processo escolar pode ser atribuída a vários transtornos psicológicos os quais exigem do educador a diplomacia para promover a análise preventiva dos possíveis danos que porventura venham prejudicar o desempenho do aluno e a relação de motivação do processo educacional. Diante disso, cabe ao educador está atento a avaliação individual dos seus alunos, já que a relação diária é uma rotina constante no ambiente educacional.
Segundo Pontel ((2015)a avaliação ou não de um aluno com Dificuldade de Aprendizagem (DA) ocorre quando há discrepância entre o desempenho escolar e a capacidade intelectual. Esses transtornos podem acontecer quanto ao desempenho oral, compreensão auditiva, capacidades básicas da leitura, cálculos e habilidades matemáticos.
Frequentemente
são encontrados em sala de aula alunos com algum tipo de transtorno, porém
muitas vezes ignorados pela família e pelo corpo docente, postergando o problema.
Nesse caso, torna-se desmotivador o processo de ensino aprendizagem,
comprometendo a interrelação, aluno/professor e, por conseguinte a evasão
escolar.
As dificuldades na linguagem
falada podem caracterizar-se de várias formas devido ao transtorno do
desenvolvimento das articulações. A “dislalia”, por exemplo, se dá pela
dificuldade de articular as palavras, troca de fonemas, infantilização da
linguagem devido à idade. Enquanto a “Defasia expressiva” é apontada ao início
da fala tardia da criança. Diante disso, podem ocorrer consequências a limitar
o vocabulário e a linguagem telegráfica. Já a “disfasia receptiva”, é constatada
quando pensamento e linguagem não se relacionam corretamente.
Quanto à capacidade básica
da leitura pode ocorrer devido a várias deficiências que dificultam a
compreensão do texto escrito. Um aluno
com “dislexia” apresenta leitura de forma lenta atribuída a distorção visual e
ausência de letras e palavras; como se estas tremulassem no papel. Este
transtorno pode ser de origem neurológica, cognitiva ou psicomotora, logo o
acompanhamento multidisciplinar é recomendado para melhorar o desempenho do
aluno e a correão da dificuldade. Nessa situação eu como educador, usaria
da paciência, a motivação, aliada as práticas pedagógicas individualizadas com
auxílio da família, afim de que essa discrepância entre o desempenho escolar e
a capacidade intelectual seja amenizada.
Enquanto na área da escrita a
“disortografia” é comum indivíduo com esse transtorno apresentar dificuldade
relacionada ao grafismo. Já a “Disgrafia” atribui-se a dificuldade de leitura e
de cálculos, aos erros de pontuação, sintaxes, posição de letras, organização
de parágrafos, estruturação da escrita (NUNES, SILVEIRA 2015).
As habilidades de cálculos matemáticos:
Para ser analisado esse transtorno é necessária a atenção do educador, pois
muitas vezes esse problema está relacionado a uma disciplina não motivadora ou
a uma dificuldade de relacionada à “discalculia”, que corresponde a
incompreensão dos números, habilidade na contagem e na solução de “problemas
verbais”, que com atenção do professor pode ser resolvido. No meu caso eu o estimularia
e procuraria inserir na metodologia de ensino a gameficação, tecnologias digitais
e artes para estimular o aluno a desmistificar a matemática, já que esses recursos
é um atrativo no novo perfil de estudante.
Dentre outros transtornos
existem também os transtornos mentais, físicos e emocionais, além do transtorno
de conduta e transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
No transtorno de conduta a
pessoa usa de agressividade, birras, tem comportamento antissocial, dificuldade pra aceitar regras e limites
podendo usar de atitudes ameaçadoras e furtos. Nesse caso é necessário acompanhamento
multidisciplinar, eu como educador usaria do diálogo, regras bem definida no
ambiente escolar, integração familiar, bem como o estímulo a práticas
artísticas de seu interesse.
Já, o transtorno emocional
caracteriza-se pela internalização de problemas, pode levar a depressão, podendo
ocorrer mais frequentemente na adolescência e infância (pode desencadear para a
psicose).
No caso do
Transtorno do Déficit da Atenção e Hiperatividade (TDAH), refere-se ao
indivíduo com dificuldade de concentração, age por impulsos, é não tem
coordenação motora regular, é inquieto, ansioso e consequentemente tende a se
inquietar no ambiente escolar. O desafio da educação desse aluno ocorre devido a
uma série de obstáculos, entre eles: a inadequação do ambiente escolar, discriminação,
despreparo do educador e a própria colaboração familiar.
