sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Soldadinho do Araripe-Pintura coletiva












Atividades de férias é sempre muito prazerosa, principalmente quando entramos em contato com a natureza, a cultura regional nordestina e pessoas desses lugares. Fazer turismo ecológico é uma aula de campo divertida e sem pressão psicológica, onde enriquecimento e a troca de aprendizagem é relevante sem necessariamente estar retido a um ambiente escolar.

Assim aconteceu em meio a natureza, na região do Cariri, onde reuni uma família para fazermos uma oficina de pintura bem diferente. Uma pintura em tela com tinta de tecido. “Soldadinho do Araripe” foi o tema escolhido como forma de alertar as pessoas da região sobre a preservação desse pássaro que está em extinção. Por isso achei por bem propor esse desafio em torno dessa questão tão importante. 

Os trabalhos coletivos que faço são sempre bem aceitos e dessa vez tive a honra de contar com dez convidados que nem precisou de insistência. A surpresa foi que ao final todos se surpreenderam com o resultado, até eu mesma.


Soldadinho do Araripe é um pássaro típico da região conhecido como “galo da mata ou língua de tamanduá” que apresenta plumagem branca no corpo, vermelha na cabeça, nas asas e na calda. Seu nome cientifico é Antilophia Bokermanni, seu habitat natural é em lugares úmidos próximos as rios, seu processo de extinção está sendo acometido pela agressão e pela presença humana em seu habitat.
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E em torno dessa perspectiva nada melhor que promover a discussão com as cores dentro dessa família do Crato. Assim ela se sente responsável para também incentivar a sensibilização em torno dessa problemática. 
Portanto, aos participantes meus parabéns e gratidão pela acolhida a mais um trabalho do ateliê itinerante da Eco Arte Lia Batista em torno da sustentabilidade ambiental.

Saiba mais com o vídeo de Carolina Barros:



Ajude a preservar o meio ambiente!


Fonte:
https://www.youtube.com/watch?v=0WjRnUmQhU0 Acesso em 04/08/2017

Sua Pesquisa
htmhttp://www.wikiaves.com.br/soldadinho-do-araripe Acesso em 29/07/2017




sábado, 29 de julho de 2017

AVENTURA NA CHAPADA DO ARARIPE



O Ceará é cheio de surpresas quando se trata belezas turísticas. Em uma das  minhas aventuras nessas férias tive a a oportunidade de adentrar e explorar um pouco das riquezas do Geopark do Araripe, uma área considerada como " reconhecido pela Rede Global de Geoparques (GGN) sob o prenuncio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciências e a Cultura (UNESCO) como o
o primeiro geoparque das Américas e hemisfério sul". Este fica localizado e ao sul do Estado do Ceará, na região do Cariri nas proximidades de Piaui e Pernambuco. Sua área é de 3.441Km² (GLOBAL GEOPARK NETWORK, 2017), abrange uma totalidade de nove geossítios, sendo seis na região caririense: Missão Velha, Santana do Cariri, Juazeiro do Norte, Barbalha, Crato e Nova Olinda.  Nos geossítios podem ser encontrados diversos parques como Parque dos Pterossauros, Cachoeiras de missão Velha, florestas Petrificadas, Riacho do Meio, Pedra Cariri, dentre outros. 

Com uma temperatura de aproximadamente 20 graus, um friozinho gostoso, um povo acolhedor e cidade tipicamente calma, passei cinco dias com uma família maravilhosa onde me deixou muita saudade. Lucineide e Luiz Bezerra um casal de Deus, dois anjos amigos e três filhos e irmãos em Cristo. Com eles oramos, passeamos e descobrimos que a vida é uma benção de Deus e que devemos aproveitar. As imagens abaixo mostram quanto negligenciamos a natureza quando moramos em zona urbana. Assim descobrimos lindas fontes, rochas, fósseis, histórias, arte, cultura e muito verde. Percorremos a trilhas e fomos até o topo da Chapada do Araripe e contemplamos a cidade do Crato do alto do Belmonte. Vale a pena essa aventura, lembrando sempre que devemos preservar os nossos recursos naturais, trazer boas energias e junto, o nossos resíduos sólidos, como forma de agradecimento pelo que ainda nos resta do ecossistema. Quem tiver oportunidade de conhecer essa riqueza... vale a pena e bom passeio!





Trilhas





Véu de noiva


Trilhas


Cachoeiras






Nascente no Balneário público do Belmonte


Véu de noia ista debaixo da chapada


Véu de noiva visão superior da Serra do Belmonte


 Pitoco do Belmonte isto da parte de baixo da Serra do Belmonte


Amanhecer no Mirante-Localidade de Seminário



Casa da Bárbara de Alencar-Atualmente Cédula de Execução do Crato


Praça da Matriz



Religiosidade do Crato

Durante cinco dias dessa exploração de férias, nada melhor que  explorar as trilhas do Belmonte as nascentes e as rochas, além do clima ameno e ainda ter a oportunidade de visitar a 66ª EXPOCRATO, um evento anual com exposição agropecuária,  artesanato regional e muita atração musical, além dos museus. O evento acontece no mês de julho e é muito movimentado por turistas de todas as partes do pais e do mundo. Vale apena conferir! 


FIQUE POR DENTRO



https://www.youtube.com/watch?v=deghA-xK1Mk


FONTES:
GEOPARK ARARIPE

http://geoparkararipe.org.br/geopark-araripe-patrimonio-da-humanidade/

EXPOCRATO
https://www.expocrato.net/-Acesso em 

IMAGENS; Lia Batista

Luiz Bezerra, Zélia Bezerra e Lucineide Bezerra

ELEMENTOS DA LINGUAGEM VISUAL


Tela Mista - Imagem: Lia Batista



Desde a pré-história que a linguagem visual faz parte do cotidiano na comunicação da humanidade possibilitando uma descoberta de elementos composicionais que isolados podem não ter muito sentido, mas quando juntos representam bem mais que uma diversidade de formas ao universos que visualizamos e por meio desses conteúdos que identificamos a criatividade dos profissionais e artistas para seus trabalhos dentro da linguagem visual.

Para compor esses trabalhos criativos, dá formas visuais o homem utiliza elementos dos mais diversos. E como percebemos através da história, a arte rupestre manifestava sentimentos e a cultura de uma determinada sociedade e era por meio desses elementos da linguagem visual que esses registros eram feitos em rochas e se perpetuam até hoje em diversos sítios arqueológicos mundo a fora. Dai a importância de conhecer um pouco sobre os elementos composicionais da linguagem visual. Assim temos a consciência de que estes são constituídos por uma gama de associações, formas e conteúdos: Podemos destacar: o ponto, a linha, o espaço, a superfície, o plano, a cor, o volume, a luz. Logo com essa possibilidade de associação entre esses elementos a criatividade dos profissionais e artistas passa a ser aflorada e diversificada. 


PONTO-Pode-se considerar um ponto como o elementos mais importante, pois é através dele que se começa e finaliza todo e qualquer "demarcação" na comunicação gráfica ou visual, portanto ele está presente em qualquer tipo de escrita, no desenho na pintura, nas artes digitais, etc.

LINHA - Este elemento trata-se da junção de vários pontos unidos, que podem ser apresentados em formas, tipos, dimensões e espessuras diferenciadas, provocando uma sensação diferente para o observador.

Diversos tipos de linha:



TRAMAS AVULSAS
Por Lia Batista/2017


Tela em acrilico 2cmx30cm


RETA - Este tipo de linha dá a impressão de   rigidez, dureza, firmeza e se apresenta de contínua;

CURVA - Trata-se de uma linha que sugere ondulações e pode apresenta-se em formas suaves ou sinuosas;

VERTICAL - É muito utilizado em muitas obras de arte como expressão de espiritualidade e elevação, pois indica equilíbrio;

HORIZONTAL - Este indica repouso;

INCLINADA - Indica equilíbrio; 

QUEBRADA - Indica movimento;

ONDULADA - é um tipo de linha com aspecto curvilíneo;

ESPIRAL - Indica movimentos envolventes que podem partir de um ponto central para fora ou vice e versa;

Já as FIGURAS podem se apresentar de forma simples como um círculo, triângulos podendo chegar às mais complexas, quando agregadas à cores, texturas, papeis, recortes etc.;


Já a TEXTURA  é um elemento bem explorado na arte, pois provoca elevações em determinadas superfícies e pode ser aplicadas à esculturas, na pintura, embora no desenho nem sempre é possível fazer efeitos de elevações relevantes. 