Portanto, é de suma
importância a sensibilidade da equipe docente para avaliar individualmente os
alunos, já que a relação diária aluno/professor precisa trazer resultados positivos
fora e dentro do ambiente educacional.
Por Eliane Batista Barbosa (Lia)
Texto de atividade da disciplina de Psicologia da Aprendizagem do Curso de Licenciatura em artes Visuais-UECE-Universidade Estadual do Ceará/UAB-Univerdudade Aberta do Brasil.
REFERÊNCIAS
NUNES, Ana Ignez Belém Lima.
Psicologia da aprendizagem / Ana
Ignez Belém Lima Nunes e Rosemary Nascimento Silveira . – 3. ed. rev. –
Fortaleza :
Este mês de fevereiro tive a oportunidade de retornar a Sabiaguaba, na cidade de Fortaleza onde costumava frequentar, ainda na adolescência. Na época exixtiam apenas duas casas, muito mangue e liberdade para ficar junto a natureza, sem preocupação com sujeira e assim algumas famílias faziam pic nic aos domingos, e levavam suas redes de dormir para um descanso merecido..Atualmente existem um aglomerado de barracas e construções desordenadas que provocam agressões e devastação dos mangues.
Com tamanha preocupação com o meio ambiente naquela área o ex-comerciante do local, senhor Rusty Sabarreto, nascido em Recife resolve abandonar suas atividades lucrativas de barraqueiro para investir na conscientização ambiental incentivando as pessoas a preservarem o a biodiversidade local, tentando evitar práticas nocivas com o descarte irregular do lixo que geralmente era deixado pelos visitantes.
Por volta de 2005 ele resolve criar o Eco Museu Natural do Mangue, uma entidade sem fins lucrativos oferecendo palestras, oficinas e exposição ao ar livre. Mesmo com a resistência de muitos ele resolveu firmar sua ideia juntamente com sua família e tem mostrado que é possível sim, ser feliz com poucos recursos e muita riqueza natural, pois vale apena enfrentar os obstáculos em prol de uma vida mais saudável.
No local é oferecida uma mostra de peixes e amimais aquáticos, como: fósseis de tubarão, peixes do Cariri, crustáceos e demais espécies que são doadas para o acervo do museu. Segundo Rocha (2017), além de aproximadamente 200 espécies de carcaças que contribuem para o enriquecimento do acervo o museu oferece "atividades como caminhadas, canoagem e trilhas aos visitantes além do belo banho de mar e a oficina de plantio de mudas de mangue, áreas de desova de tartarugas, os sítios arqueológicos datados de mais de cinco mil anos".
Dessa vez o Senhor Rusty nos explicou como plantar uma muda de mangue vermelho e foi um prazer imenso retornar com meu esposo àquele local, onde começamos nossa história de amor em 1981 aos meus dezenove anos de idade. Ali podíamos desfrutar da exuberância natural sem o excesso de barracas, poluição sonora e desconforto visual que pude constatar.
Aqui expresso minha admiração e parabenizo ao mentor da ideia da criação do Eco Museu Natural do Mangue da Sabiaguaba, que atua como um anjo protetor daquele ecossistema que faz toda a diferença para a nossa cidade de Fortaleza, bem como para as futuras gerações. Ressaltando aos visitantes, que vale muito a pena fazer uma visita ao local e também contribuir para a limpeza daquele ambiente ecológico tão apreciável.
Imagem: Lia Batista/2017 Arte digital produzida com editor Photoshop online-http://www.photoshoponline.net.br/ Trabalho acadêmico de artes digitais do Curso de Licenciatura em Artes Visuais da UECE-Universidade Estadual do Ceará/UAB-Universidade Aberta do Brasil-Em Maracanaú-CE
Com o advento da cultura de massa
seguindo com a lógica do capitalismo industrial e financeiro pretendeu-se inserir
no cidadão um padrão pré-definido levando a atingir a maioria da população a
fim de gerar a cultura do consumo. Com a Revolução Industrial no século XVIII
surgem os bens simbólicos, como as máquinas de fotografia, a prensa, o cinema,
que começaram a fazer parte da nova realidade da era da comunicação e do
entretenimento.
Diante dessa nova realidade, outros
meios de comunicação como o rádio, televisão, jornais e a internet nos
trouxeram ganhos relevantes também para o mundo das artes. Pensava-se até que
com o surgimento da televisão, o rádio deixaria de existir; assim como o
advento do uso da internet, os jornais, os livros, as revistas impressas
desapareceriam.