A COR- Este elemento é essencial na linguagem visual, pois é por meio dele que somos influenciados comportamentalmente quanto a sensações e a transmissão de mensagens. Por está presente no cotidiano, tem significados e nomenclaturas simbólicas que inspiradas na natureza chegam a interferir nas sensações humanas e nesse contexto, surge uma grande variedades de cores,sendo as primárias e as secundárias suas variantes nessa figura abaixo: 
Só para enfatizar: As cores complementares não possuem afinidades com outra no círculo cromático, sendo pois, usadas para chamar atenção, porém quando misturadas perdem o valor chamativo e tornam-se na tonalidade cinza escura. Já, as cores quentes  são assim consideradas por causarem sensações de temperatura elevada ao olharmos, devido a aparência de calor, luminosidade, vivacidade e alegria: São elas: vermelho, laranja e amarelo, podendo ser matizadas dando a impressão de fogo e sol ardente; Enquanto as cores frias remetem sensações de tranquilidade, tristeza, paz, calma, afastamento e serenidade. São apresentadas em tons azulados, esverdeados e violetas e estas podem lembrar o mar, o gelo e a água quando misturadas.

ESPAÇO: De acordo com Oliveira e Nascimento (2010), este é percebido ao nos relacionamos conscientes ou inconscientemente com o nosso ambiente ao realizarmos os movimentos, logo temos a percepção pela delimitação  dos percursos aos quais dispomos. Dessa forma, podemos perceber melhor os espaços ou vazios, disponíveis ao nosso redor de acordo com as "expressões de nossas experiências cotidianas".

SUPERFÍCIE: Corresponde ao suporte ao que pretendemos utilizar para nossos trabalhos artísticos, sejam na pintura, como a tela, o papel, a parede, um tecido; o cinema, imagem, monitor; o próprio corpo, no caso do tatuador, etc. Esta deverá apresentar um limite, um contorno ou uma "massa visual" para a organização e delimitação do trabalho artístico a fim de facilitar a aplicação das cores e a percepção visual.









Fonte:


Fonte:
http://worldartsme.com/3d-shape-of-a-volume-of-clipart.html#gal_post_99781_3d-shape-of-a-volume-of-clipart-1.jpg

VOLUME: Este apresenta-se dentro de um espaço onde existe massa ou peso, densidade e dimensões como largura, altura e profundidade, além de saliências podendo ser percebidos virtualmente, como nos gases, líquidos e luzes. Estes podem se expressar em forma de luz, escuridão, cores em tons e claro escuros.

 
PERSPECTIVA: Refere-se a profundidade linear e atmosférica dos objetos onde todos os partem de um ponto único e é realizada por linhas aparentes em diagonais que convergem para  um ponto de fuga criando na pintura ou no desenho dimensões de distanciamentos e profundidades, que com utilização das cores dão a impressão de volume.
LUZ - Esse elemento da composição visual eu considero dos mais importantes, pois é um divisor de águas entre dia e noite, luz e trevas onde a a "simbologia mistica" rende muitas conversas desde a antiguidade.
"A representação da luminosidade rendeu alguns dos mais tocantes momentos das artes. Foi responsável pelo delicado chiaroscuro da Monalisa de Leonardo, assim como pelos profundos retratos de Rembrandt.Nas obras destes artistas, a luz parece retirar a figura das trevas como Orfeu trouxe Eurídice do Hades" (WERNER, 2017). 
Assim, a luminosidade que há a ao nosso redor de acordo com Werner, depende de três fatores. "A intensidade da luz, a capacidade reflexiva do objeto e a translucidez do meio onde a luz percorre até chegar aos nossos olhos". 

SAIBA MAIS!

AULA DE ARTE:




segunda-feira, 5 de junho de 2017

Quem somos?





Com tanta turbulência no contexto político nos últimos dias decidi protestar de forma pictórica e mostrar que a nossa manifestação precisa ser explicitada de qualquer forma. Com as denúncias e escândalos do mensalão, da operação Lava Jato, na cúpula do governo brasileiro, depois do impeachment da e presidente Dilma Roussef, o golpe se confirma a cada dia.

Diante das circunstâncias resolvi manifesta-me nessa tela em óleo com indagações cujas respostas serão da diante da sua percepção visual. Quem somos mostra a nossa mistura de raças e a beleza de um povo miscigenado deixando de uma variação de culturas que aqui chegaram para promover essa desestrutura genética e cultural com os nativos, ao qual deixou uma característica ímpar de uma beleza estética e uma cultural invejável a qualquer outro lugar do mundo.

Logo, com esses cruzamentos de índios, negros e brancos herdamos além das características físicas a riqueza cultural.  Historicamente os maus hábitos e a ganância, bem como a vontade de invadir o alheio e criar o "tal jeitinho brasileiro" mal visto lá fora, nem sempre dar certo.
De sorte é que a heranças malditas da corrução que se instalou desde a invasão portuguesa até hoje assola nossa terra.

Depois das promessas de que o "Brasil seria o país do futuro", os desmandos e a sujeira dos nossos governantes saíram de "debaixo do tapete" e a cada dia entristece a todos nós. "Aqui fica minha indagação": Quem somos, para onde vamos, e quem seremos? E você que vai visualizar essa obra de arte comece a fazer as suas também, e veja se consegue se sensibilizar e indagar-se, para propor uma resolução a partir de você.

Deus nos ajude e obrigada!

Fontes
Dispponível em:
 <http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/09/torcedora-racista-gremio-diz-que-intencao-nao-era-ofender.html< Acesso em 05/06/2017
http://www.infoescola.com/historia-do-brasil/caras-pintadas/>Acesso em 05/06/2017
http://verdademundial.com.br/2015/09/miscigenacao-os-povos-no-brasil/>Acesso em 05/06/2017

MODELO "T"- TELA ECOLÓGICA



A produção em massa é um sistema característico do Fordismo que até hoje se configura na indústria a fim de aperfeiçoar a Linha de Montagem e produtividade. Com esse sistema a indústria automobilística por meio do Henry Ford, seu idealizador, seguiu a risca a padronização e  mecanização da mão de obra e da atividade produtiva. 

Implantar novas tecnologias na indústria automobilística foi um dos passos mais importantes a qual impactou no aumento da produção e no sucesso que até hoje é seguido pelas grandes indústrias como um todo. Dessa maneira os automóveis alcançaram níveis de produção elevados que impactou em grandes resultados.

 Assim sendo, o movimento das esteiras não era afetado, pois o sistema automatizado era eficiente e prático, podendo ser operado por pessoas pouco qualificadas as quais inseridas nas "estações", podiam executar outras atividades menos relevantes sem afetar a produtividade principal, pois máquinas eram programadas a continuarem no mesmo ritmo.

Dessa maneira, começou o sonho de um garoto, norte americano, Henry Ford que aos 12 anos imaginava que a velocidade poderia dinamizar as estradas e torná-las mais e interessantes. Isso se deu ao conhecer uma composição de trem em Detroit por intermédio de seu pai.

       Segundo, Mansur (2017), “Ford em 1883 a 1887, ao estudar na Detroit Lighting Comapanhy” levou a alugar uma garagem em um lugar afastado para por em prática sua ideias com motor de combustão, com Etanol e Gasolina em vez de debater possibilidades e teorias sobre motores elétricos e a vapor com grupo de estudiosos no assunto.
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E foi dessa forma que surgiu em sua linha de produção, o famoso quadriculo, (na inauguração da sua garagem) com radiador, rodas de bicicletas, motor traseiro de 4 cilindros e essa invenção levou a contratação de Henry Ford pela Detroit Automotive Companhy (SIQUEIRA, 2009).