O certo é que apesar desses novos
recursos digitais, essas mídias tecnológicas tradicionais sobreviveram e ainda não
foram substituídas, se adaptando aos novos tempos em uma relação coadjuvante
entre as partes. Sabemos que a fita cassete, o VHS, o mimeógrafo, disquete, são
coisas do passado recente que tiveram suas funções substituídas por outras tecnólogas
ditas “modernas”, todavia na arte não foi diferente.
Assim, todo esse processo de
modernidade ´tem como resultante a convergência entre a arte tradicional e a
comunicação de massa que se completa com o sistema de hibridação em que facilita
e enriquece nos aspectos criativos dos artistas visuais, pois a internet com
sua velocidade de transmissão de dados por meio da fibra óptica e múltiplas
plataformas de mídias são capazes de interagirem com as estruturas das
narrativas artísticas dando mais autonomia e praticidade, pois permitem que
elas se correlacionem de uma forma mais dinâmica.
Um exemplo é o cinema expandido que vai além da sala de projeção,
este também dialoga entre a arte e a tecnologia, uma característica da expansão
da “linguagem, de estética e de território de ação” que altera formas
e lógicas das narrativas, assim “substituem-se materiais e técnicas de
exibição/projeção” (CONNEXART, 2015)
Embora muitas
discussões de vanguarda do século XX discutiam “os desmantelamentos dos limites
entre a arte e a não arte e a cultura de massa” foi de suma importância a hibridação
dos recursos digitais no campo da publicidade, do cinema, da moda, aonde as
interfaces vêm atendendo a novos campos da arte, portanto estas interfaces chegaram
para dialogar criativamente atendendo a outras necessidades, somando-se às atividades
na comunicação; tanto no áudio visual, como na mídia impressas e midiáticas, como
forma de atender e explorar
artisticamente as múltiplas narrativas que resultam em novos signos na
comunicação.
Assim, os artistas
multimidiáticos encontraram uma forma de acelerar suas produções, pois a hibridação
trouxe um ganho para a comunicação de massa, onde a experimentação tem um
compromisso com a criação num sentido mais amplo já que a cibercultura é
indicada como convergência entre a arte e a comunicação, logo e essa
convergência tem demarcado novas fronteiras entre arte e mídias que trouxeram
grande influência e praticidade, sem contudo esquecer os princípios da arte
tradicional.
Portanto, no meu
ponto de vista aproveitar os recursos midiáticos para acelerar a comunicação do nosso tempo promove um ganho
relevante, pois essa convergência oferece a praticidade para a informação,
contribui nas mediações das produções artísticas, instiga o processo criativo
com o uso dos comandos das ferramentas digitais.
A FATENE-Faculdade Tecnológica do Nordeste promoveu no mês de novembro a Semana do Descarte Consciente ao qual tive a honra de fazer a abertura com a palestra "A dinâmica dos resíduos sólidos: Uma interatividade entre a arte e a responsabilidade socioambiental". O objetivo desse evento foi trazer para a comunidade acadêmica a conscientização e o debate sobre as questões ambientais e as possíveis soluções em prol da qualidade de vida das futuras gerações.
A palestra teve a duração de duas horas e contou com a presença de alunos e professores da instituição. Para ilustrar o evento contei com a presença da Nilda, presidente da ACORES (Associação Ecológica dos Coletores de Materiais Recicláveis da Serrinha e Adjacência)- Serrinha. Essa catadora de reciclagem abrilhantou a ocasião com sua experiencia de mais de quarenta anos de exercício, que com linguagem simples comoveu em lágrimas alguns presentes.
Falar de arte com a reciclagem é sempre um prazer, pois é uma prática diária no meu trabalho como artesã e artista plástica, pois além de me encher de orgulho tem me trazido resultados surpreendentes como as premiações que apesar de ser um trabalho simples requer dedicação e criatividade, além do foco principal que é tentar provocar reflexões sobre os resíduos sólidos e suas consequências danosas ao meio ambiente.
Desde já parabenizo e gradeço a coordenadora Daniele Amorim e toda a equipe da FATENE pelo acolhimento e a receptividade ao com nosso grupo de artesãs, REMES (rede de Mulheres Empreendedoras Sustentáveis) que deram um suporte brilhante durante todo o evento mostrando como transformar "lixo em luxo".
Fonte:
FATENE: Disponível em: <http://www.fatene.edu.br/site/>- Acesso em 11/12/2107
Imagens: Lia Batista
Associação Ecológica dos Coletores de Mat. Recicláveis da Serrinha e Adjacências (ACORES) – Serrinha