Mas, o seu maior sonho era construir um carro de corridas para democratizar o automóvel a baixo custo para que todo americano pudesse ter um. E logo, surgiu o "Sweepstackes" com motor 8.8 l cilindradas o qual levou a ser o vencedor da sua primeira competição automobilística. Depois veio o Modelo Ford 999, e consequentemente a criação da Ford.

Em 1908 apresentou o famoso Modelo T, considerado avançado diante das outras marcas e que em apenas 12 meses aproximadamente foram esgotadas as dez mil unidades produzidas. Este foi o primeiro automóvel com direção à esquerda, câmbio de engrenagem, duas marchas para frente, ré e estas para seu devido funcionamento, o freio de mão deveria estar em uma determinada posição; porém o que tinha de mais inovador era o acelerador, onde a alavanca fazia par com outra para regular o motor e devido à aparência de um bigode, no Brasil foi apelidado como de “Ford de Bigode”. (MANSUR, 2017)

Portanto, mesmo com o passar do tempo o “Modelo T” não perde sua graça, sendo a menina dos olhos de certos colecionadores, bem como apreciado por pessoas de todas as idades, classes sociais, e deve ser é por isso que em 1999 foi eleito o “Carro do Século" por um júri de 133 jornalistas”.

 Logo, me inspirando nessa história, tive a ideia de fazer uma homenagem a ele, já que e estamos na Semana do Meio Ambiente aproveito para expor mais essa ideia criativa.

Pintura em técnica  mista, 95x68cm, exclusiva do nosso inesquecível "Modelo T", na cor vermelha, pintada a pincel e espátula com relevos, aproveitando as texturas do material dos “FILTROS AUTOMOTIVOS”, este que costumo trabalhar com muito entusiasmo. 
Boa Semana Verde e muito obrigada!



Por Lia Batista

BIBLIOGRAFIA:

Disponível em: <http://wm1.com.br/cultura-auto/ford-t-primeiro-carro-do-mundo-produzido-em-serie-faz-cem-anos>-Acesso em 02/05/2017
http://www.tecfil.com.br/> Acesso em 02/05/2017
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Disponível em:
Disponível em:

Disponível em: <https://carrosantigos.wordpress.com/category/ford/> Acesso em 02/05/2017
SIQUEIRA, J.P L,; Gestão de Produção
Disponível em:

quinta-feira, 4 de maio de 2017

ENXERGAR O INVISÍVEL


 COLAGEM COM RECORTES DE REVISTAS


COLAGEM COM RECORTES DE REVISTAS


COLAGEM COM RECORTES DE REVISTAS


PINTURA EM TELA-ACRÍLICO

Como enxergar o invisível?

Essa pergunta intriga muita gente com visão fisicamente perfeita, contudo os deficientes visuais sabem muito bem como resolver essa questão. Já que ele não tem uma visão perfeita a sua sensibilidade torna-se mais aprimorada, logo os outros sentidos são responsáveis ela captação precisa da leitura e decodificação dos vários códigos de linguagens perceptíveis, pois enxergar o invisível não é apenas ter olhar o óbvio, é ir além das questões físicas do que se vê, é ir além da dimensão semântica.

Essa dimensão na Sociologia da Arte refere-se a correspondência entre a obra de arte e a sociedade, portanto, ela “torna-se um reflexo do seu tempo” vendo em seu contexto uma figuração mais ou menos fiel  da sociedade a qual pertence. (LANDI, 2017). Dai onde é preciso ir além do olhar desligado e desinteressante para entender que a arte seja ela qual for: música, teatro, artes visuais, dança, literatura, precisam ser, não apenas vista, mas essencialmente enxergada nessas dimensões.

            Diante de tantos questionamentos, enxergar o invisível não é apenas olhar algo é  conduzir-se a introspecção e adotar a prática de observar e propor um diálogo consigo mesmo e com o objeto ou imagem a qual está a contemplar. E essa prática precisa ser exercitada no nosso cotidiano, para que a nossa sensibilidade seja desenvolvida no sentido mais dinâmico e evolutivo. Esse exercício pode ser aplicado a principio à arte desde na infância com o auxilio dos pais ou da escola, depois ser aplicado no dia a dia.

Contudo, pode-se dizer que enxergar o invisível é deixar a imaginação flutuar e experimentar sensações adversas e pessoais que façam você conhecer um mundo desconhecido, o diferente do que se costuma olhar, perder-se, é perceber-se como integrante daquele universo a qual está contemplando. Muitas vezes o que contemplamos não se explica com palavras, mas com sentimentos que vão além das palavras e esse diálogo não precisa ser explicitado, mas apenas ser decodificado por si mesmo.

Para essa abordagem é necessário na maioria das vezes pensarmos diferente, ir além dos conceitos preexistentes e quebrar paradigmas que a sociedade nos impõe. Nesse contexto, enxergar o avesso das coisas e estabelecer novos conceitos e definições. São esses elementos que nos levam a desconstruir o óbvio e encontrar outros caminhos e descobertas mais interessantes e criativas.

Dessa forma as descobertas são sempre bem-vindas, assim como a cronofotografia, uma técnica que leva os artistas e fotógrafos a construírem  suas produções baseadas na sequência de imagens dando impressão de movimentos contínuos,  esta é uma prática secular da fotografia que explora a criatividade de onde  deram origem a imagens cinematográficas. 

E sob essa perspectiva, certos artistas como: Picasso e George Braque, (considerado o pai do cubismo), se utilizaram da destruição da realidade seguindo a próprias imaginação, onde a utilização da liberdade na pintura despertava um novo olhar, um olhar mais instigante sem compromisso com a realidade explicita. Assim, surgiu o cubismo com suas formas retas e dentro da liberdade do movimento artístico da Arte contemporânea. 

Portanto, se a “Arte pela Arte” te propõe a autonomia de quem vê e de quem produz, esteticamente falando, não há o que explicar quanto a análise ou a postura que quem vê, basta contemplar e entender do seu jeito, deixa quem quiser e intrigar-se. E se, “Arte não serve pra nada, a filosofia também não. Exceto como expressão da pessoa que se é, ou seja do homem que se é. O que se segue e importa saber é se o homem serve para alguma coisa.” (FERREIRA, 2017).

Por Lia Batista

FONTES:
Imagens: Lia Batista-
Arte: Lia Batista




LANDI, Marcio-Sociologia da Arte
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

quarta-feira, 3 de maio de 2017

SERRA DA CAPIVARA

  

                                 https://www.youtube.com/watch?v=9576H-X39J8


A Serra da Capivara está localizada ao sul do Piauí no semiárido nordestino. É um conjunto de aproximadamente 737 sítios arqueológico catalogados, considerado o mais importante das Américas. Datado aproximadamente 28 mil anos do presente, representa uma riqueza histórica, pois a diversidade de elementos que abriga o espaço mostra a ocupação do homem pré-histórico de todo o continente americano.  

O local tem cerca de 30.000 figuras coloridas. São imagens temáticas, formas e cores, típicas da pré-história, cujos desenhos pictóricos são feitos em pedras e paredões de rochas.  Os registos relatam o cotidiano da civilização, bem como era a vida dos nossos antepassados. 
As escritas foram traçadas em forma de desenhos que representavam as experiências culturais e sociais daquela civilização, sendo notórias as imagens das caçadas de animais, lutas, peixes, figuras humanas, cenas de sexo, dança, o nascimento, o parto, o sentimento e em fim, a capivara. 

Para nossa preocupação esse patrimônio arquelógico estar ameaçado de fechar. Por motivo de falta de verbas, vários funcionários foram dispensados das suas funções, data de  2016, de acordo com (Estadão Conteúdo, 2017). 

O Parque Nacional das Capivaras é considerado desde 1991, como patrimônio Mundial pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) devido as sua representatividade na história da humanidade. A Serra da Capivara deve ser preservada para que e possa resguardar as razões da nossa própria existência.

Por: Lia Batista


Referências:

http://www.fumdham.org.br/- Acesso em 15/03/2017

quarta-feira, 26 de abril de 2017

MISSÃO ARTISTICA FRANCESA

       

       
         
       No século XIX, com a invasão do exército de Napoleão Bonaparte à Portugal, D. João VI rei de Portugal decide (com o apoio da Inglaterra) transferir toda a corte e o poder de Portugal para o Brasil. A chegada da comitiva real na colônia portuguesa se deu primeiro na Bahia e depois no Rio de Janeiro onde foi instalada no convento do Carmo, cuja sede foi reformada, sendo sua capela transformada em teatro e salas de concertos. (HISTÓRIA DA ARTE, 2017)
       
       D. João VI era preocupado com o desenvolvimento cultural, por isso trouxe na sua bagagem recursos para a transformação da nova metrópole quanto a modernização da nova sede. Diante disso investiu na liberação do comércio, dos portos, das fábricas das tipografias e a importação de livros.

          Por meio dessas decisões organizou a Biblioteca Real, bem como o Observatório Astronômico, o Jardim Botânico e o Museu Nacional. Aproveitando que na Europa, Napoleão perde o poder, D. João resolve contratar alguns artistas franceses que queriam sair da França (apoiados por Napoleão). Logo, o Brasil sofre fortes influências da cultura europeia com a chegada do grupo de artistas.

        Com essa influência em 1816, esse grupo é responsável pela fundação da Academia Imperial de Belas Artes que inaugurada em 1826, onde os alunos teriam a oportunidade de aprender as artes e ofícios artísticos.
     
         Logo, esse grupo ficou conhecido como Missão Artística Francesa que foi chefiada por Jacques Le Breton que dirigia a Academia Francesa de Belas-Artes na França e traziam a modernização desejada por D. João VI. Na comitiva de artistas vieram pintores, escultores, arquitetos, artesãos, músicos, mecânicos, ferreiros e carpinteiros e todos obedeciam ao estilo neoclássico, isto é: construíam à moda europeia, propondo a volta dos padrões da arte clássica (greco-romana) da Antiguidade e do Renascimento.

       O intuito era recriar nas obras de arte a beleza ideal sem contudo imitar a realidade, mas que tivesse a imitação dos clássicos. No começo a reação dos brasileiros foi desfavorável a essa invasão de artistas estrangeiros, pois achavam que seria uma nova colonização cultural, porém eles deixaram uma influência considerável para as artes da pintura na arquitetura.

          O estilo Neoclássico, desenvolvido pela Missão francesa acabou por abandonar os princípios do barroco colonial português.

        Os principais artistas da Missão Francesa foram: Nicolas Antoni Taunai, pintor de paisagem, Jean Baptiste Debret,  pintor histórico, desenhista, Grandjean de Montigny, arquiteto, Auguste Marie Taunay, escultor, dente outros. 

         Saiba mais acesse: 

http://g1.globo.com/globo-news/jornal-globo-news/videos/v/exposicao-missao-artistica-francesa-e-seus-discipulos-esta-em-cartaz-no-rio-de-janeiro/5328632/

Por Lia Batista e Jaul Ferreira
BIBLIOGRAFIA:

quarta-feira, 19 de abril de 2017

ADRIANA VAREJÃO-PAREDE COM INCISÕES A LA FONTANA II

   


Imagem:
http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2011/02/tela-de-varejao-e-obra-de-um-artista-brasileiro-vivo-mais-caro-da-historia.html

Título: Parede com Incisões à La Fontana II
Autor da obra: Adriana Varejão
Data: 2001
Dimensão: 180.00cm x 250.00cm
Técnica: Óleo sobre tela e poliuretano em suporte de alumínio e madeira
 Adriana Varejão é artista plástica contemporânea nascida no Rio de Janeiro em 1964 passou a infância em Brasília e no Rio de Janeiro ingressou no curso de engenharia da Pontifícia Universidade Católica (PUC) em 1981 abandonando no ano seguinte após 2 anos resolve estudar nos cursos livres na escola de Artes Visuais do Parque de Lages (RJ)  fez sua primeira exposição individual em 1988, na galeria Thomas Cohn. A artista se consagrou devido suas obras de arte serem relacionadas a peles vísceras rasgadas, canibalismo, esquartejamento e azulejaria. A artista vem ganhando cada vez mais espaço e é uma das artistas brasileiras de mais destaque na cena contemporânea, no Brasil e exterior.
"Parede com incisões a La Fontana II" é uma das obras principais da artista e foi leiloada em 2011, na Christie’s de Londres e foi tida como a obra mais cara de um artista brasileiro vivo. E atingiu cerca de R$ 2,72 milhões, incluindo a comissão do leiloeiro. A obra apresentada segue uma tendência contemporânea por se interessar em mostrar as verdades do inconsciente que levam a seguir variadas linguagens e a constante experimentação de novas técnicas para atingir novos olhares, conceitos e hábitos artísticos com forma bidimensional, linhas verticais e horizontais com cores complementares como vermelho, vinho, contrastando cores neutras como o preto, branco e cinza. Para a produção dessa obra de arte Adriana Varejão teve como inspiração Goya e Lúcio Fontana.
 Na obra citada a artista presta uma homenagem a "Lucio Fontana (1898-1968)-Pintor, escultor e ceramista nascido em Rosário na Argentina. Desenvolveu sua carreira na Itália.  Suas obras após 1960 foram monocromáticas cortadas ou furadas sendo denominadas de Conceito Espacial, dai transformando-se em trabalhos bidimensionais". (ARTARTE, 2017)
A obra de arte “Parede com incisões à La Fontana II”, apresenta visualmente uma parede com azulejos acinzentados na composição há uma série de linhas verticais e horizontais que impressionam quanto à continuidade, cuja proposta é fazer referência azulejos, a arquitetura, construções, habitação em que abrigam o inconsciente, a intimidade; o acinzentado predominante reflete a um sentimento nebuloso, enquanto a pureza da luminosidade que parte de leves pinceladas de branco contrasta diretamente com o volume e a cor vermelha da carne exposta em seis rasgos na vertical com diferentes dimensões na parte central da tela.  Os rasgos parecem ter sido feitos com um objeto perfurante, como faca ou estilete e dentro das incisões observa-se uma textura de cor vermelho escuro, imitando vísceras escapando nos relevos saindo do interior da parede.  No lado superior esquerdo existe um pequeno furo e em alguns pontos pequenas manchas aparentando vestígios de sangue, como que tocado por alguém. Próximo aos rasgos algumas pinceladas na cor branca provocam maior luminosidade, o que dá mais volume às bordas das fissuras.
De acordo com minha percepção tenho a impressão que a artista ao mostrar as vísceras rasgadas, pretende levar o apreciador a refletir sobre a dor, as relações interpessoais do individuo tal qual o grau de intimidade que pretendemos ter com o outro ou com nós mesmos, ou representação da intimidade por traz de uma parede. Essa dialética obedece a um discurso subliminar com característica pragmática, com funções latentes manifestas onde há integração com o reforço de instigar as emoções e valores afetivos. Portanto, eu enquanto apreciador tive uma sensação extremamente repugnante e asquerosa, que provoca um sofrimento psíquico muito forte de profunda dor.

Por: Lia Batista
Bibliografia:
https://www.youtube.com/watch?v=8c-5bXV7u8g- em 10/04/2017

http://www.ava.uece.br/pluginfile.php/44327/mod_assign/intro/Topico-01.pdf- em 10/04/2017




Saia mais:




Fontes: 
 http://arteseanp.blogspot.com.br/2015/02/lucio-fontana.html
http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2011/02/tela-de-varejao-e-obra-de-um-artista-brasileiro-vivo-mais-caro-da-historia.html Acesso em 12/04/2017
https://www.youtube.com/watch?v=8c-5bXV7u8g acesso em: 12/04/2017